Começando a coleção: Running Wild


Por Alessandro Cubas
Colecionador
Collector´s Room

Mais uma estreia aqui na Collector´s Room. Nosso amigo, e agora também colaborador, Ale Cubas produziu sua primeira matéria para o blog falando a respeito do grupo alemão Running Wild, um dos pilares do chamado power metal. Dicas preciosas de quem entende do assunto, e que agora irá marcar presença aqui com a gente.

Seja bem-vindo!

Gates of Purgatory (1984) ****

No ano de 1976 Rock N’ Rolf formou a banda Granite Heart, mudando posteriormente o nome da mesma para Running Wild, inspirado em uma música do Judas Priest. Após uma demo e a participação na legendária coletânea
Death Metal da Noise Records em 1984 ao lado de Helloween, Hellhammer e Dark Avenger (alemão), o grupo lançou seu debut, o excelente Gates of Purgatory, contando com Rock N’ Rolf (V/G), Preacher (G), Stephan (B) e Hasche (D) na formação.

O som da banda ainda estava sendo estruturado, o que não quer dizer que o trabalho não tenha qualidade, muito pelo contrário. Encontramos ótimas faixas, onde podemos destacar "Black Demon", que traz um refrão marcante antecipando o que a banda nos mostraria daqui para frente.

No geral
Gates of Purgatory é um albúm de heavy metal tradicional com bons riffs, em sua maioria rápidos e pesados, o que viria a ser a marca registrada da banda. Outros destaques são "Victim of State Power", que abre o LP; "Adrian SOS"; a cadenciada "Preacher"; "Soldiers of Hell"; e a minha favorita, "Prisioner of Our Time", que é puro heavy metal. Ou melhor, o que não é heavy metal quando falamos de Running Wild?

Ótima estreia!

Under Jolly Roger (1987) *****

Para muitos dos fãs desta banda alemã, onde eu também me incluo, esse é o melhor trabalho por eles registrado. Este foi o primeiro disco que nos mostrou a verdadeira face do Running Wild, pois após este albúm eles continuaram seguindo a mesma linha, tanto instrumental quando liricamente. Foi neste trabalho também que eles começaram a compor sobre piratas, temática esta abordada nas letras, capas, decoração de palco, e que além do som com certeza é hoje a maior referência quando falamos sobre a banda.

Aqui encontramos temas como a maravilhosa faixa-título que é um dos hinos do grupo e abre o álbum ao som de tiros de canhão. "Beggar’s Night", "Diamonds of the Black Chest", "Raise Your Fist", "War in the Gutter", todas com excelentes refrões e um som um pouco mais trabalhado do que a banda havia apresentado anteriormente, porém sem perder a agressividade. A formação conta ,além de Rock N’ Rolf (V/G), com Majk Moti (G), Stephan (B) e Hasche (D).

Uma pedrada! Nota 10!

Masquerade (1995) ****

E quem foi que disse que nos anos noventa não temos bons resgistros de heavy metal? 
Masquerade vem para consolidar o que o Running Wild já havia mostrado no começo desta década com Brazon Sone (1991), Pile of Skulls (1992) e Black Hand Inn (1994). Provando que o metal continuava, e ainda continua, mais vivo do que nunca.

O álbum começa com a introdução "The Contract/The Crypts of Hades", dando a vez para a faixa-título destruir tudo com riffs ultra rápidos e ótimos pedais duplos de bateria e, como de costume, com um bom refrão. O álbum segue com paulada atrás de paulada com "Demonized",  que é super rádida também; "Blacksoul"; "Lion of the Sea", que é outro destaque; "Rebel At Heart", um pouco mais cadenciada; "Wheel of Doom"; "Metalhead"; "Soleil Royal"; "Men in Black" e "Underworld".

A Rock Brigade Records ainda relançou este CD no Brasil, onde consta como bônus as duas faixas da demo tape
Heavy Metal Like a Hammerblow, que são "Iron Heads" e "Bones to Ashes", que pela sua agressividade caíram como uma luva junto com as músicas originais de Masquerade.

A formação deste albém conta com Rock N’ Rolf (V/G), Thilo Hermann (G), Thomas Smuszynski (B) e Jörg Michael (D), este último muito conhecido no Brasil pelo seu trabalho com o Stratovarius.

O álbum ainda traz a bela capa feita por Andreas Marschall (Dimmu Borgir, Hammerfall, Dragonheart, Blind Guardian e outros), que já havia trabalhado anteriormente com a banda. Sua arte representa os mascarados do poder, religião e polícia.

Esse disco prova que o tempo fez muito bem ao Running Wild, mostrando mais uma vez sua importância na cena e o por quê de tantas bandas os citarem como influência. Certamente o trabalho mais rápido e pesado que a banda lançou.

Comentários

  1. TODAS OS ALBUNS DO RUNNING WILD , SAO BONS , ATE PRA FUGIR , DE SEMPRE OUVIR BANDAS TRIVIAIS, HEAVY METAL E MUITO VASTO E VARIADO

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