Revista inglesa quer transformar o heavy metal em religião


(publicado originalmente no site da revista Rolling Stone)

O heavy metal é a sua religião? Para os que gostam do estilo musical com fervor, sim. Mas, mais do que simplesmente uma força de expressão, o termo tem tudo para ser entendido ao pé da letra. Pelo menos é o que pretende a revista britânica Metal Hammer. A publicação está com uma campanha inusitada: mobilizar fãs a adotarem o heavy metal para que ele seja reconhecido como religião no Reino Unido no próximo censo, que ocorre em 2011.

O editor da Metal Hammer, Alexander Milas, justificou a atitude sustentando o poder desse gênero do rock. "Desde que o Black Sabbath lançou seu primeiro álbum há 40 anos, o heavy metal cresceu a ponto de se tornar uma das instituições culturais mais significativas do Reino Unido, e um fenômeno global", explicou, em entrevista ao site Gigwise. "Diabos, se o Jedi consegue, por que não os headbangers?".

Ao citar o Jedi, Milas se refere ao último censo britânico, que foi realizado há nove anos. Em torno de 390 mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales e 14 mil na Escócia se declararam como adeptos da religião Jedi, referente aos personagens criados na série de filmes Star Wars. Graças a uma intensa campanha na internet, o fato se concretizou, tornando o "jedaísmo" uma religião oficial e posicionando-o, em termos de popularidade, apenas atrás do cristianismo, islamismo e hinduísmo no Reino Unido.

Biff Byford, vocalista do Saxon, banda setentista de heavy metal, gostou da ideia e se uniu à revista na empreitada, tornando-se uma espécie de garoto-propaganda da campanha. "Fazer o heavy metal ser reconhecido como uma religião é uma forma de se rebelar, não? Isso realmente vai ser uma coisa muito legal", disse.

Comentários

  1. Desculpem-me os fãs de heavy metal, mas acho muito rídiculo isso. Tão rídiculo quanto uma religião Jedi ou a igreja do Maradona...
    Abraços!
    Ronaldo

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  2. Qual o problema em virar religião? Acho que cada indivíduo tem o direito de crer no que bem entender.

    Agora chegam esses crentes que deixam de comer para pagar o dízimo todo mês e acham que a igreja é tudo! Isso sim é absurdo!

    Acredito na liberdade de expressão, me desculpem os que crêem nas Igrejas, mas da mesma forma que vocês vêem o Heavy Metal como um produto, a Igreja é muito pior. A Igreja inventa histórinhas para as pessoas temerem a Deus e consumirem santos, terços, enfim, qualquer porcaria religiosa, que não deixa de ser um produto.

    E como eu sempre disse: Pequenas Igrejas, graaaandes negócio$.

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  3. Achei a ideia interessante, e simpatizo com ela. Seria legal me declarar da igreja do heavy metal, não seria?

    Abraço.

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  4. "Pequenas Igrejas, graaaandes negócio$."
    Pois é, e tá aí mais uma que vai ser criada e um bando de gente vai entrar nessa onda. Será que os fiéis do heavy metal tb não vão deixar de comer pra pagar dízimo pra sua nova religião? do jeito que tem fanático nessa tribo, isso é a coisa mais fácil de acontecer.
    Ronaldo

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  5. Ronaldo,
    fanático pelo Metal com certeza tem muita gente. Mas estes, normalmente, são inteligentes e com capacidade de raciocínio para avaliar que pagar por algo espiritual (que é o que deveria ser a religião, na minha opinião)deveria ser uma opção, não uma obrigação. Acho que os fãs de heavy metal não seriam "cordeirinhos" levados por "pastores" a cumprir as vontades destes últimos, pois, normalmente, os "headbangers" conseguem analisar e questionar o que lhes é dito, não aceitando tão facilmente certas "imposições"...
    Mas discutir Religião é tão perigoso que é melhor parar por aqui, antes que piore...

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  6. Acho uma imensa falta de respeito com o Heavy Metal.

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  7. Vc tem razão, Micael. Não vamo entrar numa discussão descabida aqui, desculpe-me o tom de ironia nas minhas postagens. Continuo mantendo minha opinião e respeito a sua.
    Ronaldo

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  8. Só um comentário,as pessoas estão livres para pensar o que querem,não é mesmo?Então, cada individuo, pensa do jeito que ele quiser,se virar religião,cabe para cada um questionar o que é melhor ou pior para ele mesmo.

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