Discos Injustiçados: Iron Maiden - Somewhere in Time (1986)


Por Ronaldo Costa
Colecionador
Whiplash! Rock e Heavy Metal


A história do Iron Maiden até o ano de 1986 pode ser considerada como uma escalada ininterrupta em termos de sucesso, fama e qualidade. O primeiro álbum dos ingleses trazia a brutalidade e a crueza de uma banda iniciante, com um talento enorme e um feeling realmente diferenciado. Associe-se a isso uma ponta de influência da energia do som punk (notadamente na figura de seu vocalista) que dominava a cena naquela época, mas aqui a serviço de uma banda de heavy metal, com canções melódicas e até mesmo com um pé na fonte do progressivo.
Killers, o álbum seguinte, mostrava aquela mesma energia, mas agora melhor captada pela competência de Martin Birch.

Em
The Number of the Beast, a entrada de Bruce Dickinson permitiu ao grupo passar para um outro nível em termos de composições, agora mais dramáticas e épicas ao mesmo tempo. Um verdadeiro salto em termos de qualidade e uma revolução no som da banda. O quarto álbum, Piece of Mind, talvez seja o que melhor represente o som do Iron Maiden em termos de beleza, melodia e feeling. No sucessor Powerslave a banda atinge o ápice de sua grandeza, sendo capaz de dar ao mundo porradas do nível de uma “Aces High”, refrões inesquecíveis como o de “Two Minutes to Midnight” e a sofisticação de músicas como “Rime of the Ancient Mariner”, além da faixa-título.

Pois bem, esses foram os primeiros cinco anos do Iron Maiden após debutar em estúdio, uma banda que lançou cinco álbuns de inéditas em cinco anos seguidos (1980-1984), fazendo de todos eles clássicos atemporais do heavy metal, sendo elogiada com mais ênfase a cada novo trabalho e ainda conquistando levas gigantescas e fanáticas de seguidores por onde quer que passasse.

Para a divulgação do álbum
Powerslave o grupo caiu na estrada com a World Slavery Tour, uma excursão mais do que bem sucedida, que passaria até no Brasil durante o Rock in Rio I em janeiro de 1985, o que, naquela época, era uma coisa muito difícil de acontecer, ainda mais para uma banda de metal.


Parecia que o então quinteto britânico havia chegado ao ápice. Famosos, ricos, influência de nove em cada dez bandas de metal que apareciam, no auge da energia e da criatividade, com um entrosamento absoluto em estúdio e sobre os palcos, que resultaria inclusive no clássico duplo ao vivo
Live After Death, outro marco na carreira do conjunto Após tantas conquistas, como crescer mais? Como ser melhor? Como tentar alguma coisa diferente, mas que não descaracterizasse o som do grupo? A banda procurou alcançar a resposta a todas essas perguntas com o lançamento do álbum Somewhere in Time.

Em 1986 o Iron Maiden contava com sua formação clássica, com Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith e Nicko McBrain. A ideia de um álbum com clima futurista era perfeira para expandir os horizontes líricos e musicais do grupo. O novo petardo foi concebido com todo o cuidado e zelo, buscando o perfeccionismo em todos os aspectos relacionados ao material.

Então, em outubro daquele ano, o álbum
Somewhere in Time era lançado, iniciando na posição de número #3 nos charts ingleses. A pressão para fazer algo ainda melhor que Powerslave era enorme e, convenhamos, conviver com uma pressão dessas não deve ser fácil. As expectativas de que o novo trabalho superasse o seu antecessor em qualidade e sucesso começaram a dar lugar às reclamações que alguns profetas do apocalipse levaram adiante naquele momento, acusando a banda de ter mudado demais o seu som, de ter se inclinado para tendências um pouco mais comerciais, enfim, as mesmas críticas que toda banda ouve quando tenta fazer algo um pouco diferente.


Antes de comentarmos sobre as músicas desse disco, façamos apenas uma breve observação sobre a sua capa, já que esta foi, de longe, o melhor e mais criativo trabalho do desenhista Derek Riggs, além de ser, provavelmente, a capa mais legal de um álbum de heavy metal. O cidadão definitivamente era genial. Além de abusar de detalhes mínimos, a arte trazia inúmeras referências ao passado e presente da banda, bem como sobre acontecimentos retratados em letras anteriores do grupo. Na época, era divertido demais ouvir o álbum ao mesmo tempo em que se procurava um novo detalhe ainda não percebido na capa.

Mas de nada adiantaria uma capa daquelas se o conteúdo da bolacha não fosse do mesmo nível. E é aí que está a grande questão. Já naquele tempo,
Somewhere in Time recebeu críticas por algumas alterações em relação ao som anterior que a banda vinha desenvolvendo. A mais recorrente delas reclamava do uso de guitarras sintetizadas, um artifício que já havia sido utilizado por outros grupos e que, naquele caso, era perfeito para criar o clima futurista do álbum. Era então o primeiro trabalho do Iron Maiden que dividia opiniões entre os próprios fãs de forma mais contundente. As reclamações quanto à substituição de Paul Di’Anno por Bruce Dickinson na época de The Number of the Beast nem chegaram perto da chiadeira pós-Somewhere.


Acontece que o disco em si é uma das obras mais inspiradas do metal nos anos 80. Tudo bem, qualquer um pode dizer que isso é uma questão de gosto, só que se for feita uma análise mais criteriosa,
Somewhere in Time não deixa praticamente nada a dever a seus antecessores - e menos ainda aos seus sucessores. Pra começar, este é provavelmente o álbum onde dois dos integrantes entregam seus melhores trabalhos como instrumentistas, que são Steve Harris e Adrian Smith, justamente os responsáveis pela composição de todas as canções do play, à exceção de “Deja Vu”, que conta com a colaboração de Dave Murray. Alguns dos melhores riffs da banda residem nesse álbum, bem como talvez seja ele o trabalho onde estão os melhores solos da carreira da Donzela, como se pode observar em faixas como “Caught Somewhere in Time” e “Stranger in a Strange Land”. O entrosamento e a inspiração da dupla Murray/Smith mostra-se não menos do que excepcional. Nicko McBrain exibe sua técnica de forma impecável. Todas as músicas, sem exceção, têm refrões marcantes. A voz de Bruce Dickinson varia do melódico ao agressivo na dose certa, além de propiciar algumas das melhores linhas vocais do Maiden, vide “Alexander the Great”.

A faixa de abertura, ainda que seja uma música longa, é uma porrada do início ao fim, onde tudo parece se encaixar perfeitamente - introdução, vocalizações, melodias, refrão, solos e desfecho. Observe então a introdução de “Wasted Years” e perceba como uma estruturação melódica que não é muito difícil de ser reproduzida consegue ser mais marcante que 99% das firulas e virtuosismos que podem ser observados no mundo dos guitarristas.

Também pode-se atribuir a este disco a produção mais caprichada já realizada pelo grupo, onde tudo está no lugar, perfeitamente audível e com a sonoridade que se pretendia para tal obra, cortesia de Martin Birch em seu melhor trabalho com o Iron Maiden. Enfim, não dá pra entender o porque de um álbum como esse sofrer com as críticas que recebeu.
Somewhere in Time foi subestimado até mesmo perante seu sucessor, o também clássico Seventh Son of a Seventh Son, ainda que não devesse absolutamente nada a esse em termos musicais.


Mas essa obra ainda guardaria uma outra curiosidade. Inexplicavelmente, esse trabalho é, de certa forma, menosprezado pelo próprio Maiden. Foram poucas músicas dele que sobreviveram nos set lists da banda. Na realidade, há quatro anos que não se toca absolutamente nada desse disco ao vivo (Nota do editor: este texto foi escrito originalmente em 2007). Algumas inclusive nunca foram tocadas ao vivo, como por exemplo “Alexander the Great”, uma faixa que atualmente deve figurar no top#5 da maioria dos fãs, mas que talvez divida com “The Duellists”, do álbum
Powerslave, o título de música mais injustiçada da carreira do Iron. A sina de Somewhere in Time chega a tal ponto que o erro estratégico de se tentar conter os custos de produção da turnê de divulgação do álbum, não registrando em vídeo os seus shows, faz com que hoje a banda tenha apenas alguns fragmentos de uns poucos shows como registro ao vivo dessa época. A maioria do que se conheceu dessa tour foi por meio de bootlegs, que também são raros.

Somewhere in Time foi um álbum que conseguiu, a duras penas e com o passar de muito tempo, ostentar o status de clássico. Quanto mais o tempo passa melhor ele parece ficar, e isso é algo que cada vez mais pessoas vêm se dando conta. Mesmo depois de mais de vinte anos de seu lançamento, ele soa ainda atual. Sim, foi o tempo que se encarregou de colocar esse disco no lugar que ele merece em termos de qualidade e importância, já que a própria banda não contribuiu tanto assim para que isso ocorresse. Já existe um considerável número de fãs que o consideram um dos três melhores da carreira da Donzela, sendo que não são tão poucos os que o colocam como melhor obra do Iron Maiden, ainda que, na maioria dos casos, a primazia absoluta continue com as produções do período 1982-84. Entretanto, ainda hoje a gente tromba com alguém que diz que “o Iron Maiden morreu com o Powerslave”. Por mais que o álbum de 1986 venha conquistando o respeito e o apreço de cada vez mais pessoas, ainda pode ser considerado uma das obras injustiçadas da história do heavy metal.

Concorde, discorde, só não deixe de dar a sua opinião. Se possível, dê mais uma passada pelas oito faixas de
Somewhere in Time e pense se ele merece ou não ser chamado de clássico.

Faixas:
A1 Caught Somewhere in Time 7:25
A2 Wasted Years 5:07
A3 Sea of Madness 5:41
A4 Heaven Can Wait 7:21

B1 The Loneliness of the Long Distance Runner 6:31
B2 Stranger in a Strange Land 5:44
B3 Deja-Vu 4:56
B4 Alexander the Great 8:35

Comentários

  1. Eu simplesmente AMO esse disco! Não só foi o primeiro disco do Iron que ouvi, mas também o primeiro disco de Heavy Metal no qual coloquei os ouvidos. Se não fosse por ele, talvez estivesse ouvindo pop rock de FM até hoje...

    A primeira música que ouvi do disco, e a minha favorita dele até hoje, foi "Deja-Vu", a qual acho ainda mais injustiçada do que "Alexander", pois esta os fãs sempre citam, mas a outra não.

    E a capa então... alguma banda de heavy metal já fez alguma mais bonita e mais cheia de detalhes e significados ocultos do que esta? Não consigo lembrar de nenhuma no momento...

    Esse disco, talvez pelas questões emocionais que encerra em mim, é um dos 3 melhores do Iron. E se alguém não concordar, tudo bem. Mas eu não vou dizer o contrário de jeito nenhum...

    'Cos you know when you fell deja vu...

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  2. Um dos meus discos preferidos do Iron Maiden, fácil fácil.

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  3. O melhor disco do Iron e looonge do segundo. Eu sou dos xiitas viúvas de Di Anno, mas reconheço que o Iron cresceu muito com o Bruce e que se não fosse a entrada dele na banda, talvez hj o Iron seria mais um Saxon ou Def Leppard da vida, e não a mega-banda com milhões de fãs pelo mundo. O álbum em questão tem para mim dois lados distinto. O lado A é o que ficou mais comercial, com heaven Can Wait e Wasted Years (não por acaso as duas que fizeram parte da Back Somewhere In Time), e o lado B, fantástico do início ao fim. As letras, as melodias, os timbres das guitarras sintetizadas fazem do Lado B tão bom que qualquer comercialidade das faixas citadas anteriormente ficam relegadas a zero. E é justamente esse um dos pontos que não me faz colocar o Iron entre as melhores do mundo, afinal, eles desprezaram o vinil tanto na época do lançamenteo quanto ainda hoje. Na turnê Back Somewhere In Time, muito foi dito que o nome da turnê seria pq o álbum que dava nome a mesma ia estar praticamente na íntegra, com mais material antigo, e só entraram as duas canções que para mim, não são as melhores e mais significativas do que SIT realmente é. Fora isso, utilizaram o EDDIE do SIT, o que comprova a importância e a beleza do mesmo para a carreira da banda, que para mim, está estagnada desde a volta do Adrian, lançando discos meia-boca e ainda em alta por causa dos fãs que veneram a banda como deuses. Afinal, fazer uma turnê somente com canções antigas, imitando uma outra turnê, isso é legal pacas para quem é fã (e eu me incluo nisso), mas não mostra que a banda ainda está forte. Tem que ver o que virá com o novo álbum, que pela El Dorado, parece ser um bom trabalho. Fazer turnê de reviews é como botar um sósia do Elvis cantando as músicas do rei branco do rock. Por fim, desprezar Deja Vu, Sea Of Madness, Loneliness Of Long Distance Runner e aquela que muitos fãs pedem e clamam, que é Alexander The Great, como eu já vi o Bruce fazendo em uma entrevista, dizendo que essa canção não passavade meras frases em um tema sem graça, isso não pode ser feito. É imcompreensível o que a banda fez e faz com SIT, tornando o LP talvez mais injustiçado pela banda do que pelos fãs. Enfim, desculpem me prolongar, feliz dia mundial do rock para todos e que venham as pedras.

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  4. Eu nem sei o que falar desse disco. É engraçado que eu sempre digo que meu disco preferido do Iron é o The Number, mas os que mais escuto são o SIT e o SSOSS. Stranger in a Strange Land é maravilhosa!!! Alexander the Great é maravilhosa!!! Deja Vu idem...
    Acabei de assistir o clipe para The Final Frontier disponibilizado no site oficial. Por se tratar de algo espacial me lembrei muito de SIT...

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  5. O meu disco favorito do Iron é o Seventh Son, desde a primeira vez que o ouvi... Acho que só eu e o Steve Harris achamos isso no mundo todo...

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  6. Escrever sobre o Iron Maiden é muito complicado. Ideias vêm à cabeça e são difíceis de serem expressas sem me tornar prolixo. Em primeiro lugar, não, "Somewhere in Time" não é meu favorito. Essa honra pertence ao "Killers", apesar de preferir Bruce na banda. Mas SIT tem um lugar muito especial na discografia da banda para mim. Tão bom quanto os antecessores "Powerslave" e "Piece of Mind" (talvez melhor que este último, dado que é mais equilibrado), e melhor que todos os sucessores, e aí incluo "Seventh Son of a Seventh Son". A produção do disco é algo interessantíssimo também. Um produto de sua época, talvez até datada, mas ainda assim muitíssimo bem executada, apesar de não ser praticamente atemporal como a de "Powerslave", que soa nova até hoje.

    Performances excelentes e a consolidação de Adrian como um exímio solista e compositor também são detalhes que transformam esse álbum em um clássico, o que ele faz em "Wasted Years" é um absurdo. Discordo em parte sobre "Alexander the Great". A música é sim ótima, mas acredito que com o passar do tempo acabou ganhando mais reconhecimento do que originalmente merece. A letra e as linhas vocais comentadas no artigo talvez sejam justamente os pontos menos fortes da composição, que às vezes parece pedir menos do que Bruce canta, especialmente nas seguintes estrofes:

    A Phrygian King had bound a chariot yoke
    And Alexander cut the 'Gordian knot'
    And legend said that who untied the knot
    He would become the master of Asia

    Hellenism he spread far and wide
    The Macedonian learned mind
    Their culture was a western way of life
    He paved the way for Christianity


    Poderia comentar sobre os excelentes lados b dos singles, e aí incluo meu favorito da banda: "That Girl"... que música! Muito melhor que a versão do FM...

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  7. Eu percebi que o Iron Maiden era uma banda acima da média depois de ouvir o Somewhere In Time. Para mim, o que torna este álbum um dos melhores é o uso magistral das guitarras sincronizadas (ou gêmeas), cuja técnica foi eternizada pelo Wishbone Ash.

    Bem que Steve Harris poderia remover Fear of the Dark dos stlists e incluir Stranger in a Strange Land ou Alexander the Great. Nenhum fã da Donzela ainda aguenta ouvir um dos refrões mais conhecidos da banda!

    Aguardemos o "Final Frontier", Up the Irons!!

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  8. Somewhere in Time foi o disco que fez o Iron Maiden conquistar meu coração. Ganhei de presente assim que saiu, e me lembro exatamente a sensação que tive ao ouvi-lo pela primeira vez.

    Meu top#5 dos discos do Maiden:

    Powerslave
    Somewhere in Time
    The Number of the Beats
    Seventh Son of a Seventh Son
    Brave New World

    E vocês, quais são os seus cinco discos preferidos da banda?

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    Respostas
    1. Comprei o SIT na semana do lançamento na hi fy discos. Sim uando escutei pela primeira vez sei uma peuena torcidinha no nariz....fato. Bastou algumas boas escutadas para mudar completamente minha visão dessa obra prima . Eu discordo que esse disco teve críticas negativas , o ue na verdade teve uma apreensão pela mudança de sonoridade. Mas lembro de ter lido muitas críticas favoráveis. Falo isso porque tinha 16 anos na época e ja era fã de carteirinha. O que o Adrian Smith estava inspirado é algo surreal. Brilhante capa , produção e principalmente a ualidade dos solos. Apesar de ser um pouco injustiçado esse album é um dos mais vendidos do Maiden. Se não me engano do TNOTB vendeu mais....portanto. ...vai entender.

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    2. Comprei o SIT na semana do lançamento na hi fy discos. Sim uando escutei pela primeira vez sei uma peuena torcidinha no nariz....fato. Bastou algumas boas escutadas para mudar completamente minha visão dessa obra prima . Eu discordo que esse disco teve críticas negativas , o ue na verdade teve uma apreensão pela mudança de sonoridade. Mas lembro de ter lido muitas críticas favoráveis. Falo isso porque tinha 16 anos na época e ja era fã de carteirinha. O que o Adrian Smith estava inspirado é algo surreal. Brilhante capa , produção e principalmente a ualidade dos solos. Apesar de ser um pouco injustiçado esse album é um dos mais vendidos do Maiden. Se não me engano do TNOTB vendeu mais....portanto. ...vai entender.

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  9. Meus cinco favoritos HOJE são:

    Killers
    The Number of the Beast
    Powerslave
    Somewhere in Time
    Piece of Mind

    Quem sabe amanhã já mudo de ideia e incluo o primeirão no lugar de um desses aí... essa é a grande graça de uma boa banda... e "Fear of the Dark" tem que ser limada do set list pra nunca mais voltar, assim como "Iron Maiden".

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  10. Top 5 do Iron? Pera aí, deixa eu pensar...

    (5 segundos depois:)

    1) 7th Son
    2) Piece Of Mind
    3) Somewhere In Time
    4) Powerslave
    5) Iron Maiden

    Só os de estúdio... porque o melhor de todos para mim é o Live After Death... mas esse é "coletânea ao vivo", aí não vale...

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  11. Micael, durante séculos sempre achei o Live After Death o melhor ao vivo do Maiden, até ouvir o Beast Over Hammersmith, gravado durante a turnê do The Number of the Beast e que faz parte do box Eddie´s Archive. Hoje, para mim, ele é o melhor e deixa o LAD em segundo lugar.

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  12. Grande disco! Eu curto Iron desde o Piece of Mind (para mim o melhor). O SIT foi o album do Maiden que eu mais esperei. Eu acho que no Brasil foi o album mais esperado da banda (acho que o mais vendido aqui também). Na época me lembro que foi bastante questionado, mas se trata de em clássico. Me lembro até hoje da primeira audição, isso sem falar na capa? Tudo mundo falava dela, até a galera que não curtia metal. Uma pena que a banda nunca tocou Alexander the Great ao vivo. Espero viver para presenciar isso. Me despeço ao som de The Loneliness Of The Long Distance Runner!

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  13. Este comentário foi removido pelo autor.

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  14. Ah, as guitarras sintetizadas...

    Lembro-me bem de que elas foram uma espécie de inimigo do Metal no final dos anos 80.

    Quando saiu o Somewhere In Time, ficou gravada na minha memória a reação de um colega meu de escola, que simplesmente apagou o Maiden de sua vida por ter achado o disco "uma bosta". Quando comprei a bolacha e fui pra casa ouvir, fiquei imaginando o que ele tinha achado de tão ruim assim: o play era maravilhoso!

    Daí eu comecei a ler as resenhas da época e eis que surge o inimigo número um. Só pra situar o raciocínio, na mesma época o Judas lançou o Turbo, play cheio de guitarras sintetizadas, e, ainda que tenha sido um sucesso absoluto de vendas, foi execrado pelos fãs de longa data por sua verve comercial, naquilo que eu considero um dos grandes "traumas" sofridos pelos bangers nos anos 80. Uma banda como o Judas ter se tornado "comercial" era inaceitável, horrível, verdadeiro fim do mundo.

    Daí, meu amigo, qualquer disco que tivesse guitarras sintetizadas sofreria dessa repulsa, não importando se o conteúdo era bom, como no caso do Somewhere In Time, ou fraco mesmo, e me vem à cabeça o Crazy Nights (opinião pessoal).

    Vejo essa repulsa inicial ao Somewhere In Time, que existiu e foi muito forte por parte de alguns fãs, mais como um resultado do já conhecido e tão famigerado radicalismo inerente à cultura headbanger do que propriamente a uma falta de qualidade da obra. Nesse caso, como bem ressaltado pelo Ricardo, o tempo foi o senhor da razão.

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  15. não considero o Somewhere In Time um disco injustiçado. ele é um dos mais adorados entre os fãs e mais elogiados pela crítica. não sei de onde você tirou isso, mas beleza.

    abraço!

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  16. Pobres dos infelizes que fizeram essa comparação com o "Turbo", do Judas Priest. Esse sim pode ser considerado um dos pontos baixos da carreira da banda em termos musicais, não comerciais. Quem vem com o papo de que esse é um "grande disco de hard rock" só pode estar de brincadeira... Em se tratando de anos 80, grandes discos de hard rock são esses aqui: "Appetite For Destruction" (Guns n' Roses), "Out of the Cellar" e "Invasion of Your Privacy" (Ratt), "Creatures of the Night" (Kiss), "Raise Your Fist and Yell" e "Trash" (Alice Cooper), Badlands (idem), "Slide It In" e "1987" (Whitesnake), "Fair Warning" (Van Halen), "Tooth and Nail" (Dokken), "High n' Dry" e "Pyromania" (Def Leppard), "Slippery When Wet" e "New Jersey" (Bon Jovi), "Bangkok Shocks, Saigon Shakes, Hanoi Rocks" (Hanoi Rocks),"Skid Row" (idem)... e por aí vai... "Turbo" fica pequeno...

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  17. Bem, vamos a algumas considerações:

    - em primeiro lugar, o texto não é meu, e sim do Ronaldo Costa;

    - em segundo, quando o disco saiu ele foi bastante criticado pelos fãs e pela crítica especializada, principalmente pelas guitarras sintetizadas. Os mais radicais torceram o nariz para o álbum, lembro perfeitamente disso até hoje, por isso a escolha do Ronaldo em colocá-lo nessa série de matérias sobre discos injustiçados;

    - pra mim o SIT é um dos cinco melhores álbuns do Maiden, como já comentei aí em cima;

    - o Turbo é um disco muito ruim, não dá nem pra começar a comparar com o SIT. Se for pra comparar com alguma situação parecida, coloquem o Turbo lado a lado com o St Anger ...;

    - e, pra fechar, o SIT é um exemplo de como uma banda pode inovar e ousar, ser mal interpretada a princípio, mas a força e qualidade de sua obra ser tão grande que essa inovação passa a ser aceita com o passar dos anos, chegando até ao ponto de o disco em questão ser apontado pela maioria dos fãs - como é o caso - como um dos grandes discos gravados pelo Iron Maiden em toda a sua carreira.

    Abraço.

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  18. Top #5 do Iron

    Somewhere In Time
    Iron Maiden
    Killers
    Powerslave
    Seventh Son Of A Seventh Son

    Se Iron Maiden (a musica) saisse do set list, em qual o Eddie iria aparecer?

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  19. Na melhor música já gravada pelo Iron Maiden: "Hallowed Be Thy Name"!!!

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  20. Em qualquer outra, isso é fácil de escolher. Por mim pode ser em qualquer outro grande clássico executado, pode inclusive variar. Os shows do Iron Maiden têm sido muito previsíveis.

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  21. Esse play é excepcional e tudo nele é perfeito. A capa dele é a melhor do mundo pra mim. Não consigo apontar nenhuma outra capa de disco que seja tão bonita, emblemática e simbólica quanto essa.

    Parte do visual é baseado no filme Blade Runner: O Caçador de Androides. O Eddie nessa arte é um androide (dããã... jura?), as naves e alguns prédios lembram os figurinos e cenários do filme (que, inclusive, está em cartaz no cinema depois da passarela) e no fundo tem uma menção à Tyrell Corporation (empresa que fabricava os androides no filme).

    Isso pra não falar dos vários detalhes antológicos sobre a própria banda. Faço minhas as palavras do Lars Ulrich: o Iron Maiden sempre fez tudo mais legal do que as outras bandas de Metal. Desde as músicas, até os shows e até as capas dos discos.

    Meus plays preferidos:

    Seventh Son of a Seventh Son
    Somewhere in Time
    Powerslave
    The Number of the Beast
    A Matter of Life and Death

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  22. Duas coisas:

    Primeiro um "mea culpa", não prestei atenção e no meu comentário analisei o texto como se fosse do Ricardo Seelig. Foi mal!

    Outra, citei o Turbo (que também acho uma bomba) apenas como tentativa de explicar o contexto da época, não dá mesmo pra compará-lo com o Somewhere In Time, a diferença de qualidade é colossal.

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  23. Affff...é sempre assim... sai um disco meio diferente e todo mundo fala que é um lixo...passa 15 anos e finalmente percebem que na verdade o disco é bom.... tenho certeza que em 2025 todo mundo vai falar que o Dance of Death e o A matter of life and Death são clássicos....

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  24. O AMOLAD sim Fábio, concordo que tem potencial para isso. Agora, o DOD não. É um disco bom, mas nada mais do que isso.

    Abraço.

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  25. Discaço, e eu comprei o LP assim que foi lançado em 1986- ORIGINAL , não vendo e não empresto...........

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  26. faço quadros pirografados em madeira, a uns anos atras fiz essa capa do iron, o quadro se encontra na loja lady snake da galeria do rock no 2º piso quem puder passe por la e vejam vão gostar. meu blog é http://artpirografica.blogspot.com/

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  27. Pra dizer a verdade nao acho que esse album foi injustiçado, nunca li criticas negativas sobre ele na epoca.
    Alias, nos anos 80 eu colecionava a SOMTRES por causa das resenhas dos albuns, ficava puto porque quase sempre os caras detonavam os plays de heavy metal e uma das poucas vezes que li um elogio foi quando o cara fez uma critica do Somewhere, e ele começava assim...Enfim há vida inteligente no heavy metal (referindo-se principalmente as letras)!

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  28. Com o passar dos meus anos no Metal (desde 88, pra ser mais exato), esse acabou crescendo a ponto de se tornar o que mais gosto do Maiden (mas não o melhor: esse título é do Powerslave), nunca tiro esse álbum do MP3. Boa matéria!

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  29. Este album é maravilhoso com produção perfeita, todos os instrumentos são audiveis, soa novo mesmo após 26 anos, o unico fator negativo deste album que é um dos meus favoritos, é ter apenas 8 faixas, deveria ter mais 2 ou 3 incluidas, creio eu que lançaram somente com 8 por causa do vinyl ter espaço limitado, será?

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  30. Eu gostaria de mandar uma sugestão de matéria, voçês poderiam listar todos os artistas e albuns que foram lançados com guitarras sintetizadas além do Iron Maiden!

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  31. Cara, seguinte, esse foi o meu primeiro disco, meu primeiro vinil comprado, na época do lançamento, com 12 anos, quando eu comecei a me entender por gente, hehe! Prá mim o som desse disco foi uma referência para toda a minha existência, tanto que depois dele, veio quase toda a coleção do Iron, e outros, e ainda hoje, ouço com saudades essa bela obra! Grande disco, e sim, injustiçadíssimo, pois é simplesmente uma obra divina do metal!

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  32. Simplesmente o melhor álbum do Maiden!

    Todo dia, to dia, escuto ele. Ao lado do The Number e do Killers, na minha humilde opinião, são os melhores do Maiden.

    Minha música preferida do heavy está nesse disco, a Wasted Years!

    Foi o meu terceiro disco que adquiri quando tinha os meus 12 anos e possuo até hoje, intacto.

    Ao lado de The Loneliness of the Long Distance Runner, Stranger in a Strange Land, Heaven Can Wait, e magnifica a Alexander the Great são clássicos da Donzela.

    Ahhhh esquecendo de mencionar, parabéns pela leitura e escrita do melhor álbum do Maiden! Upp The Ironss!

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  33. Ola galera, concordo com tudo que foi colocado pelo editor, esta tudo certo e bem elaborado.
    Sou fã do Iron desde antes do lançamento do Somewhere in Time, e me lembro muito bem de toda essa repercursão em torno do disco, eu mesmo fiquei meio com a pulga atras
    da orelha por um tempo mas percebi que apesar dos sintetizadores outros fatores contribuiram para que o disco ficasse bom, como melodia das musicas, refrões, solos, entrosamento da banda, arte visual etc...
    Sou fã incontestavel do Iron, pois gosto da perfeição com que o Iron faz as coisas, nivel tecnico que nao percebo em nenhuma outra banda !!

    Para mim os melhores albums são:

    *1: Somewhere in Time
    *2: Powerslave
    *3: Seventh Son of a Seventh Son
    *4: Piece Of Mind
    *5: Todos os outros...!!

    E isso ai, valeu galera e UP THE IRONS !!!

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  34. O Iron é sem dúvida a minha banda favorita! Tem álbuns muito bons ,mas dizer q o somewhere in time é o melhor? Isso seria uma grande mentira. E sobre ser um album injustiçado, eu não acho. Pra mim depois do powerslave a banda só caiu, ficando com o som repetitivo o Steve levava os outros instrumentos (todos seguiam o baixo) mas depois putz... ele ficou sendo mais um... o Nicko quando dava a virada na bateria vc ouvia o som mudar mas depois(agora) vc escuta ele virar só q é como se ele estivesse bantendo no mesmo lugar!! As músicas do somewhere são músicas chatas sem exeção , tirando q nesse album o Adrian Smith tomou conta da banda! Wasted Years é horrível... e tem pessoas q vão dizer q ela é a melhor. Quando fui escutar esse album eu não acreditei q o Maiden pudesse fazer um álbum assim! Na minha opinião um ranking com os discos ficaria assim:

    1*- Piece Of Mind
    2*- The Number Of The Beast
    3*- Powerslave
    4*- Fear Of The Dark
    5*- Killers
    6*- Iron Maiden
    7*- Virtual XI
    8*- A Matter Of Life And Death
    9*- Seventh Son Of A Seventh Son
    10*- Dance Of Death
    11*- No Prayer For The Dying
    12*- Brave New World
    13*- The Final Frontier
    14*- The X Factor
    15*- The Book Of Souls
    16*- Somewhere In Time

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