Stratovarius - Elysium (2011)


Por João Renato Alves

Cotação: **1/2

Em seu décimo-terceiro álbum de estúdio, o Stratovarius dá aos fãs exatamente o que eles querem. Ou seja, mais do mesmo.

A competência está ali, afinal de contas, tratam-se de músicos acima de qualquer suspeita. Da mesma forma, não dá para negar que melodias como a do single “Darkest Hours” são muito bem desenvolvidas. O problema é que, de modo geral, nem elas se diferem mais. Cada levada, cadência, mudança de ritmo, tudo remete ao que já foi feito anteriormente. O fato de o principal compositor da história da banda, Timo Tolkki, não estar mais presente, apenas depõe contra os remanescentes. Afinal de contas, parece que estão apenas preocupados em seguir os passos do antigo líder, sem mostrar uma identidade própria.

Além da já citada “Darkest Hours”, alguns bons momentos na curta e direta “The Game Never Ends” e o speed tradicional de “Event Horizon”, que ainda consegue divertir um pouco.

Obviamente, quem é adepto incondicional vai adorar, colocar no topo da lista de melhores do ano. Com certeza vai escutar algo diferente, embora seja a mesma coisa de novo, de novo e de novo. Mas é compreensível, fã não precisa pensar diferente mesmo.

Como um todo, Elysium é muito bem feito, desde a produção até a execução – nem dava pra esperar outra coisa. Mas não acrescenta nada à carreira de uma das grandes referências do metal melódico em sua história. E escutar os dezoito minutos da faixa-título sem ser um fanático é tarefa heróica.

Tolkki deveria surtar, pedir o nome e tocar o terror novamente.


Faixas:
1 Darkest Hours 4:11
2 Under Flaming Skies 3:52
3 Infernal Maze 5:33
4 Fairness Justified 4:21
5 The Game Never Ends 3:54
6 Lifetime in a Moment 6:39
7 Move the Mountain 5:34
8 Event Horizon 4:24
9 Elysium 18:07

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