The Black Dahlia Murder: crítica do álbum 'Ritual' (2011)


Por Ricardo Seelig

Nota: 9

O quinto álbum dos norte-americanos do Black Dahlia Murder é, facilmente, o melhor de toda a sua discografia. A banda liderada pelo insano vocalista Trevor Strnad apresenta uma evolução estonteante em Ritual.

Se o disco anterior, Deflorate (2009), já era superior a grande parte da cena atual do death metal melódico, o novo passa por cima sem dó. Com a voz doentia de Strnad sempre à frente, o grupo despeja riffs cheios de melodia e muito mais técnicos do que vinha fazendo anteriormente. Sacadas como o uso de um piano em "Carbonized in Cruciform" e cordas em "Blood in the Ink" tornam o conceito das letras ainda mais forte, como se, ao invés de estarmos escutando um disco, estivéssemos na verdade assistindo um filme de terror.

No entanto, o principal destaque de Ritual são as guitarras. Preste atenção nos solos, todos donos de uma personalidade própria, como se fossem pequenas composições dentro das faixas. Em "Moonlight Equilibrium", por exemplo, o solo aproxima o heavy metal do jazz, enquanto em "A Shrine to Madness" o que temos é uma uma espécie de tributo ao thrash metal oitentista.

Se antes de Ritual o Black Dahlia Murder já era uma das mais interessantes bandas do cenário death metal, com o seu novo disco o quinteto de Michigan chama para si o protagonismo do gênero.

Em se tratando de death melódico, vai ser difícil alguém superar os caras esse ano!



Faixas:
  1. A Shrine to Madness
  2. Moonlight Equilibrium
  3. On Stirring Seas of Salted Blood
  4. Conspiring with the Damned
  5. The Window
  6. Carbonized in Cruciform
  7. Den of the Picquerist
  8. Malenchanments of the Necrosphere
  9. The Grave Robber's Work
  10. The Raven
  11. Great Burning Nullifier
  12. Blood in the Ink

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