Novembers Doom: resenha do álbum 'Aphotic' (2011)



Por Ricardo Seelig

Nota: 8,5

Oitavo álbum do grupo norte-americano Novembers Doom, Aphotic apresenta um equilíbrio entre a sonoridade mais extrema dos primeiros discos e a música assumidamente mais acessível e “mansa” dos trabalhos recentes. De um modo geral o álbum expõe uma presença muito maior de elementos doom, característica essa exteriorizada já no título, uma alusão à região mais escura do oceano, além do alcance da luz, e por isso mesmo desconhecida e virgem ao homem.

Liricamente, o disco explora temas como a escuridão interna do ser humano, responsável por gerar pensamentos e desejos desagradáveis que, muitas vezes, afetam nossas vidas. Uma temática sombria e negativa, traduzida com perfeição nas faixas de Aphotic.

Percebe-se um esforço constante da banda em não se limitar ao death nem ao doom metal, gêneros com os quais é comumente associada, o que faz com que o álbum soe sempre surpreendente, colocando na mesa alternativas inesperadas para o ouvinte.

O tracklist, bastante consistente, tem alguns destaques imediatos, como a abertura com a pesada “The Dark Host”, onde é possível identificar uma bem-vinda influência do Opeth, manifestada no contraste entre as partes mais pesadas e as passagens climáticas mais calmas. Outro grande momento é a linda balada “What Could Have Been”, com a participação especial da ex-The Gathering Anneke Van Giersbergen e sua voz angelical.

Aphotic é um álbum envolvente, e, sem dúvida, o trabalho mais consistente do Novembers Doom nos últimos tempos. Se você é fã, irá curtir. Se não conhece a banda, está na hora de ouvir.



Faixas:
  1. The Dark Host
  2. Harvest Scythe
  3. Buried
  4. What Could Have Been
  5. Of Age and Origin – Part 1: A Violent Day
  6. Of Age and Origin – Part 2: A Day of Joy
  7. Six Sides
  8. Shadow Play

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