Os melhores discos de 2011 na opinião de Rodrigo Simas, crítico musical e webmaster do DMBrasil



Conheço o Rodrigo Simas há vários anos já. Ele foi um dos primeiros caras que entrevistei para a Collector´s Room, quando criei a coluna para o Whiplash, lá em 2005. Além disso, o Simas tem um trabalho primoroso de divulgação da Dave Matthews Band aqui no brasil através de seu site, o DMBrasil.


Mas, acima de tudo, o Rodrigo é dono de um conhecimento musical muito grande. Por este motivo, o convidei para participar da nossa lista de melhores do ano. Leia abaixo quais foram os melhores discos de 2011 na opinião dele, e deixe a sua opinião sobre as escolhas nos comentários.


Protest The Hero – Scurrilous


Scurrilous é uma evolução natural ao caos organizado que o grupo se propõe a realizar. Uma obra impressionante, que mostra uma banda faminta por mostrar todo seu potencial, esbanjando energia, técnica e peso.


Arch/Matheos - Sympathetic Ressonance


As duas mentes que direcionaram o Fates Warning nos seus primeiros anos se juntam novamente para gravar um novo clássico, nos fazendo lembrar o quanto John Arch faz falta cantando sobre os fantásticos riffs de Jim Matheos.


Tedeschi Trucks Band – Revelator


Southern rock e blues com o casal Susan Tedeschi (cantando maravilhosamente) e Dereck Trucks (provavelmente o melhor guitarrista da nova geração), acompanhados de uma bandaça e muita inspiração, em um trabalho lindíssimo.


Laura Marling - A Creature I Don't Know


Ela ainda parece tímida por trás da sutileza de suas canções e das bonitas melodias que canta com facilidade impressionante. Chegando ao seu terceiro álbum, Laura parece saber que sua força está na sinceridade da música que compõe.


Adele – 21


Mundialmente aclamada, Adele chegou rapidamente ao status de estrela. A diferença é que sua música traz (muita) qualidade às paradas do mundo inteiro, item geralmente em falta no top 10 da maioria dos países.


Trivium - In Waves


Moderno, pesado, rápido e melódico. Contando com uma produção primorosa, o Trivium alterna pancadaria com ótimas melodias, fazendo a ponte perfeita entre o passado e o futuro do estilo, tornando-se realidade dentro da cena metálica.


Mastodon - The Hunter


Provavelmente o álbum mais acessível feito pela banda, The Hunter consegue sintetizar suas ideias, que parecem surgir aos montes, em composições mais diretas, criando mais uma obra única em sua discografia.


Machine Head - Unto the Locust 


A expectativa era alta, e a banda não decepcionou! Porrada do início ao fim, a rifferama corre solta em uma explosiva sequência de músicas raivosas, daquelas que fazem os fãs baterem a cabeça durante toda a audição.


Symphony X – Iconoclast


Sem perder sua essência, mas mantendo o peso dos últimos anos, o Symphony X soa ainda mais intenso nestre trabalho, com uma avalanche de riffs, quebradas de ritmo e passagens intrincadas, com a sempre excelente performance do vocalista Russell Allen.


In Flames - Sounds of a Playground Fading


Provando haver vida após a saída de Jesper Stromblad, guitarrista fundador e um dos principais compositores, o In Flames continua sua evolução em mais um grande trabalho, sabendo se arriscar sem sair dos trilhos.


Revelação: Leprous – Bilateral


Revelação do progressivo, o Leprous consegue ser original dentro de um estilo explorado aos extremos, usando todas as suas características principais sem se preocupar em copiar ninguém. Ótima surpresa!

Comentários

  1. Louvável a lembrança do trabalho do John Arch com o guitarrista Jim Matheos, trabalho que ainda conta com o incansável Joe Vera no baixo e Bobby Jarzombek (Halford, Painmuseum, Riot , Sebastian Bach) na bateria, um time de gabarito num bom disco de progressive metal.

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