O
Dream Theater anunciou o relançamento do álbum Scenes from a
Memory (1999) em vinil, formato até então inédito para o
trabalho. Considerado um dos melhores discos da banda – pra mim é
o melhor -, Scenes from a Memory ganhará uma edição em
vinil duplo 180 gramas, com direito à capa dupla (veja imagem do gatefold abaixo).
Principal
compositor e força criativa do Oasis, Noel Gallagher estreia a sua
carreira-solo após o final da banda em 2009, motivada pelas eternas
brigas com seu irmão Liam. Enquanto Liam Gallagher reuniu os demais
integrantes do grupo e montou o Beady Eye, que colocou o seu primeiro
álbum nas lojas em fevereiro desse ano, Noel isolou-se do mundo.
A
primeira coisa que fica clara ao ouvir High Flying Birds é
que trata-se de um disco com uma sonoridade muito mais refinada do
que a presente na estreia do Beady Eye. Isso não é nenhuma
surpresa, afinal as composições de Noel sempre se destacaram pelas
melodias de bom gosto e pelos arranjos inteligentes, enquanto Liam
era o lado mais rocker e urgente do Oasis.
Produzido
pelo próprio Noel e por Dave Sardy, responsável pelo último álbum
do Oasis – Dig Out Your Soul, de 2008 -, High Flying
Birds não é um álbum inovador, pelo contrário. O disco segue
exatamente tudo o que Noel fazia no Oasis, retiradas da receita,
obviamente, a participação dos demais músicos e as brigas
familiares que pareciam alimentar a banda. O que temos aqui é um
álbum que, ao contrário do Beady Eye, cairá como uma luva na vida
dos órfãos de uma das maiores e mais importantes bandas do rock
inglês da década de 90.
O
disco prova o que muitos já sabiam: Noel Gallagher era a alma e o
coração do Oasis. As dez faixas, embaladas pela voz única de Noel,
formam o melhor trabalho do vocalista e guitarrista desde (What's
the Story) Morning Glory?, o disco lançado em 1995 que levou o
Oasis ao topo do pop.
Há
obras-primas em High Flying Birds. O primeiro single, “The
Death of You and Me”, é uma das maiores. “Dream On” segue o
mesmo caminho, em uma balada com sabor sessentista e pequenos toques
de psicodelismo que nasce com cara de clássico. “(I Wanna Live in
a Dream in My)” tem um que de “Champagne Supernova”,
principalmente no solo.
Mas,
ao mesmo tempo em que refina aquilo que sabe fazer de melhor, Noel às
vezes aventura-se em novos caminhos. A excelente “AKA … What a
Life!”, com uma batida dançante e um bem sacado piano, é
diferente de tudo o que o músico já fez em sua carreira. Os vocais,
que se alternam entre o falsete e o registro normal, são os melhores
do trabalho.
A
influência do Kinks, que pode ser sentida timidamente em “The
Death of You and Me”, surge esplendorosa em “Soldier Boys and
Jesus Freaks”. Aliás, essas duas faixas merecem destaque porque
trazem, também, uma latente influência dos Beatles, mas de uma
forma diferente do habitual. Ao invés da cópia escancarada
praticada pelo Beady Eye – e pelo próprio Oasis em alguns momentos
-, a presença do Fab Four é constatada através de detalhes nos
arranjos, como as insólitas cornetas que martelam a melodia,
revivendo o que Paul McCartney e sua turma fizeram em discos como Sgt
Peppers (1967).
High
Flying Birds tem cara de coletânea, pois todas as suas faixas
são hits latentes, singles a serem descobertos. Isso faz com que a
audição do álbum seja extremamente agradável, carregando o
ouvinte através de uma coleção de composições da mais alta
qualidade.
Sem
dúvida alguma, um dos melhores discos do ano. Obrigado, Noel!
Comemorando
os seus 25 anos, a Metal Hammer inglesa perguntou aos seus leitores
qual seria o melhor álbum de estreia de uma banda de heavy metal
lançado nos últimos 25 anos.
Mais
de 16 mil votos foram computados, e o resultado, um tanto quanto
surpreendente, elegeu de lavada o debut do Slipknot, 1999) como a
melhor estreia do último quarto de século.
Confira
abaixo os dez primeiros colocados, segundo os leitores da Metal
Hammer:
Slipknot
– Slipknot – 32%
Korn
– Korn – 9%
Guns
N' Roses – Appetite for Destruction – 8%
Rammstein
– Herzeleid – 7%
Pantera
– Cowboys from Hell – 6%
System
of a Down – System of a Down – 5%
Linkin
Park – Hybrid Theory – 4%
Machine
Head – Burn My Eyes – 3%
Bullet
for My Valentine – The Poison – 3%
Rage
Against the Machine – Rage Against the Machine – 2%
Entre
os dez álbuns acima, o melhor, na minha opinião, é Cowboys from
Hell, que, na verdade, não é o primeiro álbum do Pantera, mas
sim o primeiro trabalho após a reformulação sonora e estética que
a banda passou, deixando de ser um grupo de power metal vestido com
roupas espalhafatosas e passando a executar um som repleto de groove
que revolucionou profundamente o metal. Depois dele, os melhores,
para mim, são os discos do Slipknot e do System of a Down. Gosto de
Appetite for Destruction, sei da sua importância, mas ele nunca
esteve entre os meus discos favoritos.
Considero
Jon Schaffer um dos grandes compositores do heavy metal. O seu
talento para conceber músicas memoráveis é inegável. Porém, os
últimos discos do Iced Earth – Framing Armageddon (2007) e
The Crucible of Man (2008), onde a banda retomou a aclamada
saga iniciada no ótimo Something Wicked This Way Comes (1998)
– são trabalhos apenas regulares. O motivo disso está na
instabilidade interna que o grupo passou no período, trocando Tim
'Ripper' Owens pelo filho pródigo Matt Barlow. Porém, o celebrado
retorno de Barlow acabou sendo mais breve que o esperado, frustrando
os fãs.
Jon,
um eterno guerreiro, não se abateu e saiu em busca de um novo
cantor, encontrando a nova voz do Iced earth em Stu Block, da banda
canadense Into Eternity. A audição de Dystopia, novo álbum
do grupo, mostra que a escolha foi acertada. Block tem um timbre
muito próximo ao de Barlow, e isso faz com que a transição entre
um vocalista e outro seja quase imperceptível. Além disso, quando
canta de forma mais aguda, a lembrança de Ripper é instantânea,
agradando gregos e troianos
Mas
o principal fator que chama a atenção em Dystopia é outro:
a qualidade das composições. O som do Iced Earth foi construído
através da união primorosa das duas principais influências de Jon
Schaffer – Iron Maiden e Metallica. Foi o power metal com
características thrash que fez a banda crescer assustadoramente ao
longo de sua carreira, transformando-se em referência de heavy metal
nos Estados Unidos e sendo amada em toda a Europa. Isso está de
volta em Dystopia. O grupo soa revigorado no novo álbum,
voltando a transmitir aquela paixão, aquela energia, tão
característica do metal.
Um
disco totalmente Iced Earth, Dystopia se equilibra entre
composições mais rápidas e agressivas – como a excelente
faixa-título, “Equilibrium” e a grandiosa “Tragedy and
Triumph” - e outras mais calmas - “Anguish of Youth”, espécie
de prima de “Melancholy (Holy Martyr)”, é um destaque imediato.
O resultado final é um álbum consistente, onde nenhuma música soa
desnecessária.
Se
você, como eu, havia se decepcionado com os discos recentes do
grupo, Dystopia soará como uma surpresa pra lá de agradável.
O álbum é heavy metal até a medula, com o melhor que há no
gênero: composições épicas na medida certa, refrões empolgantes,
guitarras repletas de peso e melodia, ótimos vocais. Tudo está no
lugar certo, em um disco que não só recoloca a carreira do Iced
Earth nos trilhos como aponta para um futuro promissor.
Espero
que essa formação continua junta por vários anos, porque o que se
ouve em Dystopia parece ser apenas o primeiro passo de um novo
capítulo na carreira do Iced Earth.
21
de novembro. Nessa data chegam às lojas de todo o mundo três novas
caixas cobrindo quase toda a carreira do Rush. Batizadas de Sector
1, Sector 2 e Sector 3, trazem, ao todo, 15 CDs e 3
DVDs. Os boxes poderão ser adquiridos de forma separada ou em ume
edição especial que reúne os três.
Confira
abaixo o conteúdo de cada box:
Sector
1
Rush
(1974)
Fly
by Night (1975)
Caress
of Steel (1975)
2112
(1976)
All
the World's a Stage (1976)
Fly
by Night DVD
Sector
2
A
Farewell to Kings (1977)
Hemispheres
(1978)
Permanent
Waves (1980)
Moving
Pictures (1981)
Exit
… Stage Left (1981)
A
Farewell to Kings DVD
Sector
3
Signals
(1982)
Grace
Under Pressure (1984)
Power
Windows (1985)
Hold
Your Fire (1987)
A
Show of Hands (1988)
Signals
DVD
A
carreira do Rush tem como característica a divisão em fases
compostas por quatro discos, que se encerram com um álbum ao vivo
cobrindo o período. Assim, em Sector 1 temos os álbuns da
primeira fase do Rush, onde o grupo estava desenvolvendo a sua
sonoridade, cujo principal destaque é o clássico 2112.
Sector 2 traz trabalhos que se equilibram entre a imersão no
universo progressivo – principalmente A Farewell to Kings e
Hemispheres – e a inserção de novos elementos – no ótimo
Moving Pictures. E Sector 3 contém os álbuns da
controversa fase oitentista do grupo, onde o trio mergulhou em uma
sonoridade baseada excessivamente nos teclados e em outras tendências
do período. Esses excessos foram admitidos pela própria banda no
excelente documentário Beyond the Lighted Stage.
Mas
o que chama realmente a atenção são os DVDs contendo os álbuns
Fly by Night, A Farewell to Kings e Signals, que
foram remasterizados e receberam tratamento 5.1, realçando ainda
mais a riqueza sonora de suas faixas.
Resta
saber se os álbuns que ficaram de fora, lançados entre 1989 e 2011,
ganharão também caixas contemplando o período. Espero que sim.
Não
espere uma audição fácil ao dar play em Lulu, álbum da
parceria entre a maior banda de heavy metal do planeta – Metallica
– e um dos ícones do rock “com cérebro” - Lou Reed. Concebido
para ser uma espécie de trilha-sonora para o teatro de vanguarda,
preenchendo o espaço que antes era ocupado por trilhas orquestradas
e clássicas, o disco soa como uma espécie de ópera, alternando
momentos mais “visuais” com outros mais palatáveis ao ouvinte
“normal” de música.
Conceitual,
o trabalho conta a história de Lulu, personagem criada pelo ator e
dramaturgo alemão Benjamin Franklin Wedekind, uma jovem dona de um
desejo sexual infinito e sem restrições que a conduz através de
uma jornada repleta de prazer e sangue. Reed havia escrito as letras
das canções há alguns anos atrás para uma montagem
norte-americana da peça, que acabou não saindo. Agora, essas mesmas
letras ganharam o acompanhamento instrumental do Metallica,
alcançando um resultado final, no mínimo, controverso.
Pra
começo de conversa, é preciso deixar claro que Lulu não é
o novo álbum nem do Metallica nem de Lou Reed. O disco é a estreia
da parceria entre ambos, portanto não espere encontrar aqui o que o
Metallica fez em Death Magnetic (2008), por exemplo. Grande
parte da força do trabalho está nas letras de Reed, que serão
ignoradas pela imensa parcela dos ouvintes que não domina a língua
inglesa. Assim, o que importa, para grande parte do público, é a
música propriamente dita.
O
Metallica soa de maneira inédita em Lulu. No lugar dos riffs
thrash, temos a predominância de jams, ruídos e passagens
construídas a partir de feedbacks. Não há o formato clássico do
heavy metal, e nem do rock, na parte instrumental do disco. Salvo
algumas exceções - como “Mistress Dread”, onde a banda soa mais
próxima do que os seus fãs estão acostumados -, a maioria das
músicas caminha por sons que causarão estranhamento ao ouvinte
tradicional de heavy metal. Isso, aliado à maneira peculiar de
cantar de Reed – recitando as letras, como se estivesse falando -,
realça ainda mais essa sensação. Pra fechar, a duração das
músicas – todas longas -, faz com que se feche um casulo em torno
dos músicos, impenetrável na maioria das vezes.
Ainda
assim, algumas faixas funcionam. É o caso de “The View”,
primeiro single, onde o Metallica soa bastante similar aos álbuns
Load e Reload. Já em “Iced Honey” o que temos é
um hard rock interessante, que remete ao ótimo New York,
lançado por Lou Reed em 1989.
O
que torna a audição do álbum difícil é o excesso de
experimentalismo de algumas faixas. Entendendo o objetivo dos músicos
– criar uma trilha para uma peça de teatro, traduzindo nas faixas
os diferentes momentos e emoções do roteiro -, fica mais fácil
absorver as composições. No entanto, algumas delas simplesmente não
funcionam sozinhas, sem o acompanhamento de atores em um palco
imaginário, por mais fértil que possa ser a imaginação de quem
está escutando o disco. É o caso de “Pumping Blood” e
“Frustration”.
Entretanto,
em alguns momentos a transição é feita de maneira suave, sem a
exigência de uma barreira intransponível entre a música e o
ouvinte. Quando isso acontece, somos brindados por boas faixas como
“Cheat On Me” - uma tour de force de mais de 11 minutos -,
“Dragon” e “Junior Dad”, que não só encerra o trabalho como
funciona como um fechamento de tudo o que ele propõe.
Lulu
não é um disco fácil. Ele não foi feito para ser ouvido de
maneira casual. É preciso se concentrar, deixar-se levar pelas mãos
de Hetfield e Reed através de suas composições. Desafiador, erra
em alguns momentos e acerta em outros. É uma espécie de sinfonia
repleta de pretensão, que, definitivamente, não será assimilada
por quem vive em um universo musical formado somente por rock e heavy
metal. Os ouvintes mais curiosos e já habituados com a música
clássica, por exemplo, absorverão muito melhor as ideias propostas,
já que elas estão muito mais próximas dos conceitos e variações
desenvolvidos pelo gênero do que do formato padrão do metal e do
rock.
Vai
gerar discussão? Vai. Vai receber críticas negativas? Sim, a
maioria. Lulu mostra que o Metallica, inquieto por natureza
mesmo com os milhões de dólares de suas contas bancárias, continua
buscando desafios criativos em sua carreira. Essa atitude, que muitas
vezes não é entendida pelos fãs, é extremamente saudável, pois
mantém a banda viva artisticamente e não apenas como uma enorme
empresa da indústria musical, como muitos gigantes por aí. No
final, o Metallica sai ganhando ao experimentar novas sonoridades,
assim como Reed, que teve um acompanhamento literalmente de peso para
as suas letras.
Ouça,
e tire as suas próprias conclusões. Para mim, o saldo é mais
positivo do que negativo.
Como
era esperado, novamente tivemos uma disputa apertada entre o Iron
Maiden e o Metallica pela primeira posição. É interessante
observar como, naquele ano de 1988, as duas bandas lançaram discos
que apresentavam claras influências do rock progressivo, com longas
composições intrincadas e cheias de mundanças de climas. Seriam
esses dois discos os precurssores do prog metal, ou eles apenas
traziam uma tendência que já era perceptível no cenário na época?
Em
terceiro, o cultuado Operation: Mindcrime, do Queensrÿche,
seguido pela segunda parte da saga do Guardião dos Sete Anéis, a
obra máxima do Helloween. Chama a atenção a pouca quantidade de
votos para o ótimo Leprosy, do Death. Teriam os fãs de metal
extremo se dividido entre os álbuns do Bathory e do Slayer e deixado
a banda de Chuck de lado?
Confira
o resultado final e deixe o seu comentário:
O
Coldplay soa renovado em Mylo Xyloto. Quinto álbum do
quarteto, o disco traz uma banda menos messiânica e com uma saudável
dose de alegria e otimismo. O desejo de ser o novo U2 ou uma versão
mais pop do Radiohead parece ter ficado para trás. O resultado é um
álbum que, ainda que guarde ligações com o passado, aponta para um
futuro surpreendente.
Provavelmente,
a principal razão para essa mudança esteja na participação maior
dos demais músicos – Jon Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo)
e o subestimado Will Champion (bateria) – no processo de
composição. Essa descentralização faz com que as principais
características de Chris Martin – as melodias grandiosas, os
arranjos pomposos – estejam mais contidos, equilibrados por um
bem-vindo tempero pop. A banda não conseguiu retornar à sonoridade
dos dois primeiros álbuns – Parachutes (2000) e o soberbo A
Rush of Blood to the Head (2002) -, mas isso, pensando bem, nem
seria necessário. Ao invés dessa escolha, o grupo soube equilibrar
as principais qualidades desses dois discos – as melodias
inspiradas adornadas pela instrumentação básica, às vezes quase
minimalista – com o que de melhor havia em seus trabalhos mais
recentes – X&Y (2005) e Viva la Vida or Death and All
His Friends (2008).
Dessa
maneira, ao mesmo tempo em que somos brindados com pequenas jóias
pop como “Hurts Like Heaven” - com um agradável tempero
oitentista – e “Every Teardrop is Waterfall”, há um clima que
traz de volta o que o Coldplay fez de melhor em sua carreira em
faixas como “Major Minus” e “Charlie Brown”, onde
instrumentos acústicos constróem a base sobre a qual arranjos
cirúrgicos de desenvolvem sem exageros.
No
meio disso tudo, a banda entrega, como sempre, composições que tem
como elemento principal a melodia, essa característica tão em
falta no pop atual. E é por essa razão que o Coldplay cativa tanto.
Em um mundo onde as batidas do rap são onipresentes e o ritmo puro e
simples é o desejo de todos, o Coldplay investe em algo “fora de
moda”: a construção de harmonias e belas melodias. Um exemplo
disso é a bonita “Paradise”, uma faixa que, apesar de soar um
tanto exagerada em alguns momentos – principalmente no “ôôô”
do refrão -, emociona.
Há
grandes momentos em Mylo Xyloto. “Us Against the World”
remete a A Rush of Blood to the Head. “Up with the Birds”,
colaboração da banda com Leonard Cohen, fecha o disco com destaque.
As já citadas “Hurts Like Heaven”, “Every Teardrop is
Waterfall”, “Major Minus”, “Charlie Brown” e “Paradise”
são garantia de satisfação.
A
única coisa que soa deslocada em Mylo Xyloto é a
participação de Rihanna em “Princess of China”. A composição,
apenas mediana, sobreviveria bem sem a cantora, e a impressão que se
tem é que a sua inclusão é muito mais uma tentativa de promover o
álbum do que uma escolha artística.
Mylo
Xyloto é um CD muito bom. Nele, o Coldplay encontrou um
equilíbrio entre a sonoridade mais básica de seus dois primeiros
álbuns e a grandiosidade pretensiosa de seus mais recentes discos.
Dessa mistura saiu um trabalho muito interessante, que mostra que o
grupo ainda tem muitas cartas na manga.
Nota: 8,5 O black metal norueguês sempre esteve cercado por polêmicas. Do assassinato de Euronymous à queima de igrejas, o que não falta é assunto, sobretudo para os detratores do estilo. Por essa razão, o premiado Until the Light Takes Us é tão importante. Ainda inédito no Brasil, o filme recebeu recentemente a sua aguardada versão em DVD. O documentário foca em dois dos principais personagens da cena: Fenriz e Varg Vikernes. Fenriz é mostrado no seu dia a dia, enquanto Varg foi entrevistado ainda na prisão. É interessante perceber os diferentes pontos de vista de ambos, contrastantes na maior parte do tempo. O baterista do Darkthrone surge como um indivíduo solitário, enigmático e soturno. Já Varg, dono de um carisma gigantesco, conta a sua versão dos fatos, muitas vezes desmentida pelos outros músicos entrevistados, que o enxergam muito mais como um personagem excêntrico do que qualquer outra coisa. Assistir Until the Light Takes Us é uma experiência densa e perturbadora, como o próprio black metal em sua essência. Por isso mesmo, é extremamente recomendado para entender melhor um dos capítulos mais obscuros da história do heavy metal. Se você é fã de black metal ou simplesmente se interessa por heavy metal e, porque não, movimentos de contestação social, esse é um filme obrigatório.
Ótima
notícia para quem curte o BRock dos anos oitenta. A Abril Coleções
está lançando a Coleção Legião Urbana, nos mesmos moldes das já
disponibilizadas coleções dedicadas a Chico Buarque e Tim Maia.
Ao
todo serão 15 livros CDs, totalizando 170 faixas e mais de 700
páginas de texto, passando a limpo a carreira daquela que é, sem
dúvida, a mais cultuada banda do rock brasileiro.
Hoje,
dia 17 de outubro, chega às bancas de revistas e livrarias de todo o
Brasil o primeiro volume da coleção, dedicado ao primeiro álbum da
Legião Urbana, homônimo, lançado originalmente em 1985 e que conta
com as clássicas “Será”, “Geração Coca-Cola” e “Ainda é
Cedo”. Esse primeiro volume será vendido pelo preço promocional
de R$ 9,90, enquanto os demais custarão R$ 17,90 – os itens das
coleções Chico e Tim eram mais baratos, R$ 14,90. Um novo álbum
será lançado toda semana.
Para os colecionadores, uma informação preciosa: além dos itens em si, com acabamento luxuoso e textos inéditos, a coleção contará com três capas inéditas criadas por Fernanda Villa-Lobos, esposa de Dado e autora da identidade visual do conjunto.
Além
disso, será disponibilizado também um livro compilando trechos de
entrevistas e letras das músicas, e uma caixa exclusiva para guardar
a coleção completa.
Veja
abaixo quais são os 15 álbuns que formam a coleção:
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