Sacrificed: crítica de 'The Path of Reflections' (2011)


Nota: 6

A Shinigami Records, além de ser uma das principais gravadoras de heavy metal do Brasil, lançando excelentes trabalhos de bandas estrangeirss todos os meses (Iced Earth, Paradise Lost, Arch Enemy e inúmeros outros), agora resolveu também colocar no mercado títulos de bandas brasileiras produzidos e bancados pelo próprio selo. O excepcional último álbum do Unhearthly, Flagelum Dei, é um destes lançamentos. E a estreia da banda mineira Sacrificed também conta com a Shinigami por trás.

Mas há um porém: não encontramos aqui a mesma qualidade absurda que ouvimos no disco do Unherthly. The Path of Reflections – dono de uma belíssima capa, diga-se de passagem - carece de composições cativantes, fato que, aliado à produção apenas mediana, puxa o disco para baixo.

O som do Sacrificed, fincado no metal tradicional, tem como diferencial a vocalista Kell Hell, que foge totalmente de um dos clichês mais famigerados do metal contemporâneo: o vocal feminino operístico, tão presente nas bandas de metal gótico e sinfônico. O lance aqui é a agressividade com um sutil toque da sensibilidade feminina, e ela alcança esse objetivo com louvor.

Mas o problema da banda é que as faixas não prendem, não cativam o ouvinte. Todos são ótimos músicos, mas, infelizmente, falta desenvolver melhor a sua capacidade como compositores. Ainda que algumas boas ideias sejam encontradas em uma música ou outra, elas não são suficientes para fazer The Path of Reflections se destacar.

Parabéns pela Shinigami Records por esse novo momento em sua trajetória, e que venham novos lançamentos de bandas nacionais, afinal, qualidade é o que não falta no metal brasileiro. E, ao Sacrificed, que a banda desenvolva mais as suas ideias para o próximo disco, pois potencial para crescimento o grupo inegavelmente possui.


Faixas:
  1. Winds of Liberty
  2. Soulitude
  3. Endless Sin
  4. Walking Through Flames
  5. Before a Dream
  6. Call of Insanity
  7. Red Garden
  8. Prison Mind
  9. Far Way to Feel
  10. The Truth Beneath the Laments

Comentários

  1. Sei lá, nada contra (questão de gosto mesmo)... Mas não consigo digerir bandas de metal com vocal feminino.

    O som não me agrada.

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  2. Sótem um ponto negativo nessa critica que é o seguinte o retardo que a fez deveria saber que bandsa não se comparam por qualquer motivo que seja o que tem haver o Unherthly com esta banda?

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  3. Eu não comparei as duas bandas, apenas citei que ambas foram lançadas pelo selo da Shinigami Records. Leia melhor e você entenderá isso.

    Abraço, e obrigado pelo comentário.

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