Aborted: crítica de 'Global Flatline' (2011)


Nota: 8,5

Sétimo álbum da banda belga Aborted, Global Flatline desembarca no mercado brasileiro em mais um lançamento exclusivo da Shinigami Records. O play mostra o grupo em grande forma, comprovando o porque da grande reputação que possui junto ao público.

Com faixas curtas e mais diretas – a exceção é “Endstille”, que fecha o disco com uma pancadaria de mais de seis minutos -, Global Flatline é uma pancada de respeito. Equilibrando uma agressividade brutal com ótima técnica e algumas doses de melodia, o Aborted mantém a tradição de temperar o seu death metal ríspido com alguns elementos de grindcore – principalmente na parte lírica -, o que torna tudo ainda mais extremo. Os vocais de Sven de Caluwé, guturais e mais agudos, deixam a atmosfera pra lá de perturbadora.

Com uma produção de primeira a cargo de Jacob Hansen (Communic, Mercenary, Volbeat), o disco ficou ainda mais forte devida à forma clara com que os instrumentos soam. Resumindo: apesar da brutalidade do som, tudo soa cristalino, e conseguir esse feito em um álbum de death metal é para poucos.

Os destaques vão para “Coronary Reconstruction”, “Vermicular, Obscene, Obese” (com a participação do ótimo Trevor Strnad, vocalista do The Black Dahlia Murder), “Expurgation Euphoria” e “Grime”. Merece menção também a já citada “Endstille”, que encerra o play em grande estilo com a inclusão de um discurso de Robert Oppenheimer, o pai da primeira bomba atômica, que destruiu Hiroshima em 6 de agosto de 1945.

Global Flatline é um grande álbum, com tudo para agradar não apenas os fãs de metal extremo, mas também quem curte death metal com alguma dose de melodia.


Faixas:
  1. Omega Mortis
  2. Global Flatline
  3. The Origin of Disease
  4. Coronary Reconstruction
  5. Fecal Forgery
  6. Of Scabs and Boils
  7. Vermicular, Obscene, Obese
  8. Expurgation Euphoria
  9. From a Tepid Whiff
  10. The Kallinger Theory
  11. Our Father, Who Art of Feces
  12. Grime
  13. Endstille

Comentários