Tem algo de errado acontecendo com o Queensrÿche



Aconteceu algo muito estranho na recente passagem do Queensrÿche pelo nosso país. A banda tocou em São Paulo, no HSBC Brasil, no último dia 14 de abril. Antes do show, Geoff Tate, vocalista e líder do grupo, flagrou os demais integrantes tramando sobre o seu afastamento do conjunto. Na hora Tate se retirou e ficou em silêncio, porém, durante a passagem de som, agrediu violentamente o guitarrista Michael Wilton, derrubando o músico no chão. Depois, Tate partiu para cima do baterista Scott Rockenfield armado com uma faca, mas foi contido pelos seguranças da casa, que, junto com a equipe técnica e alguns brasileiros que assistiam a passagem de som,  presenciaram todo o barraco. Inconformado com o que aconteceu, Wilton se trancou no camarim dizendo que não iria mais tocar, porém foi convencido pela produção do evento a fazer o show. 


Isso não foi noticiado em lugar algum, mas, como dissemos, foi presenciado por várias pessoas que estavam no local. O que ninguém sabe é o real motivo por trás do racha entre o vocalista e o resto da banda, que levou os caras a levantarem a possibilidade de afastarem Geoff Tate do grupo, motivando a reação descontrolada do vocalista.

Pessoalmente, penso que o final mais provável para toda essa confusão é que Tate demita a maioria dos músicos e siga com o Queensrÿche com outros instrumentistas, afinal ele é a alma, a cara e o dono do grupo.


Antes que alguém comente que estamos publicando apenas um rumor, vamos deixar claro algumas coisas:


- todas as matérias que vão ao ar na Collector's Room são checadas e rechecadas antes para comprovar a veracidade dos fatos


- nos acusaram de inventar que o Lynyrd Skynyrd tocaria no Brasil, e dois meses depois a banda confirmou a sua primeira apresentação em nosso país


- nos acusaram de alimentar a esperança dos fãs do Black Sabbath sobre uma possível reunião da formação original, e quase noventa dias depois que publicamos a notícia, ela se confirmou


- e, mais recentemente, nos acusaram de tentar boicotar o festival Metal Open Air publicando "boatos" sobre cancelamentos de shows, que, como se viu, não tinham nada de boatos e, infelizmente, foram confirmados, frustrando as milhares de pessoas que se deslocaram até São Luís, no Maranhão, para assistir o festival de suas vidas e presenciaram o maior fiasco da história do metal brasileiro


Tudo isso para dizer que, se está publicado aqui na Collector's Room, é porque não é um boato e nem um rumor, muito pelo contrário.

Comentários

  1. CARACAAAA, eu não to acreditando no que eu acabei de ler, não é possível!!!
    O Geoff Tate armado? Meu deus, até que ponto ele chegou...
    Puts, essa matéria me deixou perturbado... sou fãzaçooo da banda, amo os 4 primeiros discos, que são obras seminais dentro do metal progressivo. Amo os vocais do Geoff Tate, aliás, quem não ama? hehe

    Bem, eu apoio o fim da banda. Depois de vários cd's que não justificam a existência da banda, nada mais justo. Uma pena que vai acabar desse jeito.

    E eu sempre acreditei que eles iriam lançar uma obra prima pra fexar com "chave de ouro" a discografia...

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  2. Dessa vez vou torcer para vocês estarem errados e ser somente um boato. Não seria legal ver a banda se desfazer.

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  3. Enquanto isso no Fates Warning as coisas parecem estar melhorando.Lançamento de um novo album em breve,relançamentos,ARCH/MATHEOS(Fates Warning 2)e O.S.I

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  4. Realmente bombástico! Considerei o show muito bom, dos melhores do ano até agora, mas até achei o Tate mais solto e performático em 2008, por ex. Mas nada que me pudesse fazer pensar em algo assim.

    É TRISTE ver muitos defendendo o fim da banda. O Queensrÿche é daquelas bandas que já atacou em diversos estilos, tem uma sonoridade muito própria e variada, e acaba pagando o preço por isso.

    NUNCA a entendem como uma banda INOVADORA, e sim como mera banda de "metal", então sempre comparam todos os discos novos ao Operation e ao Empire (clássicos ABSOLUTOS, e inovadores À SUA ÉPOCA, e não definidores de uma fórmula a ser forçadamente repetida), o que é sempre injusto...

    Mas se seguir o caminho que o Ricardo apontou, ótimo... GEOFF TATE é a mente brilhante do grupo, o DIFERENCIAL, não há Queensrÿche sem ele. Mas ressalto que o estou defendendo ARTISTICAMENTE, como mente criativa da música pesada... pessoalmente, não dá para saber quem tem razão, e fato é que o tate é até meio maluco mesmo rs

    TRISTE! Após exemplos como Nevermore e Dream Theater, outra banda basilar do metal contemporâneo pode ruir...

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  5. Isso nao foi nada,pior foi o Jerry Lee Lewis q so nao matou o John Lennon a tiros pq nao encontrou o revolver,dai o Rory Gallagher entrou na turma do 'deixa disso' e amansou a fera.

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  6. Bizarra e triste esta história. O mais incrível é que o show foi excelente. Tomara que eles se acertem.

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  7. Realmente é triste, mas esperado. Confesso que ficaria muito feliz com a hipótese de demissão dos outros membros e com a volta do coração da banda Chris De Garmo que junto ao Tate fez a maior parte dos sucessos da banda, estava claro que Michael Wilton no alto de sua mediocridade musical sempre tramou as desavenças com sucessivas paradas da banda. Que venha um novo tempo com velos e bons hábitos.

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  8. quanda uma banda chega neste ponto nao da para continuar, o melhor e cada um seguir sua vida e esquecerem o nome queensryche em respeito ao legado da banda. nao adianta o tate ou o wilton acharem que cada um representa mais o grupo, isto nao e verdade. cito como exemplo o atual guns n´roses, apesar do excelente trabalho do axl rose no chinese democracy, seria mais honesto se o disco fosse lancado como material solo porque o axl sozinho nao representa o guns...o whiplash nao quis encarar a publicacao desta noticia, ricardo?

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  9. Enviei a notícia como está aqui, Cleibsom, mas lá decidiram colocar de outro jeito.

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  10. Geoff Tate não é o único proprietário do Queensryche. Os outros membros do grupo são co-owners junto com ele. Se Geoff assaltou Michael, I' m Michael certo diria algo já. Mas parece haver uma cláusula do non-disclosure no band' contrato de s que impede que outros membros do grupo falem mal sobre Geoff. O ano passado era um exemplo perfeito. Michael disse-os we' re dirigido em um sentido diferente em dedicado ao caos antes do vocalista mudou o sentido. Isto conduz a uma retração imediata dos eventos por Tate que disse Wilton didn' meio de t estes comentários. Quase como um encobrimento.

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  11. Apesar de ficar triste, não fico chocado.
    Desde a saída do DeGarmo, esse sim a alma do Queensryche, as coisas não andam boas.
    Lembro que no fórum do Ryche, rolavam altos papos sobre desmandos da Susan Tate como empresária, como fazer os meetings cobrados.
    Junte-se a isso vários desastres comerciais, os cds sendo feitos pelo tate e produtores, tava na cara que ia dar merda. Não desse tamanho, mas enfim...

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  12. Por favor, corrija a informação de que o Tate é o dono da banda. O Tate foi, na realidade, o último a se juntar ao grupo, que foi formado pelo Wilton e pelo Rockenfield. Fonte: http://www.queensrychehistory.com.

    Estive no show do HSBC, que foi espetacular, e realmente não consigo imaginar que uma confusão desse nível pudesse ter acontecido lá. Concordo com o Fabian Oliveira, realmente espero que eles se acertem. Longa vida ao Rÿche!

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  13. O Queensrÿche não desceu a ladeira porque o Chris DeGarmo deixou o grupo, pois devemos lembrar que a banda já começou a declinar desde quando lançaram o álbum Hear In Now Frontier, ou seja ele estava na banda e devido ao fracasso comercial obtido pelo álbum o contrato com a major foi cancelado e ele tomou a decisão de abandonar o barco.
    O grupo depois dele continou decaindo, é só olhar a extensa disocgrafia após a saída do guitarrista, repleta de discos medianos tentaram dar a volta com a segunda parte do Operation Mindcrime cuja minha opinião é a seguinte: Ficou longe do esperado quando comparada com a primeira parte, mas pelo menos consegue se sustentar afinal de contas tem bons momentos lá e ainda dá uma disfarçada com a presença do Dio na minha opinião um dos pontos altos desse álbum.
    Já os dois últimos álbuns decepcionam, o Tate pode até ser um grande cantor, e é, mas só que tem um detalhe as músicas? cadê as composições cativantes que estimulam a ouvir os discos?eu já nem compro mais nada referente a fase atual da banda.
    Agora o barraco que o vocalista protagonizou deve ser decorrente desse declinio acentuado que a banda vive atualmente.
    Se a banda deve acabar ou não eu não sei, mas que o material poderia ser a carreira solo do Tate poderia afinal pelo pouco que eu conheço da banda esses discos tem a cara, a personalidade dele na minha humilde opinião.
    Independente da intenção, ou seja o ponto de vista artistico muito bem defendido e esclarecido pelo Escobar, uma banda deve se lembrar que a acima de tudo ela depende das vendas para se manter nas paradas e também na ativa elas tem que fazer discos que as pessoas tenham vontade ouvir coisa que o Queensrÿche já não faz mais, pois não adianta cantar sem encantar.

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  14. Andreah, quando eu disse que ele é o dono da banda quis dizer que ele é a figura central, a alma do Queensrÿche. É impossível imaginar o grupo sem Geoff Tate.

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  15. Sem o Geoff Tate o Queensrÿche não existe mesmo!!!
    É impossivel imaginar a banda sem o tal vocalista, como foi impossivel algum dia imaginar que a banda pudesse vir a lançar discos tão fracos.
    Ou seja, o grupo já deixou de existir na mnha opinião há muito tempo, será que um dia eles voltam?

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  16. Então, amigo "Colecionador"... eis o dilema: o Queensrÿche caiu e por isso "não vende", OU é a má vontade para com a banda verificada na última década que faz as quedas caírem, APESAR de discos de qualidade terem sido lançados, como o moderno "Q2K", o místico "Tribe", uma continuação arriscada mas surpreendentemente MUITO BEM feita em "O:M II", o 'padrão' "American Soldier" e até mesmo o diferente "Dedicated To Chaos"...

    Respeito quem ouve os novos álbuns e, afinal, têm a opinião de que são fracos, ok (o que pode ser seu caso). Gosto pessoal. Mas opiniões mais radicais como "não presta", "é uma merda", "a banda não existe mais", etc. Aí acho de uma pobreza argumentativa gritante, e parece mera 'birra' com a banda (o mesmo que fazem com Sepultura, Metallica e tantos outros).

    Por fim, acho que se o DeGarmo fosse a "alma" da banda, teria produzido algo relevante, ou com maior constância ao longo dos últimos anos. Eis que aponto o Tate como a mente criativa e o diferencial da banda! Tanto que, brigando ou não, ainda mandou um grande show por aqui, como havia feito em 2008 tb!

    Aliás, ele é ÚNICO dentro de TODO o heavy metal... são raros os vocalistas 'finos' e performáticos como ele!

    É o exemplo que coloquei do Dream Theater: sai uma figura essencial e responsável pela veia "inovadora" da banda, que se renovava a cada álbum: o PORTNOY! Não por coincidência, o DT lança, sem ele, um álbum extremamente clichê, contido... e, de outro lado, o cara sozinho arrasa em ao menos 2 megaprojetos no início de 2012... saca?

    valeu!

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  17. Parte - 1

    O Scobar bela defesa, eu como fã incondicional do Deep Purple e Black Sabbath tenho a mesma opinião que você tem e faria a mesma defesa do Queensrÿche se fosse um grande fã do grupo, eu não sei se você é esse cara, mas digo dessa maneira porque o seu discurso me permite refletir você nessa categoria.
    Aliás no caso do Deep Purple também vejo uma certa má vontade quando o assunto é o Who Do We Think We Are e o Stormbringer, o primeiro ficou apagado, e o segundo foi questionado e sobre o direcionamento adotado pelo grupo, porém a banda jamais perdeu sua a essência.
    Já o Black Sabbath também tem a má vontade inclusa quando o assunto é o Tony Martin e olhe que banda lançou ótimos discos (e a essência do grupo foi mantida também com esse vocalista), simplesmente foram ignorados, repudiados por uma larga parcela de fãs da banda que só a aceitam quando o assunto é relacionado a Ozzy, Dio ou Gillan e ambos são e foram muito bem sucedidos em suas carreiras posteriores a banda, mas não perderam suas essências e continuaram encantando mesmo que tenham enfrentado alguns altos e baixos pelo caminho.
    Portanto se enquadra na questão do Portnoy, ou seja mudanças de integrantes implicam em alguns casos no direcionamento musical da banda, mas o êxito é algo que poucos obtém com essas mudanças e no caso dos ex-integrantes do Deep Purple, o Glenn Hughes e o David Coverdale são muito bem sucedidos nas suas carreiras seja ela solo, bandas ou projetos entre outros, mas tem um detalhe assim como no caso dos outros já citados eles também não perderam a suas essências embora também tenham enfrentado situções desfavoraveis, por terem lançado trabalhos menos inspirados em algum momento.
    Mas só ficaria chateado se a pessoa me falasse olha esse disco é uma merda, não presta isso seria pobre, então sim você nesse caso tem razão. Eu resumi demais, mas o que de fato eu quis dizer é que banda perdeu sua essência e por isso deixou de existir, mas não quer dizer que seja algo ruim como você interpretou.
    Por exemplo, alguns desses discos eu comprei ouvi e não gostei, e nem me vejo obrigado a bater palmas, seria hipocrisia fazer isso o tanto que depois de comprar o Operation Mincrime II deixei de comprar os álbuns posteriores, mas mesmo tomando essa atitude não deixei de conferir o American Soldier e o Dedicated To Caos e de continuar me decepcionando, mas só que destas duas últimas vezes, não tive o aborrecimento de ter a sensação, de ter jogado meu suado dinheirinho fora.
    Existem muitas bandas que mudam a sonoridade, mas não perderam a sua essência, ou seja as suas caracteristicas estão lá, e as outras bandas que você citou entram no mesmo campo do Queensrÿche (essência), por exemplo quando comprei os álbuns Against , Nations e Roarback eu não estava de má vontade esperava que fosse encontrar ali um grande álbum, mas a banda resolveu mudar radicalmente sua musicalidade, eu não gostei dos álbuns e nem por isso penso que eles mereçam qualquer atributo pejorativo e nos casos do Load, Reload e St. Anger eu também estava de boa vontade e quando os comprei a época de seus respectivos lançamentos, esperava por três bons álbuns fato que não aconteceu para mim, embora os dois primeiros tenham lá seus fãs e em termos de vendas foram bem sucedidos talvez provem que eles sejam bons embora não escapem de criticas que muitas vezes são severas demais.

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  18. Parte - 2

    Enfim como eu já disse não se trata de má vontade, trata-se de “gosto pessoal”, assim como você tem o seu, eu tenho o meu e a minha percepção é clara sobre a analise que eu fiz do material atual da banda e tranquilamente reafirmo, mas só que agora com o meu raciocinio completo, o Queensrÿche perdeu a essência, quando mudou o seu direcionamento musical, a banda é ruim claro que não, mas infelizmente falta algo ali o tanto que os álbuns são realmente oscilam entre medianos e fracos, e é, justamente por isso não encantam e não me estimulam a ter vontade de adquiri-los, não adianta nada a banda ter um grande vocalista super talentoso, enfim único que canta e infelizmente não encanta.
    Não sei se agrada, mas essa é a minha percepção sobre o trabalho do Queensrÿche e se um dia os caras voltarem a lançar um álbum que traga de volta a sua essência ao invés de se repetir ou continuarem lançando álbuns fracos, eu voltarei a compra-los, assim como voltei a me interessar pelo Metallica e como conseqüência adquiri o Death Magnetic.
    Terminando gostaria de frisar que não estou atirando pedras dizendo que a banda é uma merda, não presta e deixou de existir porque não lança (repete) discos como: Operation Mindcrime, The Warning ou Empire, até porque mudar o direcionamento musical não é pecado nenhum, mas exige certos cuidados para que não se perca nada pelo caminho que venha a resultar em dissabores no futuro independente da questão artistica ou o mercado que pretenda conquistar e se o Queensrÿche caiu nas vendas é porque os álbuns não agradam, pois se eles fossem tão bons como você diz ai a má vontade desapareceria mesmo que não fosse unanime não é verdade?

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  19. Perfeito, brother! Aí esbarrou na opinião pessoal, pois EU, ao contrário, acho que é da PRÓPRIA essência da banda sempre tentar algo novo, ser um camaleão. Não à toa, a eles também é atribuída as origens do próprio prog metal... senti, sem dúvida, a mudança de direcionamento, acho o "HITNF" fraco, mas minha impressão é que a banda ressurgiu e ninguém quis mais saber.

    Mas você entende a que tipo de "fã" me refiro, não é? E eles INFELIZMENTE são a maioria, o que justificaria eventuais vendas baixas. A maioria é radical, bem mais adepta ao "não ouvi e não gostei" que outra coisa. São anos vendo isso por aí.

    Veja o SEPULTURA: vá defender que A-lex e Dante são álbuns matadores, complexos, densos... que se feitos por outra banda, seriam elogiados... para eles NÃO importa! Já que para muitos a banda é uma "merda" e sequer "existe mais", para quê ouvi-la, não é? É uma ideia pré-formada.

    Mas é da essência do Sepultura ter feito muitas coisas diferentes na carreira, isso ninguém vê. Prendem-se à saída do Max e pronto!

    Metallica é situação mais delicada, mas após o "Black Album" as pessoas também deveriam ter entendido a banda em seu, aí sim, novo caminho, em seu amadurecimento. Muitos condenaram pela eternidade, e aí como discutir?!

    Espero que um dia a JUSTIÇA seja feita a essas bandas, como de certa forma foi feita com Purple e Sabbath, que hoje em dia têm sua discografia inteira resgatada e olhada com carinho por todos, mesmo os álbuns mais obscuros e criticados à sua época. Vai ver é um efeito benéfico do tempo.

    abção!

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  20. Scobar concordo contigo meu caro, pois esse tipo de fã infelizmente é maioria são pessoas que não tem opinião própria e isso contradiz o sentido do rock, heavy metal que é justamente contestar, inovar e informar.

    É muito triste, pois como você, eu também já tenho alguns bons quilômetros rodados no que tange ao rock, hard rock, heavy metal e subgêneros e os radicais infelizmente em alguns casos predominam e às vezes temos o azar de conviver com eles em alguns eu simplesmente ignoro esse tipo de pessoa.

    Mas as vendas hoje não estão baixas apenas pela "má qualidade" de um álbum temos que recordar os downloads "gratuitos", mas em alguns casos isso não tem tanto haver é falta da banda fazer um exame de consciência e rever alguns conceitos.

    Já no caso do Sepultura enquanto ao A-LEX você tem razão, mas têm alguns probleminhas naquele álbum os caras deveriam ter explorado mais aquela sonoridade aumentar o tempo das faixas, ter experimentado mais, utilizar uns lances de progressivo (pois a capa me lembra disco de progressivo), ousar um pouco mais já que se trata de um álbum conceitual e mais uma boa lapidada na produção, mas eu gostei e até já comprei um exemplar para eu ouvir mais vezes.

    Mas ainda sobre o Sepultura o problema não foi só a mudança no direcionamento musical, lembra quando o Andreas Kisser fez parceria com o Júnior irmão da Sandy (e na época os dois ainda cantavam juntos), e não num tempo não obstante quando o guitarrista subiu ao palco para participar do show do Nuclear Assault recebeu uma saraivada de cuspes, foi chamado em coro de traidor.

    Já o Metallica é complicado, por que os mais radicais já abandonaram a banda no segundo álbum por causa de Fade To Black, e no And Justice For All que em minha opinião é uma álbum magnífico, pois ali a banda mostrou maturidade enfim era o auge dos caras, enfim brilhante e ainda de quebra entraram para o mainstream, mas também foi malhado porque as composições eram longas demais e cheias de arranjos.

    Os radicais não conseguiram compreender a evolução da banda na questão musical, ali os caras apresentaram um disco pesado de verdade com todos os atributos do grupo enfim marca a entrada magistral do Jason Newstad.

    O Black Album também é um álbum excelente, cheio de composições pesadas e cativantes e a banda ali estava inspirada sim, ao contrário do que muitos pensam, pois esse disco não se resume a Enter Sandman, Nothing Else Matter e The Unforgiven, existem grandes composições ali e pode se considerado um dos grandes clássicos do grupo embora para o estilo tenha saído polido demais.

    Talvez esse movimento revisionista que se instalou no rock, cuja dedicação é resgatar e fazer justiça a esses álbuns mal compreendidos e, portanto injustiçados possivelmente irá chegar a esses álbuns já que descortinou bandas como Uriah Heep, Thin Lizzy, Blue Öyster Cult, Wishbone Ash entre outras mostrando a importância delas para o rock.

    Abraço!

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  21. rs boa!Lembrou bem... a gente acha que foi com St. Anger ou com os Loads que uma banda como o METALLICA começou a sofrer preconceito (só por isso, já seria pra lá de injusto!)... MAS NÃO! Há os que renegaram a banda no excelente Justice For All... e, PIOR, os que desde baladas como “Fade To Black” são insatisfeitos. Um absurdo.

    Para essa galera, vir falar de bandas novas, renovação, ou mesmo mostrar trabalhos novos de bandas antigas... pura perda de tempo!

    Por isso alertei o Ricardo: o estereótipo do “metaleiro” pintado na MTV segue bem REAL! rs

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  22. Caro Seelig, entendo e até concordo com você em relação ao fato do Tate ser a alma do grupo.
    Mas é bem diferente de dizer que ele é o dono do grupo, especialmente se você está escrevendo uma matéria que será lida por pessoas que, talvez, não tenham informação sobre a história do Queensrÿche.
    Exemplifico com os diversos comentários (no Whiplash, em seu próprio blog, em foruns onde a mensagem foi postada) do tipo "ah, se ele é o dono da banda, tem que despedir todo mundo mesmo e começar do zero", que surgem justamente pela sua afirmação "ele é o dono do grupo" e por puro desconhecimento de causa. Achei apenas que, da mesma maneira que alerta que não está publicando um rumor, você deveria esclarecer que é uma opinião sua (o Tate ser dono do grupo) e não a situação real, em que o Tate, apesar de seu evidente brilhantismo, não é o verdadeiro dono do Queensrÿche.
    By the way, aproveito para elogiar a cobertura sobre o Metal Open Air, muito boa.
    Abraços.

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  23. Realmente Scobar, esse fundamentalismo no rock vai contra o próprio fundamento dele cujo principal elemento é transgredir as normas e padrões.

    Em relação ao Rocka Rolla ele não serve de exemplo porque é um generalizante, veja só: Quem não é da cena e assiste ao programa ele vai nos qualificar como aqueles "metaleiros", pois como ele não nos conhece individualmente e obviamente também não sabe que não compactuamos com esse posicionamento infantil para ele vai valer o estereótipo criado por aquele acéfalo do Detonator.

    O problema do fundamentalista é que ele cria um mito e esse personagem glorificado, enfim elevado as alturas como um Deus, não permite mudanças e quando elas acontecem à reação vem através de xingamentos, agressões verbais e físicas ou como no caso do Andreas Kisser que já citei aqui, tem também aquele episódio no Rock In Rio III protagonizado pelo Carlinhos Brown (diga-se de passagem, deveria ter ficado de bico calado e não ficar incitando a platéia), Charlie Brown Jr. quando abriu para o Megadeth e o pessoal começou a jogar os sapatos nos caras (eu não sou apreciador dos dois últimos, mas considero que o respeito é sempre a forma mais salutar de convívio em sociedade).

    A natureza do mito é imutável e quem desafia contestá-la torna-se um pecador que deve ser colocado de joelhos e se redimir e nesse caso é voltar ao passado e repetir-se infinitamente, nem que seja pela violência que nesse caso é legitima para punir o transgressor que também pode ser banido, negado para todo sempre.

    E é por essas entre outras que o papel da MTV com esse programa que é feito e pelo visto idealizado por um cara que diz ser "fã de metal" deveria ajudar a orientar e principalmente a desfazer essa idéia errônea que se tem sobre o fã de rock nesse país.

    Nesse caso, o correto é chamar-los de fundamentalistas (exclui-se disto os xiitas porque o xiismo é apenas uma corrente do islamismo e nem todos são radicais, ou seja, terroristas apenas alguns grupos bem conhecidos que representam uma parcela ínfima dessa corrente), pois o termo define e exprime o comportamento que essa parcela de fãs exterioriza quando se vê contrariada quando o romance acaba o artista torna-se um “traidor” aos olhos destas nações de “fãs” desiludidos.

    Isto é mais uma reflexão minha após o termino de leituras que eu fiz da Karen Armstrong (obra Em Nome de Deus) e do filosofo Mircea Eliade (obra O Sagrado e o Profano), que aliás dizem muito sobre o homem no que tange ao seu comportamento em sociedade, e se alguém não gostar paciência, e de preferência junte-se ao Detonator.

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  24. Belo paralelo, cara! É o que penso também, e é totalmente cabível. Penso que o fã de rock intransigente, muitas vezes estúpido, via de regra radical, e, quiçá, violento, tem tudo a ver com o que vc expôs.

    Ah, mas é "só música", assim como se pode dizer "é só futebol", etc. Uhm, ok, pode ser.

    Mas acho que certa intransigência aplicada em áreas que DEVERIAM SER tão benéficas, como o esporte, ou até em áreas em que simplesmente NÃO HÁ regras, e a liberdade para criar deveria ser AINDA MAIS louvada, caso da ARTE (e, logo, da música!)... não deixa de evidenciar uma faceta conservadora e cega dessas pessoas, que pode ser igual e NOCIVAMENTE empregados em outros campos de nossa vida social (eis xenofobia, segregacionismo, racismo, fundamentalismo, machismo, homofobia, ganância pelo poder, corrupção... olha, vai longe!)

    indo além, lembram quando a Claudia Leitte chamou os fãs de rock do RIR de nazistas? Meio exagerado, vindo dela a declaração perde "legitimidade" tb (rs)... mas não tem até um fundo de verdade? O que vejo de declarações pregando um "puritanismo", ou algo assim, do estilo... isso quando não agridem emos, etc.

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  25. Pois é... pelo visto NÃO ERA um boato mesmo. ^^

    E, ao contrário do que o Collector's Room disse ser mais provável, o que acotneceu foi a saída do Tate da banda, e não a demissão dos demais membros. Triste.

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  26. Ele deu uma entrevista para a Rolling Stone dizendo que não usou faca na briga:

    http://www.rollingstone.com/music/news/exclusive-q-a-geoff-tate-on-queensryches-ugly-split-backstage-brawl-in-brazil-20120626

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  27. É, ele jamais admitiria o uso da faca ...

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  28. Pra ele chegar ao ponto de usar uma faca...é que a coisa que trataram pra cima dele foi braba

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