Entrevista com o colecionador Fernando Lacreta

Retomando as entrevistas com colecionadores aqui na Collectors Room, bati um longo papo com Fernando Lacreta, dono do blog Fireball Music e colaborador do Lágrima Psicodélica. Fernando me mostrou a sua coleção de discos, repleta de poderosos venenos, e falou da sua relação com a música. Confira o nosso papo abaixo.


Fernando, para começarmos o nosso papo, gostaria que você se apresentasse aos nossos leitores: quem você é e o que você faz?


Olá, leitores da Collector’s Room. Meu nome é Fernando Lacreta, tenho 42 anos, sou médico anestesiologista, casado, dois filhos e moro em Sorocaba, interior de São Paulo, há 15 anos. Na internet uso o apelido de Fireball, mantenho um blog que está passando por um longo período de hibernação - o Fireball Music - e sou colaborador do Lágrima Psicodélica, um dos blogs relacionados a música mais visitados no Brasil.

Qual foi o seu primeiro disco? Como você o conseguiu e que idade você tinha? Você ainda tem esse álbum na sua coleção?


Eu gosto de música desde bem pequeno e me lembro dos discos do Roberto Carlos, Stevie Wonder, coletâneas de sucessos da época e trilhas sonoras de novelas que eu escutava em casa. Mas considero como sendo o meu primeiro disco, o marco zero da minha coleção, o Piece of Mind do Iron Maiden, que comprei no início de 1984, aos 13 anos de idade. A partir daí a coisa não parou mais. Infelizmente não tenho mais esse exemplar pois, com o passar dos anos, eu troquei a maior parte dos meus LPs pelos respectivos CDs, e o Piece of Mind entrou na dança.

Você lembra o que sentiu ao adquirir o seu primeiro LP?

Não lembro exatamente qual foi a sensação mas, naquela época, o Iron Maiden exercia um fascínio sobre a garotada. A gente ficava analisando os desenhos do Derek Riggs para encontrar detalhes e tentar entender o significado das capas, enquanto viajava ouvindo as músicas.




Porque você começou a colecionar discos, e com que idade você iniciou a sua coleção? Teve algum momento, algum fato na sua vida, que marcou essa mudança de ouvinte normal de música para um colecionador?


Como eu disse, comecei a comprar discos regularmente aos 13 anos de idade. Não sei exatamente o que me motivou, mas nos primeiros anos tudo era difícil, eu tinha que economizar o dinheiro da mesada e onde eu morava não havia lojas diferenciadas. Eu era um pequeno colecionador, digamos assim. Comprava só o que encontrava no comércio local, o que não era muito. 


A grande virada aconteceu em 1993 e 1994 por vários motivos que vou enumerar abaixo:


- estava no quinto ano da Faculdade de Medicina em Botucatu quando comecei a receber uma bolsa que, somada à minha mesada, aumentou substancialmente minha renda


- foi também nesse período que o CD começou a bater o vinil em vendas e os bolachões sumiram das prateleiras. Vários títulos que estavam fora de catálogo passaram a ser relançados em CD. Foi aí que comprei meu primeiro CD player, que tenho até hoje

- nessa época, eu tinha uma namorada que morava em São Paulo e também um primo que fazia faculdade lá. Era comum eu passar alguns finais de semana na casa dela. Numa das minhas viagens a São Paulo meu primo me mostrou a Galeria do Rock e eu fiquei maluco com aquilo! Era um universo totalmente novo para mim poder encontrar todos os discos de todas as bandas que eu gostava num mesmo lugar


- pra completar, o Brasil passava por um momento surreal na economia, com o real valendo mais que o dólar. Com isso, pasmem, o CD importado era mais barato que o nacional!! 


Então, eu ia para São Paulo e aproveitava para comprar um monte de CDs importados que nem se sonhava serem lançados aqui. Acho que foi quando o hábito virou vício (rs).


Alguém da sua família, ou um amigo, o influenciou para que você se
transformasse em um colecionador?


Não acho que houve uma pessoa que me influenciou diretamente, mas uma situação. Quando eu e meus amigos começamos a nos interessar seriamente pelo rock, cada um procurava encontrar alguma novidade e dividir com os outros. Quando alguém chegava com um disco novo, fazíamos várias cópias em fita K7 para os demais. Eu, pessoalmente, não gostava muito das K7 e sentia uma ponta de inveja de quem tinha o bolachão para poder curtir a capa, as fotos e ler os detalhes do encarte (apesar de os encartes serem raridade naquele tempo, pois os discos nacionais eram muito pobres). Com isso, eu passei a comprar meus álbuns preferidos e isso acabou gerando um círculo vicioso. Acho que assim comecei minha coleção.



Quantos discos você tem?


Até alguns anos atrás eu tinha tudo catalogado mas, de uns tempos pra cá, não tenho me dado mais esse trabalho. Então, por estimativa, eu devo ter em torno de uns 2.000 CDs, 200 DVDs e uns 100 LPs que resistiram ao tempo.


Qual gênero musical domina a sua coleção? E, atualmente, que estilo é o seu preferido? Essa preferência variou ao longo dos anos, ou permaneceu sempre a mesma?


O que predomina na minha coleção é rock a partir do final da década de 60, principalmente hard rock, heavy metal e progressivo, mas com alguma coisa de punk e pop rock. Tenho também bastante coisa de blues moderno (apesar de ser fã de Buddy Guy e Luther Allison, eu gosto mesmo é do chamado “blues branco”, do tipo que fazem Johnny Winter, Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Alvin Lee, Rory Gallagher e Joe Bonamassa, provavelmente pela pegada mais rocker). Pra completar, sobra um espacinho para jazz, fusion e música clássica. Não tenho um estilo preferido, acho que Black Sabbath, Pink Floyd, Lynyrd Skynyrd e Eric Clapton podem dividir o mesmo espaço sem problemas. Ao longo desses quase trinta anos consumindo música aprendi que as preferências vem e vão conforme a ocasião. Alguns álbuns podem ficar anos encostados mas, de repente, volta a vontade de ouvi-los como se fossem novos.


Vinil ou CD? Qual você prefere e quais são os pontos fortes de cada formato, na sua opinião?


Sem dúvida o CD, pela praticidade e som cristalino. Apesar de ser apaixonado por música, não tenho e não acredito na sensibilidade dos audiófilos, que dizem que o som do vinil é mais cheio e completo que o do CD. Talvez porquê eu nunca tive um som de alta qualidade para ouvir o vinil, enquanto que para o CD hoje eu tenho. Além disso, passei a odiar os estalos e chiados do disco de vinil. Acho que a única vantagem do vinil é o visual, já que a arte gráfica dos álbuns perde muito com o tamanho reduzido do CD.




Existe algum instrumento musical específico que o atrai quando você ouve música?


No rock e no blues, que são 99% do que eu ouço, o que mais atrai é a guitarra, sem dúvida. Mas qualquer instrumento bem tocado me chama a atenção, seja de sopro, teclado, baixo ou bateria.


Qual foi o lugar mais estranho onde você comprou discos?


Não me lembro de nenhum lugar tão estranho a ponto de marcar minha memória mas, com certeza, já entrei em muita loja fuleira para tentar encontrar alguma pérola.


Qual foi a melhor loja de discos que você já conheceu?


Eu nunca tive oportunidade de conhecer as grandes lojas do exterior como a Virgin e a Amoeba. Então, meus parâmetros são as lojas aqui do Brasil. A primeira loja de discos especializada em rock que conheci e me fascinou foi a Woodstock, que ficava na Praça da Bandeira em São Paulo. Mas para mim, a Galeria do Rock na década de 90 era uma coisa fantástica, tinha várias lojas incríveis. Eu era capaz de passar o dia inteiro vendo as vitrines e procurando discos. Hoje, infelizmente, ela se descaracterizou, tem mais lojas que vendem acessórios e souvenirs do que a música propriamente dita.


Acho chato também entrar em lojas tradicionais de outrora que passaram a vender principalmente cópias piratas, deixando os originais em segundo plano. Mas algumas tem resistido e mantido a qualidade. Gosto muito da Music House, da Die Hard e da Zeitgeist, minhas preferidas. Acho que vale citar que hoje em dia compro muita coisa pela internet, principalmente na CD Point, que é a melhor loja online brasileira, e também na CD Universe e na CD Baby.




Conte-me uma história triste na sua vida de colecionador.


Na verdade, tem duas  passagens que me causam arrependimento: ter passado pra frente grande parte da minha coleção de LPs e ter trocado minha coleção do Iron Maiden lançada pela Castle Records em versões com discos duplos e um CD bônus pelos relançamentos remasterizados com enhanced CDs.


Como você organiza e guarda a sua coleção?


Organizo minha coleção por ordem alfabética e, entre os álbuns de um mesmo artista, por ordem cronológica. Guardo tudo em um armário que fiz exclusivamente para isso, com gavetas fechadas para evitar poeira. As edições em digipak, que são mais frágeis, eu mantenho dentro de um plástico. Só isso.


Além da música, que outros fatores o atraem em um disco?


Sem dúvida a arte gráfica. Desenhos, fotos, letras, créditos, informações em geral. Se não fosse por isso, provavelmente eu não seria um colecionador. Por isso, sou presa fácil dessas edições deluxe que estão sendo relançadas aos montes. Estou com vários discos repetidos (rs).






Quais são os itens mais raros da sua coleção?

Para mim, a prioridade na música é a qualidade do som. Por isso, não sou muito fã de bootlegs e coisas do gênero. Também não costumo comprar singles e edições que pouco acrescentam às originais. Também não sou fanático por nenhuma banda exclusivamente. Por isso, não fico procurando itens que se diferenciam por pequenos detalhes. Sendo assim, acho que minha coleção se destaca pela variedade, mas não tem muitos itens raros. 


Talvez o mais raro deles seja o boxset do Liquid Tension Experiment, LTE Live 2008, lançado em comemoração aos dez anos da banda numa edição limitada com 6 CDs, 2 DVDs e 1 blu-ray que só foi vendida no site da Ytsejam Records. Nunca o vi a venda em nenhum outro lugar. Vale citar o Eddie’s Archives, do Maiden, que também teve uma tiragem limitada e parece que virou item de colecionador. Tenho alguns CDs difíceis de serem encontrados, mas que não sei se chegam a ser raridade, de bandas como Gales Brothers, Three Seasons, Thalamus, Scarlet Runner, Gugun Power Trio, Stranger, Truth, Carburetors, Blindstone, Bland Bladen, Timothy Pure, Boogie Knights, etc.


Você tem ciúmes dos seus discos?


Como a maioria dos colecionadores, eu morro de ciúmes dos meus discos. Não empresto de jeito nenhum e não gosto nem que manuseiem muito (tem gente que pega o encarte como se estivesse lendo um jornal, deixando as folhas amassadas e cheias de impressões digitais – detesto isso!). Só eu tenho a chave da minha sala de som e no carro só ando com um pendrive ou CDs de mp3, nunca com os originais.


Quando você está em uma loja procurando discos, você tem algum método específico de pesquisa, alguma mania, na hora de comprar novos itens para a sua coleção?


Não sigo nenhum ritual para comprar os discos. Às vezes tento fazer uma lista com o que estou a fim, mas isso quase nunca dá certo. Geralmente falta algum item na loja ou aparece outro que não estava na lista (rs). Normalmente, o que faço é entrar, bisbilhotar, perguntar a opinião e as dicas dos vendedores e, no final, escolher o que levar para casa.





O que significa ser um colecionador de discos?


Para mim, é um hobby pelo qual sou apaixonado, um passatempo delicioso. Espero deixar tudo isso para meus filhos, e que eles continuem o que comecei.


O que mudou da época em que você começou a comprar discos para os dias de hoje, onde as lojas estão em extinção? Do que você sente mais saudade?


O que mudou nesses quase 30 anos foi, principalmente, a facilidade de acesso à música. A internet e a estabilidade econômica do Brasil foram fatores fundamentais para essa mudança. Em meados da década de 80 eu morava numa pequena cidade do interior chamada Batatais. Lá não tinha nenhuma loja especializada em discos, muito menos em rock. Os discos eram vendidos em lojas de departamentos e pequenos bazares de maneira completamente desorganizada. Era possível encontrar um The Number of the Beast dividindo a prateleira com Amado Batista e Almir Rogério (rs). As informações eram lentas e chegavam em revistas mensais como Bizz e Metal ou nas publicações da editora Somtrês. Por um curto período fui assinante da Rock Brigade, que era apenas um fanzine que, apesar de me apresentar bandas como Metallica, Megadeth e Running Wild, eu achava muito radical com aquele papo furado de “true metal”. 


Conseguir um álbum novo era uma epopéia. Com a inflação de quase 700% ao ano, os preços subiam astronomicamente, era difícil prever o que sobraria no final do mês, e comprar um item importado era algo inimaginável para a maioria das pessoas. Hoje nós temos infinitos sites com informações atualizadas várias vezes ao dia, você fica por dentro de tudo que está acontecendo imediatamente. Qualquer banda de garagem tem sua própria página virtual. Isso tudo nos leva a conhecer uma diversidade de sons e bandas impossíveis de se atingir em outros tempos. Se quiser, é possível escutar um CD antes do seu lançamento e comprá-lo sem sair de casa. Tudo muito fácil.


Com a iminente extinção das lojas físicas, tenho usado muito do expediente das compras virtuais. Frequentemente adquiro cds na CD Point (brasileira), CD Universe ou CD Baby. Com o dólar relativamente estável, comprar um CD importado diretamente dos EUA sai mais barato que um CD nacional chinfrim. 


O lado ruim disso é que perdeu-se o glamour da espera, da expectativa em torno do que se está adquirindo. Não tem mais a magia de se pegar um LP novo e tocá-lo pela primeira vez, sem saber o que teremos pela frente.


Além de colecionar discos você é bem ativo na internet através dos blogs Fireball Music e Lágrima Psicodélica, ambos especializados em downloads. Quando e porque você se envolveu nisso, e como surgiu a ideia de compartilhar suas descobertas sonoras com milhares de leitores de todo o Brasil, e também do mundo?


Música é bom de qualquer jeito, mas um dos meus passatempos preferidos é reunir os amigos na churrasqueira com um cerveja bem gelada para ouvir e trocar informações sobre música. Sempre que possível eu faço isso. Desde o começo, eu sempre compartilhei música com meus amigos. Antes eram as fitas K7 numa roda limitada de pessoas, hoje a internet possibilita fazer a mesma coisa numa escala infinitamente maior.


Comecei nos blogs em 2005 por curiosidade, mandando uns arquivos para serem publicados no Lágrima Psicodélica e ver qual seria o feedback. Como eu devo ter me tornado um pentelho mandando arquivos regularmente, o Johnny F, webmaster do blog, me convidou para colaborar diretamente na página, sendo eu mesmo o responsável pela montagem do post. A sequência natural foi montar minha própria página e, quando vi, já estava com 1 milhão de visitas. Porém, desde que o FBI baniu o Megaupload e, com ele, cerca de 500 arquivos que eu tinha hospedado lá, acabei desanimando e parei com as postagens (pouco tempo antes eu já tinha tomado um porrada do Rapidshare e perdido uns 1.000 arquivos). A minha página continua online, como um museu ou guia para quem queira procurar alguma dica. Mas não posto nada novo desde janeiro. Talvez um dia eu volte.


Mas, por incrível que pareça, eu não sou consumidor de música virtual. Só tenho exclusivamente em MP3 o que eu não encontro em CD ou o que não gostei o suficiente para gastar meu dinheiro. Uso a internet como um filtro: baixo e escuto. Se gostar, vou atrás e compro. Aliás, se alguém souber onde encontro o West Four do Rod Price, serei eternamente grato!





Quais bandas e discos você tem ouvido atualmente, e recomenda para os nossos leitores?


Minhas bandas preferidas são os dinossauros como Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Iron Maiden, Pink Floyd, Eric Clapton, Stevie Ray Vaughan e por aí afora. Esses não saem jamais do meu player. Atualmente, o que eu mais tenho ouvido é Joe Bonamassa, stoner rock e bandas que fazem um revival dos anos 70. Nesse aspecto, o que surge de melhor vem dos países escandinavos, principalmente da Suécia, que é onde se faz o melhor rock da atualidade. Recomendo aos leitores que procurem conhecer as bandas Mustasch, Blindstone, Thalamus, Riverside, Carburetors, Graveyard, Spiritual Beggars e Grand Magus, para não me extender muito.


Já em relação a discos, os que mais tenho ouvido atualmente são o Internal Affairs do The Night Flight Orchestra, o Life’s Road do Three Seasons, Driving Towards the Daylight do Joe Bonamassa, Coming Up for Air do Davy Knowles, Bag of Bones do Europe e Mastermind do Monster Magnet.


Fernando, muito obrigado pelo papo.


Eu que agradeço a oportunidade de participar da Collector’s Room e poder divulgar minha coleção para todo mundo. Foi um prazer e uma honra. Grande abraço!



Comentários

  1. Ah, o saudoso início dos anos noventa, naquela época a chegada dos CDs, a descoberta de preciosidades e a Galeria do Rock em pleno vapor eram um must!

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  2. Que mundo minúsculo. Eu sou do RJ, agora moro em Sorocaba e logo logo morarei em Votorantim. Estava lendo as entrevistas e minha esposa chega e fala: "ei o Fernando trabalha no hospital que trabalho".
    heheheeh

    Parabéns pela coleção.

    Estou pensando em enviar fotos da minha também. É que está meio desorganizada com minha mudança do RJ pra Sorocaba.

    Abcs para Ricardo e leitores do blog

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  3. Que mundo minúsculo. Estava lendo as entrevistas e minha esposa chega e comenta "o Fernando trabalha no mesmo hospital que trabalho"

    hehehehehe

    Parabéns pela coleção! Talvez algum dia desses mando umas fotos da minha também!

    Abcs Ricardo e leitores!

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  4. Excelente, entrevista. Gostei muito do móvel para guardar os cds. Tenho um parecido, mas sem as divisórias internas das gavetas.

    Como já está para a 4ª mudança vou mandar fazer algo parecido com o seu.

    Muito bacaba a coleção e endosso suas palavras em relação à galeria do rock nos anos 90, com dólar valendo menos que o real.

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  5. Joia a reportagem e a coleção dele, me identifiquei com ele pois foquei minha coleção em Cds também. Somente dscordo quando diz que a cd point seja a melhor loja brasileira na Internet para comprar Cds. Já estive pesquisando lá e achei os preços altíssimos, em relação a outras que costumo comprar no mesmo segmento.

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