Slasher: crítica de Pray For the Dead (2011)

Nosso país possui uma grande tradição no thrash metal. A cena brasileira do estilo sempre foi bastante ativa, como nomes hoje clássicos como Korzus e Dorsal Atlântica convivendo lado a lado com novas forças como Torture Squad e Violator. Isso sem falar, é claro, no Sepultura, uma das bandas mais inventivas e originais da história do metal, que iniciou a sua trajetória tocando thrash na Belo Horizonte da década de 1980.


Dando sequência a essa rica história, o grupo paulista Slasher lançou o seu primeiro disco, Pray For the Dead, no ano passado. Produzido pela própria banda e por Ricardo Piccoli, o álbum chama a atenção logo de cara devido à bela capa, com uma ilustração do artista francês Stan W-D. 


E o conteúdo dá sequência à ótima primeira impressão. Praticando um thrash que flerta com o death em algumas passagens, o Slasher gravou um trabalho muito consistente. A influência de Slayer é bastante sentida, assim como a de outros nomes emblemáticos como Exodus e Kreator. Agressivo, o som do quinteto formado por Daniel Machado (vocal), Lucas Bagatella (guitarra), Lúcio Nunes (guitarra), Wellington Clemente (baixo) e Taddei Roberto (bateria) cairá facilmente no gosto de quem curte o gênero.


A velocidade é uma constante, porém a banda usa a inteligência inserindo variações interessantes nas composições, tornando-as, dessa maneira, ainda mais fortes. A ótima produção deixa tudo ainda mais cativante, equilibrando uma sonoridade que claramente se inspira nos clássicos do estilo mas jamais soa datada. Destaque para a faixa-título, “Enemy of Reality”, “World Demise”, “Art of War” e “Tormento ou Paz”, única cantada em português.


Pray For the Dead chegou somente agora em minhas mãos, mas uma coisa é certa: vai demorar para sair do CD player! 


Você pode baixar o disco diretamente no site do grupo, mas aqui eu queria fazer um pedido: compre o álbum original. Isso não tem nada a ver com uma utópica união em torno da cena metálica brasileira, nada disso. Faço esse pedido pelo seguinte motivo: independentemente da nacionalidade, Pray For the Dead é um ótimo álbum que merece chegar até quem curte não somente thrash, mas heavy metal como um todo. 


Ouça e comprove!


Nota: 8



Faixas:
  1. Intro
  2. World’s Demise
  3. Hate
  4. Pray For the Dead
  5. Enemy of Reality
  6. ‘Till the End
  7. Broken Faith
  8. Lifeless
  9. Art of War
  10. Tormento ou Paz
  11. Time to Rise

Comentários

  1. Ótima matéria, já conheço o trabalho da banda, e posso dizer que a resenha não peca em nenhum sentido ao dizer que 'Pray For The Dead é um ótimo álbum.
    Só faltou falar da minha música 'preferida' 'Till The End, rs.

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  2. Excelente review e álbum, realmente o trabalho dos caras ficou muito bom, Tormento ou Paz, sendo a única cantada em português chamou muito minha atenção, é uma música que gruda, realmente espero vê a banda ao vivo aq no estado de Goiás.

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