Racha na Galeria do Rock: lojistas de música questionam atividades culturais promovidas pela administração

O clima de harmonia, efervescência e desenvolvimento de um dos pontos turísticos mais importantes de São Paulo chegou ao fim. A diplomacia foi soterrada por um inevitável racha entre “o pessoal da música” e “o pessoal da moda e do comportamento” na Galeria do Rock na última semana.

Na verdade, a questão envolve mais diretamente um grupo de lojistas que ainda vende música em formato físico – CDs e DVDs – e o síndico do conjunto Grandes Galerias, Antônio de Souza Neto.

A quebra do pacto de não agressão surgiu no boletim O Grito, em sua edição nº 159, que é um veículo da loja Die Hard, uma das mais antigas na Galeria. Com o título de Nós Temos Vergonha da Administração da Galeria do Rock, os proprietários criticam duramente os projetos culturais do síndico e denunciam o que chamam de “excessiva mercantilização do espaço cultural”, com ênfase no faturamento e pouco caso com atividades culturais que “realmente tenham relação com a música e o rock”.

Não é de hoje que parte expressiva dos lojistas ligados à música reclama bastante da mudança de perfil que a Galeria do Rock sofreu nos últimos dez anos, com providencial e intensivo estímulo de Souza Neto. Reação natural ao movimento de mercado que corrói as vendas de CDs e DVDs, derrotados pelos downloads legais e ilegais de aquivos musicais, alguns comerciantes pedem apoio à administração do espaço para revitalizar a área musical e atrair consumidores mais velhos, acostumados às mídias físicas e ainda fiéis aos CDs e até vinis. Esse grupo afirma estar sendo ignorado e discriminado em suas reivindicações.


O fato é que a galeria sofreu uma mudança radical desde 2000. A crise da indústria fonográfica levou ao buraco gravadoras, selos musicais e os pontos de venda de CDs e DVDs no mundo todo. Hoje praticamente não existem lojas de CD em comércio de rua, apenas em shoppings centers e, em São Paulo, na Galeria do Rock. Nesta, também houve devastação: das estimadas 140 lojas de música no fim dos anos 1980 e começo dos 1990, restam hoje menos de cinquenta. Ou 34, na conta do comerciante Luiz Calanca, proprietário da lendária e resistente Baratos Afins, a primeira a se estabelecer no local há 32 anos.

Os espaços foram lentamente sendo ocupados por estúdios de tatuagem, lojas de roupa e acessórios com o rock como tema, e até lojas de bonecos em miniatura de ídolos musicais. Com isso, um novo público passou a frequentar o espaço, bem mais jovem e mais moderno, mas que tem outro tipo de relação com a música: não a consome, mas busca na internet ou se contenta com emissoras de rádio de qualidade duvidosa.

O problema é que a administração atual acha que mudança de perfil estimulada na Galeria é uma grande obra, uma coisa de vanguarda. O síndico é incapaz de perceber que está havendo um sucateamento generalizado do comércio local. Essa molecada que frequenta hoje a Galeria do Rock, em sua grande maioria, não consome por dois motivos: não tem dinheiro e não dá valor ao produto cultural que é vendido. Esse pessoal se satisfaz ao comprar uma camiseta ruim e pirata de R$ 15 ou um bottom malfeito que custa R$ 5. Não há mais valor agregado algum”, reclama um antigo lojista de CDs que prefere não se identificar. A consequência óbvia, na visão deste empresário, é que o consumidor disposto a comprar música não vai mais à galeria, espantado por um público que descaracterizou o espaço e que não dá a mínima para a música. “O som, as bandas, os artistas, tudo se tornou descartável e o síndico estimula isso. Não dá a mínima para criar situações para que os verdadeiros frequentadores, novos ou antigos, aqueles que gostam de música, venham para cá e comprem coisas específicas, que não existem na internet. Esse pessoal sumiu porque acha que a Galeria do Rock acabou enquanto comércio de música. E quando vê no que a Galeria se transformou, passa bem longe mesmo”, diz o lojista.


Esse é um aspecto que é unânime entre os comerciantes de música, mas o que motivou o manifesto da Die Hard foi o que um dos sócios, Fausto Mucin, chama de autoritarismo e cerceamento da liberdade de expressão. “A Galeria só existe e só é o que é graças ao rock. Isso deveria ser levado em conta quando se decide por qualquer iniciativa cultural. Entretanto, prevalece apenas o aspecto comercial e as atividades culturais são decididas apenas pelo síndico, sem consulta a quem realmente entende do assunto e que tenta sobreviver com os frutos de tais atividades, que são os lojistas. Mas não somos ouvidos e até mesmo criticados quando reclamamos. Cadê a liberdade de expressão?”, diz Mucin.

O empresário cita dois eventos que poderiam perfeitamente ter sido realizados na Galeria do Rock recentemente: o projeto Rock na Vitrine e a exposição Na Pele, sobre a história da tatuagem no Brasil. Ambos estão sendo realizados na vizinha Galeria Olido. Um dos organizadores e apoiadores dos dois eventos é Luiz Calanca, da Baratos Afins. “Ele não recebeu apoio da Galeria do Rock e não pensou duas vezes: foi para a Olido.”

O síndico Antonio Souza Neto responde aos protestos com ironia. “Manifesto? Panfleto contra a administração? Não estou sabendo, mas isso não me surpreende, há muita inveja por aqui.” Ele não economiza nos elogios à transformação da Galeria do Rock e desdenha das queixas de mudança de perfil de frequentadores. “O CD acabou, mas esses caras (os lojistas de música) ainda se agarraram a uma peça de museu do século passado. Reclamam dos jovens que frequentam hoje o espaço porque eles não compram mais música. O mundo mudou e eles não querem admitir.” O seu bordão atual é “consegui agregar valor cultural a um local meramente comercial, que conquistou fama internacional e que virou objeto de estudos urbanísticos em vários países”.

Pode-se discutir um ou outro aspecto da afirmação, mas até mesmo seus mais ferrenhos críticos e opositores reconhecem ao menos alguns méritos. O próprio manifesto da Die Hard faz uma ressalva, logo no começo: “Nosso protesto nada tem a ver com a limpeza, segurança e outros assuntos administrativos que estão se saindo muito bem.” Mas nem mesmo isso faz Souza Neto aliviar na réplica. “Minha administração é transparente e sempre foi aberta ao diálogo, mas os ressentidos não têm argumentos para me confrontar. Ficam enciumados porque minha administração fez da Galeria um ponto turístico e referência cultural paulistana. Há muito ciúme porque a Galeria virou tema de novela (Tempos Modernos, da TV Globo, entre 2009 e 2010), com um personagem inspirado em mim. Tudo isso incomoda.”

O racha explícito na Galeria do Rock, antes mantido nos bastidores, deve acelerar a mudança de lojistas de música para outros pontos do centro de São Paulo, um movimento que o Jornal da Tarde havia antecipado em 2009. A Die Hard é uma candidata a migrar para o Espaço Cultural Nova Barão, a poucos metros da Galeria e onde já existem 11 lojas de CDs e LPs raros, além de sebos. “Vamos resistir até o máximo que conseguirmos, mas não tenho ilusão: do jeito que a Galeria do Rock está, a música e a cultura ficarão cada vez mais em segundo plano. A Nova Barão é uma alternativa bem interessante, já temos um espaço alugado lá”, diz Fausto Mucin.

O manifesto dos lojistas de música talvez seja o último suspiro de um grupo de idealistas nostálgicos e, de certa forma, conservadores, que tentam preservar a música como bem cultural, e não um produto totalmente descartável. A luta é mais do que inglória, é uma causa perdida, mas tem o grande mérito de mostrar a importância que a Galeria do Rock tem para São Paulo. Se não é possível voltar aos tempos de glória da venda de música física, que pelo menos se mantenha a tradição de reverenciar a música como algo nobre e de valor incalculável.


Comentários

  1. Lamentável...
    Eu vou à Galeria todas as vezes que vou à São Paulo. Nunca comprei nada de outras lojas que não fossem as de CDs. Tenho as minhas lojas preferidas e a Die Hard é uma delas. Acho que os outros comerciantes têm todo o direito de se estabelecer ali, mas acho que o rock, em todas as vertentes, deveria ser respeitado. Eventos, pequenos shows...
    Já falei que o dia que colocarem um quiosque de choop na frente da Die Hard eu vou à falência!!! Hahahaha

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  2. Que pena...
    Poderia haver mais diálogo e menos orgulho...está bem claro que o problema é esse...
    Óbvio que os tempos mudaram e pra galeria se manter ela precisa se adaptar...mas ao mesmo tempo seria muito importante um respeito ao passado...tentando manter as lojas de música física que ainda resistem ... unir todas as vertentes...afinal de contas ...embora saibamos que os LPs e CDs jamais irão vender o que antes vendiam sempre haverá um público para os mesmos ...
    Certamente está faltando visão pra ambos os lados...
    uma pena...
    quem perde são os frequentadores (sou um deles) e a cidade de São Paulo...

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  3. Infelizmente são os novos tempos, mas para nós, amantes do velho rock, a galeria jamais vai morrer.

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  4. Provavelmente deve haver mais pontos nessa discussão. O fato é que a situação atual da Galeria do Rock se deve mais a mudança de tempos, o advento da internet e o compromisso da juventude atual com a música. Sou paulistano e eu e meus amigos frequentamos o local desde os 13 anos, hoje temos 27. A gente cresceu junto com essa história de internet e conseguimos alternar downloads com compras de CD físico, por pura paixão pela música, coisa que meu irmão mais novo já não tem. Nunca ouvi ninguém de meu ciclo falar que deixou de ir lá por causa dos frequentadores atuais. Mas esse é meu caso. Pelo menos uma vez por mês, às vezes mais às vezes menos, vamos lá colher alguma coisa boa. Minha geração hj trabalha, tem um tempo diferente para administrar. hoje não é mais que nem há 14 anos que apenas estudávamos e curtíamos música. Acontece, é um reflexo da vida. Espero que, mesmo que mudem, ou não, as lojas de sempre se mantenham fortes para podermos colher nossos cdzinhos por lá hehehe.

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  5. Sou colecionador de cds já há mais de 10 anos, hoje estou com 22. Comecei pelas capengas lojinhas de cd da minha cidade, João Pessoa - imaginem a dificuldade para um amante do Metal e do Rock Progressivo, conseguir material físico aqui, no ponto mais oriental das Américas. Algumas lojas continuam firmes, ainda assim, como a Música Urbana. - Quando descobri as lojas virtuais, ainda muito jovem, um novo mundo se abriu para mim, com, especialmente, o Submarino e a Saraiva. Obviamente, os estoques de tais lojas são bem mais focados no mainstream e em álbuns lançados por grandes gravadoras, como não poderiam ser diferentes para empresas que precisam vender um bom número de material.

    Com o visível e natural esgotamento das sessões de cd nas grandes lojas, descobri primordialmente, duas lojas, que mudaram a minha vida, a Die Hard e a Paranoid, ambas presentes na Galeria do Rock. Desde então, visitar a Galeria, ter o prazer de dedilhar prateleiras de cd, descobrir coisas novas dentro destas lojas, tornou-se um sonho para mim. A Galeria era a minha Meca, um dia eu teria que ir lá. Sou professor e pesquisador em Ciência Política, e, ainda esse mês, visitei São Paulo pela primeira vez, a trabalho. Apesar da importância do congresso ao qual fui convidado, estava claro na minha mente, que o momento mais importante e mágico da viagem, seria ir à Galeria do Rock, o que consegui, logo no terceiro dia da viagem.

    Mas admito que a primeira impressão me foi chocante. Eu esperei, pelos comentários, fama, NOVELAS, relatos de amigos, um paraíso para o colecionador, um éden de lojas de CDs e discos de toda forma e estilos. Me deparei com uma imensidão de estúdios de tatuagens, lojas de camisas de rock de qualidades duvidosas, diversas lojas de camisetas dessas consideradas ‘engraçadinhas’, cheias de mensagens e imagens meméticas, além de mais um punhado de lojas de quinquilharias das mais diversas. Ao chegar lá pelo terceiro andar, já meio desesperado, perguntei ao vendedor de uma dessas lojas um envergonhado: “Amigo, onde ficam as lojas de cd?” e escutei um sincero “Olha, é o que menos tem...no próximo andar, você encontra a Zeitgeist e a Die Hard e, se der sorte, mais algumas...”

    Eu dei sorte, e encontrei os dois templos da minha auto proclamada religião, a Die Hard e a Paranoid, lugares onde fui, realmente, muito bem tratado e me senti em casa. Relato a vocês, amigos, que foram quase 3 horas de imensa alegria, apenas nessas duas lojas, onde pude descobrir coisas novas, e conversar com criaturas míticas que eram apenas bytes para mim, até então. Independente da minha alegria, há uma constatação: a imagem que me era passada da Galeria do Rock, foi toda feita em cima da grande oportunidade de encontrar CDs. Pouco importa se a mídia e as mudanças impulsionaram a imagem da Galeria, quando a imagem que é passada não é a existente. Infelizmente, o apelo midiático se baseia na música, enquanto o apelo comercial não. Se você me vende música na propaganda, por favor, me venda música na prática.

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  6. Ainda existem grandes lojas nas galerias de SP... a outra galeria citada na matéria...que tem aproximadamente 14 lojas...fica uns dois ou três quarteirões longe da galeria do rock... apesar da decadência ainda é muito legal garimpar por lá... espero que encontrem um meio termo entre o romantismo (cada vez mais necessário nos tempos que vivemos) e a praticidade do mercado

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  7. a galeria do rock que os saudosistas falam durou no maximo ate 94, portanto quem comecou a frequenta-la apos esta epoca ja pegou um processo de mutacao que desegradava a velha guarda. acho que o pessoal das antigas tera que arrumar um novo local senao virarao peca de museu para a molecada que hoje frequenta a galeria, e isso me deixa muito triste. agora, o tal do sindico achar que o seu projeto esta certo so porque a galeria apareceu em uma novela da globo e de uma ignorancia tao grande que nao da para levar a serio...

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  8. Fábio RT, vc possui o endereço desse outra galeria ou indicações mais claras de onde ela fica? Quero visitar!

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  9. Atendimento péssimo + arrogância dos lojistas = abandono. E merecido.

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  10. Sou de Minas Gerais mas estou em São Paulo pelo menos 1 vez por mês e costumo sempre ir à Galeria do Rock.
    Gosto do lugar, mas sempre que vou àquelas lojas de discos me sinto meio intruso.
    Aquele pessoal fica lá com seus amigos batendo papo no balcão e não te dão muita idéia, você faz uma pergunta e é aquela má vontade.
    Curto muito rock clássico, vinil e etc, e entendo do assunto.
    Gente como nós, hoje é raridade e se vc chega nesse espaço e pensa: "agora estou no meu lugar", daí vc não é bem recebido, fica difícil voltar.
    Não quero tirar nem dar razão a ninguém, mas o que parece é que esse pessoal das antigas que se acham papas do Rock, querem apenas manter seus clubinhos particulares.
    Se eles tem realmente a intenção de divulgar essa cultura, deviam começar dentro de suas próprias lojas, recebendo bem seus visitantes.

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  11. Isso acontece mesmo!

    "Gosto do lugar, mas sempre que vou àquelas lojas de discos me sinto meio intruso.
    Aquele pessoal fica lá com seus amigos batendo papo no balcão e não te dão muita idéia, você faz uma pergunta e é aquela má vontade."

    Só aqui no CR pra ter uma matéria dessas.
    Obrigado

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  12. Não posso falar sobre a Galeria, mas recentemente passei por uma situação de mau atendimento em Porto Alegre que rendeu até um post aqui no site http://collectorsroom.blogspot.com.br/2012/08/em-boca-fechada-nao-entra-disco.html

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  13. Eu trabalho na Galeria a 7 anos, os tempos por lá realmente mudaram, ela perdeu os dias de glórias, os rockeiros estão cada vez investindo menos no rock, seja em música, ou em estilo.
    Porém como lojista temos que inovar e ir atrás da atenção de nossos clientes, temos que fazer que eles tenham vontade de trazer ao rock sua glória original.
    Eu acredito que esse pessoal das lojas de cd tem que parar de achar que são o Deus criador do rock e agir com mais humildade, a começar pelo atendimento, você sendo novo, mesmo curtindo os clássicos, pede um cd e os caras te tratam como um poser por causa da tua idade, te tratam como nada, não mostram interesse, não indicam nada, ficam sempre conversando entre si e te ignoram.
    Uma vez eu entrei numa loja destas das antigas, que por ética não direi o nome, fui comprar um presente pra um namorado, pedi um album x do Iron, o cara teve a audácia de falar pra mim "sou vou pegar pra você se você for realmente comprar", cara, sério, só comprei por que só tinha lá, era a primeira vez que eu entrei nessa loja, já cheguei sabendo o que queria, e o cara ainda me dá uma dessa, na boa.
    Então, acho que eles mesmo podem pensar em algo cultural para trazer seus clientes de volta.
    Mas de certo ponto, concordo com a má administração da galeria no quesito cultural, e também concordo que não dá pra falar com o sindico, ele não aceita críticas, opiniões e ainda te deixa falando sozinho! E eu já falei com ele, ele tem uma galeria rica em musicos, artistas... e ele não usa, ele não se interessa. Uma pena.

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  14. A questão da arrogância é um dos principais problemas que encontramos, e isso não dá pra negar.

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  15. Fui lá uma vez ano passado, e pretendo voltar este ano para fazer o que mais gosto, pesquisar música de que gosto. creio que este aspecto da falta de cuidado com o cliente possa realmente estar existindo, em algumas lojas senti que de fato existe uma certa arrogância de algumas pessoas; se isto for verdade, vai ser um tremendo tiro no pé, pois ninguém volta a uma loja depois de ser mal atendido, é simplesmente lamentável esta postura. Mas pelo menos no meu caso, para se fazer justiça e não se generalizar, quero apontar uma das exceções à regra, a loja Paranoid, onde tanto pessoalmente ou via compras pela Internet fui bem tratado por eles.

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  16. E não é de hoje isso não, desde meus 15 anos que frequento a galeria e por várias vezes fui vítima da arrogância e mau atendimento de lojistas e vendedores de lá, não me conformo com alguém que trabalha com comércio possa tratar com indiferença quem esta ali para comprar, é certo que na época eu era só um estudante com a grana contada somente para um Disquinho, mas agora beirando meus 40, creio que tenho como comprar qualquer item que esteja a venda na galeria, porém me recuso a entrar onde não fui bem recebido anteriormente, lojas como a Machine Records, Animal Records, House Of Muisc e principalmente aquelas que não colocam preços em seus produtos (uma outra grande safadeza de alguns lojista, que querem dar o preço conforme a cara do cliente).

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  17. Povo sem noção. Fica de mimimi pq tem que se adaptar aos novos tempos. Lojista e Industria se acostumaram a meter a faca pq ninguém tinha opção, ou era pagar o absurdo de R$65,00 num CD em 2001 ou não ter nada, pagar mais de meio salário mínimo por um vinyl importado, ou tentar ouvir por rádios especializadas. Aí veio a internet e mudou tudo, hj eu compro pela Amazon um CD por R$28,00 (preço final) que aqui no Brasil não sai por menos de R$45,00. Então, por todos os anos que fui lesado por essa industria e por esses lojistas, só digo uma coisa BEM FEITO!!!!! VÃO FALIR TUDO SANSGUESSUGAS!!!

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  18. O povo sabe das coisas.
    Frequento(ou frequentava)a galeria desde 1979.É, tô véio mais ainda gosto de rock.No finalzinho dos anos 90 comecei a comprar pela internet. Primeiro nas lojas daqui,depois NO MUNDO TODO. Amazon e eBay principalmente.Nunca comprei tanto cd na minha vida.Fazer o que na galeria? Ser mau atendido?Roubado?.Não ,muito obrigado. Ah, e o mais grave:os logistas pararam no tempo.O que eles vendem hoje é exatamente o mesmo que vendiam à 20 anos. Alem de me fartar de cd pela internet, tem muita banda nova e boa que esse pessoal nem ouviu falar.
    Se alguem quiser uma orientação sobre como comprar no exterior,pode me mandar um e-mail que eu ajudo.So não posso ajudar, se depois vc ficar viciado na coisa.Cara,vc não acredita como é moleza comprar "raridade" a 15 dolares(+ 6 de frete). Hoje o dolar tá uns 2 reais,mais eu aproveitei quando tava a 1,4 ,1,5.Foi overdose.
    Meu e-mail prá quem quiser ajuda: alfredops@gmail.com.
    PS.: "COMPRAS-no exterior-PELA INTERNET. Taí uma boa pauta para o blog.

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  19. Tentei responder ao comentário do Alfredo Salvador mas a caixa não abriu, mas enfim. Faz todo sentido o que ele e muitos outros disseram. Fui à galeria hoje para comprar algumas coisas... fazia mais ou menos 1 ano que eu não aparecia por lá, justamente por causa dos atuais frequentadores. Mas também nunca gostei do atendimento e hoje gosto menos ainda. Atendem com arrogância e má vontade, se acham os fodões do rock and roll, até a MOLECADA de 16 anos que trabalham nas lojinhas mais "moderninhas" te tratam assim. Claro que não estou generalizando, tem gente simpática e atenciosa sim, mas são raros. Sem contar que pararam totalmente no tempo. TOTALMENTE. Tem bandas excelentes mais recentes que o povo "antigo" não ouviu falar porque não saem do mundinho e o pessoal "novo" também não porque estão mais preocupados ouvindo Avenged Sevenfold (me desculpe quem gosta). Então cada vez dá menos vontade de ir lá comprar coisas... galeria do rock já era. Agora vendedores e síndicos ficam nessa briga de egos. Lamentável pois foi um lugar que frequentei e me senti muito bem há alguns anos.

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  20. Realmente a primeira vista parece choro de nostálgico. Mas não eh. O mercado de música hj, principalmente o do rock e do metal eh um mercado de nicho
    Assim como o da compra de música em formato físico. Ter um lugar que promove isso eh mto bom. Mas precisa ter apoio. Eu sempre me perguntei pq um lugar com a galeria eh tao pouco utilizada para eventos ligados a músicas. Agora entendi q eh por causa da admnistração. Uma pena.

    Mas aos lojistas uma ressalva: melhorar o atendimento eh uma boa pra se conseguir novos clientes e manter os q já se tem.
    Canso de entrar em lojas de discos da galeria e ter q ficar esperando o vendedor "perceber" q tem cliente na loja pq estava conversanso com amigo. Isso fora a arrogância... Metidos a entendedores e guardiões da musica old School. Isso não foi nem uma, duas ou três vezes q ocorreu.. na vdd eh bem corriqueiro em diversas lojas

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