Editorial: menos peso e mais música

Você é uma pessoa inteligente e perspicaz. Por isso, percebeu algumas mudanças nas últimas semanas aqui na Collectors Room. Matérias sobre outros gêneros além do heavy metal ganharam espaço, destacando o jazz, o blues, a música brasileira, o funk, o pop e o bom e velho rock and roll. Isso não é passageiro, mas sim definitivo.

Devido a uma série de fatores e razões diversas, tomei uma decisão (e aqui vale uma importante informação: a Collectors Room não é produzida por uma equipe de pessoas como muita gente pensa, mas apenas por um indivíduo - eu, Ricardo Seelig): a Collectors não falará mais sobre heavy metal como falava antes. Essa decisão foi pensada e amadurecida nos últimos meses, e não tem volta.

Na prática, o que isso significa? Significa que, a partir de agora, o site será como tem sido nas últimas semanas, com uma abordagem mais ampla em relação à música, não se prendendo a um gênero específico, mas sim a artistas e nomes de qualidade. Aliás, como era a proposta inicial quando ele foi criado, em outubro de 2008.

Isso não quer dizer que nunca mais tocaremos no assunto “heavy metal” por aqui. Como toda regra, essa também tem excessões. Continuaremos a dedicar espaço aos grandes nomes do gênero (Black Sabbath, Iron Maiden, Metallica e outros) e a artistas preferidos da casa (como Mastodon, Baroness, Machine Head), além de algumas matérias especiais esporádicas sobre o estilo (a série As Novas Caras do Metal continuará, mas com uma periodicidade muito menor).

Porque essa decisão foi tomada? Por uma razão muito simples: cansaço. Cansei de lutar contra a maré, alertando e apontando o que entendo que é errado na cena metálica de nosso país (donos de revistas que são managers de bandas, sites e revistas que vendem entrevistas em troca de anúncios, publicações que possuem tabelas de preços para notas de resenhas e um sem número de outras coisas). Não quero mais fazer parte de um sistema doente, viciado em troca de favores e tapinhas nas costas, e que, acima de tudo, é conservador até a medula, algo que nunca fui. 

Conviver em um cenário onde donos de revistas e sites se comportam como coronéis do século XIX e comandam jagunços travestidos de blogueiros é demais para a minha cabeça. Sempre falei o que pensei, deixando a minha opinião clara sobre os mais diversos assuntos. Recebi, e continuo recebendo, apoio de muitos leitores, mas a contrapartida foi tão forte que me levou a repensar diversas coisas. Ao invés de dar fim a Collectors Room, consegui identificar o que me incomodava e voltei a ter prazer em produzir o site.

Vocês não tem ideia do que se passa nos bastidores. De e-mails com xingamentos infantis a moleques bêbados me ameaçando fisicamente enquanto fazem supostas “entrevistas” no YouTube, passando por ofensas pessoais ao meu filho de 4 anos (e que não tem nada a ver com tudo isso) e ligações anônimas no meio da noite me ofendendo por ter falado isso ou aquilo, a lista é enorme. Teve até quem saiu em uma campanha difamatória pelas gravadores, selos e lojas de discos falando barbaridades e boatos a meu respeito, pelo simples fato de não concordar com o que eu penso.

Ninguém é obrigado a assinar embaixo do que escrevo. Esse é um papel apenas meu. Porém, discordar é sempre sadio, desde que baseando as opiniões em argumentos e não em achismos ou xingamentos.

Tudo isso não tem nada a ver com falta de culhão, ser um pseudo bunda mole ou estar com medo disso ou daquilo. Tem a ver com cansar de uma cena doente e sem perspectivas de mudanças, onde o promotor do maior calote da história da música pesada em nosso país - sim, estou falando do Metal Open Air - desfila lado a lado com jornalistas (des)especializados, que, com medo de perderem credenciais para shows, não falam o que deveriam dizer sobre o que ocorreu no Maranhão. Tem a ver com a postura imbecil e retardada de músicos de bandas com nomes de usinas e falsetes irritantes que podem fazer algo para mudar as coisas, mas preferem divulgar manifestos retardados via internet e ficar olhando para o próprio umbigo, ameaçando de processo quem critica essa postura. Tem a ver com uma imprensa especializada que não é feita com independência e profissionalismo, mas com um amadorismo gigante, colocando na bancas revistas que mais parecem fanzines, comandadas por editores que parecem fãs adolescentes cheios de rancor e preconceitos e não jornalistas com conhecimento acima da média e que incentivam o novo e o que de mais atual e interessante está acontecendo no som pesado.

Eu espero, e gostaria, que vocês que chegaram e conheceram a Collectors Room através de algum assunto que tenha a ver com o heavy metal continuem acompanhando o site. Ele continuará sendo produzido com a franqueza, a sinceridade e a transparência que sempre teve, postura essa que me levou, inclusive, a escrever esse editorial prestando contas. Seria mais fácil simplesmente mudar o rumo das coisas e deixar a mudança seguir o seu caminho, mas eu tenho uma dívida com cada um dos leitores da Collectors, que transformaram o site em referência e dão audiência para o blog todos os dias, e, por essa razão, acredito que o mais correto foi expor o que está ocorrendo de maneira direta e sincera. O texto foi longo, porém necessário.

A música é ampla, enorme, infinita e apaixonante. Cada gênero musical é fascinante e possui artistas geniais, além de outros pra lá de questionáveis. O objetivo da Collectors Room segue o mesmo: divulgar os bons sons e levar música boa até os leitores. Se você também acredita em Miles Davis - autor da célebre frase “existem apenas dois tipos de música, a boa e a ruim” -, continue com a gente.

Comentários

  1. Gostei.
    Até baixei todos aqueles funks setentistas e gostei muito :)

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  2. To com você. O que importa é falar de boa música, seja heavy metal, hard rock, rock'n'roll, jazz, blues, southern rock ou funk. Importa é dar espaço para a boa música.

    No meu caso vou adorar ainda mais, pois sou viciado em jazz e blues, além claro do heavy metal. Então boa sorte ao blog nessa nova empreitada. Lembrando que, é impossivel agradar todo mundo.

    Abraço
    Daniel

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  3. Apoiadíssimo Ricardo, e não se preocupa com a audiência, pessoal q realmente curte música quer é qualidade, independente de estilo.

    Abraço e boa sorte nessa nova fase!

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  4. Ótimo! Costumava gostar das suas opiniões sobre metal e estava procurando alguns bons blogs/sites com foco em outros estilos.

    Mais um motivo para continuar acompanhando seu site.

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  5. Por essa tua sinceridade e imparcialidade perante a essa indústria cagada é que sou teu fã Ricardo. Fico imensamente feliz de ler teu manifesto e ver que existe gente séria, honesta e apaixonada pelo que faz.

    Tamo junto!

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  6. Eu lamento muito cara.

    E depois ainda me perguntam porque eu não frequento mais eventos underground.

    Depois que eu trabalhei como assessor e manager da banda Savant, do Rio, eu pude sentir na pele parte do que vc relatou com esses produtores que agem como agiotas e essas revistas que somem com seu CD enviado para release por meses porque tem outros, que pagaram, na frente.

    Você inscrever a banda em seletivas do Wacken onde seu cadastro é ignorado, você não disputa. E tempos depois vê uma banda vencedora que é uma banda agenciada pelos produtores da seletiva.

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  7. Belo posicionamento, concordo em tudo. Quem gosta de ouvir boa música e sabe discutir respeitando o outro continuará aqui.

    Vida longa ao Collector's!

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  8. Leitor inteligente que sou, nem percebi a mudança! Hahaha!

    Não fazia idéia dessa podridão nos bastidores, e simpatizo com seu desabafo.

    Acho que o blog só tem a ganhar ao abrir espaço para o todo o espectro de estilos que você conhece e curte. O heavy metal é um estilo entre outros, foi seu ponto de partida para apreciar música, e assim poderá ser para os seus leitores também.

    Aproveito cada matéria feita sobre artistas que não conheço, e torço para que outros aproveitem também, como estímulo ao seu trabalho.

    Realmente, nem precisava, mas obrigado pela "prestação de contas"!

    Abraço, e boa sorte nessa nova fase!

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  9. Ricardo.. realmente nadar contra a maré é difícil. O que vc contou é de dar nojo. Infelizmente o dinheiro manda e sempre ele quer se impôr e não ajudar. A sensação que me dá é que eles venceram, essa é a parte que não deveria acontecer. Embora eu discorde de um monte de coisas de vc, isso não quer dizer que precisamos "brigar". A cena Metal do Brasil é pequena porque se passou a priorizar o sucesso no exterior menosprezando os daqui, enquanto que se fizéssemos uma cena interna forte, a conquista do exterior seria consequência.

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  10. Putz...então quer dizer que nossa imprensa musical de música pesada age como máfia...interesante...muito interessante

    Parábens pela coragem em relatar mais uma faceta podre de algo que parece tão inocente ...

    Acompanho vc há um bom tempo ... peguei o collectors mais eclético...depois mais voltado pros sons antigos (com o pessoal da Consultoria ainda)..mais metal e agora voltando pro eclético.... acho isso muito bom...como já te disse...poste o que te dá na cabeça...qdo quiser...isto aqui é um espaço seu e vc não deve nada a ninguém...alias é esta independencia que faz o nome de seu blog e te faz respeitado ...

    Só não ache que os fãs de outros estilos são muito diferentes... caso contrário corre o risco de ter uma grande decepção ... infelizmente a podreira rola solta ... mas existem algumas ilhas pra gente ancorar...teu blog é uma delas

    Abraços

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  11. O blog ficou bem melhor do jeito que está, quem gosta de música, e não apenas de metal, continuará aqui. Só acho um erro achar que o lado mal da cena metálica brasileira está vencendo...Basta olhar em volta para ver que esta cena definha. Eles estão pregando para os convertidos e falando com o próprio umbigo!

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  12. Sou fanático por Heavy Metal a mais de vinte anos e sempre achei a cena Brasileira um lixo. Tive minha fase de metaleiro ortodoxo, fechado para qualquer outro estilo musical e hoje vejo quanto tempo perdi e quantas bandas maravilhosas existiam e não fazia questão de escutar por não ser metal. Com a idade vem o amadurecimento em todos os sentidos e hoje to correndo atras de tudo que tinha preconceito em ouvir. Para mim, o Collectors Room eh um instrumento fundamental para essa minha busca por novos gêneros musicais, tanto no presente como no passado. Por isso, assino em baixo tudo que o Ricardo Seelig relatou em seu manifesto.

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  13. Ricardo,

    Acompanho o blog faz um pouco mais de um ano, e além das matérias relacionadas ao MOA e à "banda com nome de usina" (e seu antigo vocalista) eu não vi nenhuma grande crítica que poderia "justificar" tamanha perseguição, como telefones de ameaça e tudo mais (justificar não é termo correto, pois nada disso é justificável, mas foi o melhor que eu pensei agora).

    Será que eu perdi alguma polêmica envolvendo o site? Ou realmente o pessoal se incomoda com qualquer comentário negativo que você faça a uma banda?

    abs.

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  14. "discordar é sempre sadio, desde que baseando as opiniões em argumentos e não em achismos ou xingamentos."

    Perfeitamente, e tudo que fugisse a isso deveria ser ignorado, ou até mesmo censurado (e nem seria bem "censura", pois não estaria censurando de fato opiniões, pois isso sim é ditatorial. Xingamentos não são "opiniões", e isso a metaleiragem deveria aprender há tempos)... até para o blog ser sempre um prazer, e jamais um peso.

    não entendi essa "mudança de direcionamento". Por coerência, se o blog sempre defendeu, com justiça, a diversidade DENTRO do Metal... logo, não é uma mudança radical tratar de outros estilos. Tudo está interligado, é até pura decorrência lógica. Ao menos é como vejo a música.

    "Setorizar" seria pedir para jogar pelas "regras" dos que dominam a cena, e só traz dor de cabeça mesmo. Regras para tudo: "como um som deve soar", tudo sempre limitado, puro, conservador... "do que uma revista ou blog deve tratar", apenas de determinadas bandas e estilos... etc.

    Legal!

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  15. Caro Ricardo
    Primeiramente, parabens pelo blog! Acompanho a collectors desde que era uma coluna no whiplash e sabemos da qualidade do material que você leva ao público, tanto que o blog, hoje, para mim e outros amigos amantes de música, é fonte básica de informações.
    Como também sou jornalista (não de música infelizmente) sei mais ou menos o que você está passando. Na verdade, nem precisa ser jornalista para passar por uma situação dessa, basta estar em um grupo de amigos e ser a pessoa que tem opinião diferente e cai no "erro" de dizer o que pensa.
    Infelizmente praticar a democracia não é uma das coisas mais fáceis do mundo, ainda mais quando o assunto é paixão.
    Mais uma vez parabens pelo seu trabalho e tenho certeza de que você só irá colher bons frutos dele
    Abraço

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  16. Ricardo, parabéns pela postura e pela sinceridade.
    Acompanho a Collectors Room desde o começo, porém apenas há cerca de 2 meses passei a comentar os posts.
    Franqueza, honestidade, imparcialidade e transparência são qualidades que, infelizmente, desagradam uma grande parcela da população. Com a mídia dita “especializada” não seria diferente.
    O Brasil é ainda uma jovem democracia, onde muita gente, ligada ou não à música e à cultura, desconhece os direitos, inclusive constitucionais, às liberdades de pensamento e de expressão, não apenas jornalísticos. Apesar dos visíveis avanços, parece que nosso País ainda não conseguiu se desgarrar totalmente de um passado muito recente, onde existia censura (prévia!?) e cerceio às mais diversas liberdades, não só à de expressão. A liberdade de opinião em sentido diverso ao da “maré” incomoda bastante gente, e é lamentável quando, no caso da Collectors Room, os principais incomodados são justamente aqueles que deveriam apoiar o blog, isto é, todos aqueles ligados à chamada indústria da música “pesada” (gravadoras, promotores de shows, lojistas, bandas e admiradores da boa música), independentemente das opiniões nele veiculadas, que nunca agradarão a todos ao mesmo tempo.
    Num país onde a música “pesada” sempre foi tão relegada a segundo plano pelas gravadoras, pelas lojas, pela mídia (TV, rádio, internet, imprensa escrita) e pela grande massa dos ouvintes brasileiros (hoje interessada em sertanejo universitário e funk carioca, outrora em axé e pagode), iniciativas como a Collectors Room são, por motivos mais do que óbvios, dignas de calorosos aplausos. Falando por experiência própria, sinto uma certa decepção em relação às lamentáveis críticas que ouvi de um sem número de pessoas, ao longo dos meus últimos 20 anos – desde que comecei a realmente me interessar por música, lá quando eu tinha uns 13, 14 anos de idade –, simplesmente por elas não entenderem o fato de eu gostar tanto de ouvir e consumir boa música (falo não só de música pesada, como também de rock e pop internacionais em geral, MPB, rock e pop nacionais, punk, funk, folk, jazz, blues etc.). Ao invés de me desanimar, essas críticas serviram para estimular em mim uma vontade cada vez maior de ouvir, consumir e conhecer música de boa qualidade.
    Ricardo, não desanime e continue com esse belo blog que é a Collectors Room, um dos melhores de música e cultura no Brasil, muitos anos à frente da imensa maioria deles.
    Long live Collectors Room!

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  17. "...donos de revistas que são managers de bandas, sites e revistas que vendem entrevistas em troca de anúncios..." Quem seriam, poderia dizer?

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  18. Maravilhoso! Mais um blog que terei que ler todos os dias. Sim, confesso que antes não lia sempre. Gostar de Iron, Led, Creedence e U2 na adolescência não me impediu de, através de novos amigos, virar fã de Cartola, Paulinho da Viola, Fundo, Zeca, Marisa Monte, Renato Teixeira, Luíz Melodia, etc. Música tem que ser boa, intolerância beira a cegueira.
    Abraços Luso-Nipônicos
    Edu / Niigata- Japao

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  19. Não, não vou citar nominalmente as revistas que fazem isso, porque senão tomo um processo na cabeça. Mas é bem fácil saber de quem se trata.

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  20. Hnnnn...eu bem sei qual é a revista, já imaginava. Ainda bem que não a compro mais...rs. Aliás, p/ficar bem informado, eu só leio a Metal Hammer, a Burrn! e o Collectors Room.

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  21. Fala Ricardo, eu já leio o blog faz um tempo, e comecei justamente porque enxerguei que não era mais um blog de metal, mas de música de qualidade em geral. Travamos uma boa conversa sobre alguns temas, e foi muito bom.
    Deixo uma dica de uma banda que conheci abrindo um show do Slash em NYC em 2010, não sei se voce já ouviu,mas é rock and roll de ouvir no último volume.
    http://www.youtube.com/watch?v=mxQzIPrNapo

    Abraços e parabens pela iniciativa. Boa sorte!!!

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  22. Apóio em gênero, número e grau!!
    Já tive uma banda de Death Metal e sei como funciona o cenário metal. Isso faz parte da cultura brasileira: uma visão paternalista e atrelada no passado. Ainda curto muito o metal mas também escuto muita coisa diferente e vcs sabem que ainda tem muito headbanger que acha que só se pode escutar metal e nada mais. Além de ser ouvinte, sou músico e não dá pra evoluir musicalmente escutando o mesmo estilo.É triste, mas é a realidade.

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  23. Cadão, acho madura tua decisão e como já conversamos diversas vezes o cenário musical é muito mais amplo que determinado estilo apenas.
    Creio que venha a ser uma grande evolução para o blog e para você como crítico e comunicador, tendo em vista que agora sua bagagem vai abranger muito mais do que rock.
    Por mais nojento que seja o meio do heavy metal, todos os outros também são, então o cansaço venha do teu imenso envolvimento com tudo isso. Uma vez extrapolado o mundo do metal, podes olhar para ele e trazer análises e comentários sob uma nova ótica. Sem ser "um deles".
    Enfim, acho que me perdi no raciocínio.
    O que fica é que, falar sobre música num todo, sem limites, vai te dar oportunidade de ir muito mais longe.
    Parabéns pela decisão, e dou o maior apoio pra esse projeto!
    Isso tudo é ser muito Rock n'Roll.

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  24. Sinceramente achei esta decisão completamente equivocada. Sei que é difícil ser perseguido na sua vida pessoal e todas as coisas que você falou são grandes verdades. Agora, excluir o Metal do site (eu sei que ele aparecerá ainda)é punir os fãs do gênero por culpa dos que você critica. Eu sou fã quase que exclusivamente de metal, algumas bandas de outros estilos até me chamam a atenção, não sou radical, mas o metal é minha vida se é que posso dizer assim e, infelizmente, deixarei de acessar teu site com a frequência que acessava nesses dois anos que o acompanho. Não ligo para o jazz, hip hop, pop, gosto de rock e metal, metal principalmente. Estou muito triste por perder minha principal fonte de informação metálica, lugar onde conheci bandas as quais sou fã hoje, como o Ghost, Trivium e Mastodon, por exemplo. Mas uma vez serei punido por meia dúzia de acéfalo, mas, você é o chefe. Boa sorte no novo caminho.
    Diego Oliveira Da Silva.

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  25. Apoiado e está no caminho certo na minha opinião. Força e serenidade para continuar na batalha.

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  26. Ricardo, acho que todos os seus leitores estão e continuarão com você, eu mesmo acompanho desde os tempos de Whiplash e não pretendo parar. Que venham ótimos posts, resenhas e dicas sobre funk, soul, jazz, mpb e qualquer gênero em que se encontre boa música. Sucesso sempre!

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  27. Só uma coisa: Estou sentindo falta de mais entrevistas com colecionadores, que é algo que eu considerava o carro chefe do blog, mas parece que está em segundo plano ultimamente.

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  28. Eu acompanho a uns 2 anos o blog e sempre percebi uma tendência pra outros estilos musicais, simples, isso se chama evolução.
    O necessário apenas é tentar manter o pé no chão e tentar não se distanciar muito do que os true fãs do collectors esperam.
    Enfim, Seelig apoiadissimo nessa nova empreitada (apenas não se esqueça do metal, algo pouco provável).

    Agora, que já comentei sobre a essência do texto, tem algo que eu queria muito comentar, que é sobre a banda ANGRA. Ricardo, sou fãzaço da banda, na verdade, a primeira música de power metal que eu ouvi foi "CARRY ON", que me fisgou na hora.
    Eu não compreendo essa perseguição para com a banda. Quem causou todo os conflitos relacionados a esse blog foi o EDUARDO FALASCHI, que foi o vocalista da banda, ele não é a banda ANGRA, a banda ANGRA é muito mais do que uma "banda com nome de usina", a história dela é grande, e não merece ser desrespeitada assim nos seus textos, nas suas indiretas. Poxa Ricardo, parece que você leva para o lado pessoal e esquece a importância da banda.

    Eu fico muito triste de ver a banda ser deturpada assim aqui pelo collectors. Não compreendo.

    Ah, e oque foi a parte dos "falsetes irritantes"?... Oque você quis transmitir neste trecho?

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  29. Véspera de feriado ouvindo "Jorge Ben - A Tábua de Esmeralda", tomando uma cerva feliz da vida com a minha gata. Certos momentos, merecem esse tipo de musica, apesar de eu gostar de rock e metal...OH felicidade!!!! Eram os deuses astronautas!!!! So quem abrir a cabeça e ouvir essa perola do musica brasileira vai saber a emoção que estou sentindo agora.

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  30. Posso dizer uma coisa? Passei a gostar ainda mais do blog depois que vi outros estilos musicais aparecendo por aqui, afinal nao só existe heavy metal no mundo né? E sem falar que é muito bom descobrir músicas, saber um pouco do que aconteceu no cenário do rock no passado, cultura e informação sempre!

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  31. Quando descobri o collector's, achei uma fonte de novas coisas para ouvir, bandas que nunca tinha ouvido falar e que não conheceria se não fosse o site. Expandir o conteúdo da Collector's será melhor ainda, não se pode olhar pro mesmo ponto para sempre, é bom abrir os horizontes e descobrir que não há música de qualidade somente no seu lugar comum. Ultimamente tenho buscado novos artistas, muitos dos quais eu mesmo já tive preconceito por ser jovem demais e pensar de uma maneira ignorante. Continue o trabalho Ricardo, e faça com que o horizonte de muitos que só olham para frente se expanda e que essas pessoas consigam mover a cabeça para olhar para os lados !

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  32. Ricardo, vc é um dos poucos, talvez o único , que me estimula a comentar algo na net - de downloads de discos, a posts em redes sociais - tudo é muito enfadonho - você está certo e apoio sua decisão , nem só de metal vive o mundo da música que convenhamos até no geral anda fraco de "boa música", nem o Radiohead consegue surpreender e nos fazer rever conceitos musicais como antes.Tá tudo muito igual, com cara de "já vi antes", a cena brasileira precisa tomar um baculejo, de falta de respeito com a inteligência do público/consumidor até a preguiça sonora dos músicos nacionais.Sua mudança é muito bem vinda, o único ponto negativo é que o blog ficou pesado demais para carregar a página, grande parte dos leitores possuem velocidade de média para baixa.

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  33. Força aí, Ricardo. Quem é ruim se destroi sozinho. Segue o teu bom trabalho. Abs

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  34. Olá Ricardo,

    Me fale uma coisa; que nexo há em vc não colocar mais metal no blog com a cena do metal no Brasil??? Um jugalmento ético de uma determinada imprensa não tem nada a ver com um estilo musical.

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  35. Independentemente dos fatos que motivaram sua mudança, já gostava de ver os gêneros pesados junto com outros estilos no seu blog. Também acredito que para o Metal permanecer vivo seja necessário sair do pedestal conservador e dialogar com outros estilos e linguagens. Boa sorte, xará!

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  36. Amo heavy metal, adoro o Collectors Room, e foi seu blog que me fez para pra repensar ou gêneros musicais. Sou jornalista e gosto do profissionalismo ao se falar de heavy metal aqui, que não vejo com clareza em outros blogs. Apoio a decisão, mas quando vejo notícias como esta me sinto tão frustrada por não ver esse gênero ir pra frente, nem mesmo no underground. Saí do Paraná pra ver o Metal Open Air, gastei minhas férias, pra ver um lugar jogado as traças e cheio de descaso. Conheci gente bacana lá, mas enquanto pessoas como as que organizarem o Metal Open Air e aquelas que tem um pensamento radical e pré histórico sobre heavy metal, este estilo vai estar mais ligado a frustrações do que a bons momentos de boa música.

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  37. Infelizmente para você não entrar na lista de excluídos do metal você tem que ser chapa branca, não emitir sua opinião 100%, e moderar seus comentários. Como um político a caça de eleitores. Existem exceções? Existem... mas os chapa-branca cada vez mais aumentam e isso veio para ficar... foi assim no passado, é assim hoje e será assim no futuro. A mudança tem que começar pelos fãs. Uma crítica ruim não desabona o trabalho de um artista. Mas infelizmente acho que isso é pedir demais.

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  38. Seelig mesmo vc nadando contra a corrente faz a mesma coisa que os autoritários. SE NEGA COMPLETAMENTE A FALAR DO ANGRA E DO FALASCHI somente por ameaça de processo e por isso renega toda a história dos artistas. Fazendo um paralelo o Jornal do Brasil se negava a falar de ney matogrosso porque o chefe editor se negava a falar sobre travestis (segundo ele)... O tempo passou o matogrosso tá aí (queiram ou não) e o tal Jornal acabou.

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  39. Olá Ricardo, sou seu fã desde 2010 quando comecei a acompanhar o blog. Não sou muito de comentar, mas leio todos os seus posts.

    Respeito totalmente a sua nova linha editorial e acho que todos nós devemos fazer o que nos faz bem e deixar de fazer o que nos faz mal, como eu mesmo te disse daquela vez que você quis acabar com a collectors.

    Só queria tirar uma dúvida: para mim o melhor texto que você já escreveu foi o do post Machine Head, o novo gigante. Neste mesmo texto você fala o seguinte: "Na minha percepção, não existe um gênero musical mais apaixonante que o heavy metal".

    Essa visão mudou com os últimos acontecimentos? Se sim, isso influenciou a nova linha editorial? Se não, como você vai se "conter" em escrever sobre heavy metal já que é o gênero musical mais apaixonante que existe?

    Abração e continue com o ótimo trabalho.

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  40. Sobre o Falaschi, Angra, Shaman e Thiago Bianchi, não falo nada aqui no site pelas razões já apresentadas. Podem concordar ou não com essa postura, mas gostaria que vocês a respeitassem. O "só ameaça de processo" é algo bem simplificado para explicar o que aconteceu.

    Sobre o metal ser o estilo mais apaixonante que existe, continuo pensando dessa maneira, e por isso deixei claro que os grandes nomes e as preferidas da casa continuarão a aparecer por aqui.

    Obrigado pelos comentário.

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  41. Muito bom teu artigo, Ricardo, pois mostra uma realidade que muita gente não conhece a respeito dessa cena metálica do "mainstream" cheia de vícios típicos da grande indústria, que sempre discriminou a música pesada. Contudo, brother, acho que não dá pra ser tão assertivo e generalizante ao falar sobre a cena brasileira, pq esse teu comentário pode servir muito bem para veículos maiores e para o público que se comporta apenas como consumidor. Porém, eu estou envolvido com uma cena underground (desde 1987) que é bem diferente dessa das grandes revistas, das gravadoras e dos managements suspeitos, uma cena que é feita na garra, com muita alma, e por gente que o faz apenas pelo prazer de manter funcionando um espaço livre das imposições mercadológicas e tantas outras bobeiras do mundo "mainstream". Por isso, apoio sim, o teu manifesto, mas te convido a conhecer mais o underground (e não estou falando apenas em heavy metal ou punk, pois existe tb um underground rocker/experimental muito legal e inteligente), esse que é feito por gente comum, que trabalha, estuda, tem filhos, mas não suporta a grande mídia e, por isso, faz as coisas pelas próprias mãos, pinta suas camisetas, cria seus fanzines, organiza seus próprios shows, inventa sua música e manda um grande "fuck you" pra indústria! No mais, parabéns pela coragem e apareça pra gente trocar mais umas ideias a respeito daquilo que não está na grande mídia! Cristiano

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  42. Olá, Ricardo! Em primeiro lugar, parabéns pela sua coragem e pelo texto! Tens todo o direito de opinar do jeito que quiseres e sobre as bandas e estilos que achas mais adequados. Contudo, há um certo tom de vingança nesse teu comentário (contra um grande veículo de comunicação do metal) e acredito que algumas pessoas possam ler tue desabafo como uma generaliação contra o estilo "heavy metal" ou contra a cena brasileira em geral. Porém, eu que vivo esta cena desde 1987, gostaria de dizer que há, muito além desse metal "mainstream", uma cena underground muito forte e bem diferente desta cena vc apontou, uma cena que nunca vai aparecer na Roadie Crew nem nos sites mais famosos, mas que mesmo assim continua firme e forte. É uma cena autônoma, formada por muita gente inteligente e que, faz tempo, abandonou os canais da grande mídia e, por isso mesmo, faz seus próprios blogs/fanzines, pinta suas camisetas, organiza seus shows, realiza trocas diversas pelos correios sem precisar envolver grana nas transações, troca altas ideias mundo afora, grava e distribui seus próprios discos e faz um grande "fuck off" pra indústria, entendes? Bem, tu sabes disso tanto qto eu, imagino, mas a verdade é que esse tipo de problema sério que vc relatou tem muito mais a ver com essa cena "mainstream", essa cena metida profissional que vive em busca do sucesso e não da qualidade artística. Infelizmente, nesse meio as coisas vão ser sempre assim. Por isso, te convido a conhecer mais a cena undergroud (e não falo apenas de heavy metal ou punk/hc, pois há uma cena rocker/experimental muito inteligente e interessante que vai muito além de Baroness e Mastodon - excelente bandas tb, não me entenda mal), uma cena honesta, madura tb e muito menos interesseira do que esse mundo da grande mídia e da indústria fonográfica. Então, quando puderes, apareça nos shows daqui da região, procure tb os grupos que fazem música não comercial e estão fora desse circuito mafioso. Grande abraço e parabéns pelo artigo, novamente!

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  43. Cara, faça oque manda o seu coração. Mas como leitor assíduo do blog apoio inteiramente sua decisão. sou fã de metal, headbanger nem tanto. pra ser banguer tem q ser mto mala so ouvir meia duzia de coisas... meus ouvidos, pedem mais... minha alma, minha cabeça pede pra ser explodida e graças a Deus vc criou o blog... amplie sempre os horizontes e mantenha sempre o blog com qualidade. não venho ler o collectors pra ler oque tem nos outros sites q eu evito ler. Continue assim sempre... flw

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  44. Seu último parágrafo disse tudo!
    Seu desabafo é totalmente pertinente.
    A música é muito maior que todos esses interesses que giram em torno dela e a deturpam.
    Não se esqueça do reggae.
    Abraço!

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  45. Sinceramente não me considero headbanger, e nem me vejo como parte do público mais específico do Collectors Room. Mas estou realmente fissurado pelo site e pela inteligência dos editores e pela qualidade dos comentários dos leitores.

    Acompanho o Whiplash a anos e venho me decepcionando com o estilo "CARAS, CONTIGO.." que o maior site nacional de rock está ganhando.
    Aliás, conhecí o Seelig por meio de tal.

    Quero dar meus parabéns a toda produção do Collectors Room e desejar sucesso em vosso empreendimento de pregar a boa música, independente da vertente.

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  46. Parabéns a toda equipe do Collectors Room que produz este site que está compromissado em divulgar a "boa música" independente de sua vertente.

    Conhecí o trabalho do Seelig por meio do conhecido Whiplash, o maior site nacional de rock, mas que vem desvirtuando a qualidade devido a quantidade de informações, (algumas de credibilidade questionável) deixando um site de rock parecendo mais uma "CARAS", "CONTIGO", "FUXICO"..

    Espero que vocês de Collectors Room continuem a proposta de manter um alto nível de informação e discussão, filtrando o que não é conveniente e é fora de propósito.

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