Os 40 melhores discos de 2012 na opinião de Jim DeRogatis

Jim DeRogatis é um dos mais respeitados críticos de música não apenas dos Estados Unidos, mas de todo o mundo. Aos 48 anos, esse nativo de Jersey City já passou pela redação da Rolling Stone, Spin, Guitar World e Modern Drummer, além de escrever por 15 anos para o Chicago Sun-Times. Entre seus feitos mais famosos estão uma das últimas entrevistas concedidas pelo lendário Lester Bangs, além de ter sido demitido da Rolling Stone após publicar um review negativo do álbum Fairweather Johnson, do Hootie & The Blowfish.

De Rogatis é autor também de cinco livros - Let it Burt: The Life and Times of Lester Bangs America’s Greatest Rock Critic, Milk It!: Collected Musings on the Alternative Music Explosion of the ‘90s, Turn On Your Mind: Four Decades of Great Psychedelic Rock, Kill Your Idols: A New Generation of Rock Writers Reconsiders the Classics e Staring at Sound: The True Story of Oklahoma’s Fabulous The Flaming Lips.

Atualmente, DeRogatis apresenta o programa de rádio Sound Opinions ao lado do também crítico Greg Kot.

Confira abaixo quais foram os 40 melhores discos de 2012 na sua opinião:

1 Tame Impala - Lonerism
2 Kelly Hogan - I Like to Keep Myself in Pain
3 Frank Ocean - Channel Orange
4 Melody’s Echo Chamber - Melody’s Echo Chamber
5 Spiritualized - Sweet Heart Sweet Light
6 El-P - Cancer 4 Cure
7 Cloud Nothings - Attack on Memory
8 Aimee Mann - Charmer
9 Lupe Fiasco - Food & Liquor II: The Great American Rap Album Pt. 1
10 Bat for Lashes - The Haunted Man
11 Neneh Cherry - The Cherry Thing
12 Patti Smith - Banga
13 Bassnectar - Vava Voom
14 Jack White - Blunderbuss
15 Miguel - Kaleidoscope Dream
16 Killer Mike - R.A.P. Music
17 Bob Mould - Silver Age
18 Lester Bangs - Infinite Stretch
19 Passion Pit - Gossamer
20 Ty Segall - Slaughterhouse
21 The dB’s - Falling of the Sky
22 Screaming Females - Ugly
23 John Cale - Shifty Adventures of Nookie Wood
24 Mark Lanegan - Blues Funeral
25 Santigold - Master of My Make-Believe
26 Best Coast - The Only Place
27 Alabama Shakes - Boys & Girls
28 Dr. John - Locked Down
29 Sinead O’Connor - How About I Be Me (And You Be You?)
30 Japandroids - Celebration Rock
31 Yeasayer - Fragrant World
32 Willis Earl Beal - Acousmatic Sorcery
33 Redd Kross - Researching the Blues
34 Bobby Womack - The Bravest Man in the Universe
35 Django Django - Django Django
36 The Shins - Port of Morrow
37 Mission of Burma - Unsound
38 Converge - All We Love We Leave Behing
39 Neil Young - Americana
40 Bob Dylan - Tempest

Comentários

  1. Porra, esse aqui foi MUITO ALÉM do óbvio e não repetiu outras listas. Foda.

    Vou levar 2013 todo pra escutar tanta coisa de 2012. Hehe

    Desses aí, achei responsa:

    Spiritualized - Sweet Heart Sweet = ótimo!

    Lupe Fiasco - Food & Liquor II: The Great American Rap Album Pt. 1 = bom

    Neneh Cherry - The Cherry Thing = EXCELENTE. Quem precisa de Adele tendo Florence, Fiona e Neneh Cherry por perto?

    Bob Mould - Silver Age = Sem graça

    Mark Lanegan - Blues Funeral = Perfeito! Um dos GRANDES do ano pra mim.

    Santigold - Master of My Make-Believe = outro disco perfeito.

    Sinead O’Connor - How About I Be Me (And You Be You?)
= Discaço! E vc aí perdendo tempo com Adele. Tsc, tsc. Lana del Rey e Adele é sonífero demais.

    Lista totalmente ANTI-obviedade.
    Nem conhecia esse cara. Vou ver por onde ele escreve na net.
    Valeu por todas as listas, Ricardo.
    Mão na roda pra qualquer ouvinte de rock e amante de música em geral.

    ResponderExcluir
  2. Agora que li de novo, vi: ele é Rolling Stone.
    Tá explicado tanto rock, com eletrônica, hip hop e o escambau misturado.
    Defeito: nada de metal ou hard rock mais tradicional. Mas .... nada é absoluto. Nessa lacuna, vamos de Blabbermouth, Whiplash e Classicrock e tá tudo de boa.

    ResponderExcluir
  3. Ele não é da Rolling Stone. Ele foi da Rolling Stone.

    ResponderExcluir
  4. Fico pensando se os caras ouvem realmente com atenção 40 álbuns num ano.Ou até que ponto isso não é hype pra pagar de crítico cult.

    ResponderExcluir
  5. Cara, eu ouvi mais de 100 discos este ano tranquilamente. Basta ter disciplina e encarar como um trabalho, que tempo não falta.

    ResponderExcluir
  6. Kr, se ouvirmos dois discos novos por semana, faça as contas. É bem fácil ouvir bastante coisa, principalmente para quem trabalha com isto.

    ResponderExcluir
  7. Nem foi muito longe essa lista não..mais do mesmo só

    ResponderExcluir
  8. Acho que eu estou ficando velho! Concordo plenamente com o Ideologia Rock. Fica até meio patético ter uma postura "obrigatória" de se ouvir sei lá quantos lançamentos por semana, como se só existisse cds para ouvir e não livros para ler e filmes para ver e mulheres para namorar e filhos para cuidar e tempo para não se fazer nada mesmo. É necessário ouvir de fato o cd que se ouve, esta cultura do fast food para se ouvir música, porque é disto que se trata, não dá! O engraçado é que essas pessoas criticam o consumismo desenfreado dos fãs de artistas populares mas exibem este mesmo consumismo ridículo com os artistas ditos "reais", eles não se tocam que padecem do mesmo mal e que parecem aqueles zumbis transloucados, porque aqueles seres não são humanos, em liquidações de queima de estoque.

    ResponderExcluir
  9. Não estou entendendo os comentários de vocês. Ouço muitos discos porque o site se transformou em uma atividade profissional. Todo cara que escreve sobre música escuta muitos discos, é o trabalho dele. Não tem nada de fast food ou ridículo nisso.

    ResponderExcluir
  10. Seelig, é sua profissão e você ganha dinheiro com isso mas, assim como o serviço do lixeiro é necessário e não deixa de ser ridículo por isso, o seu também tem um quê de patético. Isso não é uma crítica é apenas uma constatação, a questão é ideológica e eu não queria estar em seu lugar porque eu seria uma pessoa neurótica. Sem perceber você está imerso na cultura fast food que o collectors tanto critica e a internet tanto incentiva!

    ResponderExcluir
  11. Cleibsom, você está vendo as coisas apenas por um ponto de vista, o seu, e tomando-o como verdade absoluta.

    ResponderExcluir
  12. Cara...O Jim Derogatis é crítico de música...vive disso... tipo... dá muito bem pro cara que tem essa profissão ouvir uma pancada de discos... imagina que são 8 horas diarias de jornada de trabalho...

    ResponderExcluir
  13. Eu não sou dono da verdade, Seelig, até porque não existe apenas uma, por isso escrevi que esta questão é ideológica. Você crê no que faz e deve continuar a fazê-lo se assim o desejar. Este tipo de "emprego" não é para mim. Agora me responda uma coisa: quantos músicos você já ouviu dizer que adoravam dar show no começo de carreira mas depois que isso se tornou uma "obrigação" estar em um palco é um pesadelo? Espero que não mas pode chegar o dia que você terá um sentimento parecido com relação aos cds que você ouve "profissionalmente".

    ResponderExcluir
  14. Eu trabalho em uma sala sozinho, em informatica e deixo o som rolando então eu devo escutar pelos menos uns 10 cds por dia, uns 5 prestando atencao e outros não tanto, dá pra ouvir muitos discos por ano, se a pessoa realmente gostar de musica, porque o cara não assiste tv todo dia? come todo dia? dorme todo dia? porque não pode ouvir musica todo dia se realmente adorar musica que é meu caso, abraço

    ResponderExcluir
  15. Permitam-me concordar e discordar sobre essa discussão de ouvir tantos discos em tão pouco tempo.

    Em primeiro lugar, realmente um crítico que se preze precisa escutar, pelo menos, 100 discos novos todos os anos, de preferência um novo todos os dias. Do jeito que as informações vem com tanta facilidade, tal prática é necessária.

    Em segundo (e último) lugar, do mesmo jeito que as informações vem, elas vão. Acho (aí é uma opinião pessoal), que tirar a conclusão de que um filme ou um disco x ou y é bom ou ruim, baseado apenas em uma ou duas audições ou assistidas é uma atitude precipitada. É necessário, na minha visão, escutar um disco pelo menos cinco vezes para tecer uma crítica justa. Compro discos a cada duas semanas. Às vezes eu demoro meses para começar a curtir um álbum. Por isso muitas vezes alguns críticos voltam atrás ao revisitar discos lançados anos atrás.

    Bem, é isso. :)

    ResponderExcluir
  16. Alessandro, se você ouve dez cds por dia nestas condições, meus parabéns, mas eu sou de um tempo em que para se ouvir um disco você tinha que sentar e fazer apenas isso e um disco era ouvido diversas vezes antes de uma opinião sobre ele ser formada. É humanamente impossível se ouvir um cd de fato e não superficialmente consultando internet, mandando mensagens por sms, atendendo celular, aguentando o mala do chefe ou dando atenção para o filho pirralho quando se está em casa...Como uma pessoa pode emitir uma opinião sobre um cd que "ouviu" com tantas distrações ao redor? Sem falar que os críticos não têm só cd para ouvir, há os livros para ler, os filmes para ver e os shows para ir...Dá a impressão de que as opiniões da maioria deles é feita nas coxas e sem embasamento!

    ResponderExcluir
  17. A minha opinião, Cleibsom, é que você está levando em conta apenas a sua relação com a música e a julgando com a única verdadeiramente eficaz e "correta", quando, na verdade, para curtir música, literatura, cinema ou qualquer outra forma de arte, há um grande fator subjetivo no meio, e cada pessoa constrói a sua relação específica.

    ResponderExcluir
  18. Muito pelo contrário, Seelig, estou levando em conta o profissionalismo com que o profissional deve exercer sua função. Para um engenheiro executar um projeto ele deve estudá-lo à fundo; para um médico receitar algo à um paciente ele deve analisá-lo com cuidado. Se um crítico é pago para emitir sua opinião sobre um cd, me parece óbvio que ele tem a obrigação de ouvir aquele cd, mas ouvir de fato e não superficialmente, para que sua crítica não caia na leviandade...

    ResponderExcluir
  19. Mas você está afirmando, em seus comentários, que, por ouvir muitos discos, os críticos analisam de maneira superficial os discos. Quanto mais uma pessoa faz algo, melhor ela fica naquilo e desenvolve maneiras próprias de analisar e construir raciocínios a respeito do seu objeto de análise. É isso que acontece não apenas com um crítico de música, mas com qualquer crítico cultural.

    ResponderExcluir
  20. Ricardo Seelig, Você tem mesmo um ouvido musical "treinadérrimo" e um gosto musical apuradíssimo. Parabéns (hehe). Mas eu concordo com todas as colocações do Clebson - Desculpe se escrevi seu nome errado.

    ResponderExcluir
  21. Eu só acredito que uma pessoa melhora em algo que ela faz continuadamente quando ela mexe com algo mecânico e rotineiro como apertar parafusos, por exemplo. Em entretenimento para mim este discurso não cola porque a arte é algo subjetivo e é isto que os críticos, na ânsia de se sobreporem ao ouvinte comum, tentam esconder atrás da dita crítica especializada, imparcial e objetiva. Mas a democracia é boa por isso, permite que possamos conversar com educação mesmo tendo opiniões opostas sobre este assunto. Ps.: Lester Bangs era um babaca preconceituoso e, tendo em vista sua influência como formador de opinião, ele é um dos maiores culpados pelo estigma que o rock progressivo dos anos 70 carrega...

    ResponderExcluir
  22. Concordaria totalmente com o Cleibsom,se suas premissas estivessem corretas;como diria Raul"é muita estrela pra pouca constelação",fúria demasiada em prol de argumentos iniciais que confesso que ainda não "intindi",estão direcionadas para questões que estão fora do propósito não só do site,que prima pela pluralidade, mas também de quem escreve sobre música;afinal escolhemos nossas amizades de que maneira? Metaleiros x sambistas,punks x mpb;se resvalarmos por essa ótica,toda discussão torna-se idiota,cada oponente se afundando em areia movediça,que diabos importa ter razão sobre tal gênero ou gosto musical?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.