Os cinco melhores discos de heavy metal lançados em novembro segundo o About.com

O ano vai chegando ao fim, a quantidade de lançamentos diminui consideravelmente, mas, de certa forma, a qualidade, não. Chad Bowar e a editoria de heavy metal do About.com acabam de soltar a lista com os cinco melhores de novembro. Temos coisas interessantes.

Avatarium, novo projeto de Leif Edling, baixista do Candlemass, faturou a primeira posição com seu homônimo disco de estreia. Logo em seguida aparece o Occultist, banda americana de crust/crossover que lançou o ótimo
Death Sigils. Completam a relação o Year of No Light e seu doom/sludge, bem como o black metal sueco do Valkyrja.


O ponto negativo, ao meu ver, ficou com o quinto lugar: Stryper. Particularmente, tenho pensamento contrário ao chamado white metal, não vejo com bons olhos a utilização da música como palanque religioso e optei por ignorar esse quinto posto. Logo, desta vez segue abaixo apenas os quatro melhores discos do mês segundo o About.com


Antes, leia as listas de 2013:
outubro, setembro, agosto, julho, junho e maio (já na Collectors, com comentários traduzidos); abril, março, fevereiro e janeiro (só no original).


E, claro, não deixe de nos falar quais foram os seus favoritos dos últimos 30 dias!


1. Avatarium - Avatarium

Após a dissolução do Candlemass, lenda sueca do doom, Leif Edling, baixista e principal compositor, formou o Avatarium, um novo grupo que mantém o mesmo espírito de sua banda original. A estreia auto-intitulada é viciante e pesada como uma bigorna, além de incluir membros de ícones como Tiamat e Evergrey. A cantora Jennie-Ann Smith, até então desconhecida, cuida dos vocais. Seu grande alcance combina perfeitamente com o espírito melancólico e oprimido da música.

O guitarrista Marcus Jidell também é um destaque. Ao longo de cada canção, seus solos são técnicos e compostos por uma quantidade incrível de sentimentos. "Lady in the Lamp", faixa que encerra o álbum, apresenta um solo de tirar o fôlego. Para se ter um grande disco de doom, as composições devem ter riffs de guitarra memoráveis, e o Avatarium possui um estoque deles para preencher cada música com um espírito totalmente fúnebre.


2. Occultist - Death Sigils

Death Sigils , álbum de estreia do Occultist, banda de crossover com vocal feminino formada em Richmond, deve ser o disco mais raivoso e cru lançado no ano. A primeira música, "Iron Stort", vem como se fosse um soco na garganta, impulsionada pelos gritos da vocalista Kerry Zylstra.

As próximas canções alternam entre a agitação, o som explosivo e a agressão veloz de um assalto punk. O Occultist chega ao ápice com as duas últimas, "Blackened Apotheosis" e "Towers of Silence". A essa altura, você já deve estar cansado de ouvir sobre 'a próxima grande banda de Richmond', mas o Occultist realmente é uma para se assistir e acompanhar.


3. Year of No Light - Tocsin

O Year of No Light vem da França e já lançou dois discos muito fortes até então: Nord (2006) e Ausservelt (2010). O último trabalho de estúdio, Tocsin, é um tipo raro de álbum: ele puxa o ouvinte desde o início. Não há aquecimento. Não há nada para se acostumar ou ignorar. Tudo parece estar em seu devido lugar e por uma boa razão.

É, ao mesmo tempo, épico e mágico. Leva o ouvinte a novos mundos; lugadores em que o doom e o sludge convivem pacificamente com melodia e estruturas musicais precisas. O belo e o grotesco se entrelaçam e crescem. De forma inteligente, artística e insanamente pesada.
Tocsin certamente abrirá caminho rumo a algumas listas dos dez melhores do ano.


4. Valkyrja - The Antagonist's Fire

Combinando a atmosfera do Ondskapt, o excelente senso melódico do Watain (pré The Wild Hunt) e as inclinações do Necrophobic ao death metal, The Antagonist’s Fire é um álbum de black metal sueco por excelência, bem como um dos melhores trabalhos do Valkyrja até aqui.

Não querendo ser um tanto quanto hiberbólico, mas esse realmente é um álbum excelente em todos os aspectos. O patenteado timbre sueco está por todos os lados e entrega um disco energético e com uma produção surpreendentemente nítida. Há de ser tido, porém, que o Valkyrja não está, necessariamente, reinventando a roda com
The Antagonist's Fire, mas preenche todos os bons requisitos do gênero.


Por Guilherme Gonçalves

Comentários

  1. Eu só ouvi algumas coisas do tal Avatarium e achei legal.

    Quanto a deixar de postar a lista completa por se tratar de uma banda de white metal, por mais que eu também tenha meus preconceitos, e mesmo conceitos contrários, ao gênero, foi tão babaca...

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  2. Fim do ano sempre é muito bom para mim, já que vocês facilitam, e muito, a minha vida postando essas listas de melhores do ano, Novembro.

    Eu poderia elogiar mais, porém desta vez não tem como. Tenho que concordar com o Patrick, essa atitude de excluir uma banda foi realmente desnecessária. Principalmente pelos motivos que a levaram a tal.

    "Palanque religioso"? Bem... Bandas de Black Metal não deixam de ser também.

    Agora, antes que venham apontando o dedo e me rotulando de fanático religioso, recalcado que está dando chilique nos comentários, NÃO, eu não sou cristão.
    Na verdade estou longe de ter alguma crença, e só estou defendendo a banda por achar injusto as circunstancias de sua ausência.

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  3. @Patrick Raffael Comparoni:

    Concordo plenamente Patrick. Eu nao sou religioso, nao vou a uma igreja desde os meus 10 anos ou algo parecido e me considereo ateu.

    No entanto, estamos falando de uma lista musical e de um site musical, quando vc deixa algo de fora simplesmente por se tratar de religiao... o site perde credibilidade.

    Entao, ode ao capeta pode e a deus nao? Onde esta o profissionalismo?

    O Ghost tirrando sarro de religiao pode, mas o Stryper (que eu nem conheco) por ser white metal nao?

    Hummm...

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  4. Quando o assunto é religião a conversa vai longe hein.....

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  5. Humm... então o tal do Strypes foi censurado aqui. A curiosidade agora foi aguçada e, vamos ao encalço. Se é proibido é bão!

    Valeu Guilherme!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Concordo com os primeiros comentários. O site, por óbvio, não é dedicado ao metal cristão (ainda bem que não!).

    No caso, porém, trata-se de mera reprodução da matéria original, porém traduzida.

    Nesse contexto, não faz sentido a censura ao Stryper.

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  8. O Stryper nunca sofreu censura aqui. Há matérias sobre a banda no site, e o último disco deles está inclusive em listas que estamos publicando e que ainda iremos publicar.

    No entanto, o Guilherme, como autor/tradutor da matéria, tem todo o direito de editá-la conforme desejar.

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  9. Kkkkkkkkk, Marilyn Manson assusta os cristãos e Stryper os ateus.
    Seres humanos ... como não curtir, né?
    Todo mundo é muito louco.

    Guilherme, isso aí que tu tá fazendo é o politicamente correto, como se fosse o puritanismo às avessas. Pense nisso. É só umas letrinhas falando que o disco é bom. Foda-se o resto.

    E o Stryper vai muito além do cristianismo, assim como muitas bandas vão além do satanismo ou ateísmo.

    Isso também é uma coisa legal do ser humano.

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  10. White Metal = proselitismo de Deus
    Black Metal = proselitismo do Diabo

    Qual a diferença?
    Vamos nos divertir. Música é música.
    Bota play nessa porra aê: ►

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  11. Eu gosto bastante daquele Maylene & the Sons of Disaster, só não gosto mais pela enxurrada de cristianismo envolto da banda, mas, escrevesse eu sobre música em um site, não seria maluco o suficiente para o excluírem por isso simplesmente rsrs.

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  12. Bom, vamos lá, então.

    Primeiro que o Stryper não foi censurado. Censurar é diferente de ignorar. O Stryper foi ignorado quanto à tradução. Se a ideia fosse censurar, sequer o teria mencionado no início do post.

    Segundo: essa escolha foi minha. Nada tem a ver com a postura do site, que, como disse o Ricardo, já publicou e continuará publicando textos sobre a banda.

    Posto isso, vamos ao principal.

    Já vivemos inseridos em um contexto completamente dominado pela mentalidade cristã, que quer escolher como devemos viver, falar, vestir, escolher, amar, ouvir, votar etc. É assim na escola, no trabalho, no clube, nas reuniões de família...

    Além disso tudo, ainda querem se apropriar do que mais gostamos? Embutir na música essa mentalidade horrível de ódio, intolerância, preconceito, homofobia?

    A mesma música que a Igreja sempre condenou? Por que se aproximar e querer dialogar com o rock agora?

    Censura pra mim é proibir camisinha e aborto em pleno 2013. Legitimar a homofobia. Incentivar a vivissecção. Fechar os olhos pra pedofilia, principal fator que move toda essa engrenagem.

    Estou fora. Não quero isso no que eu for ouvir. Na minha vida.

    Nem que, para tanto, precise ser intolerante com quem gera a intolerância.

    Separar música e conteúdo/letra, pra mim não funciona.

    Bandas nazi/NSBM e qualquer outra porcaria assim seriam ignoradas da mesma forma.

    Quanto ao Ghost, ao black metal etc, não vou nem comentar. Soa até primário achar que realmente há fundo religioso por trás disso e quer estabelecer algum tipo de relação.

    Abs!




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  13. Olha Guilherme..entendo e respeito o seu ponto de vista e sua explicação...mas acho que vc está sendo tão radical quanto quem vc está criticando...
    Além do mais...escrevendo deste jeito parece que vc coloca todos os cristãos dentro do mesmo saco...e a coisa não é bem assim...

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