Os cinco melhores discos de heavy metal lançados em março segundo o About.com

Acaba de sair a lista dos cinco melhores discos de março, segundo a editoria de heavy metal do About.com, e justiça maior não poderia haver: no alto do pódio, Morbus Chron e seu excepcional Sweven. Já haviamos comentado a respeito desse álbum na Collector's. Leia aqui nosso review.

Também aparecem entre os preferidos de Chad Bowar e sua equipe no último mês os novos trabalhos de nomes como Dirge, Hirax, Coffinworm e The Shrine. Aos poucos, as coisas vão esquentando e já podemos afirmar que temos uma lista mais interessante do que as duas anteriores.

E você, ouviu esses álbuns? O que achou? Quais os discos mais legais de março?

Para ver dos meses passados, basta clicar: janeiro e fevereiro.

1. Morbus Chron - Sweven

O que antes era áspero e cru agora é um pouco mais progressivo, mesmo sem abandonar o death metal tradicional de seus primórdios. Ninguém poderia prever isso do Morbus Chron, e é justamente isso que faz de Sweven um álbum tão notável.

Embora a maior parte do disco trabalhe dentro de um panorama rejuvenescedor, o lado primitivo da banda também salta aos olhos. O Morbus Chron fez com Sweven algo não apenas original, mas algo fascinante de se experimentar.

2. Dirge - Hyperion

Se Hyperion fosse um tipo de mar, seria daqueles com ondas escuras, espessas e que te deixam entrincheirado. As camadas que se desdobram ao longo do disco mais recente do Dirge são cognitivamente e emocionalmente esmagadoras, e isso não é nada ruim. Desde o início pesado com "Circumpolaris", faixa de abertura, até os breves momentos de calma que ocorrem em músicas como "Venus Claws", o álbum é realmente dinâmico.

Esse é, de longe, um dos lançamentos mais honestos dos últimos tempos. Dos vocais marcantes até o peso dos instrumentos copulando entre si, trata-se de um registro completamente belo. A condição humana é sentida por meio de suas notas e o disco te leva para lugares obscuros que não são frequentemente visitados. Definitivamente, é o tipo de álbum que estará presente nas listas de melhores do ano. Pode apostar.

3. Hirax - Immortal Legacy

A performance vocal de Katon de Pena em Immortal Legacy é a melhor de sua longa carreira, como fica claro. Cantando com paixão e alcance inacreditáveis, ele prova ter uma das vozes mais dinâmicas de sua geração.

Trinta anos depois de sua formação, o Hirax lança com Immortal Legacy seu melhor disco. Uma declaração, uma mensagem profunda para velhas e novas bandas de thrash metal: a composição e o conteúdo são o que importam. Não há faixas apenas para completar o álbum e, ao fim do 38 minutos, o disco deixa a sensação de quero mais.

4. Coffinworm - IV.I.VIII

Cada música de IV.I.VIII é como tropeçar em um pesadelo vivo, no qual os ruídos cortam seus tímpanos com as próprias mãos. Basta acordar, encharcado em uma poça de suor, para o pesadelo começar novamente, ainda pior do que antes.

Embora tenha demorado para ser lançado, IV.I.VIII evoca o mesmo desconforto que o primeiro álbum do Coffinworm já havia produzido. A banda mostra grande foco em apresentar esse sentimento e não sucumbir diante de qualquer 'síndrome do segundo disco' ao tentar caminhar junto aos sucessos do passado. Com uma formação renovada e tempo suficiente para o processo de composição, o grupo encontrou uma maneira de superar o trabalho de estreia com um sucessor vital.

5. The Shrine - Bless Off

Rebelião é o nome do jogo em Bless Off. A banda começa os trabalhos com a infernal "Destroyers", que abre o disco e é um grito simples de revolta condizente tanto com qualquer clube de motociclistas grisalhos quanto com um grupo de skatistas punk.

Ainda que o The Shrine tenha um som bastante cru, eles apresentam uma fórmula: tocar riffs que sejam tão cativantes quanto pesados, repetir o nome da música algumas vezes no refrão e encerrar de forma contundente, com um solo destruidor. Considero Bless Off um manifesto do The Shrine e o disco mais divertido que já ouvi neste ano.

Por Guilherme Gonçalves

Comentários

  1. Dei uma ouvida, por alto, e o que mais me interessou foi o Dirge. Pesquisarei mais sobre eles.

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  2. Esse álbum do Morbus Chron é muito superestimado. Escuto Death Metal há mais de 20 anos e sinceramente, não vi nada de excepcional nesse disco. Música estranha para gente estranha... Não gostei mesmo... Ao contrário dos novos do Grave, Massacre, Behemoth, TrenchRot, Prostitute Disfigurement, Pestilence, que são excelentes... Mas gosto é gosto, não se discute né? Abraço

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  3. LISTAS,tirando hirax nenhuma vantade de conferir os demais,metal,musica extrema em geral estão muita vanguardistas meia boca,efeitos demais,pro tools demais,estava re-vendo o KRISIUN showlivre,no canal deles no you tube,cara que aula,como tambem aula TORTURE SQUAD QUANDO ERA QUARTETO(trio não vira),saudade de lista de lançamentos de bandas A N A L O G I C A S,a minha começa com OVERDOSE-PROGRESS OF DECADENCE,ALGUÉM LEMBRA DESTE AÍ?

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  4. 1 - Morbus Chron - Sweven: Superestimado. Quem eh acostumado com os primórdios do death metal não engolirá a banda facilmente.
    2. Dirge - Hyperion: Essa banda me passou despercebido. Não tinha ouvido ainda, mas escutei agora e achei sensacional (a melhor dessa lista)
    3. Hirax - Immortal Legacy: Ruim como toda discografia dessa banda, que tem uns do vocais mais cansativos do thrash metal. Katon de Pena não canta nada, só sabe dar gritos insuportáveis.
    4. Coffinworm - IV.I.VIII: Ainda não assimilei o som dos caras, por isso, não posso avalia-los
    5. The Shrine - Bless Off: Disco que você gosta logo de cara, porem com o tempo enjoa fácil.

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  5. Fui meio relapso esse mês e não ouvi muita coisa. Estou terminando de escutar o disco do Morbus Chron e gostei bastante. Vamos ver o restante.

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  6. Esse disco do Coffinworm é uma das coisas mais perturbadoras que eu já escutei. Parece que o som dos caras veio do canto mais profundo do inferno. Muito bom!

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  7. Ricardo,

    Também não consigo gostar muito do Hirax. Nem dos antigos, nem desse novo. Terceira divisão do thrash metal.

    Ciarla e giordano,

    O novo do Morbus Chron realmente não é dos mais fáceis e pode estranhar um pouco no primeiro contato. Mas não tem nada que vá contra os primórdios do death metal. Ele apenas não se prende a uma fórmula. Por outro lado, os timbres, a pegada e os riffs têm muito da velha escola do gênero. Sugiro escutarem novamente. Podem até continuar não gostando, mas vale dar uma chance...

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