Por que o Brasil não tem um festival anual dedicado exclusivamente ao hard rock e ao heavy metal?

A terceira edição do Lollapalooza Brasil, realizada neste final de semana em São Paulo, levantou algumas questões. Não está em questão a qualidade - ou falta de - das bandas participantes, mas sim outro ponto: por que o Brasil não tem um festival com este porte e com esta visibilidade destinado exclusivamente ao hard rock e ao heavy metal?

O Lolla é um evento indie. O que é o cenário indie no Brasil se comparado ao cenário da música pesada em nosso país? O indie brasileiro revelou o Cansei de Ser Sexy para o mundo. O metal brasileiro deu ao planeta o Sepultura. O indie é propagado no país não através de uma publicação mensal exclusiva, porém ganha espaço nas páginas de grandes jornais. O metal possui uma revista mensal ativa, que chega às bancas de todo o Brasil a cada trinta dias, e outra (a Rock Brigade) que tenta se manter viva lançando novas edições de tempos em tempos. Na internet, o indie é bem representado através de uma rede de sites que se assemelha, em números e no modus operandi, ao que encontramos no heavy metal. De um lado existem portais como Popload, Scream & Yell e Miojo Indie, enquanto do outro temos Whiplash, Van do Halen e dezenas de exemplos.

O público brasileiro indie lota shows de seus ídolos em casas de tamanho médio, com capacidade variando entre 1.000 e 5.000 pessoas. O de metal, também. Há excessões, mas elas se verificam mais do lado de cá, do metal, em visitas como as recentes do Metallica (em um Morumbi tomado), Iron Maiden (com shows lotados em todo o país) e Avenged Sevenfold (que tocou para audiências, em média, de 10 mil pessoas recentemente).

Analisando friamente, apenas os números, a pergunta é inevitável: por que o metal e o hard não tem um festival como o Lollapalooza anualmente por aqui? O Monsters of Rock voltou, eu sei, e tomara que fique de vez, mas a situação é diferente. O Lolla 2014 teve mais de três dezenas de atrações, indo de bandas pequenas e quase desconhecidas até bandas de porte médio como atrações principais (Arcade Fire, Soundgarden e New Order). Um festival nesses moldes e contando apenas com bandas de hard e metal me parece viável aqui no Brasil. Público para isso existe. Não custa lembrar: há décadas, as noites mais concorridas e lotadas do Rock in Rio são aquelas destinadas ao metal. Um investidor, um parceiro, lucraria com esse público, que já demonstrou ser extremamente fiel e com sede de consumo infinita (o headbanger é um dos únicos que ainda compra itens originais de suas bandas favoritas, de CDs a camisetas). A GEO, empresa de eventos das Organizações Globo, está por trás do Lolla. Por isso a edição 2014 teve destaque na TV Globo e em seus canais a cabo Multishow e BIS. Um grande investidor não apenas tornaria viável um festival hard e metal no estilo do Lolla como ajudaria a profissionalizar ainda mais a cena, que ainda conta com a infestação de Felipes Negris escondidos nas sombras.

Seria o preconceito o principal obstáculo para a realização de um evento como o Lollapalooza focado exclusivamente no metal? Parece bobagem, mas é uma possibilidade. O fã de metal ainda é visto como uma aberração por uma boa parcela da população. Cabelos longos, camisetas pretas e ícones como caveiras e demônios seguem assustando as pessoas em pleno 2014, por mais estúpido que isso pareça. Vivemos no maior país católico do mundo e não devíamos nos surpreender com isso. O público do metal, assim como o de qualquer estilo, é formada por aquele parcela de fãs mais afoitos e que fazem tudo por seus ídolos (e, inconscientemente, colaboram para a propagação de estereótipos) e também por indivíduos que cresceram ouvindo música pesada e hoje são profissionais consolidados em suas profissões (leia-se “dinheiro no bolso”). A ideia de que o headbanger típico se comporta como a imagem do há tempos sem graça Detonator, apesar de impregnada no senso comum, é equivocada.

Tenho 41 anos. Me separei há alguns anos e sigo solteiro por opção. Tenho um filho de 6 anos. Ocupo uma posição de liderança em minha profissão, chefiando uma equipe e sendo responsável pelos seus resultados na empresa em que trabalho. Meu salário é bom, muito acima da média. Tenho o que eu quero em casa. Dedico uma parcela da minha renda para manter ativa a minha paixão, que é a música. Compro CDs, LPs, Blu-rays, DVDs, livros, revistas nacionais e importadas todos os meses. Vou continuar adquirindo esses itens. E conheço dezenas de pessoas com a rotina e o poder de compra semelhantes ao meu. Já fui um cara que andava uniformizado com calças jeans justas, tênis de cano alto e cabelo ao vento. Não sou mais assim. Os anos deixaram o meu visual comportado, levaram meus cabelos em troca de alguns quilos a mais. Mas a paixão pela música só aumentou em todo esse tempo, acompanhada por uma condição financeira muito maior de poder adquirir tudo o que sempre sonhei. Este público, do qual faço parte, é ignorado quando se pensa em metal aqui no Brasil. O estereótipo segue comandando, como se todo fã de metal fosse retardado e à beira do retardo mental como o desnecessário Detonator. Não está na hora de mudar isso e abrir os olhos, percebendo que a realidade é outra, bastante distante da que se imagina?

Um festival de metal e hard rock como o Lolla daria muito certo. Bandas novas e poucos conhecidas dividindo espaço com nomes consagrados. Seria a oportunidade de ver por aqui, em um mesmo evento, shows de nomes como Baroness, Torche, 3 Inches of Blood, Anciients, Audrey Horne e dezenas de outros grupos, preparando o terreno para atrações principais como King Diamond, Mastodon e Machine Head, por exemplo (lembre-se: no Lolla, os headliners nunca foram nomes gigantescos).

Não tenho a fórmula. Não conheço o mercado de shows a fundo, até porque não tenho mais saco para sair de casa, enfrentar filas gigantescas, empurra-empurra e horas a fio para assistir, mal acomodado, a um show. Mas sei da força, sei do tamanho, sei da proporção que o heavy metal possui no Brasil. O estilo é gigantesco em nosso país, muito maior que o indie, e não apenas sobrevive como cresce há anos sem apoio de grandes veículos. As bandas do gênero já incluíram o Brasil em suas rotas habituais de shows. Só falta um evento anual de porte e visibilidade. Somos carentes disso. E temos público para sustentar e alimentar algo assim.

Então, por que o Brasil não tem um festival anual dedicado exclusivamente ao hard rock e ao heavy metal? Me ajudem a encontrar a resposta nos comentários, please.

(Texto publicado originalmente em 07/04/2014)

Comentários

  1. Sinceramente, acho que o preconceito é o maior fator. O Medina já percebeu e já perdeu esse preconceito, mas ele é muito pouco inovador na escalação dos dias metal do Rock In Rio. Queria eu ter conhecimentos pra organizar algum festival assim...
    PS: Caramba, pensava que somente eu não achava graça nesse Detonator...

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  2. Eu já vejo o Medina como muito mais inovador que os produtores dos Monsters da vida. Ele trouxe muitas bandas pela primeira vez ao Brasil através do Rock In Rio, além de sempre estar antenado com as novidades do mercado. Já os outros festivais de Metal possuem casts bem mais conservadores.

    Vejo que a solução para ter um festival de grande porte no Brasil seria a realização de vários eventos, que é o que acontece na Europa. O deslocamento facilitaria, tanto por vias terrestre como aéreas e o custo seria menos salgado para todos. O Lollapalooza consegue muito isso justamente por ter edições no Brasil, Argentina e Chile.

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  3. Estava pensando justamente isso ontem. Seria ótimo ter pelo menos um festival de Metal, nos moldes americanos ou europeus. E olha que nem precisa ter a metade da dimensão de um Wacken.
    Qto a resposta para sua pergunta, imagino que seja um misto de "receio" em investir num festival desse gênero e não obter o retorno esperado (o que seria uma bobagem)e de conseguir patrocinadores fortes (como o Lolla tem, por exemplo). Muitas marcas não tem interesse em se associar a esse tipo de som, devido à preconceitos que você citou no texto. Foi a conclusão que cheguei, até agora.

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  4. Acho besteira um festival só de metal. Seria mais um fator de segregação do metal. Pô, porque tem que haver uma revista só de metal, sites, programas de rádio, festivais só de metal. Acho que o metal se auto segrega e o Sepultura só chegou onde chegou porque os caras abriram a mente e não ficaram limitados ao metal. Acho que o rock é superior a todos esses rótulos e separações. Que seja uma fest de rock (verdadeiramente rock). Dentro da música pesada uma banda de stoner pode muito bem tocar com uma banda de metal. O punk e o hardcore também são estilos de música pesada. Temos o hard. Então vejo que um festival de música pesada seria o ideal. No último SWU vi no mesmo dia Sonic Youth, Down, Megadeth, Alice in Chains, STP, Faith no More ... uma boa misturada de sons pesados e ornou bem, só que vc contava nos dedos quem na platéia tinha o visual clichê do metal. E por que? Porque a massa metal é conservadora e consideram o SWU um fest indie, mesmo com Megadeth e Down no cast. Ae os caras não vão. Só vão em "eventos de metal". O dia que a galera do metal parar de auto separar a coisa flui. Pô no fim nas contas é tudo rock mesmo, uns mais pesados, uns mais rápidos, outros mais viajantes. Mas é tudo rock. Só lembrando que existem dois fests de música pesada de médio porte que têm crescido muito ano à ano. O Roça 'n' Roll (mais mesclado) em Varginha e o Zoombie Ritual (esse mais metal) em Rio Negrinho. Os dois com atrações internacionais no cast e boas bandas brasileiras.

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  6. Alguns fatores:

    O lucro é o fator chave. Shows de metal são lucrativos? Geralmente são, mas:

    1) Festivais são exceções no mundo da música. Falta um circuito robusto de casas de show de pequeno e médio porte em diversas cidades do país para dar segurança aos investidores e, especialmente, aos empresários estrangeiros.

    Afinal, é melhor marcar 15 shows na Europa do que gastar este mesmo tempo com 3 shows no Brasil.

    2) Custo Brasil: O show pode ser lucrativo,mas e a dor de cabeça? Propinas a serem pagas, empresas te passando a perna, equipe técnica disponível, leis e burocracia sem fim.

    É mais fácil pegar a grana e deixar na poupança ou fazer um show de sertanejo.

    A maior parte das pessoas que conheci que trabalham com metal dizem que fazem por hobby mesmo, porque não compensa a dor de cabeça.

    3) Cena metal: A maior parte das bandas de metal que amamos e curtimos são feitas por músico talentosos, mas amadores. Um ou outro cara da banda vive de música, o resto é no tempo livre. Nem sempre as bandas estão disponíveis todas numa mesma data.

    4)Acho que em todos os cenários de música (clássica, Jazz, indie etc.) todas tem dificuldade em marcar grandes festivais.

    5) Falta estrutura no Brasil. Sim locais grandes, hoteis, profissionais qualificados e equipamentos não estão disponíveis 24 horas todos os dias da semana e, para piorar, para trabalhar APENAS em função de um grande show.

    Até a Fórmula 1 sofre... imagine um festival!

    Acho que estes são alguns dos fatores.

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  7. Garanto uma coisa, Ricardo:
    Se houver um festival de hard/heavy no Brasil estarei presente com meus dois filhos, de 10 e 13 anos. Se for em Brasília, um tanto melhor.
    Aqui temos o Porão do Rock, que quebra um galho. Na edição do ano passado vieram Soulfly e Krisium, porém, como em todos os festivais de "rock" do Brasil, vieram também várias bandas pop. A gente vai matando a vontade a conta gotas, mas a sede de rock não passa nunca. Estou com 51 e esse tesão só vem aumentando.

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  8. O Brasil tem estrutura e publico para isso e sempre comento com amigos que curtem o som, mas a questão e que falta investidores e patrocinadores que acredita nesse projeto e complicado que custa muito em trazer uma banda e questão de logística, acomodação e a alta do dólar, na Europa e EUA e mais barato esse tipo custos e benefícios ( não me pergunte pq não sei de detalhes). Conclusão Brasil tem sim publico e locais para isso...Precisamos de mais pessoas e empresários que acredita nesses festivais como um Wacken e Sweden...

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  9. Ué, mas é impressão minha ou vcs estão esquecendo do Roça N Roll, do Zombie Ritual, mais uns 2 ou 3 que tem todo ano aqui no sul. Não são do porte do Loolla ou do RIR, mas são recorrentes!

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  10. Quanto mais de "nicho" for o festival, mais difícil de atrair patrocinadores, que hoje em dia, com o elevado cachê dos artistas é o que ajuda a fechar a conta de um evento desse. Divulgação massiva também é importante para um festival rolar, pra garantir o público eventual de shows, aquele que vai no oba-oba, ver gente bonita, e depois poder postar na rede social. Neste caso tem a "ajuda" das rádios e da TV (a tal da Lorde tem musica até na novela da Globo).
    O cenário indie também conta com a urgência de novos nomes, que bombam a cada ano, facilitando escalar novidades no line-up de festivais pelo mundo afora. (Sim, a maioria destes nomes são uma farsa, mas o HYPE funciona para o negócio.)

    Enfim, um festival de heavy metal pode até ser um bom negócio, mas se eu tivesse que investir a minha grana, acho que iria para outro lado ... Infelizmente é um estilo que não possui penetração midiática, que não revela novos nomes de peso, e que tem fãs (ainda) muito reticentes a outros estilos musicais e até mesmo vertentes do Heavy Metal.

    O modelo do SWU era um que me agradava, infelizmente ele ficou no fogo cruzado com a volta do Rock in Rio e o Lolla.

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  11. Sobre o Lolla, eu discordo de você em alguns pontos. O Lolla sempre tem uma banda grande. Já foram headliners o Foo Fighters, Pearl Jam e Muse. E conheço várias pessoas que foram no Lolla apenas para o show dessas bandas.

    Claro, Arcade Fire e Soundgarden são bandas de médio porte e foram headliners. Mas, infelizmente, bandas de médio porte não seriam o suficiente em um festival de metal de grande porte. Principalmente se forem bandas "novas", com menos de 20 anos de estrada, como o Mastodon que você citou (que eu curto muito!). Ainda tem muito headbanger que simplesmente não quer saber de ouvir bandas mais recentes e só iria num festival se tivesse um Metallica ou Sabbath como headliner.

    Além disso, tem uma diferença significativa entre o indie e o metal. O indie é um estilo que é mais facilmente digerido por quem não é fã de indie. Já o metal, é oito ou oitenta. Ou você adora ou detesta. Já ouvi centenas de pessoas dizendo "sou eclético, gosto de tudo, menos rock pesado". Por isso, ainda que o metal seja um estilo que tenha muito mais seguidores do que o indie, as pessoas que não são lá tão fã de nenhum estilo específico acabam indo no Lolla, mas não iriam num Monsters Of Rock.

    Ainda acho que o Monsters Of Rock pode ser esse sonhado festival. Ano passado deu um público bom, muita banda internacional e pequena, como no Lolla. Se continuarem insistindo, acho que dentro de alguns anos ele passa a se tornar maior e a chamar mais atenção da grande mídia.

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  12. Primeira pergunta: o que aconteceu com os festivais brasileiros como o Live n' Louder?Começar investigando porque este festival, que seguia os moldes do que você disse que deseja, não foi pra frente, já seria um início para saber qual o problema de realizar um festival. Por que o Wacken, que queriam trazer para o Brasil alguns anos atrás acabou não rolando? Naquela época os alemães devem ter percebido o potencial do mercado, assim como você explicou , mas algo os impediu de vir até aqui. Outra coisa que você falou, que o indie não tem a força que o metal tem aqui, mas o indie tem uma força que o metal não tem lá fora, acredito que produtores sigam mais a cena internacional do que a do Brasil. O arcade fire é medio mas é um nome que circula bastante no mainstream americano e europeu, e o metal lá fora é visto como nicho. Essa mentalidade "vaza" pra cá também, tenho certeza. Mesmo que não reflita o mercado. Acho muito improvável que o Mastodon seja visto com os mesmos olhos que o Arcade Fire pela imprensa musical no mundo.

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  13. Tem uma questão que não foi levantada no texto mas me parece fundamental: o conservadorismo do público metal brasileiro, que só quer saber, em sua maioria, de nomes consagrados, inibe o mercado para as bandas mais novas? Apenas Iron Maiden, Metallica, Guns N' Roses, Black Sabbath e outros poucos nomes têm público por aqui?

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  14. Concordo com o Philipe, fica a sugestão pra uma entrevista com o Paulo Baron, pra saber os detalhes de por que um festival como o Live n' Louder, especifico de hard e heavy não vinga por aqui.

    Acho que o principal problema é o perfil de produtor daqui, os mais notórios nos últimos anos não tem expertise pra trabalhar com eventos de grande porte como um festival e nem fizeram questão de aprender como, pois quem o fez, fez de modo precipitado e como visto no MOA, trágico.

    O que o pessoal não entende é que é preciso criar uma marca forte pra chegar num porte e força de um Lollapalooza, Rock In Rio e Monsters of Rock. Pegando de exemplo, a maioria dos festivais europeus, todos eles começaram pequenos e foram crescendo.

    Por que não trazer essas bandas que tocam para 1000, 2000 pessoas e fazer um festival semestral, no mesmo esquema que os produtores já estão acostumados? Criar uma marca que chame atenção e possa atrair investimentos, e daqui 5 anos ter um evento de médio/grande porte com patrocinadores e fornecedores já acostumados ao público e produção, mostrando tudo isso que foi apontado no texto? Mesmo que seja para o mesmo público, falando de São Paulo, tivemos recentemente shows de D.R.I., Violator, Benediction e Ratos de Porão e já há alguns anos, Kreator, Krisiun, Tristania e Torture Squad.

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  15. Sobre o Live N' Louder, vejo que faltou atrações de peso depois da primeira edição, além de divulgação. David Lee Roth não é Van Halen e Twisted Sister é atração pra meio de cast, não pra headliner. Além disso, a divulgação não saiu do nicho. É preciso propagar em meios fora dos tradicionais para chamar público.

    Já o Wacken foi um discurso, nada além disso. As pessoas com que eles firmaram parceria não possuíam nenhuma experiência no meio.

    É como disse antes, esse esquema estilo Wacken é inviável por aqui enquanto não houver um circuito de festivais, como há na Europa e Estados Unidos. O máximo que conseguimos é um Monsters.

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  16. O último Live n' Louder fracassou porque não teve um grande medalhão. O que o Ricardo comentou é a mais pura verdade, a massa do público de Heavy Metal só ouve e consome um número limitado de bandas (Iron, Metallica, Guns, Sabbath, ...). E outra, só querem ouvir os mesmos hits manjados dessas bandas que na verdade possuem um amplo repertório de qualidade. Basta ver o set list que os fãs montaram pro último show do Metallica aqui. Pô, o Guns atual só lota estádio aqui. Ae vira aquele comodismo. Esse público também sustenta as bandas covers que tanto mal fazem pra cena brasileira. Ae os medalhões/empresas vêem pra cá praticamente todo ano encher os bolsos as custas desse público mais do mesmo. O conservadorismo é tanto que chego a pensar que bandas como o Mastodon e Baroness seriam mais aceitas pelo público alternativo dos SWUs e Lollas da vida. E essa questão dos fests gringos que começaram pequenos, aqui o Roça 'n' Roll é um exemplo. Começou num sítio com parcas bandas independentes brasileiras. Passou pra uma fazenda e hoje na 16ª edição já trouxe vários nomes gringos como Cathedral, Grave, Orphaned Land, Grave Digger, Martin Walkyier. Esse ano vai vir o Rotting Christ. É um fest que pode crescer e ficar bem grande. Já tem apoio de leis de incentivo à cultura, patrocínios. Movimenta a região e traz renda pra cidade de Varginha.

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  17. É o que já citaram do Live N Louder.

    Bandas médias do Heavy Metal não atraem público no Brasil, que é muito fechado as bandas mais mainstream como Iron, Guns, Kiss e Metallica. Nem o Live N Louder contendo Scorpions e Nightwish conseguiu ser lucrativo. O brasileiro, infelizmente, vai só se tiver uma dessas bandas tocando.

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  18. Achar que o conservadorismo é exclusividade do Brasil está errado. Peguem quais são os headliners dos festivais europeus deste ano:
    Hellfest: Iron Maiden, Aerosmith e Black Sabbath
    Download: Avenged Sevenfold, Linkin Park e Aerosmith
    Rock Am Ring: Iron Maiden, Kings of Leon, Linkin Park e Metallica
    Sonisphere: Prodigy, Iron Maiden e Metallica
    Sweden Rock: Black Sabbath

    É sempre o mais do mesmo, com uma ou outra banda diferente. O gênero depende de poucos nomes, bandas mantidas com respiração por aparelhos para que o negócio não morra.

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  19. Falta vontade,e visão,alguem ai ja viu anuncio da chevrolet em revista de metal?headbanger trabalha,tem poder de consumo,tem cartão de credito e paga,e paga muito bem por show ou festival,coloca EPICA & NIGHTWISH no anhembi,porem...infelizmente temos atlantico nos separando da eupora no verão e seus festivais,o HELLFEST deste ano doi na alma,ano que vem rock em rio,não aguento mais metallica...posso ta errado mas vai ter até "nervosa" em 2015,e ver pra crer,pena.

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  20. Pra que precisamos de festivais gigantescos, com infraestrutura milionária e artistas consagrados? A mídia não faz, as agências e produtores não o fazem tb...ora que se danem. Façamos nós nossos próprios eventos, sem ficar dependendo dos mesmos meios de sempre. "Faça você mesmo" é um lema ainda muito usado quando se fala em cena underground, mas parece que muita gente ainda prefere ficar chorando sobre o leite derramado do mainstream, que, no fundo, só quer saber do negócio e não tá nem aí pra você, fã de música.
    No Brasil, além do lado negócio q tb existe na Europa, ainda há sim um preconceito contra o metal e isso não tem nada a ver com chamado segregacionismo dos headbangers, pq na Europa eles tb só vão a festivais de metal e isso não impede que haja um Wacken, por exemplo. O preconceito é por razões diversas, religiosas, comerciais, culturais, os mesmos de muitos anos atrás, pq a sociedade, em vez de evoluir, está cada vez mais conservadora em diversos aspectos.
    Então, acho que não adianta ficar esperando esse tipo de milagre acontecer, ou seja, que a grande indústria do entretenimento olhe para os headbangers ou punks de outro jeito. O lance é fazer a nossa cena, a cena underground, algo que vive firme e forte (sem dinheiro, é claro) há muito tempo...O problema é que qdo eu decido fazer isso por mim mesmo e me isolo, já q fui isolado previamente pela indústria, logo virá alguém me chamar de segregacionista. Querem que eu faça o quê? Que fique dando murro em porta de gravadora, de agência de eventos, jornal ou ponta de faca para conseguir espaço? Eu não, vou fazer eu mesmo o que eu estiver a fim de fazer.

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  21. Também concordo que o ponto é este: Brasileiro só quer ver os medalhões. São pouquíssimas bandas pesadas com menos de 20 anos de estrada que conseguem atrair o grande público e ter condições de ser headliners. Acredito que só Avenged Sevenfold, Slipknot e Linkin Park são capazes disso, no Brasil.

    Isso daí, infelizmente, tira a chance de bandas como o Mastodon serem headliners de novos eventos...acredito que eles apanhariam até pra encher um Credicard Hall da vida.

    É essa cabeça para fechada para novos sons que os indies não tem.

    Hoje, bandas como o Muse, Queens Of The Stone Age, Kings Of Leon, Strokes, Killers, Arcade Fire, Jack White, Arctic Monkeys, entre tantos outros seriam capazes de serem headliners de qualquer festival 'indie' por aqui e terem ingressos esgotados.

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  22. Ricardo, acho que no texto você respondeu à sua pergunta, e de certa forma também mostrou o caminho para a solução.
    Você disse "Tenho 41 anos" e logo abaixo "não tenho mais saco para sair de casa, enfrentar filas gigantescas, empurra-empurra e horas a fio para assistir, mal acomodado, a um show."
    Pois é, acho que boa parte do público do metal está assim como você, mais velho e com pouca disposição para a maratona que é enfrentar festivais. Mas diferentemente de você, que se mostra uma pessoa antenada e ainda curioso pelas novidades, outra característica que vem com a idade é o conservadorismo. Por isso os shows tem sempre os mesmos nomes de sempre. Os produtores sabem que se chamarem os "medalhões" irão atingir a grande massa de fãs do gênero, que assim como vc tem passado para os seus filhos as bandas que foram importantes no passado, e assim mantendo o círculo vicioso.
    Acho que o que nós precisamos é de novos Avenged, Slipknot, Bullet for my valentine e etc, ou seja, bandas novas, com músicos novos, que por algum fenômeno qualquer atingem em cheio a molecada jovem, que tem pique para ir nos festivais e não se preocupar com trabalho no dia seguinte.
    Bandas que falem a Língua desta molecada, que possam atrair os patrocinadores para os eventos de Rock pesado. Não acho que tenha a ver com preconceito, quando o lucro é certo os caras não estão nem aí para valores morais ou religiosos, ou você acha que a Globo adorava ficar "babando no ovo" de caras como Kurt Cobain e Axl Rose nos anos 90? Hoje em dia ela tem que ficar dando notícia das cagadas do Justin Bieber e Miley Cyrus, porque são os ídolos dos jovens e adolescentes. Portanto acho que o que precisa é de Bandas novas que consigam coletar novos fãs jovens, assim como o Avenged Sevenfold consegue.

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  23. Ricardo, acho que no texto você respondeu à sua pergunta, e de certa forma também mostrou o caminho para a solução.
    Você disse "Tenho 41 anos" e logo abaixo "não tenho mais saco para sair de casa, enfrentar filas gigantescas, empurra-empurra e horas a fio para assistir, mal acomodado, a um show." Pois é, acho que boa parte do público do metal está assim como você, mais velho e com pouca disposição para a maratona que é enfrentar festivais. Mas diferentemente de você, que se mostra uma pessoa antenada e ainda curioso pelas novidades, outra característica que vem com a idade é o conservadorismo. Por isso os shows tem sempre os mesmos nomes de sempre. Os produtores sabem que se chamarem os "medalhões" irão atingir a grande massa de fãs do gênero, que assim como vc tem passado para os seus filhos as bandas que foram importantes no passado, e assim mantendo o círculo vicioso.
    Acho que o que nós precisamos é de novos Avenged, Slipknot, Bullet for my valentine e etc, ou seja, bandas novas, com músicos novos, que por algum fenômeno qualquer atingem em cheio a molecada jovem, que tem pique para ir nos festivais e não se preocupar com trabalho no dia seguinte.
    Bandas que falem a Língua desta molecada, que possam atrair os patrocinadores para os eventos de Rock pesado. Não acho que tenha a ver com preconceito, quando o lucro é certo os caras não estão nem aí para valores morais ou religiosos, ou você acha que a Globo adorava ficar "babando no ovo" de caras como Kurt Cobain e Axl Rose nos anos 90? Hoje em dia ela tem que ficar dando notícia das cagadas do Justin Bieber e Miley Cyrus, porque são os ídolos dos jovens e adolescentes. Portanto acho que o que precisa é de Bandas novas que consigam coletar novos fãs novos, assim como o Avenged Sevenfold consegue.

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  24. Eu acho que o que atrapalha bastante, além da maioria só querer saber de shows dos monstros sagrados, é a divisão da cena e a "cabecinha" de muitos. Quem gosta de black metal não assiste show de hard rock, quem gosta de heavy metal tradicional fecha a cara para o death e por aí vai.Isso impede que os produtores montem line-ups variados que atraiam um público maior.

    Minhas sugestões para um festival sem as bandas gigantes:

    Metal tradicional: Mercyful Fate/King Diamond, Accept, Halford, Blaze Bayley, Armored Saint
    Thrash, groove e similares : Testament, Acid Drinkers, Trivium, Tankard, Nelson, Annihilator
    Gothic: Poisonblack, Nightwish, Cradle Of Filth, Legião Urbana (c/ Wagner Moura), Tristania, The 69 Eyes, etc....

    No mais, a galerinha de idade bem avançada como eu e o Seelig gosta mesmo é de ficar em casa na cadeira de balanço assistindo o Iron maiden no programa da Inesita Barroso,

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  25. Outra coisa a se considerar. Na Europa é viável fests de metal porque o gênero basicamente nasceu lá. O metal já está na cultura popular do continente à muito tempo. Assim como o samba e seus derivados estão aqui. Tanto que temos o carnaval. Também tem a questão territorial. O Brasil tem extensão continental. Imaginem a distância, dificuldade e gasto financeiro paras os fãs do norte e nordeste comparecerem a um festival em São Paulo por exemplo. Na Europa tu pega um trem em um país e rapidamente está em outro com conforto e custo justo. Esse lance que o fã de metal é inteligente, tem bons empregos, bons salários e poder de compra é verdade. Mas são os fãs com mais de 30 anos que já não encaram a maratona de um festival. A galera mais nova que frequenta os eventos vivem de sálarios ainda baixos ou das mesadas dos papais. Posso estar enganado mas aparentemente o público de música alternativa/indie são pessoas de classes sociais mais abastadas.

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  26. talvez um dos "problemas" é o proprio publico do metal, a maioria é uma cambada de debiloide que nao aceita a diversidade de estilos dentro do metal. sao os beavis e buttheads da vida que vao ficar 50 anos so ouvindo master of puppets e o album iron maiden dessa outra banda. esqueceu a coisa ridicula que foi a vaia em cima do GHOST e a nacao debiloide chamando por METALLICA? esse é um dos problemas, brasileiro enquanto nao souber conviver com a diversidade e opiniao contraria a sua, deve sim continuar sem festival de metal.

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  27. Nada contra, mas eu acho que tanto o hard rock quanto o heavy metal são dois estilos totalmente presentes em diversos festivais (grandes, médios e pequenos ) do Brasil.

    Poderiam criar um exclusivamente para isso e dando certo, mas eu acho que quem curte tais estilos não tem o que reclamar com relação a show de bandas para assistir.

    Ta ai o Abril Pro Rock com um dia metal todo ano, só para citar um festival médio.

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  28. Interessantíssimo falar sobre isso. Na Europa o circuito de festivais é marcado sempre para as mesmas datas. É quase que uma rotina para algumas bandas fazer anualmente este circuito, seja tocando no Wacken, Sweden, Hellfest, Firefest, Tuska ou o que seja. Ainda é extremamente lucrativo porque são feitos em regiões que estimulam que as pessoas viajem até lá, acampando, passando dois ou três dias num local só para isso, vivendo a realidade do festival. A banda só não faz esse circuito se estiver gravando (muitas vezes faz assim mesmo) ou se não for possível de todo. Mas tenha certeza de que sempre o meio do ano é aguardado pelas bandas de metal. Há alguns anos as bandas ditas "mainstream" começaram a tocar nos festivais europeus com mais frequência, porque podem inclusive fazer shows em áreas próximas (por exemplo, se faz show no Wacken agenda uns dois ou três na Alemanha). No Brasil essa cultura não é tão acessível. Seria interessantíssimo haver um circuito latino-americano de festivais nos moldes do que acontece na Europa. Seria mais atrativo e as despesas teoricamente poderiam ser minimizadas. Mas como fazer isso? Os festivais precisam ter sequência, e não serem só pontuais. Aí entra todo o papo do ingresso, da disponibilidade da banda, dos produtores realmente interessados em fazer algo e não só encher o bolso (investir a longo prazo)...

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  29. A pergunta é: porque promover um festival de metal com headliners de médio porte quando basta trazer uma banda como Iron Maiden ou Metallica para garantir o sucesso do evento? Não há na cena indie uma banda que lota estádio, como o Metallica ou o Iron Maiden fazem, talvez por isso faça mais sentido os festivais indies.

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  30. Daí vai trazer Iron Maiden e Metallica todo ano, e não dar espaço para outras bandas?

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  31. Outra reflexão: parece que os indies compram melhor a ideia dos festivais, de aproveitar o evento como um todo e conhecer várias bandas novas, mesmo que nenhuma seja a banda do seu coração. Para o público headbanger o festival é quase como um "mal necessário" para que eles possam assistir suas bandas favoritas. Em suma, festival de indie rock consegue reunir fãs de música indie em geral. Festival de Metal vai reunir apenas a soma dos maiores fãs de cada banda do cast (que estão dispostos a fazer um esforço para ir no festival).

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  32. Comentários muito bons. As diferentes opiniões parecem apontar para uma soma de fatores. A distância e a não realização de eventos similares em outros países é um problema. Lembrem-se: o Brasil é quase do tamanho da Europa. Outros festivais próximos e com as mesmas atrações ajudariam tudo ficar mais viável. Argentina, Chile e Brasil com um festival anual de metal seria interessante. E o fato de os fãs brasileiros ouvirem sempre as mesmas bandas certamente pesa na balança. É por isso que os mesmos nomes vem para cá ano após ano, enquanto outros nem pisaram por aqui ainda: por falta de espaço. Nesse aspecto, o papel da imprensa especializada é fundamental, apresentando novos grupos para seus leitores.

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  33. Então Ricardo, eu não acho que é certo eles trouxerem apenas os medalhões e não dar espaço para outras bandas. Quando disse que "faz mais sentido festivais indies" (expressão infeliz), eu quis dizer que a proporção entre o trabalho de se promover um festival e as chances de retorno financeiro, se comparado com o esforço de se trazer apenas um medalhão que com certeza vai dar retorno, pode afastar essa ideia dos produtores.

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  34. "No mais, a galerinha de idade bem avançada como eu e o Seelig gosta mesmo é de ficar em casa na cadeira de balanço assistindo o Iron Maiden no programa da Inesita Barroso." kkkkkkkkkkk tenho apenas 37, ainda não faço parte da turma.

    Realmente, os grandes festivais realizados por aqui quase sempre são repletos de bandas consagradas - talvez pelo medo de arriscarem trazer bandas novas/menos conhecidas e não obter o retorno financeiro.

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  35. Quando um nome novo pisa por aqui os babacas chiam!

    Achei uma enorme falta de respeito o povo gritando Metallica no show do Ghost!

    A banda tava escalada no cast há meses, todo mundo sabia que eles iam tocar, todo mundo teve tempo pra verificar se o estilo da banda lhe agrada e mais, ninguém era obrigado a ficar alí assistindo o show da banda!

    Daí eu me pergunto se é mesmo possível montar um festival com banda diferentes, mesmo tento Iron, Metallica, Guns ou Sabbath como atrações principais!

    O público simplesmente não respeita! Não quer saber e sinceramente, saí do Rock in Rio com a sensação de que o público brasileiro não merece mesmo um festival de metal!

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  36. Faço minha as palavras do Gildson.
    Tb estava no RIR e fiquei muito puto com as vaias. E pelo que percebi eram, em sua grande maioria, adolescentes vaiando o show.
    Falo principalmente dos que estavam perto do palco, pois além de não quererem curtir o show, tb não queriam sair pra não perderem o lugar mais próximo ao palco.
    Apesar do ótimo show do Metallica, saí frustrado com essa geração aí!
    Isso ajuda explicar, um pouco, o porquê de não se mudar o cenário. Sites como Whiplash não querem alterar o "Status Quo" do cenário metaleiro: GNR, Metallica, Iron Maiden, ACDC, Ozzy, Slayer...
    Um exemplo:
    O Red Fang esteve aqui em Brasília, e poucas pessoas foram ver o show!
    Ou seja, se pinta uma ótima banda "diferente", vários não vão pq não conhecem. Esses q não conhecem não procuram saber quem são. O evento não enche e não dá lucro para patrocinadores e Promoters que, com certeza, não irão se arriscar novamente.

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  37. Esse conservadorismo da massa fã de metal no Brasil é realmente incompreensível. Vejam os fãs do Metallica. Ouvem Metallica e muitos nem se preocupam em ver de onde vem o som dos caras. Se tu pegar o Garage Inc. vê-se como as inflências da banda são amplas, não ficando restrita ao metal. Nick Cave, Discharge, hard setentista, entre outras coisas. O Guns mesmo tocava Stooges, Misfits, Dead Boys. Fãs de metal geralmente gostam de Led Zeppelin. Jack White tem muito de Led no som. Mas pra galera do metal Jack White é indie e eles não gostam. Soundgarden tem muita influência de Black Sabbath. Mas são grunge e pessoal torce o nariz. Pô tá certo, todo mundo tem o direito de ouvir o que quiser, mas o mundo do rock é tão rico em bandas e estilos que soa como ignorância restringir seu gosto musical em apenas uma dúzia de bandas.

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  38. Engraçado que até hoje se fala da recepção do Ghost no Rock in Rio antes do show do Metalllica.
    Esse ano o Vampire Weekend tocou antes do Soundgarden no Lollapalooza. Eu acho o Ghost mais próximo do Metallica do que o Vampire Weekend do Soundgarden, e ainda assim não houve qualquer tipo de crítica por parte do público que foi no Lollapalooza.
    Quando o Live N Louder acabou pela primeira vez (depois daquela edição que teve o David Lee Roth), o produtor citou como um dos motivos, o desgaste por conta de críticas em uma comunidade do Orkut. Até que ponto a dificuldade em se fazer um line-up que agrade todo mundo, e ainda atraia um bom público, desmotiva os produtores? Pode parecer coisa de criança, mas pensa bem: se o produtor ao organizar um evento desse tipo coloca uma banda tipo Avenged Sevenfold no meio, que queira ou não atrai um bom público, até que ponto a crítica massiva e constante por parte de alguns fãs mais xiitas atrapalharia a firmação do nome do festival? O Rock In Rio pode fazer isso pois já se firmou como um festival de vários estilos diferentes, mas para um festival que não tem nome, será que esse tipo de crítica poderia afastar eventuais anunciantes?

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  39. Será que algo tipo http://www.keep-it-true.de/ teria boa recepção por aqui?

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  40. Vcs podem produzir um texto sobre a internacionalização do Lollapalooza e Sub Pop Festival, que sai até do eixo RJ-SP e chega a Goiânia.

    Nos anos 90, nunca vc imaginaria um Lollapalooza em Israel, Argentina, Chile e Brasil. Menos ainda a gravadora Sub Pop fazer festival aqui, por mais que os Titãs fossem lá gravar com os caras (Jack Endino).

    Fora a internacionalização do RIR em Portugal, Espanha e EUA.

    É um assunto nunca tocado e poderia servir de modelo pro metal sair do status quo de ficar sonhando com "Weicknem" e MOA.

    Outra, vamos falar a verdade: evento de metal NÃO TEM mulher. Como que vc quer que a galera vá?

    O Lolla não é feito só de gente que curte música, mas também de um pessoal que acha lá o melhor evento do fim de semana, em termos de entretenimento, badalação e tal.

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  41. Olha aí no VH1: http://zp.blog.br/?m=news&id=24296

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  42. Pois é galera, é complicado e creio que NUNCA teremos um festival de Metal digno.

    Na minha opinião o maior problema de se fazer um festival de Heavy Metal no Brasil começa pelo o PÚBLICO.

    É só você pegar os dois dias ae que tem bandas de Heavy Metal no Rock In Rio, que você já começa a perceber que o problema é o público, mesmo com a marca Rock In Rio consolidada, mesmo com a divulgação, mesmo com os "medalhões", mas fica claro que o problema é o público! Eu fui no Rock in Rio em 2011 no dia em que teve Slipknot, e fui em 2013, dias em que teve Iron Maiden, e Metallica e Ghost B.C. e cara, os 3 dias que fui ao RIR era perceptível ver que o público que era a maior parte(digamos uns 93%) só estavam ali por causa dos "Headliners", ou melhor, os "medalhões" que estão em todas fechando diversos festivais e ajudando promoters a ter retorno financeiro! kkkk

    Eu trabalho com produção de eventos e realmente é MUITO COMPLICADO você conseguir montar um Line Up onde agrade pelos menos uns 85% do público estimado e onde não precise chamar "bandinhas midiáticas" para lotar um casa de até umas 1.000 cabeças e.e kkkkkkkkk Agora imagina montar um festival para pelo menos, no mínimo uns 30.000 cabeças sem medalhões ou "bandinhas da mídia", será que consegue? Será que tem retorno? Eis a questão....


    Outro fator sobre eventos que é a parte do patrocínio isso como para qualquer coisa que se faça e se peça uma "força" você tem que saber conversar e convencer a empresa o quanto é importante investir(sim, porque é um investimento da empresa) e o retorno que ela terá investindo no seu projeto. E como disse antes é sentar e conversar! Vejam o MOA, conseguiram PATROCÍNIO DA BUDWEISER, porém fizeram aquela merda lá de festival, um fiasco, mas p**** conseguiram um patrocínio FORTE, porém fizeram o que fizeram e todos sabem bem o que e nem vou relembra-los! '-'

    Na minha opinião, volto a afirmar, é o público Brasileiro que é o problema de não ter um festival de Heavy Metal digno para as proporções gigantescas de nosso país! Custos são custos, muitos dizem: "ah, mas são custos enormes" legal mas pra fazer um showzinho num lugar mais ou menos, tem se sempre custos, as vezes até uns inesperados! e.e

    Enfim, abraços e ótimo texto Ricardo! haha =)

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  43. Olá, Ricardo Seelig e demais participantes desse diálogo. Concordo com o Ricardo. Acredito que a cena do Metal no Brasil seja forte, sobretudo no Sudeste. Mas para o investidor, tudo envolve aquilo que se chama de "risco". Em face desse risco, um investidor pode facilmente lançar mão de uma pesquisa para dimensionar o público potencial. Essa é a minha sugestão para que venha uma boa resposta: o investimento no Metal Collectors Festival (risos). Abraços.

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