O fundamentalismo metálico

Você não escolhe o heavy metal, o heavy metal escolhe você”. Li essa frase dia desses em uma rede social. Ela expressa, infelizmente, o pensamento de uma parcela considerável de fãs de metal: a de que são apreciadores de uma forma de arte superior, que são “escolhidos” e “agraciados” com o dom e a capacidade de curtir a música pesada. Um tremendo papo furado, como qualquer pessoa com meio neurônio sabe bem.

Música é apenas música. Ela não está nem próxima da religião, apesar de a religião a utilizar como ferramenta em certos momentos. Música não é fanatismo, longe disso. Música é, antes e acima de tudo, liberdade. É o prazer de encontrar uma canção que traduz o que se está sentindo, que casa com aquele momento da sua vida e o acompanha até o último dos seus dias. Música é pessoal e subjetiva. O que eu gosto é o que eu gosto. O que você gosta é o que você gosta. E ponto final. Ou seja, não combina com fanatismo, com regras, com visões distorcidas da realidade.

O heavy metal é farto em exemplos de radicalismo. Quando usado como elemento de inspiração para a música em si, geralmente produz ótimos frutos. Está aí o black metal norueguês para não me deixar mentir. Estão aí bandas como o ótimo Petra, que traduziu a sua fé em excelentes canções. Existem exemplos aos montes, e em todos os extremos. Porém, quando o radicalismo é traduzido em cegueira, indubitavelmente gera uma visão de mundo distorcida e doentia. É o que ocorre com quem acredita na frase que inicia este texto.

Em certos momentos, o heavy metal se assemelha a um culto, a uma religião extremista, e isso não é um elogio. São tantas regras, tantos preconceitos, tantos “não pode”, que o que realmente importa, que é a música, parece ser o último dos elementos. Exemplos disso não faltam, e, devo confessar, já ouvi diversos deles aplicados a minha pessoa. Escrevo sobre música já há alguns anos (desde 2004, para ser mais claro), e sempre fui bastante franco com minhas opiniões. Nunca deixei de escrever o que estava pensando, em nenhum momento. E isso, é claro, ao mesmo tempo em que atraiu leitores, também fez meu nome cair na antipatia e na lista negra de diversas pessoas e veículos.

Alguns exemplos:

O Seelig ouve outros estilos, ele não pode escrever sobre heavy metal
Ele não gostou do disco, deve ser pagodeiro
As opiniões desse cara são um lixo, ele só quer polêmica
Como um cara que elogia um disco da Lady Gaga pode criticar um álbum do Iron Maiden?

Como dito antes, a música é uma arte subjetiva. O que bate para mim pode não bater, necessariamente, para você. No entanto, ao analisar um disco, procuro não deixar que o gosto pessoal seja o fator predominante de minha análise. Eu não gosto do Megadeth, nunca curti, mas já cansei de elogiar os discos da banda porque tenho o discernimento e a capacidade de perceber a qualidade da obra de Dave Mustaine (apesar de sua voz de Pato Donald ... sorry ...). Eu gosto muito do Iron Maiden, mas não há argumentos capazes de defender bombas atômicos como The X Factor e Virtual XI. E o fato de gostar ou não de um disco ou artista jamais será motivo de impedimento para elogiar ou criticar outro.

Porém, dentro do universo distorcido e da visão de mundo, digamos, peculiar, de grande parte dos fãs de heavy metal deste país tropical, indivíduos que sentem orgulho em vestir calças de couro em um calor de 40 graus, as coisas não são tão simples. Idiotas de 40 anos que se comportam como meninos mimados, espinhudos e virgens de 12, cujo elemento central de suas vidas limitadíssimas é o eterno e equivocado “deus metal”. Homens barbados e imaturos que levam como ofensa pessoal uma avaliação negativa de suas bandas favoritas. Neandertais que tem a certeza de que o Iced Earth é a melhor banda do mundo, Ripper Owens é um bom vocalista e Yngwie Malmsteen é o supra-sumo da guitarra.

Vou fazer uma revelação chocante, preparem-se: o “deus metal” não existe! Nesse aspecto, sou ateu desde criancinha e rejeito qualquer tipo de conversão. O metal não me escolheu, não apontou o dedo para mim. E, se um dia fizer isso, terei o imenso prazer de virar as costas para ele. Fui eu que encontrei o heavy metal pelo caminho e abri as portas da minha vida para ele. E, ao seu lado, fui caminhando passo a passo, andando em frente e descobrindo novas formas de abordar a música e produzir sons. A música já fez eu me sentir mais próximo de Deus inúmeras vezes, e em nenhuma delas o heavy metal foi o elemento catalisador. “Bohemian Rhapsody”, “Stairway to Heaven”, “Free Bird”, “Comfortably Numb”, “So What”, “A Love Supreme”, “Jesus etc”, “Tiny Dancer”: todas escadarias para o paraíso, luzes divinas que nos pegam nos braços em diversos momentos de nossas vidas. Algo que o heavy metal, por mais forte, emocional e apaixonante que possa ser - e realmente é -, jamais chegou perto de conseguir.

Ouvir música não tem nada a ver com radicalismo. É uma experiência pessoal, com significados diferentes para cada um. Por isso, você não tem o direito de, em nenhum momento, esboçar qualquer comentário a respeito do modo como eu vejo a música. Você,  que acredita de maneira cega que o mundo se resume a guitarras pesadas e vocais gritados, não tem o direito, o ingresso e a permissão de emitir qualquer opinião sobre as minhas opiniões. Você, que é um radical chato, um fanático idiota e indivíduo limitado, recebe, a partir deste momento, o mesmo tratamento irracional e sem concessões que adora aplicar a pessoas como eu, apontando o dedo e julgando tudo sem argumentos convincentes. O seu fanatismo ganha de volta, com orgulho e com a minha assinatura embaixo, uma intolerância fanática e tão imbecil quanto a sua. Resumindo: vá catar coquinho! Tire as fraldas e cresça. Saia debaixo da saia da sua mãe. Arrume uma mulher. Se não gostar, encontre o seu homem, não importa. Mas abra a sua cabeça e perceba que o mundo, a vida e os dias são muito maiores, complexos e coloridos do que a sua ignorância acredita.

Pegue o seu fundamentalismo musical e enfie bem fundo no meio do seu c*. Ali, ao lado dos seus excrementos, ele estará bem acompanhado e com o odor adequado. Suma daqui, delete a Collectors dos seus favoritos, não participe das nossas redes sociais. Siga falando m... a meu respeito e a respeito do site, porque essa seguirá sendo a maior alegria e a razão de ser da sua vida. Continue apoiando revistas que vendem reviews e cobram por entrevistas. Continue acessando sites que vendem suas opiniões. Siga ouvindo bandas ridículas como o Angra, que defecam pela boca, pelos dedos e por todos os poros do corpo desde o primeiro dia de suas vidas. Esse tipo de heavy metal, sem cérebro, sem senso crítico e sem evolução, é a sua cara. Você merece toda essa merda que está nas bancas brasileiras, nos sites do nosso país e no seu aparelho de som. Vá para bem longe daqui pra nunca mais voltar. Fica ao lado dos “escolhidos”, já que você é um deles.

Sigo ateu. Com minhas opiniões e o meu modo de pensar. E muito melhor sem a sua companhia.

Por Ricardo Seelig

Comentários

  1. É isso aí!
    Preconceito gera preconceito. O metaleiro brasileiro é uma caricatura, um estereótipo. São tão limitados, que a minha primeira reação sobre algum adepto do metal tradicional é na mesma moeda, ou seja, com preconceito.

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  2. Ricardo excelente considerações, o mais importante pra mim sempre é a música independente de estilo. O que soar bom aos meus ouvidos é o que importa, não consigo entender pessoas que só ouvem um estilo e se fecham para o mundo e o pior criticam quem gosta de outras coisas.

    Você ouvir David Gilmour, Miles Davis, John Coltrane e outros grandes músicos que criaram álbuns magníficos é tão maravilhoso que você se privar disso por puro preconceito é pura burrice.

    Fico feliz que o Collectors Room exista e traga uma nova visão, quem sabe você não abre os olhos de alguns extremistas.

    Abraço.

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  3. Gosto muito do Collectors Room, mas é estranho quando se prega a tolerância pela via da intolerância. O ecletismo acima de qualquer coisa, e o ressentimento contra os nichos. Acho que isso prejudica algumas pautas, e torna alguns debates cansativos e repetitivos. O site faz muito bem o que se propõe, sempre apresentando coisas novas, e com opiniões independentes, mas achar que deve mudar o status quo da "imprensa metálica" (ou seja lá o que isso significa) é meio ingênuo. Heavy Metal é um gênero de moleques, em geral com uma forte carga de ridículo, com caras cantando sobre sobrenatural, o mal, opiniões políticas capenga, e outras bobagens. E daí? É só diversão, e não deveria ser levado a sério. Quando a gente se pega discutindo SÉRIO coisas tão mundanas, acho que tem alguma coisa errada.

    Esse mau humor todo é muito, muito chato, de todas as partes ...

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  4. Grande matéria, Ricardo.

    Gosto muito de metal, mas venho expandindo meus horizontes musicais ao longo dos últimos anos (com grande contribuição da CR).

    Realmente, o estereótipo do "metaleiro" é algo que cansa e me faz até ter "raiva" de tais indivíduos.

    Seria muito legal se a CR fizesse mais matérias sobre estilos como Blues, Jazz, Alternativo, etc., apresentando novas bandas e novos sons.

    Como um amante da música, adoro descobrir coisas novas e interessantes.

    Vou deixar uma humilde contribuição com alguns artistas/bandas que eu descobri ultimamente e tenho ouvido bastante:

    Black Pistol Fire - http://www.youtube.com/watch?v=xeJ9QNnfGEc
    Black Joe Lewis - http://www.youtube.com/watch?v=Wa8v7VsH0IM
    Far From Alaska - http://www.youtube.com/watch?v=UqkftYXPogM
    Blackwater Fever - http://www.youtube.com/watch?v=p6nF1N9-iGU
    Reignwolf - http://www.youtube.com/watch?v=g0Lvm5fyKU0
    Royal Blood - http://www.youtube.com/watch?v=-_3mNCaJgNM
    Vespas Mandarinas - http://www.youtube.com/watch?v=TT6_aBYd2Ps
    Vintage Trouble - http://www.dailymotion.com/video/x1bfm0g_vintage-trouble-strike-your-light-live-on-jay-leno_music
    Superfood - http://www.youtube.com/watch?v=Osoo7Q4oTEw

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  5. Engraçado, combater a intolerância com intolerância, melhor não. Esse é o problema do crítico, de todas as formas de arte não só de música, o cara fala que devemos abrir horizontes, que não devemos ser radicalistas, daí me solta que Angra é uma bosta, que quem houve isso ou aquilo não tem cérebro. Parou pra pensar que muita gente legal, e eu não me incluo nisso...rs, adora o Angra ou o Iced Earth. Sei lá, quer dizer que se eu idolatro algo que você não gosta posso sair do site? Poxa um site tão bom como este! Não! Ao contrário de você vou exercitar a minha tolerância para com seus comentários tão coxinhas quanto os daquele menino de 12 anos que chora ao ouvir Black Star(minha opinião. No fim o que vale mesmo é ouvir e ouvir e ouvir e ouvir, música é bom pra caceta!

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  6. Kkkkkkkk, ótimas as críticas que eles falam de ti, Ricardo. Rindo à beça por aqui.

    Confundem muito mesmo essa coisa de ser fan e ser obrigado a gostar de tudo o que o artista faz, com o risco de um mero desgosto ou discordância jogar abaixo toda a sua devoção pelo artista e lhe tirar o status de fan. Tlz, tenha a ver com o ideário de "true" que tanto caçam.

    Eles têm um negócio de falar de "música de qualidade" que também é um chavão que só esconde que a tal da "qualidade" é só o que é feito nos anos 70 e 80 e fora do hard rock e metal. Não pode existir "qualidade" no axé, na bossa, no funk, no country, no gospel ... esse adjetivo não pode ser aplicado fora do reduto rocker.

    São pretensos entendedores da música, mas não entendem nada de arte. Nadica de nada. Tanto que se reportam aos artistas (expressão, comportamento) como músicos apenas (técnica). Daí, a lógica de um débil mental que toca num sei quantas escalas em 1 segundo poder ser melhor que o guitarrista dos B-52's só pq ele é um ligeirinho. Tá .. e o que ele mudou de paradigma na música? comportamento? arte? discurso? mentalidade?

    Convívio da comunidade eleita, como na religião = “O Seelig ouve outros estilos, ele não pode escrever sobre heavy metal”

    Quem não é dogmático é herege = “Ele não gostou do disco, deve ser pagodeiro”

    Tendência a se voltar para um discurso monolítico, dogmático e referencial = “As opiniões desse cara são um lixo, ele só quer polêmica”

    A ideia de não ser puro, separado e iniciado no dogma = “Como um cara que elogia um disco da Lady Gaga pode criticar um álbum do Iron Maiden?”

    O que eu acho mais legal é se acharem inteligentes e até ateus, mas confundem não ter fé com ser anti-cristão. Tipo aquele papinho 12 anos de anti-sistema. Todo ateu de verdade deve ser respeito pelo que é. E ateu não proselitiza ateísmo, mas eles proselitizam. É muito louco isso. E ainda caçam as "bruxas cristãs", o que é mais louco ainda.

    Mas o mote é que a música pra esses caras é IDENTIDADE, ao invés de ser CONSUMO. É por isso que eles se apegam aos artistas como religião, partido político, sindicato militante ou ONG ativista. Eles misturam ENTRETENIMENTO com IDEOLOGIA. E também ARTE com TÉCNICA.

    Mas uma coisa é verdade: Iron Maiden is my religion.

    http://sp0.fotolog.com/photo/0/3/45/vanessafauda/1211287879_f.jpg

    http://31.media.tumblr.com/tumblr_lh2xncWtOI1qduweeo1_500.jpg

    Ozzy is God
    http://img3.wikia.nocookie.net/__cb20091208012850/uncyclopedia/images/d/d9/Ozzy_god_1.jpg

    E Liberté, Igualité e Beyoncé
    https://pbs.twimg.com/media/BqIP3JTCIAAzYzb.jpg:large

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  7. Seelig, não leve tão a sério a opinião dos "metaleiros"(sic) assim. São moleques (se não na idade, na mentalidade) sem um pingo de cultura musical - e educação - quanto qualquer fã incondicional que se julga ofendido.
    Não sei se o penúltimo parágrafo foi o mais adequado e polido que já li por aqui :-) mas não duvido que você esteja de saco cheio dessa turma de 'trues'.
    Enfim, parabéns pela Collectors. Sigo o site desde os 'early days' (antes mesmo do Spotify!) mas é a primeira vez que opino aqui. Grande abraço

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  8. Concordo com o texto em sua totalidade. Ontem mesmo eu ví uma matéria em um grande portal em que o critico falava sobre os relançamentos dos primeiros cds do Led Zeppelin. Ele elogiou muito a banda e apenas inseriu os comentários que pelas poucas novidades contidas nos relançamentos "garimpo nos arquivos do Jimmy Page estavam acabando" e que o "preço era salgado demais para um não colecionador". Bastou estas frases para chover de comentários ignorantes como "Você é quebrado e não tem dinheiro pra comprar" e "respeite a lenda do rock, quem é você pra falar isso do Led Zeppelin, seu mer**" sendo que o crítico elogiou a banda e criticou fatores pertinentes. A internet criou uma geração de "macho men", valentes somente a distancia.

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  9. Eu sou do interior de Minas e já a algum tempo acompanho a CR e concordo que as matérias são ótimas.Esta especialmente me chamou mais atenção;pelo contexto e críticas.
    Onde moro, a música sertaneja(?)é muito popular,mas não conseguiu apagar a minha paixão pelo rock'n'roll,pelo contrário,eu não consigo passar um dia sequer sem ouvir algumas pedras rolando.
    Sou da geração 80 e notei que muitos "roqueiros"dessa época são totalmente saudosistas ou radicais e se esquecem que o rock nunca morre, ele se recicla e nos brinda com ótimas bandas, vide Rival Sons,Jack White,Gary Clark Jr,Mastodon,Beth Hart,Imelda May e etc.
    O que nos torna interessante é a diversidade e a música é o maior exemplo disso.

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  10. Adoro a Collector's, mas fico de cara toda vez que você resolve responder às ofensas dos desmiolados "trús".

    Ironias e risadas cairiam muito melhor, meu velho. Que a CR continue no bom caminho da música e que os radicais metaleiros não tirem o seu T do estilo, que ainda tem muita coisa boa rolando.

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  11. Oi Ricardo !
    Desencana desses caras...eles não conseguem conviver com opinião contrária a deles...vc está gastando energia demais com este tipo de gente ! Não vale a pena !
    Abc

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  12. C Dizem quem ta n chuva é p se queimar ... o livre arbitrio é indispensável em um site democrático!

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  13. Alô,Ricardo.Música é uma arte que requer liberdade e ousadia.Não se coaduna com fundamentalismo e como uma religião de escolhidos.
    Não curto Metal.Acho uma música limitada com uma com uma postura
    intolerante com outras estilos musicais com uma postura "poser" demoníaca.
    Agora, esta tendência de intolerância também se encontra em outros estilos musicais.O importante tanto na vida quanto na música é aceitar as diferenças existentes e e seguir o seu caminho e suas escolhas. o Rock não pode coexistir com intolerância e restritos a "guetos musicais".
    Abraço.Rock On.

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  14. Que texto pesado! Já li vários desses por aqui (mais um?) e lembro de você deixar de escrever no Whiplash (mais de uma vez) por causa das opiniões dos "metaleiros" sobre suas resenhas. Rebater e esquentar a cabeça com esses caras é ficar no nível deles. Acompanho esse blog há anos, mas esse tipo de texto eu reprovo completamente.

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  15. Por mais que tenha pegado pesado é por aí mesmo, Seelig!
    Aqui é um ambiente de descobertas e trocas de conhecimentos musicais e não um mural pra imbecilidades fundamentalistas juvenis igual ao do Whiplash!
    Que fiquem por lá e rosnem um para o outro!

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  16. Concordo com o aspecto que os "Headbangers True 666 From Hell" (não consegui resistir rs) são os caras mais infantis e acéfalos que existem, principalmente os deste país tropical ("indivíduos que sentem orgulho em vestir calças de couro em um calor de 40 graus".

    Ouço rock e metal desde a época que comecei a ouvir música, mas para uma boa educação musical, não devemos nos limitar a ouvir somente isso ou somente aquilo. Devo grande parte da minha expansão do meu conhecimento musical e da forma de "enxergar" música à esse site.

    Mas Ricardo, meu amigo, não precisa esquentar a cabeça e muito menos ficar escrevendo mais um texto sobre a sua revolta e indignação para com essa espécime limitada.

    Apenas ignore-os e continue nos deleitando com suas críticas (confesso que tenho uma "inveja boa" por não conseguir descrever os álbuns da forma que você faz).

    Por fim, desejo, como sempre, vida longa ao CR.

    Ps: Music is my religion.

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  17. Creio que essa não seja a melhor forma de rebater "radicais". Não se pode combater intolerância com intolerância. É como querer combater violência com violência. Concordo com muitos pontos de vista no seu texto, seelig. Mas menosprezar o Heavy Metal generalizadamente é imaturo e contraditório da sua parte, visto que 98% dos leitores que aqui acessam são fãs do estilo. Atacou o Angra desnecessariamente e ofendeu sua história. Isso não te coloca na mesma posição dos "Trues"? Pessoalmente, eu acho o Ghost uma merda, banda que vc venerou tanto tempo aqui. Mas tem pessoas que gostam e eu acho isso ótimo. A diversidade tem de existir para não deixar nada monótono(Mais do mesmo).

    Vc colocou seu gostou musical como O SUPERIOR e inferiorizou os demais(Isso me lembra os "trues", que vc tanto repudia, não?). Um texto extremamente contraditório e escrito mais na emoção do que na razão. Vc deu um tiro no pé dessa vez.

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  18. A matéria do Sellig é justa para os radicais, e por isso, não se deve generalizar, porque não são todos os fãs de heavy metal que tem esse tipo de "pensamento". Eu mesmo gosto de heavy metal e a minha coleção é praticamente dominada por ele, mas ao mesmo tempo curto jazz, soul, blues, mpb e pop também e todos os esses gêneros também estão nas minhas prateleiras, nos dois formatos, em generosas quantidades. A Collectors Room é muito interessante justamente pela pluralidade de estilos que oferece, ou seja, tem para todo mundo. Aprendi muito com o site e ainda continuo aprendendo. Gosto até daquelas matérias cujas opiniões são diferentes da minha, ouvir um pensamento diferente é construtivo embora alguns digam o contrário. Só um cara muito babaca é que pode soltar “você não escolhe o heavy metal é ele que escolhe” um asno que solta uma sandice dessas deve alguém reprimido em todas as esferas da vida dele, é um virgem completo!

    Essas pessoas são tremendamente caretas, quadradas e são oposto do que prega o heavy metal. São pessoas extremamente limitadas, conservadoras. Esse conservadorismo é igual ao daquelas pessoas que eles criticam. Transformar o metal numa religião, as bandas em mitos, ter regras para isso e para aquilo mostra como são equivocados. São tão fundamentalistas quanto são alguns grupos de evangélicos, islâmicos, católicos. Para alguns “os cabeças aberta” também equivocados o que os diferencia dos extremistas é porque conseguem ouvir numa boa qualquer uma das variações, subgêneros do estilo.

    Os caras reclamam do Detonator só que esse personagem é uma sátira justa a esse tipo de babaca de cabeça pequena. Duvido que o Bruno Sutter encarne-o com intenção de ofender algum fã de metal pelo simples prazer de fazê-lo. Sabe essas pessoas deveriam arranjar um emprego, estudar e também arrumar uma mulher e assim criar outras expectativas em suas vidas onde possam colocar todas as suas energias. O que faz de uma pessoa, um homem ou uma mulher de verdade não é fato dele ou dela ouvirem esse ou aquele tipo de metal, mas sim a capacidade de transformação. Vou parar por aqui para não baixar mais o nível e o texto Ricardo Seelig representa o meu pensamento nesse caso.

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  19. a internet ta cheia de haters que ainda nao tiraram as fraldas.
    sao machoes so atras de uma tela de computador vomitando suas asneiras atraves do teclado.
    se todos esses haters fizessem algo de util realmente e fora do mundo virtual.eles poderiam inclusive mudar esse país escroto.
    parabens pelo desabafo e torço que eles ouçam teu pedido e deixem em paz esse espaço único e raro nos dias de hoje.

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  20. Uma coisa também é que eles começam a se PROSTITUIR por causa de um artista. Tipo: eles não tem um rol muito grande de coisas pra escutar, exatamente porque só referendam mas mesmas coisas, sempre. Daí, quando vem um desastre tipo Chinese Democracy, St. Anger, X-Factor, Virtual XI ... eles ficam tentando salvar o barco, a tripulação e tudo a qualquer custo. Lá no whiplash, a coisa que mais tem dessa prostituição é aquelas matérias de "disco X injustiçado", "disco Y que eu escutei 30 mil vezes e só na 30.001 é que eu entendi o conceito". O King Buzz, do Melvins, deu uma entrevista falando mal dos fans do Kiss, mas que é, na verdade, um comportamento bem truezão. Vc pode pegar isso que ela fala e aplicar a milhares de outros fans e tal.

    "King Buzzo: "Será que os fãs de Kiss são tão burros assim?"
    http://whiplash.net/materias/news_813/206856-melvins.html

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  21. Devo confessar que já foi um moleque que achava que heavy metal tudo. E claro, era moleque mesmo, isso foi quando descobri o metal, lá pros meus doze anos. Mas não durou muito rs. Hoje sou um completo apaixonado por música, de qualquer estilo, de qualquer país ou cantada em qualquer língua, desde que me agrade. Sou superfã de Lady Gaga, adoro Behemoth, quase que idolatro o Black Sabbath rs, curto My Chemical Romance e não deixo nunca de ouvir um novo lançamento do NIN. E to feliz com isso!

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  22. Seelig, esquece essa turma. Há sempre a turma radical que não aceita críticas e que bate sem piedade em pessoas que procuram por algo novo. Por outro lado pessoas estão migrando para uma posição mais moderada, não deixando de curtir metal em primeira instância mas aproveitando o acesso das mídias sociais para pelo menos conferir coisas novas. Seu trabalho rende mais quando você apresenta e não quando critica, como se isso o incomodasse. Deixe o pessoal radical prá lá. Volta e meia você coloca um texto desses, que na minha sincera opinião não agrega nada.

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  23. o blog se chama Collectors Room e o dono dele não compra mídia fisica....controverso não? tão controverso quanto gostar da música descartável da Lady Gaga e de algo eterno com um álbum do Iron Maiden...é como dizer que é a favor de politicas sociais e votar no Aécio Neves...mas bem o blog é seu, vc tem o direito de falar o que quiser, lê quem quer, acredita em você quem quer...Só volto a dizer o que já disse em outro comentário, conheço pessoas que só ouvem metal e que começaram a ouvir bandas mais novas como Mastodon graças a este blog, as pessoas podem entrar nele e ler uma critica ao album do Incantantion e pular aquelas que não lhes interessa (o que deve ser para você um erro, uma vez que de acordo com sua opinião todo mundo deve gostar de tudo igual você)...Mas enfim o Blog apresentou aos Metalheads uma nova leva de bandas e quando você generaliza desta maneira, você perde leitores que são fãs de Angra e Mastodon como eu. Leitores que você conseguiu influenciar abrindo espaço para coisas novas dentro do Metal. Você não vai vencer intolerância com intolerância.

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  24. Faço coro ao que disse o Luiz Oliveira e o Moacyr Andrade.

    Esse texto se perde em momentos verdadeiros, e respostas no mesmo nível das grotescas ofensas.
    Combater o mal, com o mal, nunca foi o melhor caminho.


    "Expulsar" o leitor, por mais chato que seja, é de uma ignorância absurda. Pelo que vejo, o comentário depende de aprovação. Se o comentário não é bom, bloqueie. Evitaria esses debates bestas.


    Não sei se vc, Ricardo, lê todos os comentários, mas eu não vou parar de acompanhar o site. O site é bom, e tem uma equipe bem bacana. Eu concordei com o texto em relação ao Judas, mas essas suas respostas, são sempre radicais, radicalismo este, que vc tenta combater.
    Temos um gosto musical parecido, me identifico com muitas de suas opiniões, e, naturalmente, me simpatizo com vc. Mas as vezes vc parece bipolar, cara...uma hora troca ideia com o leitor, outra hora demonstra uma extrema arrogância. Sei lá...
    Dá pra ver que vc tbm tem muito puxa saco, mas pense em considerar as opiniões contrárias tbm.


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  25. Concordo com o seu texto quando diz que gosto é pessoal e que a pessoa pode curtir diferentes estilos sem perder a credibilidade. Amo rock e metal, são meus estilos favoritos, mas isso não me impede de ouvir um pagode (já tive até uma banda de pagode na qual eu tocava pandeiro!).

    Adoro o site, acho o melhor site do gênero que eu conheço e sempre venho ler as críticas e pegar dicas de novas bandas e álbuns.

    Só que achei que no final você realmente agiu da mesma forma daqueles que você estava criticando. Entendo você não gostar de Angra e acho que você tem todo direito. Mas eu curto muito a banda e fiquei com a sensação de que você estava falando que eu sou uma pessoa que tem mal gosto musical, que ouço merda e que deveria parar de acessar o site.

    Enfim, vou continuar acessando o site, como sempre. Acho que críticas sempre terão, independente de qual seja o seu trabalho. Cabe a você absorver as construtivas e ignorar as idiotas.

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  26. Sua crítica foi em parte correta. Concordo que muitos metaleiros são extremistas e fingem que somente o seu estilo presta e os outros são inferiores. Gostei muito quando você falou que apesar de não gostar do Megadeth, você percebe que os discos têm qualidade. Como bem dito ou seu gosto não interfere na qualidade da música. Você pode gostar de Nirvana (como eu gosto), mas todos temos que admitir que é uma banda fraquíssima musicalmente. Agora no momento que você diz que um cara que ouve Angra é babaca mostra que você se perdeu nos seus argumentos. Se você criticou as opiniões do Angra tudo bem. Nem sei a opinião deles. Agora dizer que Angra defeca pela boca e pelos dedos? Pensei que você entendesse de música. Dizer que Kiko Loureiro, Felipe Andreoli, Raffael Bittencourt, Edu Falaschi, Fabio Lione, Aquiles Priester , André Mattos, todos que estão ou já estiveram no Angra são ruins no que fazem você sinceramente foi infeliz no seu comentário. O nivel musical desses caras chega a ser maior do que diversas das bandas famosíssimas de fora. Compare com os integrantes do Metallica/Iron/Megadeth. Kiko é melhor que os guitarristas de cada banda, André Mattos, Edu Falaschi e Fabio Lione são tão bons vocalistas quanto o Bruce, e são melhores que James e Dave. Acho que você perdeu a linha ao xingar o Angra. Como disse, se as opiniões deles são ruins, não me importo, mas você deu a entender que era uma banda ruim. E isso nunca foi nem nunca será. Musicalmente falando, claro, e não tem nada a ver com meu gosto. Gosto de Angra, mas critico Edu que fez uma apresentação horrível no RIR 2011 (se eles estava doente, não deveria ter se apresentado). Mas dizer que são ruins é o cúmulo da estupidez.

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  27. De uma outra forma o Seelig é tão radical quanto as pessoas que ele tanto critica. Fiquei um tempo sem entrar no blog, que já foi o melhor de música do Brasil, e vi que continua com opiniões incoerentes e distorcidas da realidade, acusações que ele nunca consegue provar e discutindo o gosto pessoal de cada um, sendo que, pasmem, É O QUE ELE DEFENDE. Qual o problema de alguém achar o Iced Earth, o Tim, o Angra ou qualquer um o melhor do mundo. Como foi dito, música é subjetivo... eu vejo isso na realidade como um ataque de pelanca pelas pessoas que o atacam nas redes sociais. Vc fazia um trabalho impecável, mas entrou na provocação dos outros e desde então a coisa só caiu de qualidade. Gosto de outros estilos musicais e tinha muito prazer em ler no blog sobre isso, mas sem ninguém enfiando o dedo na minha cara e querendo que eu engula que o Mastodon é a melhor coisa do mundo, pode ser para muitas pessoas, mas para mim não. Enfim, esse blog já foi ótimo, mas do jeito que vinha a melhor coisa mesmo foi acabar.

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  28. Que texto contraditório! Entendo a ideia e a aversão ao fundamentalismo musical, exacerbado no metal. Diacordo, mas entendo. No decorrer do texto, você Ricardo, tornou-se da mesma espécie a qual revelou seu asco!

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