Audrey Horne: crítica de Pure Heavy (2014)

O som da banda norueguesa Audrey Horne mudou para melhor no álbum anterior, o excelente Youngblood (2013). Deixou de ser um rock com pitadas de peso e flertes com o alternativo para se transformar em um potente, empolgante e agradável hard repleto de melodia. Este caminho segue em Pure Heavy, quinto trabalho do grupo, que acaba de chegar às lojas pela Napalm Records.

São 11 faixas (mais duas bonus tracks) que, ainda que não tragam a energia onipresente em Youngblood, mostram que a banda acertou em mudar o curso de sua carreira. A própria capa já deixa claras as intenções: trata-se daquele tipo de música perfeita pra pegar a estrada sem rumo, afastando todo e qualquer pensamento da cabeça e pisando cada vez mais fundo no acelerador.

As fartas doses de melodia e o uso quase cirúrgico das guitarras gêmeas seguem sendo um dos principais atrativos da música do Audrey Horne, ainda que o trabalho de composição apresentado em Pure Heavy não mantenha o mesmo brilhantismo de Youngblood. São boas canções, mas que soam, infelizmente, abaixo do disco de 2013.

“Out of the City” é um dos melhores momentos, com cara de single. “Volcano Girl”, “Into the Wild”, “Gravity" e “High & Dry” garantem a qualidade da audição e agradarão em cheio os fãs daquele hard que não tem vergonha de flertar abertamente com elementos do heavy metal.

Pure Heavy não é um álbum ruim, mas está longe - bem longe - da qualidade altíssima de Youngblood. Apesar deste porém, reserva bons momentos para os ouvidos.

Ouça no player abaixo e diga o que achou do disco nos comentários.

Nota 6

Faixas:
1 Wolf in My Heart
2 Holy Roller
3 Out of the City
4 Volcano Girl
5 Tales From the Crypt
6 Diamond
7 Into the Wild
8 Gravity
9 High & Dry
10 Waiting for the Night
11 Boy Wonder
12 Let Live (bonus)
13 Between the Devil and the Deep Blue Sea (bonus)


Comentários

  1. Show Ricardo,conheci o album anterior, youngblood, aqui mesmo e com certeza ouvirei esse tb.
    Que bom vc ter mudado de idéia a respeito do site cara,decisão inteligente e generosa pq agora quem é viciado em música,como eu,tem material de altíssima qualidade disponível.Salve pra vc,muito obrigado e abraço.

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  2. Concordo com a crítica do disco, mas as novas músicas não saem da cabeça, tem um apelo mais melódico e nos levam a bandas como Thin Lizzy, tanto pela melodia quanto pelo uso das guitarras gêmeas. Youngblood é melhor, sem dúvidas, mas Pure Heavy é muito bom e acima da média de muitos lançamentos deste ano. Parabéns por relevar a idéia de parar com o site.

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