Slash: crítica de World on Fire (2014)

Slash é um guitar hero. Provavelmente o último a surgir no rock. Você não precisa gostar do som que ele fez pra admitir isso. No entanto, o velho Saul sempre teve uma qualidade salutar e que o fez se destacar desde o início: ele trabalha para a música, não para alimentar o seu ego. Até mesmo em “Sweet Child 'O Mine”, a faixa mais conhecida do Guns N’ Roses (e que é, em sua essência, um grande solo), isso fica evidente.

Instrumentista habilidoso e dono de um grande feeling, que sabe construir melodias marcantes em seus solos, Slash segue fazendo bonito em sua carreira. É o que se percebe em World on Fire, novo álbum do músico com a sua banda atual, encabeçada pelo vocalista Myles Kennedy e batizada como The Conspirators.

A coisa segue na linha do trabalho anterior, Apocalyptic Love, de 2012: boas canções, riffs legais, baladas pra quebrar o clima e solos em profusão. Tudo bem tocado, bem composto, bem produzido. Em suma, um disco de rock bom, com momentos muito interessantes.

Justificando o pedigree, Slash é o protagonista de World on Fire. Sua guitarra faiscante é o centro de tudo, despejando riffs, bases e solos pelos poros. Myles, excelente cantor, é o contraponto disso tudo, com uma performance mais uma vez convincente e agradável. E o resto da banda segura as pontas.

World on Fire é longo - são 17 faixas em aproximadamente 80 minutos -, mas não soa cansativo. É bom demais ouvir e perceber que Slash segue produzindo música de qualidade, ao contrário de seu egomaníaco ex-companheiro de banda.

Pra curtir sem compromisso, sem preocupação, todo dia, dia após dia. 

Aumente o volume e dê play!

Nota 8

Comentários

  1. Na minha opinião é inferior ao Apocalyptic Love, tem umas 5 ou 6 canções que não me agradaram, se o disco fosse um pouco mais curto seria um belo álbum.

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  2. Ricardo, volta de vez com o Collector's!

    Estou carente de um bom site como esse. Final do ano tá chegando e eu queria ver uma compilação de listas de melhores do ano igual você fez ano passado! Volta cara!

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  3. Faço coro ao pedido do Diego Dru e concordo com o Gabriel. Se tivesse 12 faixas poderia ser um álbum bem mais consistente, tem várias faixas dispensáveis.

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  4. Adorei muito o CD... Slash comprova ser um grande artista

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