Wolverine: Origem II (Panini, 2015)


Publicada nos Estados Unidos entre novembro de 2001 e março de 2002, Wolverine: Origem foi uma edição aclamada, que lançou luz sobre o passado pouco conhecido de um dos personagens mais populares do universo Marvel. Escrita por Paul Jenkins e ilustrada por Andy Kubert, a bela história introduziu uma mitologia bastante interessante na vida de Logan, e vendeu muito bem.

Passados mais de dez anos, a Marvel, em um exercício de teleologia questionável, decidiu dar sequência à trama, fazendo chegar às bancas e livrarias a segunda parte disso tudo. Escrita por Kieron Gillen e ilustrada por Adam Kubert (irmão de Andy), Origem II saiu em dezembro de 2013 lá fora e apenas em junho deste ano chegou ao mercado brasileiro.

A versão nacional é um primor em qualidade editorial. Capa dura com verniz localizado, lombada quadrada e papel de alta qualidade embalam o encadernado de 144 páginas, vendido a agradáveis R$ 26,90. O problema é que a história não se sustenta. Com um roteito fraco, a HQ não consegue prender a atenção do leitor. Os diálogos são inócuos, e a trama se salva apenas por inserir aspectos até então inéditos e bastante interessantes da família Creed - como você sabe, o clã de onde vem Victor, o Dentes-de-Sabre.

Pra não dizer que tudo está perdido, a arte é muito bonita, com páginas e páginas muito bem feitas onde Kubert alterna entre o gelo do Canadá e paisagens urbanas marcadas por um tempero agreste.

Origem II já tinha cheio de caça-níquel, e ao final de sua leitura essa sensação se transformar em um odor nada agradável.

Muito inferior ao primeiro volume e indicado apenas para quem quer completar a cronologia de Wolverine. Se esse não é o seu caso, passe longe.




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