Carro Bomba: um atentado sonoro


Essa é a minha primeira postagem na Collectors Room. Serei sucinto, pois para mim é novidade isso de escrever para quem eu não conheço, ou não. 

Pois bem meus caro(a)s, vou falar sobre o Carro Bomba! Calma, não é mais um tutorial de práticas terroristas na internet, mas sim um post sobre uma banda paulistana que faz jus ao nome quando o quesito é a agressividade nas suas letras. 

Nascida no bairro do Jabaquara, eles já estão por aí há praticamente quinze anos, período em que passaram por algumas mudanças de formação e sonoridade, mas sem nunca perder a qualidade e, principalmente, no que me chama mais atenção neles, que são as letras sempre pertinentes ao cotidiano de São Paulo ou de qualquer outra grande metrópole nacional. Aliás, letras essas cantadas no bom e claro português. 

No começo da carreira dos caras o som era bem mais calcado naquele hardão setentista com boas doses de um groove funkeado, deixando claro a preferência de seus integrantes pelo som produzido nos áureos anos 1970. Com o passar dos tempos e dos álbuns, o som foi ficando mais pesado, com claras influências de Black Sabbath e de heavy metal em geral, além de letras cada vez mais ácidas e com boas críticas ao cotidiano e ao "cidadão médio" brasileiro. 

Nesse post, que eu espero que seja o primeiro de muitos, vou deixá-los com um som do último trabalho deles, além de um belo trecho da letra de uma das músicas da penúltima bolacha lançada pela banda.

Aproveitando o fato de que estamos presenciando (novamente) todo o característico e bem conhecido modus operandi da nossa simpática, divertida, alegre (e outros adjetivos que não cabem em mim) sociedade tupiniquim.

"A praia lotada, a merda boiando, os cofres abertos e todos dançando
Só pega no tranco após fevereiro e as mágoas de março rolam o ano inteiro
Mas isso nunca passa, só mais um temporal, a fé consola a massa, lá vem carnaval".



Por Marco Assis

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