Review: Ghost – Seven Inches of Satanic Panic (2019)



O Ghost lançou nesta sexta-feira, 13 de setembro, o primeiro material inédito desde Prequelle, quarto disco do grupo, que chegou às lojas em 1 de junho de 2018. Seven Inches of Satanic Panic traz duas músicas inéditas da banda liderada pelo vocalista Tobias Forge, o Papa Emeritus ou Cardinal Copia ou seja lá a denominação que o cantor esteja usando atualmente: “Kiss the Go-Goat” e “Mary on a Cross”. O material está disponível nos serviços de streaming e foi lançado também em um compacto em vinil de 7 polegadas pela gravadora Loma Vista.

Musicalmente, “Kiss the Go-Goat” segue uma linha semelhante à apresentada em Prequelle. Ou seja: pop e grudenta, a canção traz uma letra com a tradicional temática sombria e “satânica” dos suecos, melodias descomplicadas e um arranjo bem direto. A linha vocal de Forge conduz toda a faixa, que cai no gosto de imediato.

Já “Mary on a Cross” também vai pelo mesmo caminho, mostrando que a banda acredita fortemente na pegada de seu  último disco. O refrão traz de volta o clima soturno e místico dos discos iniciais, intensificado aqui pelo uso certeiro do teclado.

De modo geral, a sensação é que as duas faixas foram registradas para Prequelle e acabaram não entrando no álbum, tamanha a semelhança com a abordagem criativa do trabalho. Ainda que “Mary on a Cross” resgate alguns aspectos presentes em Infestissumam (2013), como os backing vocals femininos e a presença de momentos isolados só com a voz de Tobias, a sensação geral é essa.

Um lançamento que sacia um pouco a sede por material novo do Ghost, enquanto a banda prepara o seu novo disco, ainda sem data definida de lançamento.

Comentários

  1. Poxa, mas e a óbvia influência sessentista? Até a capa tenta resgatar um ar psicodélico do anos 60. De fato as faixas têm a simplicidade pop presentes em quase todo Prequelle, mas essa pegada meio "antiga" e sessentista fez toda a diferença, na minha opinião. Principalmente os sintetizadores.

    Pra mim, bem melhor que o chato Prequelle (com exceção das maravilhosas faixas instrumentais).

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  2. Gostei das músicas, assim com seu último álbum, concordo que a banda anda flertando muito com o pop e não considero isso ruim desde que mantenham a pegada de suas raízes também... Pra mim o terceiro Álbum de Ghost foi o melhor.

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  3. Curti pra caramba as músicas. Essa abordagem mais pop deles tá demais. Segue a linha do Prequelle, meu disco predileto deles.

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  4. 2 musicas que armenizou a espera pelo novo album realmente, porém acredito que o fã mais conservador da banda pelo ''Opus Eponymous'' & ''Infestissumam'' sintiu falta de faixas da pegada mais sombria..
    Mas como eu amo a discografia do Ghost, foi um prato cheio.

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  5. Faltou contextualizar a historinha contada pela banda para o lançamento desse EP: segundo o Papa Nihil, as duas músicas foram gravadas por ele nos anos 60/70, quando a banda já existia teoricamente. Ô imaginação fértil essa do Tobias.

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