Review: Cirith Ungol – I’m Alive (2019)



Formada na cidade de Ventura, na California, em 1971, o Cirith Ungol é uma das bandas pioneiras do power metal norte-americano. Trazendo letras baseadas principalmente em histórias de espada e feitiçaria, a banda estreou uma década após o seu nascimento, com o disco Frost and Fire (1981). A década de 1980 ainda rendeu mais dois álbuns para o grupo: King of the Dead (1984) e One Foot in Hell (1986), ambos equilibrando a sonoridade power com experimentos que aproximaram o som do Cirith Ungol do doom metal. Os caras se separaram no final de 1991 – ano em que saiu seu quarto trabalho, Paradise Lost – e retornaram apenas em 2016. Esse retorno rendeu mais um disco de inéditas, Forever Black, lançado neste estranho e esquisito ano de 2020.

Contanto atualmente com três integrantes de seu período clássico – o vocalista Tim Baker, o guitarrista Greg Lindstrom e o baterista Robert Garven -, o quinteto tem ainda Jim Barraza na guitarra e Jarvis Leatherby no baixo.

É essa formação que está em I´m Alive, box com dois DVDs e dois CDs ao vivo lançado pela Hellion Records no Brasil e que é um presente para os fãs da banda e pra quem curte o metal dos anos 1980. O material foi lançado em outubro de 2019 pela Metal Blade na Europa e nos Estados Unidos e traz o Cirith Ungol retornando de forma triunfante. Ao todo são 22 faixas gravadas ao vivo nos festivais Up the Hammers (Grécia) e Hammers of Doom (Alemanha) em 2017. Já o DVD traz ambos os shows presentes nos CDs, só que no formato em vídeo, além de faixas gravadas Rock Hard Festival, na Alemanha, em 2018, e um documentário em quatro capítulos, cada um deles focado nos quatro primeiros álbuns da banda: Frost and Fire (1981), King of the Dead (1984), One Foot in Hell (1986) e Paradise Lost (1991).

Musicalmente, o som do Cirith Ungol é aquele metal de uma época mais simples e ingênua, rico em riffs e refrãos e sem um apelo tão técnico como o que estamos acostumados a encontrar nas bandas atuais. É um som mais solto, mais vivo e pulsante, onde percebe-se a paixão da banda pelas músicas que está entregando para o público. Há reminiscências com os conterrâneos e contemporâneos do Riot, assim como a onipresente influência de Black Sabbath, principalmente nas faixas mais doom e cadenciadas, como “Chaos Rising” e “Fallen Idols”.

O box da Hellion faz jus à história da banda, com acabamento gráfico excelente. Aliás, a gavadora paulista relançou todos os discos e também o novo álbum da banda norte-americana, então se você é fã é hora de turbinar a sua coleção com esses novas edições. 

Comentários

  1. Muito bom, destaque para o show em Atenas...que loucura aquilo, me senti numa viagem de volta a essencia dos anos 80.

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  2. Infelizmente a Hellion não conseguiu lançar o Paradise Lost, pois uma major safada não quis liberar os direitos. Depois essas major mercenárias reclamam da pirataria.

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