tag:blogger.com,1999:blog-38047140406036850152024-03-18T16:29:04.390-03:00COLLECTORS_Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.comBlogger11684125tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-38961289453797959572024-03-11T14:33:00.001-03:002024-03-11T14:33:04.576-03:00Review: Bruce Dickinson – The Mandrake Project (2024)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzPvDAfa2lhlkSxRzmC8oGEvbpLoK5Uj6wqabJ6bDpKLeDiYxnal40FedGXW0Xr3vYAueBP8wY6J1M88Gh-G2fOPzhSFGYnsZmxBpNnqTwPyol1LArlefS3tJJpB5M2MhmUOdePnCXQzUfV1Flsuhf390nj3XAGUrZNY6k_9zhyphenhyphen5Wlp7ixG9EAdHHt0W0/s2000/407391542_333573302715820_4391544884061869404_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="2000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzPvDAfa2lhlkSxRzmC8oGEvbpLoK5Uj6wqabJ6bDpKLeDiYxnal40FedGXW0Xr3vYAueBP8wY6J1M88Gh-G2fOPzhSFGYnsZmxBpNnqTwPyol1LArlefS3tJJpB5M2MhmUOdePnCXQzUfV1Flsuhf390nj3XAGUrZNY6k_9zhyphenhyphen5Wlp7ixG9EAdHHt0W0/s16000/407391542_333573302715820_4391544884061869404_n.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Há um intervalo de dezenove anos entre o novo álbum de Bruce
Dickinson e o seu trabalho solo anterior, <i>Tyranny of Souls</i>, lançado em 2005. Praticamente
uma vida. E não é preciso pensar muito para perceber que todo esse hiato afasta
<i>The Mandrake Project </i>da sonoridade presente nos discos anteriores de Bruce. Ou
seja, nada do metal contemporâneo e com guitarras afinadas em tons mais baixos
de <i>The Chemical Wedding </i>(1998) e <i>Tyranny of Souls</i>, e nem mesmo do retorno à
sonoridade clássica do metal britânico que ouvimos em <i>Accident of Birth</i> (1997).
<i>The Mandrake Project</i> vai por outro caminho, e isso é muito bom.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Sétimo álbum de Bruce Dickinson, <i>The Mandrake Project</i>
retoma a parceria do vocalista com Roy Z, guitarrista que é o grande parceiro
criativo de sua carreira solo e também assina a produção. Ao lado dos
dois temos o tecladista italiano Mistheria e o baterista norte-americano Dave
Moreno, conhecido pelo seu trabalho no Puddle of Mudd. Também participam do
álbum o guitarrista grego Gus G (Firewind, ex-integrante da banda de Ozzy
Osbourne, que faz o solo de “Eternity Has Failed”) e o guitarrista suíço Chris
Declercq (que já trabalhou com Lemmy e Blaze Bayley e sola em “Rain on
the Graves”).</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Bruce explora nas letras temas
como alquimia, misticismo e ocultismo, assuntos recorrentes em sua obra tanto
solo quanto no Iron Maiden. Já musicalmente, as dez faixas são menos pesadas
que os três trabalhos anteriores do vocalista, e apresentam influências que vão
do hard e metal clássicos dos anos 1970 até elementos que remetem ao rock progressivo,
uma das paixões do cantor. As canções não pisam no acelerador e possuem
andamentos mais moderados, característica que também vem ocorrendo com o Iron
Maiden já há alguns anos. E, por mais que tal afirmação seja quase um clichê,
<i>The Mandrake Project</i> não é um álbum para ser ouvido na correria do dia a dia e
demanda mais do que apenas uma audição para ser assimilado em toda a sua
complexidade e grandiosidade.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">De modo geral, a impressão que <i>The Mandrake Project</i> transmite
é a de que Bruce Dickinson olhou para as canções mais atmosféricas de sua
discografia, como a dobradinha “Omega” e “Arc of Space” de <i>Accident of Birth</i> e “The
Alchemist” de <i>The Chemical Wedding</i>, como ponto de partida para a sonoridade do
novo disco. <i>The Mandrake Project</i> não soa como um álbum de heavy metal em sua
totalidade, e, quando faz isso, soa como um trabalho nada tradicional de metal.
Isso não quer dizer que o disco não tenha peso, muito pelo contrário, mas o
peso vem acompanhado de passagens mais contemplativas, sempre com o alto grau
de dramaticidade que envolve qualquer trabalho com a voz de Bruce. Traduzindo:
tá esperando um novo<i> Accident of Birth</i>? Não irá encontrar. Um novo <i>The Chemical
Wedding</i>? Muito menos. Algo parecido com a fase clássica ou até mesmo com os
discos mais recentes do Iron Maiden? Também não é nada disso.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Mandrake Project</i> é um álbum com características
próprias e bem particulares, que mostra um dos maiores vocalistas da história
do rock totalmente à vontade para experimentar e fazer a música que bem entende,
no alto de toda a experiência e segurança que os seus 65 anos de vida e mais de quarenta de
estrada proporcionam. Um álbum de um artista que buscou, de forma consciente,
não se repetir e entregar o que já havia feito antes. Bruce quis fazer algo
novo em <i>The Mandrake Project</i>, e isso, por mais que seja arriscado e proporcione
alguns inevitáveis deslizes, é sempre louvável.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">“Afterglow of Ragnarok” abre o disco com um belo riff e é
uma das grandes músicas do álbum. “Many Doors to Hell” possui um clima mais hard
e um refrão festivo que nos leva aos tempos de <i>Tattooed Millionaire </i>(1990),
primeiro álbum solo de Bruce Dickinson. “Rain on the Graves” traz Bruce mais
narrando a letra do que cantando, e essa escolha acentua o clima dramático da
faixa. Já “Resurrection Men” é um hard rock com uma pegada meio anos 1970, com
direito a uma parte central mais cadenciada e com muito peso, além de entregar
aquele que é, provavelmente, o refrão mais grudento do disco. Em “Fingers in
the Wounds” temos uma canção mais dramática, com direito a piano ao fundo e uma
interpretação ótima de Bruce. Essa música apresenta também trechos orquestrados
que acentuam ainda mais a teatralidade, além de uma levada meio
latina na parte final.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7EjGuRgrvRt7rm61db2kQHyOEaC6Bvr9hAVCv5Ly_hi7adAt1-cKF43tsTyoBAUPrMf3Jp76xKvqDHcgqRgglDy5EnQWwkqh82_zgv_d3DWGrccyCjXtU5eDO8YtyBuVfhxjpkdWC61nwwED9itycGTbgDpnxz3f2OtWisu4ie3ZeOverhBr70lgjMKo/s960/410148914_341890351884115_7405618043876951061_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7EjGuRgrvRt7rm61db2kQHyOEaC6Bvr9hAVCv5Ly_hi7adAt1-cKF43tsTyoBAUPrMf3Jp76xKvqDHcgqRgglDy5EnQWwkqh82_zgv_d3DWGrccyCjXtU5eDO8YtyBuVfhxjpkdWC61nwwED9itycGTbgDpnxz3f2OtWisu4ie3ZeOverhBr70lgjMKo/s16000/410148914_341890351884115_7405618043876951061_n.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />“Eternity Has Failed” é a versão de Bruce Dickinson para
a canção que abre o álbum <i>The Book of Souls </i>(2015), do Iron Maiden, lá
intitulada como “If Eternity Should Fail”. Essa faixa nasceu como uma música
para o futuro álbum do vocalista, mas Steve Harris a ouviu na época e gostou
muito, convencendo Bruce a levá-la para o Maiden. A versão presente em <i>The
Mandrake Project</i> é mais crua e menos classuda que a gravada pelo Iron Maiden, e
fica abaixo da que está em <i>The Book of Souls</i>, que na minha opinião é uma das
grandes músicas da fase sexteto da banda inglesa.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em “Mistress of Mercy” temos não apenas uma das melhores faixas
do álbum, como uma das melhores músicas gravadas por Bruce Dickinson em toda a
sua carreira solo. As guitarras de Roy Z estão excelentes e alternam peso e
melodia, tudo com um clima épico e ao mesmo tempo meio atmosférico. Já “Face in
the Mirror” não mantém o alto nível e é uma das tradicionais baladas presentes
nos álbuns solo do vocalista, porém muito abaixo não só das demais faixas do
disco mas também de todas as baladas dos álbuns anteriores de Bruce. Além
disso, traz um refrão fraco e que se repete infinitamente. Fazendo uma ligação
com os trabalhos anteriores, “Shadow of the Gods” tem em sua frase inicial um
trecho da letra da canção “The Chemical Wedding” e possui um clima sombrio e denso que
chega a remeter a “Man of Sorrows”, de <i>Accident of Birth</i>, com direito a um grande
riff de Roy Z na parte final e Bruce soltando a voz e beirando até mesmo um
surpreendente gutural. Uma curiosidade é que essa música foi escrita para o projeto
The Three Tremors, cuja ideia era reunir Bruce, Rob Halford e Geoff Tate – ou Ronnie
James Dio, dependendo da fonte – em um álbum conjunto.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O disco fecha com “Sonata Immortal Beloved”, canção com
quase dez minutos inspirada na atemporal “Moonlight Sonata” de Beethoven, uma das
mais belas e famosas peças para o piano da história da música, e também no
filme <i>Immortal Beloved</i>, lançado no Brasil como <i>Minha Amada Imortal</i> em 1994. Um
encerramento perfeito para a proposta que o disco entrega.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Mandrake Project</i> é um álbum pretencioso e grandioso,
como tudo que envolve Bruce Dickinson. O vocalista está cantando de forma
irretocável, com uma performance que alia técnica e emoção de forma perfeita. As
canções fogem, de modo geral, da sonoridade mais tradicional do metal, e isso não
é nada surpreendente pelo próprio histórico dos álbuns solo de Bruce, que já
gravou discos como <i>Skunkworks</i> (1996). Trata-se de um trabalho
criado por um músico que esbanja maturidade e pode se dar ao luxo de produzir
exatamente a música que está afim de fazer, sem se preocupar com pressões da gravadora ou dos fãs. Bruce, e o próprio Iron Maiden, alcançaram esse direito
ao longo dos anos, e é muito bom ouvir esse privilégio sendo colocado em
prática.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Os melhores álbuns solo de Bruce Dickinson seguem sendo
<i>Accident of Birth</i> e <i>The Chemical Wedding</i>. Porém, <i>The Mandrake Project</i> é um dos
discos mais corajosos e independentes de Bruce, justamente pela liberdade que o
vocalista conquistou de fazer somente aquilo que deseja. </span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Edição brasileira lançada pela BMG em um digisleeve de
três faces, com encarte de vinte páginas, verniz aplicado na capa e tiragem
inicial de duas mil cópias</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-51117937472674676702024-03-08T13:22:00.001-03:002024-03-08T13:22:05.457-03:00Quadrinho: Avrack, de Ricardo Barreiro e Enrique Breccia (2024, Editora Lorentz)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6x4gfaulOleWSoaFTt4ITlRtMITCn4G5ErEc6g4-KOLPS0x3fuvDcaBJe3BRSzhX-JsN4EfJDcKAtAUIs4NeWJvsqA_TrhEDlLUXzDdiazRqHp8mD1J-v_6BJAYiSGmI47x-hzEWzG4J5ObJvSx_pPh3PYWIfOq1g5uYVozbK5IcqAGLImtZDJUrT4ks/s1500/81+qCZoYnvL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1111" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6x4gfaulOleWSoaFTt4ITlRtMITCn4G5ErEc6g4-KOLPS0x3fuvDcaBJe3BRSzhX-JsN4EfJDcKAtAUIs4NeWJvsqA_TrhEDlLUXzDdiazRqHp8mD1J-v_6BJAYiSGmI47x-hzEWzG4J5ObJvSx_pPh3PYWIfOq1g5uYVozbK5IcqAGLImtZDJUrT4ks/s16000/81+qCZoYnvL._SL1500_.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Escrita por Ricardo Barreiro (<i>Ministério, Cidade, Parque
Chas</i>) e ilustrada por Enrique Breccia (<i>Alvar Mayor, El Sueñero – O Sentinela
dos Sonhos, Guerra do Deserto</i>), <i>Avrack</i> foi publicada originalmente em 1984 nas
páginas da revista <i>Skorpio</i> e era inédita no Brasil até a publicação pela
Editora Lorentz em janeiro de 2024, quarenta anos depois do seu lançamento na
Argentina. A história apresenta um protagonista que, literalmente à beira de um
penhasco para cometer suicídio, é lançado em uma realidade totalmente nova e desconhecida.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Avrack</i> é um quadrinho de aventura, mistério e fantasia, que
tem como personagem central um anti-herói que busca entender a si mesmo e a
nova realidade para onde foi transportado, enquanto enfrenta uma série de
desafios. Acompanhamos a história de Jorge Pinedo, um professor apaixonado que se
vê sem propósito algum ao perder o seu grande amor, e, segundos antes de tirar a
própria vida, é levado para um universo repleto de criaturas
fantásticas e cheio de referências medievais onde é confundido
com Avrack, um conhecido herói local.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em uma leitura mais ampla, <i>Avrack</i> é uma grande história
de redenção em que o protagonista é colocado em uma sequência de situações limite enquanto
é confrontado com a realidade, e, na posição de quem não tem nada a perder,
luta pela vida em um ambiente a que foi levado justamente por desejar se
desfazer dela. O roteiro de Barreiro é muito bem desenvolvido e apresenta
várias antagonistas ou personagens complementares femininas, que funcionam como
uma espécie de retratos estilizados do grande amor vivido, e perdido, por
Pinedo. A arte de Enrique Breccia faz jus ao legado do pai, o genial Alberto
Breccia, e mostra porque a família fez história nos quadrinhos argentinos e
mundiais. Mestre da união entre luz e sombra, Enrique entrega uma arte
expressiva e marcada pelo uso constante de hachuras, outra de suas marcas
registradas, e o resultado é incrível.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaknhPxbFHzCgFZ_UCH6c0U3ND65fuYcd3L2W8foLU8SK3HmAGnFmtoNFCCrKNZl0Gw_lztq8N5WWh3SyA9W5T7hb4npBbXez-7N3VxvjD9GveZWJA59i8fGDco2XFAfQFmKWfQJdZKbtCbwEQDXXQldZwLoju9ijL1SPTvqeYfU0gpbqK5S-H5brzURg/s1500/812-G1SCIAL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaknhPxbFHzCgFZ_UCH6c0U3ND65fuYcd3L2W8foLU8SK3HmAGnFmtoNFCCrKNZl0Gw_lztq8N5WWh3SyA9W5T7hb4npBbXez-7N3VxvjD9GveZWJA59i8fGDco2XFAfQFmKWfQJdZKbtCbwEQDXXQldZwLoju9ijL1SPTvqeYfU0gpbqK5S-H5brzURg/s16000/812-G1SCIAL._SL1500_.jpg" /></span></a><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaknhPxbFHzCgFZ_UCH6c0U3ND65fuYcd3L2W8foLU8SK3HmAGnFmtoNFCCrKNZl0Gw_lztq8N5WWh3SyA9W5T7hb4npBbXez-7N3VxvjD9GveZWJA59i8fGDco2XFAfQFmKWfQJdZKbtCbwEQDXXQldZwLoju9ijL1SPTvqeYfU0gpbqK5S-H5brzURg/s1500/812-G1SCIAL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrgVYgvavrowbELkuI0U6BRw4JUHLGoNx4ctV7hfz67CJ_e1tkdFX6UN6_EV__eBdCBgJ1PaXNaTuYN5IDbe4Yq1jAJ6P8oftwraqv7zzqoD7cKIxxMufl6EtD4uZjxFcC6Wvf-4NmIbo6Eah84xb44QcOhl_Pwv-c25AJbnrg7ryDZ1-hnLfyi50GBg/s1500/81Yqv+UpOjL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHrgVYgvavrowbELkuI0U6BRw4JUHLGoNx4ctV7hfz67CJ_e1tkdFX6UN6_EV__eBdCBgJ1PaXNaTuYN5IDbe4Yq1jAJ6P8oftwraqv7zzqoD7cKIxxMufl6EtD4uZjxFcC6Wvf-4NmIbo6Eah84xb44QcOhl_Pwv-c25AJbnrg7ryDZ1-hnLfyi50GBg/s16000/81Yqv+UpOjL._SL1500_.jpg" /></a></div></span></div><span style="font-family: verdana;">A edição da Lorentz tem tradução de Jana Bianchi e vem em
capa dura, formato 27,7x20,5 e 152 páginas impressas em papel offset de alta
gramatura. Além disso, traz pequenas introduções sobre ambos os autores e dois
textos no final da obra, um de autoria de Audaci Junior e outro de Thiago
Pereira Viana, cuja leitura ajuda a entender de forma mais abrangente a
proposta e o significado da obra criada por Ricardo Barreiro e Enrique Breccia.<br /></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Avrack</i> é mais um quadrinho clássico argentino que
finalmente foi publicado no Brasil, em um movimento realizado por diversas editoras
e que mostra o quanto a produção do país vizinho é rica, contestadora e
cativante. Parabéns à Editora Lorentz pela publicação.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-62948487463620923852024-03-06T10:07:00.009-03:002024-03-06T10:20:08.603-03:00Quadrinhos: O Perfume do Invisível, de Milo Manara (2024, Comix Zone)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3HuSjdYDdl1eDkRR8mIHVb_vHBUssTevvP_hgYzPceQ084JdnuidQQCo5BwKlqrf7GVU98huFG2qc5IahVM6dWKtnJk3xGdZ2vP5dFv3QUdSTnWKTlSXgLi7NSnKT-LkPnnRJmZ2317l2buRq0yqyq7cTwHDOvypQCCaFHWZ4i_IH9XZFKxzF2PhBvE/s1500/81--G98ORmL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1095" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK3HuSjdYDdl1eDkRR8mIHVb_vHBUssTevvP_hgYzPceQ084JdnuidQQCo5BwKlqrf7GVU98huFG2qc5IahVM6dWKtnJk3xGdZ2vP5dFv3QUdSTnWKTlSXgLi7NSnKT-LkPnnRJmZ2317l2buRq0yqyq7cTwHDOvypQCCaFHWZ4i_IH9XZFKxzF2PhBvE/s16000/81--G98ORmL._SL1500_.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />O italiano Milo Manara, hoje beirando os oitenta anos, é
um dos grandes ilustradores da história dos quadrinhos. Sua obra é extensa e
possui colaborações com os mais variados escritores, indo de Hugo Pratt (o criador
de <i>Corto Maltese</i>) a Federico Fellini (um dos mais lendários cineastas de todos
os tempos), de Neil Gaiman (o criador de<i> Sandman</i> e um dos roteiristas mais celebrados
dos quadrinhos) a Alejandro Jodorowsky (o prolífico roteirista chileno que
escreveu diversos clássicos das HQs como <i>Bouncer, Juan Solo </i>e<i> Incal</i>). A obra de
Manara é marcada por um forte apelo sexual e erótico, e ainda que ele tenha
desenvolvido trabalhos que fujam disso, seu nome é lembrado principalmente por
essas características.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>O Perfume do Invisível </i>foi publicado originalmente em
1986 na Itália e não é inédito no Brasil. O título teve a sua primeira parte
publicada por aqui em 1987 pela Martins Fontes, enquanto a segunda saiu em
1996 pela L&PM. Em 2011, a editora Conrad reuniu os dois volumes em uma
única edição. Treze anos depois, e com direito a uma tentativa frustrada de
publicação via financiamento coletivo pela Mythos em 2018, <i>O Perfume do
Invisível</i> volta ao Brasil pela Comix Zone em uma edição em formato europeu
21x28,5, capa dura e 112 páginas, com direito a introdução escrita pelo próprio
Mila Manara. A tradução é de Fernando Paz, e a edição apresenta o excelente
nível gráfico pelo qual a editora é conhecida.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O que Manara faz em <i>O Perfume do Invisível</i> é uma adaptação
do clássico <i>O Homem Invisível</i>, de H.G. Wells, obra do escritor
britânico publicada originalmente em 1897 e que foi responsável por eternizar
em suas páginas as fantasias e medos que sentimos em relação a alguém que não
podemos ver. Manara traduz a ideia de Wells sob o ponto de vista do erotismo, campo
que domina como poucos, inserindo assim a questão sexual na equação original.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFGNMLWTdM_wX1K0RyMgGOXmIfjdycHiClxczXsSAnXn3P1vKa_MC9HNJf9CFEcTBKCoBqbn9i-dGJXFX6ZhTrcEVcjv0ptVujgR9PLQjgJEjBqnesY-XCkQf4vsdGuz2DEMT6PJ-TxzlIfLMz1PPLJjNu_hISCspZS1ItYC05p06s0Lz5nPhn236fS3M/s1500/81K4iuXKljL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFGNMLWTdM_wX1K0RyMgGOXmIfjdycHiClxczXsSAnXn3P1vKa_MC9HNJf9CFEcTBKCoBqbn9i-dGJXFX6ZhTrcEVcjv0ptVujgR9PLQjgJEjBqnesY-XCkQf4vsdGuz2DEMT6PJ-TxzlIfLMz1PPLJjNu_hISCspZS1ItYC05p06s0Lz5nPhn236fS3M/s16000/81K4iuXKljL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglXHAMoB39eF5V9TqKSUm6n1_zM0On1Vw40H9qqNS-0pcAd7Qch7GLs3WJbxjMGtLwkR4AXJ161dPMWYgs2kMNOBu5xoGl8lo_vwj-tx87FqIHP2aOBQ8nFnQN5_Eh_CRu1b_efFRL9kIrfmdrpMP3iUR520ARLULlocKCAzSPGqwwEvTOg_2Sd0Ln9I/s1500/81tQ-oEGoBL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiglXHAMoB39eF5V9TqKSUm6n1_zM0On1Vw40H9qqNS-0pcAd7Qch7GLs3WJbxjMGtLwkR4AXJ161dPMWYgs2kMNOBu5xoGl8lo_vwj-tx87FqIHP2aOBQ8nFnQN5_Eh_CRu1b_efFRL9kIrfmdrpMP3iUR520ARLULlocKCAzSPGqwwEvTOg_2Sd0Ln9I/s16000/81tQ-oEGoBL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8joN7BiStuHA2OfM6JwsAdax4-aFMhOqBnEb4YnKI5LrP3whT5xAVAJSxOoZhbNNzgSv0KxYV4OitKISO241uKIIItlXXesIRkRpjcHCTikP5dduWMhvENsVWyn-OqOI5vz58sQDuyqIvEFlxd-fvWONF-WzDZ_bZPTgq5p7venqCfTzJ9Ii8CnkLBCU/s1500/91a33vGRHHL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8joN7BiStuHA2OfM6JwsAdax4-aFMhOqBnEb4YnKI5LrP3whT5xAVAJSxOoZhbNNzgSv0KxYV4OitKISO241uKIIItlXXesIRkRpjcHCTikP5dduWMhvENsVWyn-OqOI5vz58sQDuyqIvEFlxd-fvWONF-WzDZ_bZPTgq5p7venqCfTzJ9Ii8CnkLBCU/s16000/91a33vGRHHL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A obra é dividida em duas histórias, que se unem por um
personagem em comum. A primeira parte é muito superior, um conto bem
desenvolvido por Manara, que entrega páginas belíssimas como de costume e com
um fortíssimo apelo sexual. O italiano brinca com o que não podemos ver, e, ao
fazer isso, coloca a imaginação do leitor como parte essencial da experiência. O resultado é um trabalho excelente e que faz jus ao status que
possui, já que <i>O Perfume do Invisível </i>é citado diversas vezes como uma das
grandes histórias da vasta bibliografia do ilustrador – e aqui também roteirista
– italiano. Já a segunda parte é claramente inferior, com uma trama um tanto
confusa e que tenta inserir aspectos políticos em uma história que, convenhamos,
não pede essa abordagem. Passa longe de ser ruim e tem a arte sempre magnífica
de Manara, mas, em comparação com a primeira, percebe-se claramente que o
resultado final é inferior.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>O Perfume do Invisível</i> é uma HQ para o público adulto,
com diversos momentos de sexo em suas páginas, incluindo ilustrações explícitas.
Manara faz tudo com um grande apelo erótico, e, ao colocar a imaginação do
leitor como parte vital da narrativa, acerta em cheio. Ainda que exista uma
queda na segunda parte da trama, isso não compromete o resultado final e pode
ser, convenhamos, apenas uma opinião pessoal de quem assina essa resenha.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Pra tirar a dúvida, nada melhor do que ler e chegar à sua própria
conclusão.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-44924573929789209412024-03-05T09:56:00.002-03:002024-03-05T09:56:07.064-03:00Review: Fugitivos da FEMA – Vou Cancelar Minha Fé (2021)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6wtpEt8UO0ZXs1EDd9UgSDTlmfDAzO7GpE24h2Tj0_jJw0IpMp3719uSJiv5chCKvznRaddvnmUIoCS_JF2IJvQBPTCZ7XoEhP7XQXOllM0di0uRk0WnHv3t-vrQtOlqQKP7puDlazOs53ytq2BCoiddY47bGcenP6l1SMUnp3vx48ZcqcRMF27FtcBs/s1200/1200x1200bf-60%20(19).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6wtpEt8UO0ZXs1EDd9UgSDTlmfDAzO7GpE24h2Tj0_jJw0IpMp3719uSJiv5chCKvznRaddvnmUIoCS_JF2IJvQBPTCZ7XoEhP7XQXOllM0di0uRk0WnHv3t-vrQtOlqQKP7puDlazOs53ytq2BCoiddY47bGcenP6l1SMUnp3vx48ZcqcRMF27FtcBs/s16000/1200x1200bf-60%20(19).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />O Fugitivos da FEMA foi formado em 1995 na periferia da
São Paulo e trazia o futuro escritor Ferréz nos vocais ao lado do guitarrista
Celson, do baixista BL e do baterista J.K.B. executando um punk rock repleto de
raiva e com letras com forte teor político e social, característica que Ferréz
aprofundaria ainda mais nos livros que publicaria nos anos seguintes. </span><p></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O FEMA presente
no nome da banda faz alusão a uma teoria da conspiração que acredita que a Federal
Emergency Management Agency (Agência Federal de Gestão de Emergências), agência
do governo norte-americano subordinada ao Departamento de Segurança Interna dos
Estados Unidos, espalhou um número considerável de caixas plásticas especiais semelhantes a caixões por diversas regiões dos EUA, como uma medida de precaução em caso de grandes desastres que poderiam
gerar um número enorme de vítimas civis.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A banda lançou apenas uma fita-cassete trazendo um
ensaio, e acabou se separando. Passados mais de vinte e cinco anos, Ferréz,
hoje um dos escritos mais cultuados do Brasil, decidiu reativar o Fugitivos da
FEMA e convidou o guitarrista Lúcio Maia (Nação Zumbi, Soulfly), o baixista
Formigão (Planet Hemp) e ao baterista Boka (Ratos de Porão) para a nova encarnação
do grupo. O quarteto gravou duas músicas, “Vou Cancelar Minha Fé” e “É Nojo
Mesmo”, reunidas em um compacto lançado em 2021. O material vem em capa dupla, LP
de 7 polegadas na cor vermelha e encarte com as letras, além de um acabamento
gráfico impecável. O lançamento é da Unleashed Noise Records, e ambas as faixas estão disponíveis também no canal do projeto no YouTube.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Ambas as faixas seguem o passado punk do projeto. “Vou Cancelar
Minha Fé” conta com participação de Fernando Badauí, vocalista do CPM 22, que divide
os vocais com Ferréz no refrão e tem o seu momento solo mais à frente. Chama a
atenção a forma como Ferréz canta a faixa, de forma mais declamada, e também o
solo de Lúcio Maia. Uma pedrada! Já “É Nojo Mesmo” é uma espécie de rap com
base super pesada, com letra com forte apelo político e um discurso anti-bolsonarismo, com o ex-presidente sendo definido de forma precisa como um “psicopata cultural”, entre outros
adjetivos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O resultado de ambas as canções é ótimo, e seria
interessante se o Fugitivos da FEMA gerasse mais frutos além deste compacto. Os
músicos envolvidos são experientes e a química do quarteto flui naturalmente. Claro
que todos possuem as suas bandas principais e prioridades, assim como Ferréz,
que além de escritor é um dos editores e proprietários da Comix Zone, uma das
melhores editoras de quadrinhos em atividade no Brasil.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Mas que fica um gostinho de quero mais ao final da
audição, isso fica.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-12538432070949790322024-03-03T09:05:00.005-03:002024-03-03T09:11:44.861-03:00Review: Metallica – Master of Puppets (1986)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4XqUD6j-x7d1cilaE4YUGLUvPMnpDLCNd6KCHwN-MW_6dWNBvoibNFlB1Lm6SqqvI17gmmJ9YszYLssr4WA7D6F5QsCS-xN3VkBlw86YM2iObEfS2McMvHrfA-GsQx5BglhoG5wsK4-Zaw9626xLEedQ3ecK96YxfIwFErPKI571ttgrh0fwikfNudg/s1200/1200x1200bf-60%20(16).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY4XqUD6j-x7d1cilaE4YUGLUvPMnpDLCNd6KCHwN-MW_6dWNBvoibNFlB1Lm6SqqvI17gmmJ9YszYLssr4WA7D6F5QsCS-xN3VkBlw86YM2iObEfS2McMvHrfA-GsQx5BglhoG5wsK4-Zaw9626xLEedQ3ecK96YxfIwFErPKI571ttgrh0fwikfNudg/s16000/1200x1200bf-60%20(16).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Terceiro álbum do Metallica, <i>Master of Puppets</i> encerrou
de forma trágica a fase inicial da maior banda de metal do planeta. Foi durante
a turnê do disco, em um acidente com o tour bus do grupo no dia 26 de setembro de 1986 após um show realizado em Estocolmo, capital sueca, que o baixista Cliff Burton faleceu.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Master of Puppets</i> chegou às lojas pouco mais de seis meses
antes, em 3 de março de 1986. O disco foi gravado em Copenhague, país natal do
baterista Lars Urich, com o produtor Flemming Rasmussen, que havia trabalhado
com a banda em <i>Ride the Lightning</i> (1984). <i>Kill 'Em All</i> (1983), estreia do quarteto,
lançou as bases de um novo gênero, o thrash metal, e os dois álbuns seguintes desenvolveram
e aprimoraram o thrash à perfeição. Repleto de agressividade, mudanças bruscas
de andamento e letras abordando temas reais e distantes da fantasia habitual do
heavy metal, o thrash revolucionou a cena underground americana e inspirou
um dos movimentos mais populares das décadas de 1980 e 1990. E o Metallica se
transformou na principal referência do estilo com seus três primeiros álbuns.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Desde o início, a banda de James Hetfield e Lars Ulrich
se mostrou aventureira e nada acomodada, experimentando sem medo caminhos
musicais que não eram necessariamente alinhados com a abordagem mais
tradicional do metal, como bem mostrou a espetacular balada “Fade to Black” em
<i>Ride the Lightning</i>. A sonoridade do Metallica foi evoluindo rapidamente para
algo cada vez mais sofisticado, e isso foi percebido pelos críticos e fãs. Havia
também o desejo de James e Lars em se afastarem definitivamente da sombra de
Dave Mustaine, antigo guitarrista e um dos principais compositores do grupo,
que mesmo tendo sido expulso do Metallica antes da gravação do disco de estreia,
seguia tendo composições suas gravadas pela banda. Em <i>Master of Puppets</i>, o
Metallica se desligou completamente das ideias de Mustaine, e o álbum foi o único
dos três primeiros trabalhos a não trazer nenhuma composição do líder do
então nascente Megadeth.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O Metallica abordou Geddy Lee, vocalista e baixista do
Rush, para produzir o álbum, mas a parceria acabou não rolando devido às
agendas não alinhadas das duas bandas. A escolha então recaiu sobre Rasmussen,
que havia feito um excelente trabalho no disco anterior. Quase todas as músicas
foram compostas antes da banda entrar em estúdio, com exceção de “The Thing
That Should Not Be” e “Orion”, que foram concluídas durante o processo de gravação.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Master of Puppets</i> é um álbum ainda mais complexo que <i>Ride
the Lightning</i>. Os dois discos dividem uma estrutura semelhante nas músicas,
como que se um espelhasse o outro, percepção acentuada pelas belas introduções acústicas
que abrem os dois. Extremamente dinâmico e com arranjos densos, <i>Master of
Puppets</i> apresenta uma sonoridade pesada, poderosa e épica, com riffs
antológicos e solos repletos de melodia, além de um trabalho percussivo
exemplar de Lars Ulrich e o baixo sempre virtuoso e surpreendente de Cliff
Burton. Em termos líricos, o álbum aborda temas como violência em
“Battery” e “Damage Inc.”, dependência química na música título, loucura em “Welcome
Home (Sanitarium)”, críticas contra a guerra em “Disposable Heroes” e televangelismo
em “Leper Messiah”, além da inspiração na obra de H.P. Lovecraft presente em “The
Thing That Sould Not Be”</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHRIdGhaHT48l0zhSXSijy8hjifzZeT6yHD_T8_YQtW4vxCR6zKYGOS8SlS9Fa5-O4Cu4SdxtsTp8A1THJQaCXNTQiss5vAMJZe0Rtt8sJkUPpj3Ni9to92mx4XHaldSMQaa7fB6_OKvyUrBLmGDxqS5dAGD911AWYaFwhTgabesera6VtJcMfaIDuFs/s1620/attachment-metallica_1986.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1620" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHRIdGhaHT48l0zhSXSijy8hjifzZeT6yHD_T8_YQtW4vxCR6zKYGOS8SlS9Fa5-O4Cu4SdxtsTp8A1THJQaCXNTQiss5vAMJZe0Rtt8sJkUPpj3Ni9to92mx4XHaldSMQaa7fB6_OKvyUrBLmGDxqS5dAGD911AWYaFwhTgabesera6VtJcMfaIDuFs/s16000/attachment-metallica_1986.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A arte da capa, concebida pela banda, desenhada por Peter
Mensch e pintada por Don Brautigam, retrata um cemitério com cruzes brancas
amarradas a cordas, manipuladas por um par de mãos em um céu vermelho-sangue. A arte original foi vendida em 2008 durante um leilão no
Rockefeller Plaza, em Nova York, por 28 mil dólares. E, infelizmente, acabou se
tornando profética, com o “mestre dos fantoches” mencionado no título mexendo
os seus pauzinhos e alterando a história da banda com a morte precoce de
Burton. A turnê foi cancelada após o trágico acidente, com o grupo retornando aos
palcos somente quase um ano depois, já com o novo baixista Jason
Newsted, no festival Monsters of Rock, em Donington, que aconteceu no dia 22 de
agosto de 1987.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Master of Puppets</i> alcançou a posição 29 na Billboard 200
e recebeu ampla aclamação da crítica. O disco é amplamente considerado um dos
melhores e mais influentes álbuns de metal de todos os tempos, vital para a
consolidação da cena thrash metal nos Estados Unidos. Seu impacto foi tão
grande que, em 2015, se tornou o primeiro álbum de metal escolhido
pela Biblioteca do Congresso dos EUA para preservação no Registro Nacional de
Gravações, por ser considerado <i>“cultural, histórica e esteticamente
significativo”</i>.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O disco se tornou o primeiro álbum de thrash metal a ser
certificado como platina no mercado norte-americano, atestando como o estilo
havia chegado ao mainstream e redefinido o conceito de metal para o público. <i>Master
of Puppets</i> é amplamente reconhecido como o álbum mais bem-sucedido do gênero e
abriu caminho para o desenvolvimento subsequente do estilo, tanto pelas bandas
norte-americanas contemporâneas como Slayer, Megadeth, Anthrax, Overkill e
Testament, quanto por grupos vindos dos mais diversos pontos do planeta como Kreator,
Sepultura e outros.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O disco vendeu aproximadamente 8 milhões de cópias
somente nos Estados Unidos, e superou a marca de 14 milhões no mundo inteiro,
atestando a popularidade do Metallica, que nos anos seguintes alcançaria níveis estratosféricos com o sucesso planetário do <i>Black Album</i> (1991).</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Master of Puppets</i> possui uma força imensurável e que
nunca se esgota. A recente inclusão da música título na trilha sonora
da série <i>Stranger Things</i> mostrou isso, apresentando a banda para uma nova
geração e renovando o seu público. O disco mudou a história do
metal de forma definitiva, apresentando uma nova forma de fazer música pesada e
influenciando profundamente o gênero através de canções que se tornaram hinos
como “Battery”, “Welcome Home (Sanitarium)”, a fenomenal instrumental “Orion” e
a imortal “Master of Puppets”.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O metal não seria o que é hoje se não existisse <i>Master of
Puppets</i>, e isso diz muito sobre toda a força, impacto, magia e tragédia que
envolvem o terceiro álbum do Metallica.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-83699083074720906592024-03-01T16:42:00.004-03:002024-03-01T16:43:18.813-03:00Review: Camel – Mirage (1974)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-J2u0iR38dZl2M5X_gBJnZZzD66rxG6IqsMtb-f97t6AYa-j3qEYnahDLRzKbx-eTqCtc14YDSzoaDq1oS2pyOy2MlErd_nAuej7up_lnn5OkEnTbCY3OwzkJGj4uHz42dNUMA6ha8J8db1-zP_NNQmKXTuQklo9QRsnYCdMFl0vJpxFr0ajAC5iFVE/s1000/91pU1pZ1p-L._UF1000,1000_QL80_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7-J2u0iR38dZl2M5X_gBJnZZzD66rxG6IqsMtb-f97t6AYa-j3qEYnahDLRzKbx-eTqCtc14YDSzoaDq1oS2pyOy2MlErd_nAuej7up_lnn5OkEnTbCY3OwzkJGj4uHz42dNUMA6ha8J8db1-zP_NNQmKXTuQklo9QRsnYCdMFl0vJpxFr0ajAC5iFVE/s16000/91pU1pZ1p-L._UF1000,1000_QL80_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana;"><i>Mirage</i> é o segundo álbum da banda inglesa Camel e foi lançado
em 1 de março de 1974. O disco mostra uma evolução clara em relação ao já muito
bom trabalho de estreia, autointitulado, de 1973. A sonoridade é graciosa e ambiciosa,
um rock progressivo refrescante e com longas passagens instrumentais.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A música de abertura, “Freefall”, serve como um cartão de
visitas para o universo do Camel. Repleta de melodias e mudanças rápidas de
andamento, equilibra momentos de brilhantismo da guitarra e do teclado,
entregando uma sonoridade complexa, porém acessível. <i>Mirage</i> possui duas longas
suítes divididas em três partes, “The White Rider” e “Lady Fantasy”, que fechavam
respectivamente o lado A e o lado B do vinil. As passagens instrumentais de ambas
são incendiárias, mostrando toda a criatividade e capacidade dos músicos – a formação
da banda na época contava com Andrew Latimer (vocal, guitarra e flauta), Peter Bardens
(órgão, teclado e piano), Doug Ferguson (baixo) e Andy Ward (bateria).</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Produzido por David Hitchcock (Genesis, Caravan, Renaissance),
<i>Mirage</i> foi um sucesso inesperado na época, levando a banda para o Billboard 200
e sendo eleito pela revista inglesa The Beat Magazine como Álbum do Mês. O disco caiu nas graças dos fãs de rock progressivo, e com o passar das décadas solidificou
o seu status como uma obra de grande importância para o gênero, sendo incluído inclusiva
na lista de 50 Álbuns Essenciais do Prog publicada pela Rolling Stone – <i>Mirage</i> está
na posição 21.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvQEJIMzJx5X8iFpX3V9F6DiQ6AaWtI1Uqks6bMDhXPmZlvNT_K83YoJfQyx-yDfH6wb7iRYq7UeClRFEJEqt_OiibjVFm_uOibfpI2Pi9Rze4v_kDrANkyP3sQ-JjhlDG0t_Eoy_Qzrepylf4BDrRhDGkVWck5SRrdRHNMWFbHyUXezB7SwNqu3eiz8/s1200/s-l1200.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="906" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvQEJIMzJx5X8iFpX3V9F6DiQ6AaWtI1Uqks6bMDhXPmZlvNT_K83YoJfQyx-yDfH6wb7iRYq7UeClRFEJEqt_OiibjVFm_uOibfpI2Pi9Rze4v_kDrANkyP3sQ-JjhlDG0t_Eoy_Qzrepylf4BDrRhDGkVWck5SRrdRHNMWFbHyUXezB7SwNqu3eiz8/s16000/s-l1200.webp" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />Vale mencionar que a capa de <i>Mirage</i> esteve envolvida em
polêmica por emular, literalmente, a arte da embalagem dos cigarros Camel, uma
das marcas de tabaco mais conhecidas do planeta. A fonte é a mesma, e a única
diferença entre as ilustrações do camelo característico da marca e a paisagem de
fundo é que ambas, na capa do álbum, tiveram um recurso gráfico aplicado para
simular o efeito de miragem, fazendo uma alusão ao título do disco.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O Camel lançou dez álbuns até 1984, quanto entrou em um
hiato que durou sete anos, e retornou apenas em 1991 com o disco <i>Dust and
Dreams</i>. Desde então lançou apenas mais três trabalhos de estúdio, o mais
recente deles em 2002. No entanto, <i>Mirage</i> é o álbum pelo qual o Camel é
lembrado até hoje. Um momento de inspiração suprema, que colocou
os holofotes na banda e foi suficiente para escrever o seu nome na história do
prog.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Injustamente pouco reconhecido, o Camel é uma banda que merece
ser redescoberta, e <i>Mirage</i> é um ótimo primeiro passo para conhecer o universo
do grupo.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-33265780241962792162024-03-01T11:16:00.005-03:002024-03-01T11:16:46.597-03:00Quadrinhos: Ministério, de Francisco Solano López e Ricardo Barreiro (2023, Comix Zone)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOl5BxtswX36Hcb4072XJdMvBoXpM9D5BBocuHbiUKFux5dnIjV3Fw8ZpDv954Rd6GYmWTU8Gy1U0MoBJ0v-nwLk7D8cZUnAU7DAWsACyx5hwL_0PVfHeRZedOn6h6tD2deUIYFHlNgfiKNTWCp2zEMvcw5oBNo_FEFV6-Q9u-20tp5dQmubLri01R304/s1500/917T5SysyVL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1095" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOl5BxtswX36Hcb4072XJdMvBoXpM9D5BBocuHbiUKFux5dnIjV3Fw8ZpDv954Rd6GYmWTU8Gy1U0MoBJ0v-nwLk7D8cZUnAU7DAWsACyx5hwL_0PVfHeRZedOn6h6tD2deUIYFHlNgfiKNTWCp2zEMvcw5oBNo_FEFV6-Q9u-20tp5dQmubLri01R304/s16000/917T5SysyVL._SL1500_.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />O boom de editoras especializadas em quadrinhos que o mercado
brasileiro tem vivenciado nos últimos anos vem proporcionando a publicação de
uma enorme variedade de títulos, muitos deles não apenas inéditos por aqui como
até mesmo impensáveis de serem lançados no Brasil há alguns anos. <o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Ministério</i> é um desses casos. Escrita por Ricardo Barreiro
(<i>Cidade, Parque Chas, Avrack</i>), ilustrada por Francisco Solano López (<i>O
Eternauta, Evaristo</i>) e publicada originalmente na Argentina entre os anos de
1986 e 1987 nas páginas da revista <i>Fierro</i>, a história foi reunida de forma integral
pela Comix Zone em uma edição de capa dura, formato 21x28,5 e 96 páginas em
papel offset de alta gramatura. A tradução é de Jana Bianchi, e a edição
brasileira traz na capa uma ilustração do também argentino Oscar Chichoni.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O que temos em <i>Ministério</i> é uma das maiores críticas
sócio-políticas dos quadrinhos, contada através de uma distopia em que os
últimos sobreviventes da Terra vivem em um imenso arranha-céu de 5 mil andares
e 15 quilômetros de altura. Essa sociedade hermética possui uma clara divisão
entre elite e trabalhadores, com os burocratas milionários vivendo nos andares
superiores e a massa trabalhadora se espremendo nos inferiores. Essa divisão é
supervisionada por uma força policial truculenta e que, de tempos em tempos,
sequestra belas e jovens mulheres para satisfazerem os desejos mais doentios dos
membros da Hierarquia, a elite que dita as regras no Ministério.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDaOzbgcypf4UU2ExNKf3J-_KplyZkHeecylWyqC1lkWaHghNypSd7qjHuH9kM0O54bSrrK4Xb2BYDMd05Ru40uRjib-G_reHeAYpeAfU6yqN2uNlZrXfb0Ema8AjdAT0uNoS9ZxHEKIaGIfVmDD8-buJVzgpaa30SPm1xTOslHskHQu0zheKx9L72KqA/s1500/91eG4RHumbL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDaOzbgcypf4UU2ExNKf3J-_KplyZkHeecylWyqC1lkWaHghNypSd7qjHuH9kM0O54bSrrK4Xb2BYDMd05Ru40uRjib-G_reHeAYpeAfU6yqN2uNlZrXfb0Ema8AjdAT0uNoS9ZxHEKIaGIfVmDD8-buJVzgpaa30SPm1xTOslHskHQu0zheKx9L72KqA/s16000/91eG4RHumbL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLWB6pQ1DXKm7oXExVGHeFMCP4z1cToNGQ_QIDxIvTu1IdHkoXcmAvy9FKvZdU5P5fU1IZsObEXQ93hp2bg5zwThmZmb9P8-UISwguYcMjM2Yj_LxVGXkXMbKk0d2uYBntD4QcK3EPvUZhG5DbZJj4fgnBGizkZUqcPS_n0e6NQ9VM3kE5kS6lNQChWjk/s1500/91lcCnvaQmL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLWB6pQ1DXKm7oXExVGHeFMCP4z1cToNGQ_QIDxIvTu1IdHkoXcmAvy9FKvZdU5P5fU1IZsObEXQ93hp2bg5zwThmZmb9P8-UISwguYcMjM2Yj_LxVGXkXMbKk0d2uYBntD4QcK3EPvUZhG5DbZJj4fgnBGizkZUqcPS_n0e6NQ9VM3kE5kS6lNQChWjk/s16000/91lcCnvaQmL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCLu00kyK89eEzMevScgJtMBZwfpn3rZcwWhMpdfMuGyDYNs1FDtUJfbtvv5iOFtoUkLfnp-Cy431lQvXKKLxkdYzb6Zez5HPSbJio7kxn3Ol5i6zylErGLfpnjhcjF7YdQU5pRzFk5dRN8W14PsmBvQ_bRC-eq2izwlY8WfK7x5e70qfE0BtbBVvetww/s1500/91nwMk3pTyL._SL1500_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCLu00kyK89eEzMevScgJtMBZwfpn3rZcwWhMpdfMuGyDYNs1FDtUJfbtvv5iOFtoUkLfnp-Cy431lQvXKKLxkdYzb6Zez5HPSbJio7kxn3Ol5i6zylErGLfpnjhcjF7YdQU5pRzFk5dRN8W14PsmBvQ_bRC-eq2izwlY8WfK7x5e70qfE0BtbBVvetww/s16000/91nwMk3pTyL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A trama se desenvolve a partir de uma das iniciativas
desse Serviço de Segurança, não por acaso conhecido como SS e trajando
uniformes inspirados no serviço secreto de Adolf Hitler, que ao sequestrar um
grupo de garotas provoca a raiva de um jovem, que inicia uma rebelião. De modo
geral, <i>Ministério</i> é uma grande metáfora sobre a luta de quem é explorado por governos
autoritários, e conversa de forma direta com as ditaduras militares que
infestaram a América Latina durante as décadas de 1970 e 1980. O país natal dos
autores, a Argentina, viveu um dos mais violentos e sanguinários regimes do
período, e <i>Ministério</i> é fruto direto disso. É interessante perceber que, mesmo
o Brasil também vivenciando uma ditadura militar na mesma época, a produção de
quadrinhos em nosso país não refletiu isso, pelo menos não de forma tão variada
e incisiva quanto o que os quadrinistas argentinos fizeram.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Ministério</i> é uma história pesada e que apresenta vários
momentos chocantes e de revirar o estômago. O roteiro de Barreiro é, de modo
geral, econômico, utilizando de alguns pulos temporais ou explicações mais
diretas para explicar pontos que não são mostrados na arte. Já as ilustrações
de Solano López mostram porque o argentino foi um dos grandes artistas de seu
tempo.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Mais um belo lançamento da Comix Zone, que tem se
destacado por construir um catálogo de títulos que, ao mesmo tempo em que
investe em títulos de fantasia, não abre mão de trazer diversos quadrinhos com
forte apelo político e social. Afinal, é lendo que a gente cresce, evolui e
aprende a não repetir os erros do passado.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-63508256503165559732024-03-01T08:55:00.003-03:002024-03-01T08:55:46.827-03:00Review: Pink Floyd – The Dark Side of the Moon (1973)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMD0U8YTSh2OBWkD22mrchKjaw_HQ4V1QpkRGaWxHyvMlbI8UQ_Dk_3UzLkAQGQXYgjFapy6l_BLhT1elZ8hJEA1X6bq4-gWKsuNg3fWdci3xiMPzeZwF8-2iyA9j3_UZkdxObCKSLM-nMbqtIqlqzq1HQQQ2AOBjkyliNP6T00f6GWRdpY9Jus7Jm2g/s1200/1200x1200bb%20(7).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMD0U8YTSh2OBWkD22mrchKjaw_HQ4V1QpkRGaWxHyvMlbI8UQ_Dk_3UzLkAQGQXYgjFapy6l_BLhT1elZ8hJEA1X6bq4-gWKsuNg3fWdci3xiMPzeZwF8-2iyA9j3_UZkdxObCKSLM-nMbqtIqlqzq1HQQQ2AOBjkyliNP6T00f6GWRdpY9Jus7Jm2g/s16000/1200x1200bb%20(7).jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />The Dark Side of the Moon</i>, oitavo álbum do Pink Floyd,
foi lançado em 1 de março de 1973. Em termos musicais, o disco foi desenvolvido durante os shows do quarteto, que experimentou e
aprimorou as faixas em cima do palco. Já liricamente, foi concebido como um
álbum conceitual que explora as pressões enfrentadas pela banda e também
aborda os problemas de saúde mental que levaram o vocalista e guitarrista
Syd Barrett a deixar o grupo.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">As gravações aconteceram no
Abbey Road Studios, na época conhecido como EMI Studios, em Londres, em duas
sessões realizadas em 1972 e 1973. Há uma série de inovações e experimentações técnicas
no álbum, com o então engenheiro de som Alan Parsons, que mais tarde lançaria a
sua própria carreira como músico, tendo um papel central na sonoridade do
disco.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Dark Side of the Moon</i> explora temas como conflito,
ganância, passagem do tempo, morte e saúde mental. A ideia veio de Roger Waters,
que concebeu um álbum que tratava de coisas que “enlouquecem as pessoas”. David
Gilmour, Richard Wright e Nick Mason aprovaram o conceito proposto por Waters e
mergulharam juntos no processo de composição das músicas. O álbum então recebeu
o título provisório de <i>Dark Side of the Moon</i>, uma alusão à loucura e não à
astronomia. Após descobrir que esse título já havia sido usado por outra banda
inglesa chamada Medicine Head em um disco lançado em 1972, ele foi
temporariamente alterado para <i>Eclipse</i>. No entanto, o fracasso comercial do
disco do Medicine Head fez a banda retomar a ideia original.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Dark Side of the Moon</i> foi construído a partir de
experimentos que o Pink Floyd havia tentado em seus shows e gravações
anteriores, porém sem as longas passagens instrumentais que marcavam a banda na
época. As músicas foram concebidas com uma abordagem mais direta, e tanto David
Gilmour quanto Roger Waters citam <i>Meddle</i> (1971), sexto álbum do grupo, como o
ponto de virada para a sonoridade que seria explorada em <i>Dark Side</i>. Cada
lado do vinil funciona como uma peça musical contínua e completa, com o lado A iniciando em “Speak to Me” e indo até “The Great Gig in the Sky”, enquanto o
lado B começa com “Money” e vai até “Eclipse”. As cinco faixas de cada lado
refletem vários estágios da vida, começando e terminando com uma batida de
coração e explorando a natureza da experiência humana.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A clássica capa foi
desenvolvida pelo estúdio Hipgnosis e pelo designer inglês Geordie Hardie. A
Hipgnosis já havia trabalhado em capas anteriores do Pink Floyd, artes essas
que não agradaram a EMI, como as de <i>Atom Heart Mother</i> (1970) e
<i>Obscured by Clouds</i> (1972). A gravadora eria designs mais convencionais, incluindo o
nome da banda e o título do álbum. O design foi inspirado na fotografia de um
prisma com um feixe de luz branca projetado através dele e emergindo nas cores
do espectro visível que Storm Thorgerson, diretor criativo da Hipgnosis, havia
encontrado em um livro de física de 1963, bem como em uma ilustração de Alex
Steinweiss, o pioneiro designer que desenvolveu na década de 1940 a ideia
inovadora de cada álbum possuir uma capa única em uma época onde os lançamentos
da gravadoras vinham embalados em artes padronizadas. Foram apresentadas sete
opções para a banda, e a imagem do prisma foi aprovada por unanimidade.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Dark Side of the Moon</i> é considerado não apenas um dos
melhores álbuns de rock de todos os tempos, mas também é um dos discos mais
vendidos da história. Estima-se
que, em uma semana considerada fraca, são vendidas entre 8 e 9 mil cópias do álbum no
mercado norte-americano, e que um em cada quatorze moradores dos EUA com menos
de 50 anos possuam uma cópia de <i>Dark Side</i> em suas casas. No total, foram mais
de 15 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos, e aproximadamente
45 milhões de unidades em todo o mundo, o que faz de <i>Dark Side </i>o quarto álbum mais vendido
de todos os tempos atrás apenas de <i>Thriller </i>(1982) de Michael Jackson, <i>Back in Black</i> (1980)
do AC/DC e a trilha de <i>The Bodyguard</i> (1992), de Whitney Houston. O disco vendeu
tanto que, sozinho, provocou um revitalização na venda de LPs durante a segunda
metade da década de 1970 e, diz a lenda, levou a EMI a dedicar uma fábrica de
vinis para produzir exclusivamente novas edições do álbum 24 horas por dia.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Frequentemente apontado como um dos melhores álbuns de
todos os tempos, <i>The Dark Side of the Moon</i> traz entre suas dez faixas canções
espetaculares como “Time”, “Money” e “Us and Them”, além da sensacional “The
Great Gig in the Sky”, em que a cantora Clare Torry faz um solo vocal
improvisado que está entre os momentos mais emocionantes da história da música.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O oitavo álbum do Pink Floyd não apenas mudou a trajetória da banda, a vida dos músicos e conquistou milhões de fãs em todo o planeta. O disco impactou profundamente
o rock e a indústria musical, e é um dos maiores documentos culturais e
históricos que o ser humano já produziu. Passados mais de cinquenta anos de seu
lançamento, continua com o poder intacto de conquistar novos ouvintes e revela
novos detalhes a cada audição. Um trabalho atemporal e um dos poucos álbuns em
que o termo genial, usado de maneira tão frequente nos tempos atuais, se aplica
com precisão e justiça.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-31996953461196612092024-02-29T06:26:00.004-03:002024-02-29T06:26:27.267-03:00Quadrinhos: Hellnoir, de Pasquale Ruju e Giovanni Freghieri (2021, Editora 85)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGi19EqjRjKubMp_Kn_pw2WokCPsxQCJJC0T-aRq_3vOvB1I_9EFEGdBUZnijF5ls8OJyrKVc8mjTkCuloTh1OEl8dNjSkdwzYrkm5vvnGfzqKoXE_yZ5W1PVpLhMrgOr4kd7e51OQd4iQ3ekJkmNTycI8r8IYHNdlG0_ngFfTfneUq4GaRX9Xfn1B-q4/s1240/71+UfAE3TCL._SL1240_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGi19EqjRjKubMp_Kn_pw2WokCPsxQCJJC0T-aRq_3vOvB1I_9EFEGdBUZnijF5ls8OJyrKVc8mjTkCuloTh1OEl8dNjSkdwzYrkm5vvnGfzqKoXE_yZ5W1PVpLhMrgOr4kd7e51OQd4iQ3ekJkmNTycI8r8IYHNdlG0_ngFfTfneUq4GaRX9Xfn1B-q4/s16000/71+UfAE3TCL._SL1240_.jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />Hellnoir</i> é uma minissérie publicada entre outubro de 2015
e janeiro de 2016 na Itália pela Sergio Bonelli Editore, lançada no Brasil em
um único volume pela Editora 85, trazendo a história completa. A trama gira em
torno de um detetive particular que vive na cidade que intitula a série, local
esse cheio de particularidades bem interessantes.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Escrita por Pasquale Ruju (<i>Cassidy, Dampyr, Dylan Dog</i>) e
ilustrada por Giovanni Freguieri (<i>Dylan Dog, Martin Mystère</i>), <i>Hellnoir</i>
apresenta ao leitor um mundo sombrio e demoníaco. A cidade que dá nome ao
quadrinho é o local para onde vão as pessoas que perderam a vida de forma
violenta, uma dimensão onde elas, mesmo mortas, ganham uma espécie de nova vida
que é espelhada em suas experiências anteriores. O personagem principal, o
detetive particular Melvin Soul, exemplifica isso: assassinado por um matador
de aluguel na frente da filha pequena, carrega consigo as dores de partir de
forma abrupta enquanto enfrenta dia após dia no mesmo papel que exerceu
enquanto estava no mundo, digamos, normal.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A atmosfera é, como o título sugere, inspirada na
estética noir. Luzes, sombras e personagens que se equilibram entre construções
misteriosas e caricatas, com direito à presença dos estereótipos costumeiros
desse tipo de narrativa como o detetive perturbado, a <i>femme fatale</i> sedutora, vilões com
planos mirabolantes e uma tensão sexual onipresente. Ruju assume seu apego às fórmulas
como uma homenagem aos filmes noir, e, ao admitir isso, ganha a simpatia do
leitor mesmo não entregando o mais original dos roteiros.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseRHJhc9qh2n2_e_jLF9Ca_afWs65p773lmhrfOY9P7yfN40OeFomwtfU2UpnXGo62A4WjLOz6Jj90kAEp-t0oArxyE0oFI-DiXD_IIQyX55_WeCUiZPqLXbEby62TrxuZcs1-siPxCiiGYTCkRbORUMykAURf4jB0Zpp663Lr-1HxitpertcgtViPPM/s1240/81SfYxwUsgL._SL1240_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgseRHJhc9qh2n2_e_jLF9Ca_afWs65p773lmhrfOY9P7yfN40OeFomwtfU2UpnXGo62A4WjLOz6Jj90kAEp-t0oArxyE0oFI-DiXD_IIQyX55_WeCUiZPqLXbEby62TrxuZcs1-siPxCiiGYTCkRbORUMykAURf4jB0Zpp663Lr-1HxitpertcgtViPPM/s16000/81SfYxwUsgL._SL1240_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmvATIohSWFJfa0kmTHWJTguG5lTgV6IXzRD6z_j9-8Pcj9285uvvCUCKnWoFZd7U2sGAqBwkTJoP_3_NztP8WXH1TM3SCz7uI1LBzU0DxByXT2rJcz3ytXspyojydpVEz9sS6PQ_yiP-63ZIrPkOMrgFZod8siCqn3lm5mCX3CRA7lxrF5bRQPdWatZs/s1240/Hellnoir_arte_1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmvATIohSWFJfa0kmTHWJTguG5lTgV6IXzRD6z_j9-8Pcj9285uvvCUCKnWoFZd7U2sGAqBwkTJoP_3_NztP8WXH1TM3SCz7uI1LBzU0DxByXT2rJcz3ytXspyojydpVEz9sS6PQ_yiP-63ZIrPkOMrgFZod8siCqn3lm5mCX3CRA7lxrF5bRQPdWatZs/s16000/Hellnoir_arte_1.webp" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsSYw4tokIpkhztBap1JybqwEx4n4UytZ7PI4Fban_4UuGc0eJCnGGY1uPirk9xvktNIY0muQJq50zbCQ7f-ny6OvYmTpbwENVJ56A_mWCTEZCdxZbVSZa7YOAJLqdW8IybBKH0Bz_GOTXcEU8KLTlqyncRS6RZJUMDYFojoDkGOpsNPJnz6YOCLvbPKo/s1240/Hellnoir_arte_2.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsSYw4tokIpkhztBap1JybqwEx4n4UytZ7PI4Fban_4UuGc0eJCnGGY1uPirk9xvktNIY0muQJq50zbCQ7f-ny6OvYmTpbwENVJ56A_mWCTEZCdxZbVSZa7YOAJLqdW8IybBKH0Bz_GOTXcEU8KLTlqyncRS6RZJUMDYFojoDkGOpsNPJnz6YOCLvbPKo/s16000/Hellnoir_arte_2.webp" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />Melvin é o narrador da história, e junto com ele somos
apresentados ao universo de <i>Hellnoir</i>. Uma espécie de
inferno abandonado pelo próprio diabo, onde demônios das mais diversas castas
se organizaram e construíram uma sociedade muito próxima da que vivemos, mas
com doses muito maiores de sordidez, violência e personagens sombrios. A história
se passa em duas frentes, fazendo a ligação entre o inferno de Melvin e a
realidade, unidos pela investigação conjunta de um crime chocante que se
revela, no decorrer das páginas, algo muito maior do que parecia em um primeiro
momento.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A narrativa de Ruju traz a competência habitual, ainda
que fique abaixo do que ele apresentou em <i>Cassidy</i>. Já a arte de Freghieri é sólida
em todas as páginas, com um estilo clássico que enche os olhos e insere
pequenas diferenças de traço e ambientação ao variar entre a atmosfera pesada e
soturna desta filial do inferno e o clima mais leve, mas não menos tenso, da
realidade.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A Editora 85 publicou <i>Hellnoir</i> em uma edição de 388
páginas no formato italiano, com capa brochura, orelhas e artes nas guardas,
além de textos introdutórios para cada um dos quatro capítulos escritos
pelo próprio Pasquale Ruju, e que nos ajudam a entender melhor a história e os
conceitos por trás dela. A tradução de Júlio Schneider, profissional habituado
com o universo Bonelli e uma verdadeira lenda entre os leitores brasileiros, apresenta
a competência habitual e atesta o pedigree da obra.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Hellnoir</i> é uma história policial com elementos de terror
e fantasia, que proporciona uma leitura agradável ao explorar conceitos
interessantes e equilibrá-los com os clichês já conhecidos da linguagem noir. Um
título interessante e que mostra o quão amplo é o universo da lendária editora
italiana.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-76833906865201318462024-02-28T09:12:00.004-03:002024-02-28T09:16:56.307-03:00Review: U2 – War (1983)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYFiiiTTAUBwwMQzmFcAEqRRFy5m2TcAfjB7CkgBwvMF7S9HY13_8FqA-pQNIFtF0xEOvnaohXP6anw4K8eVsxoR93s5PMZiacAFLVQT2aH8LV9OyCIwTg_pxmAj4VY59vWo5Ag3yaXwREyzzZmkox7gFxVCiYODo9-cfjdngJ8Nh3Nm-jGazIaBJBekY/s1200/1200x1200bb%20(6).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYFiiiTTAUBwwMQzmFcAEqRRFy5m2TcAfjB7CkgBwvMF7S9HY13_8FqA-pQNIFtF0xEOvnaohXP6anw4K8eVsxoR93s5PMZiacAFLVQT2aH8LV9OyCIwTg_pxmAj4VY59vWo5Ag3yaXwREyzzZmkox7gFxVCiYODo9-cfjdngJ8Nh3Nm-jGazIaBJBekY/s16000/1200x1200bb%20(6).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Terceiro álbum do U2, <i>War </i>foi produzido por Steve
Lillywhite e lançado em 28 de fevereiro de 1983 pela Island Records. O disco é
considerado o primeiro trabalho abertamente político do U2, principalmente por
causa de canções como “Sunday Bloody Sunday” e “New Year's Day”, bem como pelo
título, que reflete a percepção da banda sobre o mundo na época. Enquanto os
temas centrais dos dois álbuns anteriores, Boy (1980) e October (1981) - ambos também produzidos por Lillywhite -, eram primordialmente
a adolescência e a espiritualidade, <i>War</i> focou tanto nos aspectos físicos da
guerra quanto nos efeitos emocionais posteriores. Musicalmente, também é mais áspero
e agressivo que os dois primeiros LPs do quarteto, o que levou muitos jornalistas a definirem <i>War</i>
como o disco onde o U2 transformou o próprio pacifismo em uma cruzada.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Essa abordagem política ficou muito clara em todo o
álbum, e suas duas principais músicas são exemplos disso. Em agosto de 1982,
Bono e sua esposa Alison passaram a lua de mel na Jamaica. A letra de “New
Year's Day” teve origem lá, como uma canção de amor que Bono escreveu para sua amada,
mas a faixa foi remodelada mais tarde inspirada pelo sindicado polonês
Solidariedade, que lutava pelo fim do regime comunista no país.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Já a música de abertura, “Sunday Bloody Sunday”, é uma raivosa
canção de protesto que nasceu de um riff escrito por The Edge em 1982. As
primeiras versões da letra escrita por Bono começavam com a frase <i>“não fale
comigo sobre os direitos do IRA e do UDA”</i>, referências ao Exército Republicano
Irlandês e à Associação de Defesa do Ulster, braços paramilitares católico e
protestante, respectivamente, que promoveram diversos atentados na Irlanda e na Irlanda do Norte a partir de década de 1970. A frase foi retirada da
letra enquanto a banda desenvolvia a composição. O padrão marcial da bateria de
Larry Mullen Jr. na abertura é um dos momentos mais marcantes da
carreira do U2 e do rock da década de 1980. Uma das canções mais abertamente
políticas da banda, “Sunday Bloody Sunday” descreve o horror sentido por um
observador ao presenciar os problemas vividos na Irlanda, concentrando-se principalmente no
incidente conhecido como Domingo Sangrento, ocorrido em 1972 na cidade de
Derry, onde tropas britânicas atiraram e mataram manifestantes desarmados que lutavam pelos direitos civis.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O garoto da capa de <i>War </i>é Peter Rowen, irmão de Guggi, amigo
de infância de Bono. Guggi também construiu uma carreira musical no Virgin Prunes, banda que tinha também em sua formação o guitarrista Dik
Evans, irmão de The Edge. Peter também aparece nas capas do EP de estreia da
banda, <i>Three</i> (1979); no primeiro disco do grupo, <i>Boy</i> (1981); na compilação <i>The
Best of 1980–1990</i> (1998) e em muitos singles. Bono explicou o raciocínio por
trás da capa: <i>“Em vez de colocar tanques e armas, colocamos o rosto de
uma criança. A guerra também pode ser uma coisa mental e emocional, não precisa
ser necessariamente algo físico”</i>.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Além das clássicas “Sunday Bloody Sunday” e “New Year’s
Day”, outros destaques de <i>War</i> são “Seconds” e “Like a Song ...”, ambas com
muitos elementos de pós-punk, característica onipresente nos álbuns iniciais de
U2. “Drowning Man” é uma linda canção com pegada mais contemplativa, com
direito até mesmo a um inusitado violino. Já “Two Hearts Beat As One” é uma das
grandes joias esquecidas dos primeiros anos da banda. O álbum fecha com duas belas faixas, começando com “Surrender”, que intitulou a recente autobiografia de
Bono, e “40”, com letra inspirada no salmo 40. Vale mencionar que a turnê rendeu
o primeiro álbum ao vivo do U2, <i>Under a Blood Red Sky</i>, lançado em novembro
de 1983 trazendo uma performance incendiária gravada no Red Rocks Amphitheatre,
lendário palco ao ar livre localizado no oeste dos Estados Unidos, no estado do
Colorado.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>War</i> foi um o primeiro grande sucesso comercial do U2 e
conseguiu tirar <i>Thriller</i> (1982), de Michael Jackson, do topo das paradas do Reino
Unido, tornando-se o primeiro número 1 da banda em terras britânicas. Nos
Estados Unidos, alcançou a 12ª posição. O disco superou a marca de 11 milhões
de cópias vendidas em todo o mundo e é um dos álbuns mais aclamados do U2. Historicamente, <i>War</i>
marcou o fim da primeira fase do grupo, já que o trabalho que viria a seguir,
<i>The Unforgettable Fire</i> (1984), mostraria a banda dando seus primeiros passos na
cultura norte-americana e apresentaria uma sonoridade mais épica e grandiosa.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O U2 mais inocente e soando quase como uma banda de
garagem deu o seu adeus em <i>War, e</i> essa despedida foi tão marcante que continua
reverberando até hoje.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-90892860684428770282024-02-27T10:16:00.007-03:002024-02-27T10:16:58.241-03:00Review: Queen – The Works (1984)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihsA6HPaQp3lcRxSaYiHAtba4bz8Gb9GZl3j9RHgjl5Ajt5u2WQBIsIofeRqRDfF8-OVyJl3i7Oj8jWCWB0I33GhDyxkVkp9TGmdDxhFW8WDPPs3jOApQigy0nHFyqIdsfGy6iA9vMJfLMwk44_UMIYCcbeLnwcL4YSKG7gD3Lkd4IQZIVhLbo-WQxkfI/s1200/1200x1200bb%20(5).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihsA6HPaQp3lcRxSaYiHAtba4bz8Gb9GZl3j9RHgjl5Ajt5u2WQBIsIofeRqRDfF8-OVyJl3i7Oj8jWCWB0I33GhDyxkVkp9TGmdDxhFW8WDPPs3jOApQigy0nHFyqIdsfGy6iA9vMJfLMwk44_UMIYCcbeLnwcL4YSKG7gD3Lkd4IQZIVhLbo-WQxkfI/s16000/1200x1200bb%20(5).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Décimo primeiro álbum do Queen, <i>The Works</i> chegou às lojas
em 27 de fevereiro de 1984 e trouxe a banda britânica tentando apagar a impressão
nada positiva de seus dois trabalhos anteriores, a trilha para <i>Flash Gordon</i>
(1980) e, principalmente, <i>Hot Space</i> (1982). Ainda que a década de 1980 tenha
começado bem para o quarteto com <i>The Game </i>(1980), era hora de mostrar
que o Queen ainda continuava relevante e criativo.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Works</i> deixou de lado o excesso de sintetizadores de
<i>Hot Space</i> e retomou a pegada rock do grupo, abordagem essa liderada pelo
guitarrista Brian May e pelo baterista Roger Taylor. Há também momentos
de aproximação com o nascente pop eletrônico, com a banda não abdicando
totalmente da experimentação e de seu lado aventuresco. O álbum foi gravado em
Los Angeles e em Munique, entre agosto de 1983 e janeiro de 1984, com produção
de Reinhold Mack e da própria banda.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Após a turnê de <i>Hot Space </i>o Queen deu uma pausa, o que
proporcionou tempo para colaborações e para o desenvolvimento de projetos pessoais.
May trabalhou com Eddie Van Halen e outros músicos no Star Fleet Project, que
rendeu um EP três músicas lançado no início de novembro de 1983. Já Freddie
Mercury e Roger Taylor se dedicaram aos seus álbuns solo, <i>Mr. Bad Guy </i>(1985) e
<i>Strange Frontier</i> (1984), respectivamente.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A recepção a <i>The Works</i> foi apenas mediana entre a crítica,
que reclamou da falta de energia e pegada em relação aos discos lançados nos
anos 1970, porém, puxado pelos hits “Radio Ga Ga”, “I Want to Break Free” e “Hammer
to Fall”, o álbum teve uma performance decente nas paradas norte-americanas,
onde chegou na posição 23 da Billboard, e foi muito bem no Reino Unido, alcançando a segunda posição, totalizando mais de 6 milhões de cópias vendidas em todo o
mundo. Nos EUA em particular, a recepção negativa ao vídeo de “I
Want to Break Free”, onde os músicos apareceram travestidos como mulheres, fez
a banda decidir não excursionar pelo país, o que afetou consideravelmente as
vendas no país.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Works</i> apresenta boas canções e alguns dos clássicos
do Queen, como a hoje manjada mais inegavelmente classuda “Radio Ga Ga”, o chiclete
sonoro e funkeado “I Want to Break Free” e a pegada hard rock de “Hammer to
Fall”, além do peso – apesar dos timbres datados – de “Tear It Up”, a delícia
pop que é “It’s a Hard Life” e “Man on the Prowl”, onde Freddie emula a maneira
de cantar de Elvis Presley. Porém, esses acertos convivem lado a lado com
momentos não tão inspirados como “Machines (Or Back to Humans)”, que tenta ser
inovadora mas consegue, no máximo, transmitir a sensação de uma composição
confusa e sem pé nem cabeça.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O Queen seria muito mais eficiente no disco seguinte, <i>A
Kind of Magic</i> (1986), mas mesmo assim <i>The Works</i> deixou claro não apenas que
Freddie Mercury e companhia ainda tinham o que mostrar, mas que a banda continuava
sendo uma das mais populares de todos os tempos.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-58602320582789272102024-02-26T07:23:00.003-03:002024-02-26T07:23:33.240-03:00Review: Scorpions – Lovedrive (1979)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz2JiS3LePFmZwPbn4rW_sExZXXvl5X7IFMUdyppcgU0VDWbOH1dtYJA8mKCmsZMBxxKj0pZTAO_D0zWfDRFVs6uIZBoFNjOXVevfw2v2WDalivtfqEDj-Ft67J9ZE01pMXvG_mMrBHGNENLrD8MNIFsrIJGsgh_53MSRQ4VdZhBd19i4NuBqIvkzX1CY/s1200/1200x1200bf-60%20(11).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz2JiS3LePFmZwPbn4rW_sExZXXvl5X7IFMUdyppcgU0VDWbOH1dtYJA8mKCmsZMBxxKj0pZTAO_D0zWfDRFVs6uIZBoFNjOXVevfw2v2WDalivtfqEDj-Ft67J9ZE01pMXvG_mMrBHGNENLrD8MNIFsrIJGsgh_53MSRQ4VdZhBd19i4NuBqIvkzX1CY/s16000/1200x1200bf-60%20(11).jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />Lovedrive</i> marcou o início da segunda fase da carreira do
Scorpions, com a banda adotando um som mais acessível após a saída do
guitarrista Uli Jon Roth. Lançado em 25 de fevereiro de 1979, o sexto álbum dos alemães chegou às lojas cerca de um ano após o “Hendrix alemão” deixar o quinteto.
Para o lugar de Roth a banda chamou Matthias Jabs, dando início à formação que
é considerada a mais clássica de sua história: Klaus Meine, Rudolf Schenker,
Matthias Jabs, Francis Buchholz e Herman Rarebell.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Há um ingrediente a mais em <i>Lovedrive</i>, no entanto.
Michael Schenker, irmão de Rudolf e então recém desligado do UFO, participou do
álbum em uma situação não muito bem resolvida, flutuando entre convidado e
integrante definitivo. Michael tocou em cinco das oito faixas, com a sua
guitarra sendo ouvida em “Another Piece of Meat, “Coast to Coast”, “Holiday”,
“Loving You Sunday Morning” e na música título. O resultado foi tão bom que a
banda chegou a pensar em seguir com Michael e romper a então nascente
relação com Jabs, mas a pressão de Matthias por uma decisão definitiva e o
famoso temperamento imprevisível do Schenker mais facilitaram a decisão, com
a participação ficando restrita ao disco e Matthias Jabs sendo efetivado na função.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Os fãs do Scorpions costumam se dividir entre aqueles que
preferem o período com Uli Jon Roth e os que gostam mais da fase que veio a
partir de sua saída, porém uma coisa é indiscutível: <i>Lovedrive</i> é um dos
melhores trabalhos da banda alemã. Há uma enorme mudança na abordagem musical, com
o grupo focando em um som mais acessível e com profusão de melodias, o que
contrasta com o hard dos tempos de Roth, bastante influenciado por nomes
lendários do gênero e com uma presença constante de elementos psicodélicos. Foi
em <i>Lovedrive</i> que o mundo foi apresentado ao lado mais universal da música do
Scorpions, que abriu mão dos devaneios brilhantes de Roth em favor de uma
sonoridade mais fácil de ser assimilada por um público muito maior, porém não necessariamente menos interessante e criativa.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A mudança de rota se provou acertada através dos números de venda do
disco, que chegou na posição 55 da Billboard, melhor performance comercial
dos alemães até aquele momento. Foram mais de um milhão de cópias vendidas nos Estados
Unidos, preparando o terreno para a popularidade crescente que a banda conquistaria
nos álbuns seguintes.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifDtwCv90UjXl9Y2jYYU2tPvP4Xp4YphD34eT22rdPjp2Ei7QwtDaqHwD4oEyxO0kn8msluJ9yV6hq8jnw7oBJ82gd9rQBn4CT-9_-DiLP_baSQfO0NlGFcYIhFb3XKbuCZsC8A7n1EOMeWqjNT_S-Uloi0nOIV_NROTRJ6h4aseXx4RgaQnYNEWN3SPg/s600/R-16019787-1601998713-1229%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifDtwCv90UjXl9Y2jYYU2tPvP4Xp4YphD34eT22rdPjp2Ei7QwtDaqHwD4oEyxO0kn8msluJ9yV6hq8jnw7oBJ82gd9rQBn4CT-9_-DiLP_baSQfO0NlGFcYIhFb3XKbuCZsC8A7n1EOMeWqjNT_S-Uloi0nOIV_NROTRJ6h4aseXx4RgaQnYNEWN3SPg/s16000/R-16019787-1601998713-1229%20(1).jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />Lovedrive</i> é lembrado também por uma característica
marcante, recorrente e não necessariamente positiva do Scorpions: as capas com gosto duvidoso. A capa do disco mostra um homem e uma mulher sentados no banco traseiro de um
carro, com o homem puxando um chiclete colado em um dos seios da modelo. Na contracapa,
a mesma imagem evolui, agora com o seio totalmente desnudo. O conceito foi
criado por Storm Thorgerson, do estúdio Hipgnosis, famoso por seu trabalho com
bandas como Pink Floyd e Led Zeppelin. Isso causou um problema nos Estados
Unidos, com as edições americanas saindo com a capa alterada
mostrando apenas um grande escorpião e o logo do grupo. A arte original só foi
retomada nos EUA anos mais tarde.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">As oito faixas de <i>Lovedrive</i> formam um dos tracklists mais
coesos da discografia do Scorpions. O álbum é fortíssimo, com clássicos que
entraram para a história do grupo como “Loving You Sunday Morning”, as violentas
“Another Piece of Meat” e “Can’t Get Enough”, a instrumental “Coast to Coast” e
a balada “Holiday”. A banda ainda brinca com o reggae na ótima
“Is There Anybody There?”, embarca em um hard rock classudo na faixa título e entrega outra balada lindíssima, “Always Somewhere”, essa aproximando-se
perigosamente de plagiar a clássica “Simple Man”, do Lynyrd Skynyrd.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Lovedrive</i> foi o ponto inicial da uma nova fase do
Scorpions que renderia álbuns como <i>Blackout</i> (1982) e <i>Love At First
Sting</i> (1984), responsáveis por transformar a banda alemã em um dos nomes mais
populares do hard rock da década de 1980 ao refinar uma fórmula que equilibrou com precisão canções pesadas e baladas cativantes.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-45945041047609962542024-02-25T13:48:00.004-03:002024-02-25T13:57:25.776-03:00Review: Pantera – Vulgar Display of Power (1992)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJe2ofqkVP2QU2_x8G1LqmJcI5dF6qjq7plrUtwrXI49N9NijfshMswaIG3DgxBClDGPI3Yi6JZqzGAWixfgyW_aKEcPnGtKjaRn2LSqnCsKTkDm7l3CWQdlXHk2ZH4B3kMsJoChc3eYnNI0eECre2i8d3IXwg2SrgKIQ3Cr7qV7axfcIVpwL4HsOj_Tc/s1200/1200x1200bf-60%20(10).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJe2ofqkVP2QU2_x8G1LqmJcI5dF6qjq7plrUtwrXI49N9NijfshMswaIG3DgxBClDGPI3Yi6JZqzGAWixfgyW_aKEcPnGtKjaRn2LSqnCsKTkDm7l3CWQdlXHk2ZH4B3kMsJoChc3eYnNI0eECre2i8d3IXwg2SrgKIQ3Cr7qV7axfcIVpwL4HsOj_Tc/s16000/1200x1200bf-60%20(10).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Por mais que o Pantera tenha lançado quatro álbuns com
uma sonoridade mais voltada para o glam metal em seus primeiros anos de
carreira, foi a partir de 1990 que o quarteto texano escreveu o seu nome na
história. <i>Cowboys From Hell</i>, estreia por uma grande gravadora, apresentou uma
mudança significativa na sonoridade, com a banda explorando um metal repleto de
groove e com muito mais peso e agressividade do que os discos anteriores. A receita
foi aprimorada e chegou ao estado de arte em <i>Vulgar Display of
Power</i>.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Lançado em 25 de fevereiro de 1992 pela
Atco Records, <i>Vulgar Display of Power</i> é o sexto álbum do Pantera e o segundo trabalho
que o mundo todo efetivamente ouviu, já que os quatro primeiros discos entraram
para a história mais como itens curiosos do que pelo seu valor musical. A
produção foi novamente de Terry Date, peça fundamental na mudança radical
presente em <i>Cowboys From Hell</i>, e que produziria também os discos seguintes, <i>Far Beyond Driven</i> (1994) e <i>The Great Southern Trendkill</i> (1996). </span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Para os próprios músicos, o Pantera conseguiu alcançar o seu som
definitivo em <i>Vulgar Display of Power</i>. Todos os quatro – Phil Anselmo, Dimebag,
Rex Brown e Vinnie -, deram declarações ao longo dos anos exaltando o álbum. A banda sentiu que parte do público mais radical do metal havia ficado
decepcionado com a sonoridade mais acessível que o Metallica seguiu no <i>Black
Album</i> (1991), e viu ali uma oportunidade e uma lacuna a ser preenchida. A ideia
foi então produzir <i>“o álbum mais pesado de todos os tempos”</i>, e o resultado
foi <i>Vulgar Display of Power</i>.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Muito bem recebido pela crítica e pelos fãs, <i>Vulgar
Display of Power</i> se tornou o disco mais vendido da carreira do Pantera, alcançando
platina dupla nos Estados Unidos e superando a marca de 2 milhões de cópias no
país. Além disso, o álbum é apontado como um dos mais influentes do metal
da década de 1990, sendo responsável por moldar o som pesado daquela década ao
lado de clássicos como <i>Dirt</i> (1992) do Alice in Chains, <i>Chaos A.D.</i> (1993) e <i>Roots</i> (1996) do Sepultura, <i>Burn My Eyes</i> (1994) do Machine Head e o próprio <i>Black Album</i>
do Metallica.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Uma curiosidade pouco conhecida é que o título do disco
foi retirado do filme <i>O Exorcista </i>(1973). A frase está
em um diálogo entre o Padre Damien Karras e a menina Regan, que está possuída.
O sacerdote pergunta ela menina não se solta da cama onde está presa - <i>“Se
você é o Diabo, por que não fazer as tiras desaparecerem?”</i> -, ao que a garota responde
que <i>“isso seria uma demonstração de poder muito vulgar, Karras”</i>.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A capa traz a imagem de um homem levando um soco, e
muitos pensam que o agredido é um dos irmãos Abbott, o
que não é verdade. Ela foi feita pelo fotógrafo Brad Guice, que também produziu
a capa de <i>Cowboys From Hell</i>, através de duas imagens sobrepostas que causam o
afeito de agressão. O modelo, chamado Sean Cross, não foi socado de verdade.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Entre as onze faixas de <i>Vulgar Display of Power</i> estão
alguns dos maiores clássicos do Pantera como os hinos “Mouth for War” e “A New
Level”, a aula de groove e peso de “Walk” e a balada “This Love”, além de
canções preferidas dos fãs como “Fucking Hostile”, “Live in a Hole” e “Hollow”.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Poucas bandas redefiniram o rumo do metal como o Pantera
fez durante os anos 1990. E, entre os álbuns fantásticos lançados pelo quarteto
durante aquela década, <i>Vulgar Display of Power</i> é a cereja do bolo com os riffs
únicos de Dimebag, a bateria cheia de groove de Vinnie Paul, o baixo
pesadíssimo de Rex Brown e a performance animalesca de Phil Anselmo.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O resultado não poderia ser diferente: um clássico indiscutível.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-59657918390720035982024-02-25T06:39:00.001-03:002024-02-25T06:48:24.511-03:00Quadrinhos: Morgan Lost 1 e 2, de Claudio Chiaverotti (2020/2021, Editora 85)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AJgRKcnXHhwBSkOZdOpbL01NyYnjZbjbbUawy2D7qAWTdncnvnCdj5nmAnHsUO00YGC-bQWOpRaJM1BniWvft8YRCwskZ2cSOcwMvbK8ECMDCIA8-BwADcGSavnDrRRIzqPYJ1fKZcHkvqj7K8Tp_gvAbhX8KILdRcjiTtCMQvf3pEaihkTtvNNFuBA/s1500/91M2z6Whg+L._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AJgRKcnXHhwBSkOZdOpbL01NyYnjZbjbbUawy2D7qAWTdncnvnCdj5nmAnHsUO00YGC-bQWOpRaJM1BniWvft8YRCwskZ2cSOcwMvbK8ECMDCIA8-BwADcGSavnDrRRIzqPYJ1fKZcHkvqj7K8Tp_gvAbhX8KILdRcjiTtCMQvf3pEaihkTtvNNFuBA/s16000/91M2z6Whg+L._SL1500_.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />A oferta de títulos da Sergio Bonelli Editore aumentou
consideravelmente no Brasil nos últimos anos. Muito além de <i>Tex</i>, fomos apresentados
a séries inéditas e outras que foram retomadas em nosso mercado, em um movimento
que envolveu várias editoras. Um dos melhores exemplos desse cenário renovado é
<i>Morgan Lost</i>, que é, ao mesmo tempo, um dos mais interessantes quadrinhos da
editora italiana e um dos títulos menos comentados desse contexto todo.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Escrito por Claudio Chiaverotti, <i>Morgan Lost</i> conta a
história de um caçador de serial killers. O cenário
da trama é um mundo alternativo altamente burocratizado, localizado no tempo
entre as décadas de 1940 e 1950. A arquitetura desse mundo equilibra a estética
das primeiras décadas do século XX com elementos do Egito Antigo, e a cidade
onde a história se passa, chamada Nova Heliópolis, é um pródigo berço de
assassinos seriais gerados, em sua maioria, pela forma como a sociedade está
organizada.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Um ponto que chama a atenção imediatamente em <i>Morgan Lost
</i>é a colorização. Como Morgan é daltônico e só enxerga em tons de cinza e vermelho,
as páginas replicam a sua visão, e o resultado acaba sendo algo bastante original
e dá um toque único para a série. No início da leitura isso funciona como
uma curiosidade, mas com o passar do tempo é impossível imaginar o mundo de
<i>Morgan Lost</i> sem essa colorização específica.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj649B_UEP-BV_Ab_399fmKNJ-DwxOqGCxnVnbOP0NERrVe3vdgRic2lGHkhkOfXEEeP14AtZnU-JpHzJLQN4ke3UaT-qtTITJ_tSm8B-WU0gqndyThoYgN8cgddtiLDDYMM8Rx-7eqNHE6bxbpZV3ylu-sA_6YUKVXx9FMQEMxVyWbc3yUsoaB1NIbxYQ/s1500/81OZmau1mFL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1060" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj649B_UEP-BV_Ab_399fmKNJ-DwxOqGCxnVnbOP0NERrVe3vdgRic2lGHkhkOfXEEeP14AtZnU-JpHzJLQN4ke3UaT-qtTITJ_tSm8B-WU0gqndyThoYgN8cgddtiLDDYMM8Rx-7eqNHE6bxbpZV3ylu-sA_6YUKVXx9FMQEMxVyWbc3yUsoaB1NIbxYQ/s16000/81OZmau1mFL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeka_CoGbK5cVIvJ7RE8HB8c0qrvYWYpg_M7bH-Azwnjs60e8_6N1aOSHSiXcird3r5QuRZNN658izM2V8PfHc7zj0jgo-CHapNfXRpV7eCNmhoaOO6B71kmmebPjtB5Qr0rJ7ZfpiLqazSFFaw4sAPfb1vuPVBwUK3wlsPVbi0YLTzRiKat_iYHTn3M/s1500/918RomslMmL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1060" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAeka_CoGbK5cVIvJ7RE8HB8c0qrvYWYpg_M7bH-Azwnjs60e8_6N1aOSHSiXcird3r5QuRZNN658izM2V8PfHc7zj0jgo-CHapNfXRpV7eCNmhoaOO6B71kmmebPjtB5Qr0rJ7ZfpiLqazSFFaw4sAPfb1vuPVBwUK3wlsPVbi0YLTzRiKat_iYHTn3M/s16000/918RomslMmL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A série está sendo publicada no Brasil pela Editora 85 em
edições que reúnem dois números originais italianos, no formato 16x21 e com 196
páginas. A série está na sexta edição no Brasil, ou seja, já foram reunidos
pela Editora 85 os doze primeiros números, exatamente a metade das vinte e
quatro edições italianas que completam a história.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Assim como ocorre em diversas séries da Bonelli, <i>Morgan
Lost</i> alterna diferentes artistas a cada nova história, mas devo dizer que os
quatro ilustradores que trabalharam nos dois primeiros volumes conseguiram
manter uma unidade estética. São eles: Michele Rubini, Giovanni Talami,
Giovanni Freghieri e Val Romeo. Há pouquíssimas diferenças de estilo entre os
quatro.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A primeira história de <i>Morgan Lost</i> apresenta a origem do
personagem e as características peculiares do seu universo, como um telejornal extremamente
popular focado em noticiar, com riqueza de detalhes, os crimes cometidos pelos serial killers. E, a partir deste início, a série embala em uma dinâmica
que foca em um assassino serial por edição. Os roteiros são muito bem escritos, como é de costume nos títulos da
Bonelli, e Chiaverotti sempre surpreende o leitor com reviravoltas inesperadas,
o que é um grande acerto. As histórias equilibram ação e investigação, não economizam momentos de violência gráfica e proporcionam uma excelente leitura, especialmente para pessoas
que tem interesse no fenômeno dos serial killers, como é o meu caso.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgidH7HBfPMh2yMxC7ZB71dNwhHTB8vEX1V1404WGxBSbznzaZudDResbwZEH-QSeT_3KiIdiofZnR8_TycGzs3xoFmEXVR1vs-bODQy1Hcwktwm0l8jX5Bv2ZnlJBBhti7ojDDbE-dnqHCu8Vco0CCPxedWTZc3tULhSqnZe5xX16HnKrY0By9KC1NQus/s1240/71d126DFpFS._SL1240_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="945" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgidH7HBfPMh2yMxC7ZB71dNwhHTB8vEX1V1404WGxBSbznzaZudDResbwZEH-QSeT_3KiIdiofZnR8_TycGzs3xoFmEXVR1vs-bODQy1Hcwktwm0l8jX5Bv2ZnlJBBhti7ojDDbE-dnqHCu8Vco0CCPxedWTZc3tULhSqnZe5xX16HnKrY0By9KC1NQus/s16000/71d126DFpFS._SL1240_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />Os encadernados da Editora 85 foram muito bem feitas, como de
costume, e trazem orelhas com ilustrações, guardas com texto de apresentação e
introdução (na primeira edição) e reprodução das capas originais. O material foi
traduzido por Júlio Schneider, velho conhecido dos leitores Bonelli e que
traduziu dezenas – eu diria até mesmo centenas – de títulos da editora.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Morgan Lost</i> é um quadrinho que merecia mais atenção. Mesmo
na confraria de leitores da Bonelli, sempre muito fieis aos títulos da editora italiana,
ele é menos comentado que os títulos mais populares. Porém, é um quadrinho com potencial para alcançar um público muito maior do que os já
convertidos fãs de fumetti. Os dois primeiros encadernados são ótimos, e não
vejo a hora de devorar todas as edições que já saíram no Brasil.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-25333694552411806502024-02-24T08:03:00.000-03:002024-02-24T08:03:02.682-03:00Review: Miles Davis – A Tribute to Jack Johnson (1971)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8JZQ_OSiiJZISjqonLscdawuc4fl8OZCkaPvJFG9pIpkhAEPucghEjqGxp0qmNklqqHWuQohtOvyJa1TNnBXkMhy_HhlLiGb78irshva97U8E71-UIFUN_GSL88TSHbGH1BgpYWmKrE9OSCK-V_gHZhUL-WyOrTuyhMh5rRp8Wk5O-DSE7yDv5B9QqYU/s1200/1200x1200bf-60%20(8).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8JZQ_OSiiJZISjqonLscdawuc4fl8OZCkaPvJFG9pIpkhAEPucghEjqGxp0qmNklqqHWuQohtOvyJa1TNnBXkMhy_HhlLiGb78irshva97U8E71-UIFUN_GSL88TSHbGH1BgpYWmKrE9OSCK-V_gHZhUL-WyOrTuyhMh5rRp8Wk5O-DSE7yDv5B9QqYU/s16000/1200x1200bf-60%20(8).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Lançado em 24 de fevereiro de 1971, <i>A Tribute to Jack
Johnson</i> é um dos álbuns mais curiosos de Miles Davis. O disco foi composto por
Miles como trilha para um documentário sobre a vida do boxeador Jack Johnson. Vale mencionar que o próprio trompetista era um praticante e entusiasta do box.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O álbum traz apenas duas músicas, ambas com mais
de vinte e cinco minutos de duração e presentes, cada uma, em um dos lados do
LP original. As gravações aconteceram nos dias 18 de fevereiro e 7 de abril de
1970, em Nova York, e, segundo Davis, a inspiração veio da questão política e
racial da saga de Johnson, primeiro boxeador negro a conquistar o cinturão de campeão mundial dos pesos pesados. Além disso, o próprio Miles declarou que o álbum foi
bastante influenciado pelo rock e pelo funk da virada dos anos 1960 para a
década de 1970, o que fez com que muitos críticos definissem o disco como o
trabalho de Miles Davis onde o rock foi ao encontro do jazz.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Além do trompetista, tocam em <i>A Tribute to Jack Johnson</i> os guitarristas
John McLaughlin (que mais tarde fundaria a Mahavishnu Orchestra, combo seminal
do jazz fusion) e Sonny Sharrock, os tecladistas Herbie Hancock (um dos músicos
mais influentes do jazz e figura central no desenvolvimento do jazz funk) e
Chick Corea (fundador do Return to Forever, outro grupo lendário de jazz
fusion), o clarinetista Bennie Maupin e os bateristas Jack DeJohnette (um dos
maiores bateristas da história do estilo) e Billy Cobham (também da Mahavishnu Orchestra
e com uma carreira solo muito influente).</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Como todo álbum inovador, com grande apelo experimental e que foge do padrão convencional de música, <i>A Tribute to Jack Johnson</i> teve vendas modestas,
porém foi muito bem recebido pela crítica, que o considerou um dos melhores
trabalhos de Miles Davis. O disco é um dos álbuns que definiu o jazz rock, tanto
que a ideia de Miles era formar <i>“a maior banda de rock que já existiu”</i> para
gravar o álbum.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6gPyQvvJmst1pij9RSjIz80kDsWYQY2tfamV7AEtQpgY7gJRWr0tU8pHHg0Q8_J9a4llif2vuDctvQtIfRpqUVKTlWj4paVXaPZWtMNzK-3iHcNQdQF1-TsHPEUaOAF-mJmD_mSNuEhdNMsLLtrlihGsH7qZNhxJ8lJT_P3on0mbHfIJgwHWgo07hl60/s1024/136074006_f1a28bb6ec_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1015" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6gPyQvvJmst1pij9RSjIz80kDsWYQY2tfamV7AEtQpgY7gJRWr0tU8pHHg0Q8_J9a4llif2vuDctvQtIfRpqUVKTlWj4paVXaPZWtMNzK-3iHcNQdQF1-TsHPEUaOAF-mJmD_mSNuEhdNMsLLtrlihGsH7qZNhxJ8lJT_P3on0mbHfIJgwHWgo07hl60/s16000/136074006_f1a28bb6ec_b.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A primeira faixa, "Right Off", foi construída a
partir de vários takes e um solo que Davis gravou em novembro de 1969. Ela
também contém um riff baseado em "Sing a Simple Song" de Sly and the
Family Stone, com destaque aos dezoito minutos e quarenta e quatro segundos. Já
a segunda canção, "Yesternow", em grande parte foi construída em
torno de uma versão ligeiramente modificada da linha de baixo de "Say It
Loud - I'm Black and I'm Proud", clássico de James Brown. Em ambas, o
grande destaque é John McLaughlin, que faz a sua guitarra explorar diversas
texturas e riffs e brilha intensamente.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em 2003 foi lançado o box <i>The Complete Jack Johnson Sessions</i>,
reunindo em cinco CDs todas as sessões de gravação que originaram o álbum. Um verdadeiro
documento musical sobre um dos trabalhos mais incríveis de Miles Davis.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>A Tribute to Jack Johnson</i> é um disco que sempre dividiu opiniões.
Para os mais puristas, faz parte do grupo de álbuns como <i>Bitches Brew</i> (1970) e
<i>On the Corner</i> (1972), onde Miles, ao modernizar a sua música e fundir o jazz a
outros gêneros como o rock e o funk, desvirtuou o gênero. Para os mais
vanguardistas, é uma das maiores provas da genialidade do trompetista, amplamente
aclamado como um dos músicos mais influentes do século XX. E para quem nunca ouviu
jazz ou nunca conseguiu entender o gênero, pode funcionar como uma porta de
entrada justamente pela grande proximidade com o rock.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em todos os casos, é um álbum que não passa despercebido,
seja ouvido por quem for.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-45855567788599565872024-02-23T13:44:00.001-03:002024-02-23T13:44:01.546-03:00Review: Yngwie Malmsteen – Facing the Animal (1997)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6IMENpt7GFvDrtl0jNlnEcucIfdgLXm5sIz2la64CyY2C6O5daKMvNZQgT-bU2U-Z2zBAl6avVd6apvVZ25Oyln6-CAwWOitASOEdX-g0mv6hCGHK5d2QG3dcrhjA8MDk1sbZtoyozgzozO2I2mcaiQTvCHMCg5zJ1SA_TA9gYffiqPyiR7h_FMKS8A4/s1200/1200x1200bf-60%20(5).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6IMENpt7GFvDrtl0jNlnEcucIfdgLXm5sIz2la64CyY2C6O5daKMvNZQgT-bU2U-Z2zBAl6avVd6apvVZ25Oyln6-CAwWOitASOEdX-g0mv6hCGHK5d2QG3dcrhjA8MDk1sbZtoyozgzozO2I2mcaiQTvCHMCg5zJ1SA_TA9gYffiqPyiR7h_FMKS8A4/s16000/1200x1200bf-60%20(5).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Décimo álbum do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen,
<i>Facing the Animal</i> chegou às lojas em 23 de fevereiro de 1997. O trabalho foi o
sucessor do disco de covers <i>Inspiration </i>(1996) e, de certa maneira, o início de
uma nova fase na carreira de Malmsteen, já que contrasta bastante com a
sonoridade de seus icônicos álbuns iniciais como <i>Rising Force</i> (1984) e <i>Trilogy</i>
(1986), e também de discos de meados de sua carreira como <i>Odyssey</i> (1988) e <i>The
Seventh Sign</i> (1994).<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A grande diferença de <i>Facing the Animal</i> em relação aos
demais trabalhos tanto anteriores quanto posteriores de Yngwie é o peso. Com uma
formação inédita que contava com músicos que só colaboraram com o guitarrista
neste trabalho, como o vocalista sueco Mats Léven (Candlemass, Therion) e o
lendário baterista inglês Cozy Powell (Rainbow, Black Sabbath, Whitesnake), o
álbum foi produzido pelo guitarrista ao lado do renomado produtor Chris
Tsangarides (King Diamond, Angra, Judas Priest) e contou também com o
tecladista Mats Olausson (Kamelot, Ark) e com o baixista Barry Dunaway, este
último um colaborador habitual de Malmsteen.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Para muitos, <i>Facing the Animal</i> traz o
conjunto de canções mais forte que o lendário guitarrista gravou em toda a sua
carreira. Trata-se de um trabalho poderoso, onde as atenções não ficam apenas
em Yngwie, como de costume, mas também em outros dois músicos incríveis: Léven
e Powell. O vocalista canta demais, com seu timbre agressivo dando mais
violência para o metal com influência neoclássica de Malmsteen. E Cozy soca as
peles da bateria de maneira selvagem, em uma das melhores performances de sua
carreira. Outro ponto importante é que <i>Facing the Animal</i> acabou trazendo,
infelizmente, uma das últimas performances de Cozy Powell, que faleceu em um
acidente de carro ocorrido no dia 5 de abril de 1998, com apenas cinquenta
anos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em relação a Yngwie Malmsteen, em <i>Facing the Animal</i> o
guitarrista equilibra a sua técnica absurda e a paixão pela forma de tocar de
seu grande ídolo, Ritchie Blackmore, com uma performance cirúrgica conforme o esperado, porém aqui também carregada com doses extras de agressividade,
provavelmente nascidas da parceria com um cantor vindo de uma cena mais extrema
como Mats Léven e de um baterista com o currículo invejável como Cozy Powell. Percebe-se também uma clara diferença em seus riffs, que soam mais contemporâneos e até
mesmo sincopados, mostrando que o guitarrista estava antenado com o que rolava
no metal na década de 1990. Entre as canções, todas muito boas ou excelentes,
destaques para “Braveheart”, “Enemy”, “Sacrifice”, “My Resurrection” e para a música
que batiza o disco. </span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Vale mencionar, como curiosidade, que o álbum foi lançado
no Brasil em dois momentos: primeiro em 1997, com a capa original mostrando o
rosto de Yngwie, e já na década de 2010 em uma nova edição com uma capa
diferente trazendo esculturas de dois leões, igual à reedição que a gravadora
americana Spitfire soltou alguns anos mais tarde.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Facing the Animal </i>é um álbum extremamente recomendado
para quem não é necessariamente fã de Yngwie Malmsteen, justamente por se
afastar do metal neoclássico com foco na guitarra e apostar em um metal
pesadíssimo e alinhado com a sonoridade dos anos 1990. A cereja do bolo são as
performances irretocáveis tanto do guitarrista quanto de Mats Léven e Cozy
Powell.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><br /></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-54593603385889223772024-02-22T14:28:00.003-03:002024-02-22T14:33:17.733-03:00Quadrinhos: Batman & Dylan Dog – A Sombra do Morcego, de Roberto Recchioni, Werther Dell'Edera e Gigi Cavenago (Panini, 2024)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCi0yeu1wAREh4gVzXv1TgO-gaeboS-OpTPWldYKY12y1TO85R4FBlHVdnxH_3gWyMpdySJKWvEb6A4_IFf_ruC0LrFegLbqMum9vOKMFmlhcWP4MSWsALP39TgX7B1d_1ewQ0BQ6zou3W0aifuHCVRXdeyz6bRC_500dRvfPWk-_lTt6-3qsOe9af5uw/s1196/-S897-FWEBP%20(1).webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1196" data-original-width="897" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCi0yeu1wAREh4gVzXv1TgO-gaeboS-OpTPWldYKY12y1TO85R4FBlHVdnxH_3gWyMpdySJKWvEb6A4_IFf_ruC0LrFegLbqMum9vOKMFmlhcWP4MSWsALP39TgX7B1d_1ewQ0BQ6zou3W0aifuHCVRXdeyz6bRC_500dRvfPWk-_lTt6-3qsOe9af5uw/s16000/-S897-FWEBP%20(1).webp" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana;">Um é um dos personagens mais conhecidos dos quadrinhos e
da cultura pop. O outro é um nome celebrado entre um dos públicos mais fieis
das HQs, os leitores da editora italiana Bonelli. E os dois são detetives. O primeiro,
o autoproclamado melhor do mundo. O segundo, carregando o título de detetive
do pesadelo.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Batman e Dylan Dog são dois ícones para públicos
distintos, e agora estão juntos em um crossover que uniu as suas duas editoras.
Apesar da popularidade muito maior do Cavaleiro das Trevas, a iniciativa foi
liderada pela Bonelli, inclusive com a escalação da equipe criativa, composta pelo
roteirista Roberto Recchioni (<i>Monolith, Tex, Chanbara</i>) e pelos ilustradores
Werther Dell'Edera (<i>Alguma Coisa Está Matando as Crianças</i>) e Gigi Cavenago (<i>A
Ordem Mágica, Cassidy</i>), com cores do próprio Cavenago, Giovanna Niro e Laura
Ciondolini. Recchioni, Dell'Edera e Cavenago são autores muito habituados com o
universo de Dylan Dog, tendo trabalho em diversas edições do personagem. E a
escolha de seus nomes foi acertada não apenas por isso, mas principalmente por
dar nas mãos de artistas europeus talhados no estilo Bonelli a tarefa de escrever
o encontro entre Batman e Dylan Dog, escapando assim das fórmulas e vícios que
muitas vezes prejudicam nomes mais conhecidos e habituados à fórmula dos
quadrinhos norte-americanos e, consequentemente, da própria DC.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O roteiro une não apenas Batman e Dylan Dog, mas também
seus arqui-inimigos Coringa e Dr. Xabaras e diversos nomes que habitam o
universo dos dois detetives, além de participações especiais de John Constantine
e Jason Blood/Etrigan. <i>A Sombra do Morcego</i> é uma trama policial e investigativa
que se passa em Londres. Na história, temos o doentio serial killer Killex com
um papel central, o que deve atiçar a curiosidade dos leitores novatos em Dylan
Dog a saber mais sobre o assassino – aos interessados, a Panini publicou um
encadernado com a origem do personagem, ainda disponível.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4QoP9Tj5meOEpPgR8QdnXWnrN8lMRHokabwwKXso2rQvlWeX0Xxirfv5jlwBRL4Nmq00SW8GY-KWtnD5iTS1CDdcZJIRVkBm76Co5228xkCQUpCHNr3yp2Lha9GvVMFG7RJeUFjVwHc6ymRPAg2Ch1Fgw7TMN4DCrI1gtzrXGPlwahnS1x_aO0kYiA6o/s1500/81AA9XAZ80L._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4QoP9Tj5meOEpPgR8QdnXWnrN8lMRHokabwwKXso2rQvlWeX0Xxirfv5jlwBRL4Nmq00SW8GY-KWtnD5iTS1CDdcZJIRVkBm76Co5228xkCQUpCHNr3yp2Lha9GvVMFG7RJeUFjVwHc6ymRPAg2Ch1Fgw7TMN4DCrI1gtzrXGPlwahnS1x_aO0kYiA6o/s16000/81AA9XAZ80L._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPRh5ystTE2e04EPo_0L5EcJNEhfVzaajQtG9yUo0M_JHzkSsMePhhH-ZYqau3VID1Lr5V7fO5L72DWYoDRTm1wk3bylp4kVUCiXXPiOMpxcEG4ht3ljmqEYjWl_74kgI3S69P2_FxkOQyr9PD80xFazUdYXq16renmB6ONWC9bMwPrTj7Kaie74nTtMU/s1500/81Io0lZXDCL._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPRh5ystTE2e04EPo_0L5EcJNEhfVzaajQtG9yUo0M_JHzkSsMePhhH-ZYqau3VID1Lr5V7fO5L72DWYoDRTm1wk3bylp4kVUCiXXPiOMpxcEG4ht3ljmqEYjWl_74kgI3S69P2_FxkOQyr9PD80xFazUdYXq16renmB6ONWC9bMwPrTj7Kaie74nTtMU/s16000/81Io0lZXDCL._SL1500_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBHZrTH2GekruWZKDEqZiTAe90IhPecm4MEmy1i5J-ML7Udoq6NXf3GTCVsgWfu_X7mbaDHqTTvaGbgE6yO0LB15e9TCANqPSA4DMr-Uh-L-0ZKg5GLnv3Q4JqVv86U5jvRabYJbnCMAIEo71udeEjqZGnAhkA6NAZkgs6-m2N059K2_0DnJFChQOjuJs/s1500/81WMhmJwf7L._SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1113" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBHZrTH2GekruWZKDEqZiTAe90IhPecm4MEmy1i5J-ML7Udoq6NXf3GTCVsgWfu_X7mbaDHqTTvaGbgE6yO0LB15e9TCANqPSA4DMr-Uh-L-0ZKg5GLnv3Q4JqVv86U5jvRabYJbnCMAIEo71udeEjqZGnAhkA6NAZkgs6-m2N059K2_0DnJFChQOjuJs/s16000/81WMhmJwf7L._SL1500_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;">A partir disso mergulhamos em uma história não menos que
excelente. O roteiro de Recchioni não
perde tempo com enrolações desnecessárias e é super ágil, o que torna a leitura
muito prazerosa. A arte de Dell'Edera e Cavenago é sensacional, com uma profusão de páginas
trazendo ilustrações gigantescas e belíssimas, que ficam ainda mais incríveis
com o ótimo trabalho de colorização. Ajuda muito a escolha da Panini em
publicar <i>A Sombra do Morcego</i> no formato 20x26,5, maior que o tradicional americano, o que valoriza demais as ilustrações. A edição vem em capa cartão e
papel couchê reunindo os três números da série original e com alguns extras no
final, tudo com uma produção gráfica e editorial impecáveis.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Batman & Dylan Dog: A Sombra do Morcego</i> é apenas o
primeiro de vários crossovers entre a DC Comics e a Sergio Bonelli Editore que
serão publicados no Brasil. E, além de ser um dos lançamentos mais aguardados
do ano, desde já é um dos melhores quadrinhos de 2024. Uma história ótima com
arte espetacular, que ao unir os dois personagens deve atrair um novo público
para o Detetive do Pesadelo, o que vai ao encontro do movimento que a Panini
vem fazendo nos últimos meses ao agregar mais e mais títulos Bonelli ao seu catálogo
de quadrinhos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A conclusão é uma só: leia agora mesmo!</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-19190283795943007492024-02-22T08:30:00.001-03:002024-02-22T08:30:41.563-03:00Review: Led Zeppelin – Remasters (1990)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJOZf4BWSFyp5E6ucmlA0E5vzGpYs7l7PWe06SMHvpNeURAVlvnrgvQDXp-kx6SVXQSPz6NgBSn-8zdd_7e44cK8cCOXHDjrUpLp1cNpjB_0gjQvD5wToJNyGGDT5vVshdnZCOtYcjtz3tIjIkjJ4MNecYWxtvuDPCgiH9HsQx-K_sUPfHK7ndDtFNJ8/s1112/61PDIeTlpKL._AC_SL1112_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1112" data-original-width="1063" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKJOZf4BWSFyp5E6ucmlA0E5vzGpYs7l7PWe06SMHvpNeURAVlvnrgvQDXp-kx6SVXQSPz6NgBSn-8zdd_7e44cK8cCOXHDjrUpLp1cNpjB_0gjQvD5wToJNyGGDT5vVshdnZCOtYcjtz3tIjIkjJ4MNecYWxtvuDPCgiH9HsQx-K_sUPfHK7ndDtFNJ8/s16000/61PDIeTlpKL._AC_SL1112_.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Primeira compilação da carreira do Led Zeppelin,
<i>Remasters</i> foi lançada em outubro de 1990 em diversos formatos, sendo os principais um box com 4 CDs
trazendo 54 músicas (também foram disponibilizadas versões com 6 LPs e 4
fitas-cassete) e um CD duplo com 26 faixas. A caixa incluiu duas gravações
inéditas, versões ao vivo gravadas em 1969 para a BBC de “Travelling Riverside
Blues” e “White Summer/Black Mountain Side”. Essas gravações fariam parte,
alguns anos mais tarde, do álbum <i>BBC Sessions</i>, lançado pela banda em 1997 reunindo
dezenas de performances para a rádio estatal inglesa. <o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Todas as canções presentes em <i>Remasters</i> foram escolhidas
por Jimmy Page, o lendário guitarrista, compositor, produtor e líder do Led
Zeppelin. Page também supervisionou o processo de remasterização, procedimento
até então inédito no catálogo da banda e o principal atrativo do lançamento. O box
chegou às lojas em 8 de outubro de 1990, enquanto o CD duplo saiu uma semana
depois, dia 15/10. </span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O tracklist do CD duplo incluiu músicas de todos os
álbuns, começando pela estreia <i>Led Zeppelin</i> (1969) e indo até <i>In Through the Out
Door </i>(1979). O multiplatinado <i>Led Zeppelin IV</i> (1971), como esperado, contribuiu com mais faixas, um total de cinco composições: “Black Dog”, “Rock and Roll”, “The
Battle of Evermore”, “Misty Mountain Hop” e “Stairway to Heaven”. Faltaram “When
the Levee Breaks” e “Going to California”, ambas presentes no box com o
tracklist estendido.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A capa, trazendo misteriosos símbolos impressos em uma
plantação dos Estados Unidos, intensifica ainda mais a aura misteriosa e
mística que sempre acompanhou a banda e brinca com a própria mitologia do quarteto,
inserindo mais ingredientes para acompanhar os quatro símbolos que representam
os músicos e estão presentes no encarte de <i>Led Zeppelin IV</i>.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Ouvir <i>Remasters</i> é perceber, de forma categórica, o poder
do Led Zeppelin. Da explosão de peso do álbum de estreia ao refinamento
crescente ano após ano, fica claro o quanto a banda evoluiu a cada disco
inserindo elementos em sua sonoridade. Além disso, é perceptível, quase uma
sensação física na verdade, a presença do tal “quinto elemento” tão mencionado
pelos integrantes em diversas entrevistas e que surgiu da reunião de quatro
músicos espetaculares como Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e John
Bonham.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Remasters</i> apresentou o Led Zeppelin para uma nova geração
de ouvintes naquele início dos anos 1990, e fez isso com o gigantismo que
sempre acompanhou a história da banda. Foram mais de 10 milhões de cópias
vendidas apenas nos Estados Unidos, mostrando que, mesmo uma década após a
morte trágica de Bonham e o fim repentino do grupo, sua música seguia com a mesma
força hipnótica que sempre possuiu.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Em tempos de streaming, onde discografias completas estão
disponíveis ao alcance de um clique, pode soar estranho recomendar uma
compilação como <i>Remasters</i>. Porém, basta dar o play no tracklist escolhido com
primazia por Page para perceber o quanto este conjunto de canções ainda é capaz de
mudar vidas.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><br /></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-56430373271399127172024-02-21T08:50:00.001-03:002024-02-21T08:50:02.313-03:00Review: Van Halen – Van Halen III (1998)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF3AUKpmzcaSSrL4NNWsAiQLLBE6vitkWsEG69jP7rFP1dgZ0GKnAQJpFCjlF8ABJIXtamLpGBhJ0o8YCu_3DcgN-is1f_EEcCm9J8JSqYc5k61fbgUB-vUYTxny_B5SnZ2xBIOvESGToTpTlZ5sZnJLSCXv_HpDUuP8Wmoqb7etfT3dnSsn9Jm9zLlmo/s1200/1200x1200bf-60%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF3AUKpmzcaSSrL4NNWsAiQLLBE6vitkWsEG69jP7rFP1dgZ0GKnAQJpFCjlF8ABJIXtamLpGBhJ0o8YCu_3DcgN-is1f_EEcCm9J8JSqYc5k61fbgUB-vUYTxny_B5SnZ2xBIOvESGToTpTlZ5sZnJLSCXv_HpDUuP8Wmoqb7etfT3dnSsn9Jm9zLlmo/s16000/1200x1200bf-60%20(1).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Sammy Hagar saiu do Van Halen por diversos motivos. A
tensão entre o vocalista e os irmãos Eddie e Alex cresceu ao longo dos anos, culminando
na saída de Sammy após a gravação das canções que entraram na
trilha sonora do filme <i>Twister</i> (1996). Um dos pontos de discórdia foi
justamente “Humans Being”.
Eddie ficou insatisfeito com a letra de Hagar, mexeu no título e nas melodias. A
outra canção prevista no contrato acabou nem tendo a participação do vocalista, com
os irmãos Van Halen gravando sozinhos a instrumental “Respect the Wind”. E daí
foi um furacão de desinformação, com Sammy afirmando que havia sido demitido e
Eddie dizendo que Hagar tinha pedido para sair.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Na mesma época, a banda trabalhava na compilação <i>Best Of –
Volume 1</i> (1996), e a ideia de Sammy Hagar era que ela saísse em dois volumes,
um dedicado ao período com David Lee Roth e outro ao seu. Porém, a opinião de
Eddie Van Halen era diferente e isso acabou levando a um rompimento definitivo.
No mesmo processo, Eddie entrou em contato com David para discutir quais
canções deveriam entrar na coletânea, e os dois se reaproximaram depois de anos
distantes. Roth foi ao estúdio de Eddie e juntos gravaram duas canções, “Can’t
Get This Stuff No More” e “We Wise Magic”, que entraram no <i>Best Of</i>. A formação
original, com David, subiu ao palco junta pela primeira vez em mais de dez anos
no MTV Music Awards de 1996, o que atiçou de vez os rumores sobre o retorno de Roth. Porém, a banda ainda estava testando outros vocalistas e novos desentendimentos surgiram entre David e Eddie,
motivados pela falta de clareza do guitarrista em definir se queria ou não o
retorno do cantor. Então, a relação com Roth azedou mais uma vez.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyT84D90SIf_Hudc2X-5cJNqKMJ-37iVmD3byhbBH5fx2J1zw4wvfS1JnpzloANb-PnLwcN14nPDW32d22Zj8w-yclmxAF40bTJ-0zXsLToCRNCvwOKZt6JsMF7PngAt-p2K_tWZrXKz6VdtzyWKWVDGEmtTiDd7N1aFS2qpZGDnZsGZFas2Is8OptXtQ/s1200/1200x1200bf-60%20(3).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyT84D90SIf_Hudc2X-5cJNqKMJ-37iVmD3byhbBH5fx2J1zw4wvfS1JnpzloANb-PnLwcN14nPDW32d22Zj8w-yclmxAF40bTJ-0zXsLToCRNCvwOKZt6JsMF7PngAt-p2K_tWZrXKz6VdtzyWKWVDGEmtTiDd7N1aFS2qpZGDnZsGZFas2Is8OptXtQ/s16000/1200x1200bf-60%20(3).jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />A banda então anunciou Gary Cherone, do Extreme, como sua
nova voz, e lançou em março de 1998 <i>Van Halen III</i>, único disco com o vocalista.
O álbum foi produzido por Edward Van Halen e Mike Post, e é o sucessor de
<i>Balance</i> (1995), que vendeu mais de 3 milhões de
cópias nos Estados Unidos. O trabalho também foi o último com o baixista Michael
Anthony, que tocou em apenas três das doze faixas – “Without You”, “One I Want”
e “Fire in the Hole” -, com o instrumento sendo executado por Eddie nas demais.
O álbum contou com um grande envolvimento de Eddie Van Halen em todos os processos,
com o guitarrista assumindo ainda mais o direcionamento musical do que de costume,
o que levou Anthony a considerar o disco mais como um trabalho solo do
guitarrista do que como um trabalho da banda.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Comercialmente, <i>Van Halen III</i> deu ao grupo um Disco de Ouro
nos Estados Unidos alcançando a marca de 500 mil cópias, mas, comparado aos
trabalhos anteriores, isso acabou sendo uma decepção, pois todos os quatro álbuns
predecessores – <i>5150</i> (1986), <i>OU812</i> (1988), <i>For Unlawful Carnal Knowledge</i> (1991)
e <i>Balance</i> (1995) – chegaram ao primeiro lugar nas paradas e tiveram vendas na casa dos milhões de cópias. Crítica e fãs também não receberam bem o disco, estranhando a
abordagem menos festiva e mais intrincada e experimental das composições,
cheias de andamentos quebrados e não habituais ao Van Halen, além da duração
mais longa das faixas. A banda chegou a retornar ao estúdio com Cherone para
gravar o sucessor de <i>Van Halen III</i>, e, segundo rumores, mais de vinte novas
canções foram escritas, mas a baixa venda de ingressos para a turnê de divulgação
do álbum e o balde de água fria vindo da reação do público esfriou a relação
entre o vocalista e a banda, e Cherone deixou o Van Halen em novembro de 1999
de forma amigável.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1jDwixIM0hIalxZ0USBH373qw0Gjviur0MA1YZy4O6xIX7u-7X28Q9VqbfyYHkPnLg1aLx__oyJOufkXOeC0qSNLGzfd6IPq1BEZiXn90wXvKkropY3QjVfUlqoO_C40IfwIZV8zuf0MA6xGyPcZoYElUEpatgJRSWbozciaaxjAbKPvM1_Rjx4DTw5c/s1200/gary-cherone-eddie-van-halen.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1jDwixIM0hIalxZ0USBH373qw0Gjviur0MA1YZy4O6xIX7u-7X28Q9VqbfyYHkPnLg1aLx__oyJOufkXOeC0qSNLGzfd6IPq1BEZiXn90wXvKkropY3QjVfUlqoO_C40IfwIZV8zuf0MA6xGyPcZoYElUEpatgJRSWbozciaaxjAbKPvM1_Rjx4DTw5c/s16000/gary-cherone-eddie-van-halen.webp" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />Há em <i>Van Halen III</i> um esforço perceptível por parte de Gary
Cherone de soar o mais próximo possível de Sammy Hagar. O timbre é muito semelhante,
o que torna o álbum mais próximo do período com Hagar do que com a fase com
Roth na trajetória do Van Halen. O fato de Eddie se envolver de forma profunda
em todas as etapas que envolveram o disco faz com que <i>Van Halen III</i>,<i> </i>apesar do descontentamento de uma parcela dos fãs, também funcione como uma espécie de testamento
do guitarrista, um dos maiores e mais influentes instrumentistas de todos os
tempos. Percebe-se uma melancolia onipresente no trabalho, acompanhada por uma
abordagem mais pretenciosa que, ainda que tenha desagradado na época, envelheceu
muito bem. Traduzindo, <i>Van Halen III</i> é muito melhor do que os reviews de modo
geral apontam, um álbum com personalidade própria e que entrega boas canções
para quem se permite nele mergulhar, como é o caso de “Without You” e “Fire in the
Hole”, dobradinha em que a banda encarna uma espécie de Led Zeppelin dos anos
1990 com toda a grandiosidade e gigantismo que essa comparação envolve. “One I
Want” é o VH da fase Sammy Hagar sem pôr nem tirar, enquanto “From Afar”
explora caminhos até então inéditos para o grupo. Já “Dirty Water Hog” tem
guitarras sensacionais de Eddie. Entre as baladas, “Josephina” é a melhor, ainda que abaixo das que a banda gravou nos álbuns anteriores. “Ballot
or the Bullet” traz guitarras pesadíssimas e ótimos vocais de Gary Cherone, enquanto
“How Many Say I” fecha o álbum com Eddie nos vocais em uma canção levada ao
piano, o que reforça ainda mais a percepção de um trabalho solo e de uma despedida,
ainda que involuntária, de um dos maiores músicos de todos os tempos.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Van Halen III</i> é um álbum para ser redescoberto. No
mínimo, é daqueles discos que precisam ser ouvidos para se chegar a uma
conclusão, e não deixados de lado por causa de uma resenha negativa que você
esbarrou pelo caminho. Não é o melhor momento do Van Halen, mas acredito que esse nunca tenha sido o objetivo. Porém, é um álbum com qualidades e com uma
carga de emoção inegável, ainda mais após o falecimento de Edward Van Halen em
outubro de 2020.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Ouça e forme a sua própria opinião.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-9258005651388164552024-02-20T08:05:00.005-03:002024-02-20T08:05:46.021-03:00Quadrinhos: Aquaman & Flash – Canção do Vazio, de Collin Kelly, Jackson Lanzing e Vasco Georgiev (2023, Panini)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOAQBIdRtDa5dl6-HA-vCFjto81-m26iH1D7MCo-xnmzfWcjbdzMZdFqnpWn764F-JcIDjXQkylYe6IJ3VoU6j26w0uxmmFHSYkUuHw74MAT1zDVjXsdR97j4sQU0pYM2irw1oL7na2Z7E5UVVmuq6tyj_SfAZg8Q8XnagEaFRAMssVtEh88oPey_vxVg/s3056/Aquaman_%2526_The_Flash_Voidsong_Vol_1_1.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3056" data-original-width="1988" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOAQBIdRtDa5dl6-HA-vCFjto81-m26iH1D7MCo-xnmzfWcjbdzMZdFqnpWn764F-JcIDjXQkylYe6IJ3VoU6j26w0uxmmFHSYkUuHw74MAT1zDVjXsdR97j4sQU0pYM2irw1oL7na2Z7E5UVVmuq6tyj_SfAZg8Q8XnagEaFRAMssVtEh88oPey_vxVg/s16000/Aquaman_%2526_The_Flash_Voidsong_Vol_1_1.webp" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />O universo cinematográfico da DC chegou ao fim de forma
melancólica com os filmes do Flash e do Aquaman, ambos lançados em 2023. A aventura
da editora das lendas no cinema foi resetada e agora será reiniciada pelas mãos
do diretor James Gunn, que fez seu nome em uma das melhores franquias da Marvel
nas telonas, a trilogia Guardiões da Galáxia.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Canção do Vazio</i> é fruto direto de tudo isso. Publicada para
aproveitar o hype – se é que existiu algum – dos filmes do Soberano de Atlântida
e do maior velocista do mundo, une Aquaman e Flash em uma trama para salvar o planeta de uma invasão alienígena. Escrita pela dupla Collin Kelly e Jackson
Lanzing e com arte de Vasco Georgiev, a história saiu em três edições nos
Estados Unidos e foi compilada em um encadernado de 160 páginas pela Panini.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">É tudo bem feitinho. O roteiro de Kelly e Lanzing segue
as regras: apresenta os problemas dos heróis, revela a ameaça
que os une, insere divergências entre os dois protagonistas e encerra a história
de forma heroica e cheia de esperança. Mas há alguns problemas no processo. O conflito
que surge entre Aquaman e Flash durante a HQ, apesar de ter cara de decisão
editorial e não criativa, acaba não se desenvolvendo de forma mais profunda e
não terá impacto na relação futura entre ambos. A conclusão tenta ser
inspiradora mas apenas escorrega na pieguice, entregando um fechamento já
esperado e no padrões das sagas de super-heróis.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUvL72k-xSYxcSlW1Xl824RhyGOA9G9mXGEkvhtt6Av1ylzz80EVZYjfJyC67DOYxOhGMktBary2Iw_A0MD0mclvjliOq4_LLDKK1lBmu2-r90qYaW03WAOhBSDLVz5s3bBeM653LliWzJoY4dIr1YoEPSKuzBcLSCuIYbdCt6fqeVEJkzSpHvUEnQwL0/s3976/40.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="3057" data-original-width="3976" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUvL72k-xSYxcSlW1Xl824RhyGOA9G9mXGEkvhtt6Av1ylzz80EVZYjfJyC67DOYxOhGMktBary2Iw_A0MD0mclvjliOq4_LLDKK1lBmu2-r90qYaW03WAOhBSDLVz5s3bBeM653LliWzJoY4dIr1YoEPSKuzBcLSCuIYbdCt6fqeVEJkzSpHvUEnQwL0/s16000/40.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBIm74HuqtuEHzqsBl_qpIUYcXGqcwdunwStjwrpvt4OYKzc0I_l1xDzbUiQHXLSR9t-y5F8Hm3Z579QIfdXmxnyX8dmhuJNEu2qzXFnlWBylXbaNWCAzmKU6lwR_XiZ6wJM7Mlmb9yTkRCDPPcYqrIMBxzxKWolT7lNJHtvi5XJdFln9e-ErIeq3dUVk/s1600/Aquaman%20&%20the%20Flash%20-%20Voidsong%20003%20(2022)%20(Digital)%20(Zone-Empire)-014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1230" data-original-width="1600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBIm74HuqtuEHzqsBl_qpIUYcXGqcwdunwStjwrpvt4OYKzc0I_l1xDzbUiQHXLSR9t-y5F8Hm3Z579QIfdXmxnyX8dmhuJNEu2qzXFnlWBylXbaNWCAzmKU6lwR_XiZ6wJM7Mlmb9yTkRCDPPcYqrIMBxzxKWolT7lNJHtvi5XJdFln9e-ErIeq3dUVk/s16000/Aquaman%20&%20the%20Flash%20-%20Voidsong%20003%20(2022)%20(Digital)%20(Zone-Empire)-014.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br />É inegável que <i>Canção do Vazio</i> é um quadrinho bem feito,
porém, na mesma medida, é também uma história esquecível e sem nenhuma
repercussão no universo DC e na trajetória de seus protagonistas. A HQ é apenas
um produto criado para surfar na onda dos filmes dos dois personagens, obras
essas que mal conseguiram se sustentar elas mesmas. Porém, vale um elogio sincero:
a edição é linda, em um encadernado de capa cartão com arte nas guardas e
impresso em papel de excelente qualidade, o que torna a bonita arte de Georgiev
ainda mais forte. Tenho reparado esse cuidado especial nas edições em brochura
dos títulos da DC, e esse é um grande acerto da Panini.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Canção do Vazio</i> é aquele tipo de HQ pra ler sem maiores
preocupações e expectativas. Diverte, mas quando as páginas acabam você mal
lembra da história. Leitura indicada apenas para os fãs mais dedicados do Aquaman
e do Flash.</span></p><br /></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-92179712983389770422024-02-19T16:28:00.002-03:002024-02-19T16:28:12.255-03:00Review: Yes – The Yes Album (1971)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmWQB5dD0jL3lDnrtxha04cPFNFmHT-EjOxy08H3bBkgAJLF1c2n-u_LqPL6LJutLmXoLG6oUZqY9Du1Mwxe3Eemcchv0LTtP8mOY7UlQEWO-HaE_uDNAKp8v8ZweACE0KFQjeH_LF-wm2G8_VDJ-IkLmr7EJ1kqwR5BFtDXagUYpAXctIfLxSnlWLR7o/s1200/1200x1200bb%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmWQB5dD0jL3lDnrtxha04cPFNFmHT-EjOxy08H3bBkgAJLF1c2n-u_LqPL6LJutLmXoLG6oUZqY9Du1Mwxe3Eemcchv0LTtP8mOY7UlQEWO-HaE_uDNAKp8v8ZweACE0KFQjeH_LF-wm2G8_VDJ-IkLmr7EJ1kqwR5BFtDXagUYpAXctIfLxSnlWLR7o/s16000/1200x1200bb%20(1).jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />The Yes Album</i> é o terceiro álbum da banda inglesa de rock
progressivo Yes e foi lançado em 19 de fevereiro de 1971 pela Atlantic Records.
Foi o primeiro disco do grupo com o guitarrista Steve Howe, que substituiu
Peter Banks em 1970, e também o último com o tecladista Tony Kaye até o seu
retorno em <i>90125</i>, de 1983.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A banda passou grande parte do ano anterior ensaiando o
novo material em uma fazenda no interior da Inglaterra, e as novas composições
foram gravadas no Advision Studios, em Londres, durante o outono. Todos os
músicos contribuíram com ideias, e as canções foram estendidas para permitir o
desenvolvimento pleno de todas as músicas e proporcionar momentos de destaque
para todos os instrumentistas.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O disco foi um grande sucesso de crítica e um enorme
passo comercial para o Yes, sendo muito bem recebido pelo público. Isso foi
muito importante, pois a banda corria o risco de ser dispensada pela Atlantic
devido às baixas vendas de seus dois primeiros álbuns. <i>The Yes Album</i> chegou ao
número 4 no Reino Unido e ao top 40 nos Estados Unidos, superando a marca de um
milhão de cópias vendidas no país.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A substituição de Peter Banks, um dos fundadores da
banda, por Steve Howe foi fundamental para a ampliação da sonoridade do Yes.
Já em sua estreia na banda, Howe mostrou a sua versatilidade tocando uma grande
variedade de estilo, indo do rock ao flamenco e misturando guitarras elétricas
com momentos acústicos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A foto da capa foi tirada por Phil Franks. Insatisfeito
com as imagens que já havia feito do grupo anteriormente, o fotógrafo levou os
músicos para o seu apartamento, pegou uma cabeça de manequim que encontrou em
uma lata de lixo, colocou uma lâmpada de 1.000 watts na luminária da cozinha e
improvisou a foto. Franks deu crédito ao designer Jon Goodchild,
diretor de arte da Rolling Stone, por tornar a capa um sucesso. Mais tarde, quando
o Yes apresentou uma versão ao vivo de "Yours Is No Disgrace" no
programa de TV alemão<i> Beat Club</i> em abril de 1971, a filmagem da banda foi
combinada com a de outro manequim girando sobre uma cadeira, imitando o
conceito da capa. O tecladista Tony Kaye aparece com a perna engessada na capa
interna devido a um acidente que o grupo se envolveu no dia 23 de novembro de
1970, quando retornava de um show. Os músicos sofreram apenas escoriações, com exceção
de Kaye, que fraturou o pé e precisou imobilizar o membro.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O disco possui alguns dos grandes clássicos do Yes como a
música de abertura, “Your Is No Disgrace”. Com andamento todo quebrado, a faixa teve origem em uma letra escrita pelo vocalista Jon Anderson que foi
combinada a pequenos trechos de músicas que haviam surgido nos ensaios. A instrumental “Clap” foi
influenciada por dois ícones da guitarra jazz, Chet Atkins e Mason Williams, e foi
composta por Steve Howe em celebração ao nascimento de seu primeiro filho,
Dylan. "Starship Trooper" é outro grande destaque, mostrando a
técnica absurda de todos os músicos do Yes. O lado B do vinil abre com mais um grande momento do álbum, "I've Seen All Good People". A canção teve a
sua origem em duas músicas diferentes, que foram unidas para chegar ao
resultado final conhecido por todos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>The Yes Album</i> marcou o início da fase de ouro do Yes, que
renderia uma sequência de álbuns antológica formada por <i>Fragile</i> (1971), <i>Close
to the Edge</i> (1972), <i>Tales From Topographic Oceans</i> (1973) e <i>Relayer</i> (1974). Esses
cinco discos estabeleceriam a banda como um dos maiores nomes do rock progressivo
e mudariam o estilo para sempre.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-80467855373868831612024-02-19T11:29:00.003-03:002024-02-19T11:30:27.682-03:00Review: Bruce Dickinson – Skunkworks (1996)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh744ROWCYdSJFVNYdqepjZBk6ZPoVIAXXhNIHrXIsFqhB8Q8lJ9yyaTXOIVo3MjVF1f0Ucun6LvX_b7nsotdNVktbkEqnKjutScEP5Q-3IbbWD3CS36_SOcsJqTOAx6Vw0ujVgzx3CQatlh9EphqJdPXYG_58NHV8iyh7RA-QAVxptlEQjqMbxVRyrb5g/s1200/1200x1200bb.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh744ROWCYdSJFVNYdqepjZBk6ZPoVIAXXhNIHrXIsFqhB8Q8lJ9yyaTXOIVo3MjVF1f0Ucun6LvX_b7nsotdNVktbkEqnKjutScEP5Q-3IbbWD3CS36_SOcsJqTOAx6Vw0ujVgzx3CQatlh9EphqJdPXYG_58NHV8iyh7RA-QAVxptlEQjqMbxVRyrb5g/s16000/1200x1200bb.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana;"><i>Skunkworks</i> é o terceiro álbum solo do vocalista do Iron
Maiden, Bruce Dickinson, e chegou às lojas em 19 de fevereiro de 1996. O trabalho
foi o único gravado com os músicos reunidos por Dickinson para a turnê do disco
anterior, <i>Balls to Picasso</i> (1994): o guitarrista Alex Dickson, o
baixista Chris Dale e o baterista Alessandro Elena. Esse mesmo quarteto
registrou também o ao vivo <i>Alive in Studio A</i>, lançado em 18 de outubro de 1994.
Essa formação se separou no final de 1996.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Bruce Dickinson pretendia que <i>Skunkworks</i> fosse o álbum de
estreia de uma nova banda com o mesmo nome, marcando um recomeço de sua carreira e
deixando para trás o passado no heavy metal clássico ao lado do Iron Maiden. No
entanto, a gravadora Castle afirmou que não colocaria o disco no mercado se ele
não fosse creditado a Bruce. Musicalmente, o trabalho marca uma mudança gritante
em relação ao metal que consagrou Dickinson e até mesmo aos seus dois álbuns solo
anteriores, com o vocalista explorando um metal alternativo com influências do grunge
e de bandas como Bush. A produção de Jack Endino, famoso pelo
currículo recheado de clássicos do grunge, acentua ainda mais essa percepção de
ruptura.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A turnê de divulgação foi a primeira em que
Bruce Dickinson incluiu uma música do Maiden no setlist, apresentando uma
versão de “The Prisoner”, presente no clássico <i>The Number of the Beast</i> (1982). Os
shows realizados nas cidade de Pamplona e Girona, na Espanha, foram gravados e
filmados, e quatro faixas vindas dessas apresentações foram incluídas no EP <i>Skunkworks
Live in Japan</i>, lançado em outubro de 1996. Este material foi lançado também em vídeo
trazendo o show completo, em um primeiro momento exclusivamente no formato VHS.
Mais tarde, o vídeo foi incluído no DVD triplo <i>Anthology</i>, lançado em 2006.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A capa foi criado pelo lendário Storm Thorgeson, do estúdio
Hipgnosis. Em 2005 a discografia solo de Bruce Dickinson foi relançado em
edições especiais, e <i>Skunkworks</i> ganhou uma edição dupla expandida com onze
músicas bônus.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">As treze faixas de <i>Skunkworks</i> apresentam uma faceta
diferente de Bruce, com uma das maiores vozes do metal explorando
novos caminhos sonoros. Às vezes funciona, em outras não. Entre os pontos
altos, destaque para “Back From the Edge”, “Inertia”, “Faith” e “Solar
Confinement”.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Skunkworks</i> envelheceu muito bem, e é um documento histórico
de um momento bastante específico da trajetória de Bruce Dickinson, quando o
vocalista tentou desbravar um novo universo musical. Entre erros e acertos, trata-se
de um álbum que sobreviveu ao teste do tempo.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><br /></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-4506091997759816412024-02-19T08:46:00.005-03:002024-02-19T08:51:46.088-03:00Quadrinhos: Sociedade da Justiça da América – A Nova Era de Ouro Vol. 1, de Geoff Johns e Mikel Janin (2024, Panini)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCo2gXiiXI2HyPtQbOqMTc0GfObrt3eHS2NCnu6aJ8K-VH4u01qA_oLrpVGiiYkvkygEiKd3yGai6NMhp1dMS7s3OTTgCf524I-JdpWdMSPdpohMxU8oGImmF4Yw7YPvzLJSmhlId7MRVWwbdG74VG923ytxB6IOYMYOb6FC59NekNE7ib64SVwHTpOBI/s1024/Justice-Society-of-America-5-2023-Interior-Splash-Page-by-Mikel-Janin-1024x787.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="787" data-original-width="1024" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCo2gXiiXI2HyPtQbOqMTc0GfObrt3eHS2NCnu6aJ8K-VH4u01qA_oLrpVGiiYkvkygEiKd3yGai6NMhp1dMS7s3OTTgCf524I-JdpWdMSPdpohMxU8oGImmF4Yw7YPvzLJSmhlId7MRVWwbdG74VG923ytxB6IOYMYOb6FC59NekNE7ib64SVwHTpOBI/s16000/Justice-Society-of-America-5-2023-Interior-Splash-Page-by-Mikel-Janin-1024x787.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana;">Não sou o maior conhecedor da cronologia da DC Comics,
mas isso não me impediu de curtir muito a leitura de <i>Sociedade da Justiça da
América: A Nova Era de Ouro</i>, escrita por Geoff Johns e ilustrada por Mikel
Janin e outros artistas. Explico: a SJA foi o primeiro supergrupo de
super-heróis, inaugurando um conceito que seria muito popular nos anos
seguintes e daria origem a reuniões como a Liga da Justiça, Vingadores e
outros. Criada em 1940, realizou o sonho dos leitores ao juntar em uma mesma
equipe os heróis mais poderosos da Era de Ouro da DC, muitos desses personagens
hoje esquecidos ou suplantados por versões modernas de seus antepassados.<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Johns bebe nessa cronologia para contar uma história
atual e que não precisa de um mergulho profundo na história da DC para ser entendida.
As 192 páginas de <i>Sociedade da Justiça da América: A Nova Era de Ouro Vol. 1</i>
contextualizam com precisão tudo que é necessário para o leitor entender a
trama, e, feito isso, apresentam uma história que acompanha a luta da SJA de
cada era com o viajante do tempo Per Degaton. Geoff Johns utiliza a figura de
Helena Wayne, a filha do Batman com a Mulher-Gato, como personagem principal. Carismática,
já conhecida dos leitores e encarnando aqui a Caçadora, Helena carrega consigo
o legado de dois dos personagens mais importantes da editora, e o peso de sua
presença impacta cada um dos períodos temporais em que coloca os pés. O roteiro,
apesar de algumas idas e vindas para décadas diferentes, não se perde na
complexidade, e isso é mérito total de Johns, um roteirista não só fundamental
para a história moderna da DC mas um mestre em tramas que envolvem a cronologia
da editora.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">A arte de Mikel Janin é bela e contemporânea como de costume,
com um traço limpo e elegante que entrega expressões marcantes e painéis
belíssimos – aliás, não faltam <i>splash pages</i> em todo o encadernado. Outros
ilustradores marcam presença em momentos do passado e futuro, com a diferenciação
de traço funcionando como um dos elementos condutores da trama.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qWuNkRwe-PHqcB8pqy-XB-mRSKwuPjucJ7YKCi5DXF5fqFpb55y3jdVy27FCJYtZrPjluYMymHf8W-FwCspasdTP8vxWfWVKo46mQjXPd_uF6jKymyCLgX2_GMNeK2W_7lpgRJC66mlftsWToZMD2ZnFGcWYMS7qeq1jGnyi43_2g4iUtBUEBigEGis/s1200/Justice-Society-of-America-2-7.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="923" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6qWuNkRwe-PHqcB8pqy-XB-mRSKwuPjucJ7YKCi5DXF5fqFpb55y3jdVy27FCJYtZrPjluYMymHf8W-FwCspasdTP8vxWfWVKo46mQjXPd_uF6jKymyCLgX2_GMNeK2W_7lpgRJC66mlftsWToZMD2ZnFGcWYMS7qeq1jGnyi43_2g4iUtBUEBigEGis/s16000/Justice-Society-of-America-2-7.webp" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitotTsoLmghQGVkKU9Vy30fXV6OIFn8lHZls7xnNybTwyS4Fh7YEmlDUno-jcpfQFBrH_w9YLSAvJiGpOKLo0O3ZEaSwdHz0SPlmCf5Freb2J6PO09c4j5e0D_9MjK-Mub0SXlJ94NLq77JOUmRncQ6rfCI_DBUnMHSwj_yslBiyUVoRPjfyPnuKmOn3M/s2560/Justice-Society-of-America-1-8-scaled.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="2560" data-original-width="1665" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitotTsoLmghQGVkKU9Vy30fXV6OIFn8lHZls7xnNybTwyS4Fh7YEmlDUno-jcpfQFBrH_w9YLSAvJiGpOKLo0O3ZEaSwdHz0SPlmCf5Freb2J6PO09c4j5e0D_9MjK-Mub0SXlJ94NLq77JOUmRncQ6rfCI_DBUnMHSwj_yslBiyUVoRPjfyPnuKmOn3M/s16000/Justice-Society-of-America-1-8-scaled.jpg" /></span></a></div><p></p><span style="font-family: verdana;">
Essa história é antecedida por outro encadernado publicado recentemente pela Panini chamado <i>Stargirl: As Crianças Perdidas</i>, em que Stargirl descobre que vários parceiros mirins dos heróis da Era de Ouro ficaram perdidos no tempo, em mais uma bela sacada de Johns que resgata personagens que foram jogados no limbo pela própria DC Comics. A leitura do encadernado de Stargirl é recomendado antes deste da SJA, mas não é algo essencial para entender a trama, pois isso é explicado nas páginas da <i>A Nova Era de Ouro</i>.</span><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Como dito no primeiro parágrafo, passo longe de ser um perito na cronologia da DC, porém isso não foi algo determinante
para o entendimento do que é apresentado em <i>Sociedade da Justiça da América: A
Nova Era de Ouro Vol. 1</i>. O roteiro de Geoff Johns é claro e didático, sem
complicações necessárias, e a arte de Mikel Janin está deslumbrante, colocando
o título entre os seus grandes trabalhos.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Agora, é aguardar a sequência, pois já estou curioso para descobrir onde essa jornada irá me levar.</span></p><p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiutxcTRlISnQEnCGzS5ANGkPKPAEd2TrG4Qpy9wg4PJEZMndKXiwCjUFh7sBShsBpI38NLLUWhn5zC13nIrMhZijxdP6VQcwz3AIRs5qmsPHaTno4pipR8GkZlVl0lMGckBykiA60G4jIhYqAV2X44j1Ji43jSvrrOCBX6yVhXGQjdsdg5rnOrHAcSRGc/s1375/-S897-FWEBP.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1375" data-original-width="897" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiutxcTRlISnQEnCGzS5ANGkPKPAEd2TrG4Qpy9wg4PJEZMndKXiwCjUFh7sBShsBpI38NLLUWhn5zC13nIrMhZijxdP6VQcwz3AIRs5qmsPHaTno4pipR8GkZlVl0lMGckBykiA60G4jIhYqAV2X44j1Ji43jSvrrOCBX6yVhXGQjdsdg5rnOrHAcSRGc/w261-h400/-S897-FWEBP.webp" width="261" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-16256725345704122024-02-18T17:28:00.003-03:002024-02-18T17:28:38.453-03:00Quadrinhos: Cassidy Omnibus Vol.2, de Pasquale Ruju (2023, Editora 85)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i></i></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSEvylkzSOSpnSoa1-uPu1CbiMTf57DTkUxoevLo2OF2gbKLpv4T5YoCZxkPDBYlG8FiPn-sAnTuFRkAnWBANOqzNj11CUSd0S0oJxqtZSSOpcNE5MqK5yNMNg_iybW8l2TTWDEKG-2vSY5hYf2jT6p6wOk4K8phtYv9_ngkJdNisWOVv5I_XndSKKwUI/s1240/71bXwrgzxTL._SL1240_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSEvylkzSOSpnSoa1-uPu1CbiMTf57DTkUxoevLo2OF2gbKLpv4T5YoCZxkPDBYlG8FiPn-sAnTuFRkAnWBANOqzNj11CUSd0S0oJxqtZSSOpcNE5MqK5yNMNg_iybW8l2TTWDEKG-2vSY5hYf2jT6p6wOk4K8phtYv9_ngkJdNisWOVv5I_XndSKKwUI/s16000/71bXwrgzxTL._SL1240_.jpg" /></a></i></span></div><span style="font-family: verdana;"><i><br />Cassidy</i> foi publicada na Itália entre maio de 2010 e
outubro de 2011, totalizando dezoito edições e fechando a história de um ladrão
profissional com treinamento militar que executa seus crimes com meticulosidade.
A trama apresenta o último ano e meio da vida do personagem, ferido
mortalmente e, à beira da morte, salvo por um misterioso
bluesman que lhe concede um tempo extra para que ele possa acertar todas as
pontas soltas de sua vida. O material está sendo publicado no Brasil pela Editora
85 em três omnibus com 600 páginas, cada um reunindo seis edições da série.
Li o volume 1 em janeiro, e acabei de devorar o segundo. <o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">É preciso iniciar este review elogiando o formato dos omnibus
da Editora 85, que passam longe dos trambolhos gigantes, pesadíssimos e com
capa dura que tomaram conta do mercado. Aqui, as seiscentas páginas de cada um
dos três volumes vêm no formato 15x21, padrão da editora original, a italiana
Bonelli, com capa brochura e orelhas. Cada capítulo é precedido por um texto que
fala sobre diferentes aspectos da cultura dos anos 1970, período em que a
história se passa, o que torna a leitura ainda mais imersiva. Com roteiro de
Pasquale Ruju (<i>Dylan Dog, Dampyr, Martin Mystère</i>) e ilustradores diferentes a
cada edição – neste segundo omnibus as artes são de Elisabetta Barletta, Fabio
Valdambrini, Davide Furnò, Paolo Armitano, Luigi Siniscalchi e Gigi Cavenago -, a
HQ é uma grande história de ação nos moldes de <i>11 Homens e Um Segredo</i> e dos
filmes clássicos de assaltos muito populares durante os anos setenta, com
toques de violência e reviravoltas dignas das obras de Quentin Tarantino. Um ponto
de grande destaque em Cassidy é a música, com várias citações e trechos de
letras de canções ao longo das páginas, o que faz o quadrinho ter uma espécie
de trilha sonora própria.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10n_W2NfgZsHWYpJsQhmPeY2nsav9SGqfAHclH76vEpoJeaFIRb1QZVlkmw4qWatnQLMXK5rpLMv-SNYoIRp11CKjI2LIZ-uZw08K-dAlrt2d6MirHLslK3VhTe01XuUzGuKpauBlbHcWrvyuDWYn7wGzBNMKScgq2-goMO9zc93Wa4hxKBMR2LaJ608/s1240/71RmbVIjEoL._SL1240_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg10n_W2NfgZsHWYpJsQhmPeY2nsav9SGqfAHclH76vEpoJeaFIRb1QZVlkmw4qWatnQLMXK5rpLMv-SNYoIRp11CKjI2LIZ-uZw08K-dAlrt2d6MirHLslK3VhTe01XuUzGuKpauBlbHcWrvyuDWYn7wGzBNMKScgq2-goMO9zc93Wa4hxKBMR2LaJ608/s16000/71RmbVIjEoL._SL1240_.jpg" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFA79C57fp5nMJKAlK8mAPuKFAcJ7gB79kq-5G7ycQlEyc2xryW_HvfqI4m31a56S9I7J95SioYKtTDr18-JsU61MxMq08aK21w58spsPXlEiW_Ppx3Y2CIZOVhy2mzSL14V72sd8GZiRPcOjNh9V7zDq6MdvI2KZOiGQGp_mTttDkJ62XsFLfiBC6Qaw/s1240/71WzOIRqKPL._SL1240_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1240" data-original-width="915" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFA79C57fp5nMJKAlK8mAPuKFAcJ7gB79kq-5G7ycQlEyc2xryW_HvfqI4m31a56S9I7J95SioYKtTDr18-JsU61MxMq08aK21w58spsPXlEiW_Ppx3Y2CIZOVhy2mzSL14V72sd8GZiRPcOjNh9V7zDq6MdvI2KZOiGQGp_mTttDkJ62XsFLfiBC6Qaw/s16000/71WzOIRqKPL._SL1240_.jpg" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;">Pasquale Ruju é um escritor excelente, o que torna a
leitura uma experiência nada cansativa, apesar do grande de páginas. O ritmo
é sempre constante, amparado por artes que, mesmo feitas por diferentes nomes,
apresentam pouca variação. Este segundo volume aprofunda mais a história de
Cassidy e seus parceiros – um deles claramente inspirado no ator norte-americano
Danny Trejo, famoso pelo seu papel em filmes como <i>Machete, Bala do Pistoleiro </i>e<i>
Um Drink no Inferno</i> -, revelando personagens complexos que vão muito além dos protagonistas com falta de profundidade que encontramos, de modo geral, nos gibis.</span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"><i>Cassidy</i>, como escrevi, é um grande filme de ação em quadrinhos,
com roteiro muito bem escrito. Uma história com começo, meio e fim, que não se
estende além do necessário mas proporciona ao leitor um prazer além do esperado.
Uma excelente dica para quem quer ler algo de qualidade fora do universo de super-heróis ou deseja dar os
primeiros passos no rico universo da Sergio Bonelli Editore.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><br /></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3804714040603685015.post-39946739766625576792024-02-16T11:40:00.002-03:002024-02-16T11:40:20.347-03:00Review: Death – Spiritual Healing (1990)<div><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiun4qFuh0zlCJMjA3ruYRSeJkCv-PFhPqcP-U_-gmccVIcpkA6fmPMjV-AZZ6mu4k7HxM2IjX6spjSd6QtQuV5a8Zojrz1Q69QWyAuOhQ8BUGqP4VU13VgZYSPQBjo-Zz_w2VQV7LBuBkn2QZO9rCaIuW7le7jDwOZOynRVhIEo-B7trYYe3GcKRPdnpc/s1200/1200x1200bb%20(52).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiun4qFuh0zlCJMjA3ruYRSeJkCv-PFhPqcP-U_-gmccVIcpkA6fmPMjV-AZZ6mu4k7HxM2IjX6spjSd6QtQuV5a8Zojrz1Q69QWyAuOhQ8BUGqP4VU13VgZYSPQBjo-Zz_w2VQV7LBuBkn2QZO9rCaIuW7le7jDwOZOynRVhIEo-B7trYYe3GcKRPdnpc/s16000/1200x1200bb%20(52).jpg" /></a></span></div><span style="font-family: verdana;"><br />Terceiro álbum do Death, <i>Spiritual Healing</i> foi lançado em
16 de fevereiro de 1990 pela Combat Records. É o único disco da banda com a
participação do guitarrista James Murphy (Obituary, Testament) e do baixista
Terry Butler (Obituary, Six Feet Under), e o último com o
baterista Bill Andrews (Massacre).<o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Há uma mudança lírica em <i>Spiritual Healing</i> em relação aos
dois primeiros álbuns, com as letras do vocalista, guitarrista e líder Chuck Schuldiner
se afastando dos temas sangrentos e de terror dos trabalhos anteriores e passando
a abordar assuntos da sociedade e do horror da vida real, incluindo assassinos
em série, vício em drogas, reconstrução genética, falsos profetas e curandeiros
milagrosos. A mudança aconteceu também em termos estéticos, pois esta foi a última capa de um álbum do Death pintada pelo artista norte-americano Ed Repka, responsável pelas ilustrações da estreia <i>Scream Bloody Gore</i> (1987) e <i>Leprosy </i>(1988).</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">Produzido por Eric Greif, manager da banda, e mixado por
Scott Burns (Deicide, Napalm Death, Sepultura), musicalmente trata-se de um
trabalho mais melódico, característica realçada pela guitarra solo de James
Murphy. O material também apresenta riffs mais lentos e arrastados, inspirados
no doom. Entre as músicas, destaque para canções que ficaram
marcadas no catálogo da banda como “Altering the Future”, “Low Life” e a faixa
título, um dos grandes clássicos do grupo. O álbum foi relançado em 2002 em uma
edição dupla que incluiu dezesseis músicas extras trazendo versões iniciais
das canções, faixas instrumentais, outtakes e brincadeiras em estúdio.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: verdana;">O Death lançou apenas sete álbuns e teve a sua carreira
abreviada pela morte prematura de Chuck Schuldiner em 2001, vítima de câncer. Ainda
que não seja considerado um dos melhores trabalhos da banda, <i>Spiritual Healing</i>
mantém a criatividade singular de Schuldiner, responsável por transformar a
banda em um dos maiores e mais influentes nomes do metal extremo.</span></p></div>Ricardo Seelighttp://www.blogger.com/profile/08495787599858772444noreply@blogger.com0