Campanha Publique-se!


Em um dia desses bati o olho nesse excelente texto do meu conhecido - e futuro grande amigo -, Érico Assis, e ele fala muito do que eu penso a respeito da atual internet, que torna o caminho entre quem escreve e seu futuro e eventual leitor muito mais curto e direto, sem a burocracia das companhias ditas "facilitadoras".

Por isso, estou republicando-o aqui. Espero que você, ao lê-lo, faça como eu, como o Érico e como milhões de pessoas que já perceberam isso em todo o mundo: coloque a cara para bater, mostre o que você pensa, sem medo. Publique-se, que, com certeza, o que você pensa, o que você faz, irá tocar alguém em algum lugar nesse mundo, e a sua vida irá se tornar muito mais interessante.

Não tenha medo, mostre o seu talento!

(Ricardo Seelig)

Por Érico Assis
Professor da Unochapecó, jornalista do site
Omelete, tradutor de gibis da Quadrinhos na Cia., AAA do Estúdio Alice, blogueiro no www.ericoassis.com.br, marido da Marcela e gordo.

Acho incrível que, em tempos de web 2.0 (ou 3.0, ou 4.0, 17.62, sei lá), ainda tenha gente enrolando pra mostrar o que cria. Conheço gente demais que escreve muito bem, desenha, fotografa, compõe, que filosofa ou borda maravilhosamente e não mostra isso para o mundo. Essa é a grande maravilha da web: todo mundo tem acesso a tudo, mas você só alcança o mundo (ou um nicho) se tiver algo legal pra mostrar. E essa regra vale pra todos: quem tiver a ideia vai atrair o público.

Boa notícia: ferramentas de publicação são cada vez mais fáceis. Abrir uma conta no Flickr e no MySpace e no YouTube te toma cinco minutos. Criar um blog leva uns 100 toques no teclado – menos que uma twittada. Aliás, twittar o link do que você publicou toma o tempo de um CTRLC+CTRLV. E pronto! Você virou uma pessoa-mídia com uma audiência do tamanho da qualidade do que faz.

Não tem ideias? Ah, se você é um ser humano, tem pelo menos uma boa ideia por ano. Tem preguiça? Ora, dê um exercício pros dedos gordos. Excesso de autocrítica? Parabéns! Gente demais joga qualquer coisa na web sem qualquer julgamento. Não tem tempo? "
Oh, tenho que pagar as contas neste mundo capitalista cruel…"

Primeiro: viver trabalhando pros outros, por melhor que seja o salário, não compensa. Segundo: pense a longo prazo – seja visto agora pra criar e manter contatos no futuro. Terceiro: neste momento, seu chefe ou cliente está acessando o site do cara que vai ser contratado no seu lugar.

No fim das contas, há duas vantagens: a pessoal, que é de você dizer "eu que fiz" e receber umas massagens no ego; e a social, que é de você colaborar com suas ideias para impulsionar outras ideias que tornem o mundo mais legal.

Já tive vários dias que mudaram de rumo por causa de um texto, de um vídeo, de um desenho. Já aconteceu com você também? Mexer com a cabeça de uma pessoa é incrível, e se isso vai acontecer que seja pelas suas ideias – desde que publicadas.


Comentários

  1. Muito bom esse textoo, quem sabe eu não ache algum talento pra expor !!! \o/

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  2. Particularmente, discordo da opinião contida no texto.
    "Você virou uma pessoa-mídia com uma audiência do tamanho da qualidade do que faz."
    Acho que isso definitivamente não acontece. Quanta banda boa por aí divulga seu trampo no myspace, em blogs e tal e continua na mesma? aí vem uma Susan Boyle da vida, que canta igual a milhares de calouros de todos os programas de auditório do mundo e cai nas graças do povo, cantando uma música que não é dela. Continua acontecendo do mesmo jeito como sempre aconteceu...ou vc tem a fama através da difusão em massa pelos veículos de massa (atrelado a grandes interessantes, cultura e paradigma dominantes) ou por fatores aleatórios como sorte. Fico imaginando essa geração de web-hits daqui 20 a 30 anos...será que terão mesmo a coragem de se gabar por terem feito um videozinho qualquer visto por milhões de pessoas num momento e esquecido logo em seguida? quem se lembra dos web-hits do ano passado? ou das web celebrities?
    "neste momento, seu chefe ou cliente está acessando o site do cara que vai ser contratado no seu lugar." Isso me lembra aquelas piadinhas de mau gosto da idéia da época de vestibular - "enquanto vc está dormindo, tem um japonês estudando". A verdade é que essa geração de conteúdo em massa está diluindo todas as boas manifestações artísticas e culturais, que hoje tem uma dificuldade imensa para conseguir um pingo de relevância.
    Ronaldo

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