Best of 2010: os melhores discos do ano na opinião de Daniel Silva, novo colaborador da Collector´s!


Conheci o meu amigo Daniel Silva através do Rate Your Music, onde descobri o excelente trabalho que o Daniel faz em seu blog, o Estética Musical. Dono de um conhecimento musical invejável, Daniel passeia com propriedade pelos mais diversos gêneros, formando um leque sonoro único e abrangente.

A partir de agora esse conhecimento estará aqui na Collector´s Room também! Jornalista e colecionador faminto, Daniel Silva começará a colaborar com a Collector´s, fazendo com que o site seja mais completo e tenha ainda mais qualidade!

Pra começar, nada melhor que saber quais foram, na opinião do Daniel, os melhores discos de 2010. Então, acomode-se na cadeira, leia, concorde, discorde e não esqueça de deixar a sua opinião nos comentários.

Avenged Sevenfold – Nightmare

Antes do baterista Mike Portnoy entrar para o Avenged Sevenfold, que substituiu o falecido James Sullivan, nunca tinha prestado atenção na banda liderada pelo vocalista M. Shadows. Nightmare é um disco poderoso, com riffs pesados e solos de guitarra impressionantes. Surpresa do ano.

Emancipator – Safe in the Steep Cliffs

Tinha calafrios quando lia que algum artista estava associado ao gênero eletrônico. Aos poucos, no entanto, fui ouvindo e descobrindo álbuns como Safe in the Steep Cliffs, do produtor Douglas Appling, o Emancipator. A sonoridade moderna e viajante do trip hop me cativou de tal maneira que sou obrigado a reconhecer que o garoto é genial.

Grand Magus – Hammer of the North

Apesar de o Grand Magus chegar ao quinto disco com Hammer of the North, só fui conhecer melhor o grupo neste ano. E olha que já era fã do trabalho do vocalista Janne “JB” Christoffersson com o Spiritual Beggars. A música do trio sueco é o mais puro heavy metal, com destaque para os vocais incríveis de JB, que também se mostra um ótimo guitarrista.

Dirty Sweet – American Spiritual

Quando conheci o som do Dirty Sweet percebi que estava diante de uma banda que seria grande. O quarteto californiano tirou nota dez na prova do segundo disco com o seu rock and roll simples, mas muito bem feito e diversificado. Não se surpreenda se daqui alguns anos o Dirty Sweet apareça no topo como um dos grandes nomes dessa nova década. Talento não falta.

Jamiroquai – Rock Dust Light Star

Se os três últimos lançamentos (1999, 2001 e 2005) do Jamiroquai deixaram a desejar, Jay Kay e sua trupe voltaram com tudo em Rock Dust Light Star, resgatando a energia de Travelling Without Moving. Com ótimos músicos ao seu lado, o vocalista inglês surpreende com um trabalho agradável de ouvir do início ao fim, repleto de groove e hits.

Heathen – The Evolution of Chaos

The Evolution of Chaos é uma aula de como se faz thrash metal. O Heathen ficou pelo caminho depois de gravar dois clássicos e foi relegado ao segundo escalão do estilo por isso. O que é pouco para essa máquina de criar riffs chamada Lee Altus, o cérebro por trás do Heathen, uma banda tão boa quanto Exodus e Anthrax, mas que não teve a mesma sorte. Um arregaço!

Kamelot – Poetry for the Poisoned

Ainda que o Angra tenha gravado Temple of Shadows, o melhor disco do power metal, o Kamelot chegou perto com The Black Halo (2005), e ainda tem à disposição algo que os brasileiros não têm: Roy Khan. O vocalista norueguês faz toda a diferença nesse grupo, que é muito competente e desenvolveu ao longo dos anos um estilo próprio de fazer música pesada. Melhor que o Ghost Opera.

Kanye West – My Beautiful Dark Twisted Fantasy

O rapper e produtor norte-americano é odiado por grande parte do público e amado por uma parcela ainda maior da crítica, que o coloca como novo rei do pop (ele mesmo faz isso). Não nego que o cara é um grande escroto, mas não posso deixar que isso comprometa o fato de que Kanye West gravou um dos melhores discos do ano, com direito a um vídeo bizarro de 34 minutos chamado Runaway.

Nevermore – The Obsidian Conspiracy

E o título de melhor guitarrista da atualidade vai para ... Jeff Loomis! O que esse robô manda ver nas sete cordas não é brincadeira, é de ficar de queixo caído. O Nevermore enxugou um pouco as partes mais complexas, mas não economizou na pancadaria. The Obsidian Conspiracy soa moderno e mais direto. Elogiar o vocalista Warrel Dane virou chover no molhado, mas não vou me furtar de registrar que o cara, como sempre, impressiona.

Orphaned Land - The Never Ending Way of ORWarriOR

A expectativa criada por conta da obra-prima Mabool, de 2004, fez The Never Ending Way of ORWarriOR o disco mais aguardado nos últimos anos da cena metálica. O Orphaned Land não decepcionou, muito pelo contrário. Produzidos por Steven Wilson, os israelenses entregaram outro trabalho fantástico. Só o tempo vai dizer se o novo álbum se equivale a Mabool. No momento, só posso dizer que é maravilhoso.

Comentários

  1. Muitos discos ai eu não conheço, Mas esse do Grand Magus, eu conheci atraves do grave Digger, pois eles farão a abertura dos shows na Europa da banda e é excelente mesmo.

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  2. Gostei da lista. Tem vários discos muito bons nela, e que não constaram nas listas anteriores.

    Parabéns Daniel, e seja bem-vindo à equipe da Collector´s!

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  3. Valeu, Cadão. Ficou show de bola o post. Será uma honra fazer parte do blog, que sempre admirei e o tenho como referência no meu trabalho.

    Estou preparado para os xingamentos! hahaha

    Abraços

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  4. O Grand Magus quase entrou na minha lista! Grande banda!

    Seja bem vindo, Daniel!

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  5. Parabéns, Daniel!
    Agora é mais um lugar pros favoritos e pra acompanhar o teu trabalho!
    =)

    Dirty Sweet é muito estiloso, mas pra mim, fã do Orphaned Land, nada se compara ao som deles. Álbum fantástico, mantendo o nível do Mabool. Primeiríssimo lugar, 10 com estrelinhas e tudo mais. rs

    Abraços mil.

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  6. Daniel, achei que a sua lista iria causar mais discussão, principalmente pela inclusão do Kanye West.

    Seja bem-vindo!

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  7. Pois é. Acho que é porque sou novo aqui e ninguém dá bola. Se a lista fosse sua, talvez pegasse fogo! hahaha

    :)

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  8. Pois é, Daniel, eu por exemplo dei o desconto de você estar chegando agora para não "meter o pau" no Kayne West e no de Trip Hop... além do mais, a lista é de gosto pessoal do autor, não de "qualidade do material", então, se você gosta, quem sou eu para criticar, certo?

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  9. Comigo foi o mesmo que com o Micael. Claro que tive vontade de comentar algumas coisas que ele incluiu, mas não vale a pena discutir gosto pessoais...
    Para falar a verdade, depois de todas as listas que foram apresentadas dos 10 melhores de 2010 ainda fico com a minha...hehehe

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  10. Mas a ideia das listas, Fernando, é justamente levar à discussão sobre música. Eu ouvi esse disco do Kanye West e ele é bom naquilo que se propõe.

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  11. Acho que o disco numero um de 2010 no Rate your Music é este do Kanye West....

    Alias o Rate your Music é ótimo pra começar a prestar atenção em coisas que a gente normalmente deixa passar por gosto pessoal ou preconceito mesmo

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  12. Fábio, o Rate Your Music é um dos meus sites de referência. Acho ele essencial para pessoas como nós, que vivem pesquisando sobre música.

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