Minha Coleção: Ricardo Della Rosa - Heavy metal e itens de guerra em uma coleção cheia de história!


Por Ricardo Seelig
Publicitário e Colecionador
Collector´s Room

Prepare-se para conhecer uma coleção única! Em uma das melhores entrevistas já publicadas aqui na Collector´s Room, o paulistano Ricardo Della Rosa mostra a sua coleção, que une discos de heavy metal e itens históricos da Revolução de 1932! Um acervo impressionante, repleto de história e que vai deixar você de queixo caído.

Vista a sua farda, pegue as suas armas e prepare-se para a guerra!

(foto principal do post: Douglas Nascimento)

Olá Ricardo. Como você conheceu a Collector´s Room?

Conheci através do site Whiplash!.

De onde você é e o que você faz?

Sou de São Paulo capital e trabalho com publicidade na internet.

Quando começou a se interessar por música?

Desde sempre, minha família sempre foi muito ligada em música. No entanto descobri o Iron Maiden em 1985 graças a meu pai (!), que me trouxe o maxi single de “Aces High”.

Quantos discos você tem?

Não tenho essa conta, mas tem bastante coisa, já que compro discos e CDs desde moleque.


Você é um grande fã do Iron Maiden, certo? Quantos discos da banda você possui?

Já tive uma coleção de Maiden muito maior do que tenho hoje, com inúmeras versões do mesmo single. Hoje me contento com “um de cada”, e de preferência os pictures antigos.

O que o atraiu no Iron Maiden?

Um conjunto de fatores: letras ligadas à história, a melodia, a presença de palco, Steve, Bruce e, é claro, o Eddie!


Você tem alguma mania estranha em relação à sua coleção?

Sou extremamente organizado, talvez um pouco além da conta (risos). Mínimos detalhes, entende?

Além dos discos, você também coleciona itens de época da Revolução de 1932. Essa é uma coleção de família, certo? Conte pra gente como ela começou e que itens interessantes você possui.

Meus dois avôs partciparam ativamente da Revolução de 32. A coleção se iniciou através da minha própria família. Hoje são centenas de itens: uniformes, medalhas e insígnias, quadros, capacetes, documentos. Gosto muito de um quadro original do artista que desenhou os brasões da cidade e do estado de São Paulo – José Wasth Rodrigues -, e também tenho alguns capacetes muito especiais, repletos de história.


Você tem um blog destinado a essa coleção de itens históricos. Como surgiu a ideia de colocar a coleção na internet?

Depois de um tempo colecionando, entendi que as peças precisavam servir a um propósito maior e montei o blog para poder colocar os interessados em contato com essa história – que é de todos nós. O resultado tem sido excelente ,e o projeto está sendo bem difundido na mídia em geral, o que aumenta consideravelmente o acesso ao blog. Ano que vem pretendo fazer algumas exposições intinerantes em escolas. Acho um dever colaborar para que a nossa história não desapareça. Em algum momento do futuro pretendo colocar essas peças em uma exposição pública permanente, mas por enquanto o “museu virtual” está funcionando muito bem!

Como você faz para encontrar e adquirir itens para essa sua coleção sobre a Revolução de 1932?

É uma peregrinação semanal a antiquários, feiras, leilões, aqui em São Paulo e no interior. A verba para as peças é bem curta e sai do meu bolso – então, além de encontrar um item, é preciso que ele esteja a um preço justo. Também tenho recebido algumas doações de famílias que preferem que os objetos estejam bem guardados e cuidados.


Jon Schaffer, dono do Iced Earth, é um grande colecionador de itens relacionados à Guerra Civil norte-americana. Lemmy Kilmister, do Motörhead, coleciona itens ligados ao III Reich alemão. Na sua opinião, porque existe essa relação tão próxima entre o heavy metal e guerras e conflitos históricos?

Nós que gostamos de heavy metal somos seres privilegiados (risos), e a grande maioria dos fãs de metal são ligados em outras atividades artísticas e culturais. Talvez as letras das músicas ajudem nesta relação de alguma maneira. Além destes dois que você mencionou, outro dia troquei alguns e*mails com o guitarrista do extinto Forbidden – que também coleciona items da 2ª Guerra e hoje é piloto de monomotor.

Qual o item mais raro da sua coleção de discos e da sua coleção de itens históricos?

Tenho uma barrinha de prata fundida da campanha de arrecadação de dinheiro para financiar a guerra de 32. É uma peça muito difícil, a qual foram feitas apenas 100. Da coleção do Maiden gosto muito de um quadro que montei com ingressos de 1980 aos dias atuais - alguns deles usados por mim!


Que coleção você conheceu, aqui na Collector´s ou em suas andanças, que te fez ficar babando de inveja?

Ah, todas as coleções apresentadas na Collector´s são fantásticas, e seus donos verdadeiros heróis da paciência. É preciso ser uma pessoa muito articulada para ter uma coleção grande de itens que não são vendidos aqui no Brasil. Ter conhecimento de línguas, práticas comerciais, importação, Receita Federal e muitos outros atributos. Não basta ter dinheiro, tem que saber encontrar e trazer para casa.

Entre as bandas atuais, quais você ouve e recomenda para os leitores da Collector´s?

Sou fanzão de System of a Down, Cranberries e da carreira solo do Paul McCartney. Acho que nada muito atual, né?

Qual item é seu objeto de desejo, aquele que você sempre quis ter e ainda não conseguiu?

Por uma estupidez minha me desfiz dos Keepers I e II do Helloween – aqueles primeiros que vinham com adesivos. Putz, nunca mais encontrei ...

Qual a importância dos colecionadores para as bandas e para a indústria da música?

(Risos) Somos aquela prensagem garantida para as dez versões diferentes do mesmo single. Isso deve gerar uma receita razoável, não?

O que significa ser um colecionador de discos para você?

Como disse acima, colecionar é mais que comprar. É preciso, além do dinheiro, ter desenvoltura – e isso acaba facilitando outros aspectos na vida.

Ricardo, obrigado pela entrevista, e deixe um recado para os leitores da Collector´s Room.

Obrigado pela oportunidade. É uma honra aparecer em tão célebre lista. A música faz do mundo um lugar melhor. Estar ligado em música é muito saudável!

Comentários

  1. Primeiramente parabéns pela grandiosa coleção, e os itens de guerra cara, foda demais heim, interessantissimo mesmo ver coisas assim.
    E também para quem ama música, tem disponibilidade e paciência vale a pena ter itens de suas bandas favoritas. O valor sentimental e a emoção de ouvir um som de primeira..

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  2. Grande Della Rosa!!!

    Acho que vc vai se lembrar, conheço vc desde os bons tempos do Iron Maiden Cover, o qual vc foi vocalista. Sou amigo do Piggy, lembra?

    Inclusive fizemos alguns rolos de CDs, fui na sua casa... etc.. Até te vi esses dias proximo da BERRINI, mas nao fui te incomodar porque achei que nao se lembraria.

    O que tenho para falar da sua coleção são os quadros que vc faz com os discos. Simplesmente demais!

    Uma coleção absurda de legal.

    Grande abraço e me diga onde está o Piggy??? HAHAHAHAHA

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  3. Olá, Ricardo
    Parabéns pela sua coleção de ítens da Revolução de 1932. Eu tinha um capcete, que pertenceu ao cabo Seppi, morto em Itapetininga aos 18 anos - e o doei, com muito gosto, ao seu primo Eugênio Seppi.
    Meu pai, João Portaro, compôs o "Hymno" CONSTITUIÇÃO, gravado em 1932 pela ArtePhone, dirigida pelo Maestro Alberto Marino (Rapaziada do Brás) e dedicado ao Batalhão 9 de julho. Ano passsado recebemos uma homenagem do Batalhão, na sede do Bairro da Luz, por essa composição. Tenho a partitura e um CD com a interpretação pla Banda de Clarins da Força Pública do Est. S. Paulo. Gostaria de lhe enviar cópias. O disco 78rpm existe na Rádio Record e no acervo do jornalista Milton Parron.

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  4. Vicente, adoraria ouvir esta gravação! Por favor entre em contato comigo através do tudoporsp1932@gmail.com

    Um grande abraço e obrigado!
    Ricardo

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