Por Ricardo Seelig
Nota: 7
Heavy metal tradicional, totalmente calcado na década de 80. É isso que você irá ouvir em Unconditional Absolution, terceiro álbum da banda alemã Metal Inquisitor.
Fundado em 1998, o grupo é formado atualmente por El Rojo (vocal), Blumi e T.P. (guitarras), Kronos (baixo) e Havoc (bateria). O som é aquele metal fincado profundamente na sonoridade clássica do estilo, com canções que transitam entre o power e o metal tradicional.
Fortemente influenciada pela NWOBHM e por alguns de seus ícones, como o Iron Maiden e o Saxon – coloque também algumas pitadas de Judas Priest e Riot na mistura -, a banda exala vigor e energia nas onze faixas de Unconditional Absolution. A estética dos anos 80 é acentuada ainda mais pela produção, responsável por um som gordo e cheio, com os clássicos álbuns lançados naquela década.
A principal qualidade e o grande diferencial do Metal Inquisitor está na sua dupla de guitarristas. Acima dos ótimos riffs que permeiam todo o disco, Blumi e T.P. alcançam o seu auge em ricas e contagiantes passagens com guitarras gêmeas, que marcam ponto em todas as faixas e surpreendem o ouvinte toda vez que dão as caras. Essa característica faz com que o som do grupo tenha um brilho extra, além de um imenso potencial para cair no gosto dos fãs do Maiden, Judas e afins.
Um ponto negativo e que me incomodou em diversos momentos é o fato de a bateria de Havoc ser muito repetitiva, com arranjos geralmente retos e sem maiores variações rítmicas. Esse aspecto, em uma banda que se propõe a executar um som clássico que beira o power metal, onde o andamento das composições é mais acelerado, causa um certo incômodo no ouvinte.
Merece menção também “Suffer the Heretic to Burn”, que destoa totalmente do restante do álbum. Essa faixa é um thrash metal clássico, em contraste com o sonoridade tradicional das outras faixas. Com riffs de guitarra agressivos e uma bateria que remete ao Slayer, mostra outro caminho que o Metal Inquisitor poderia trilhar com qualidade.
Unconditional Absolution não é um disco que redefine padrões dentro do heavy metal, muito pelo contrário. A sua proposta é compartilhar a paixão de seus integrantes e manter viva a sonoridade clássica forjada durante a década de oitenta. Ouvindo o CD percebe-se que a banda alcançou plenamente o seu objetivo.
Faixas:
1.Extinction – 5:20
2.Casualty Evacuation – 4:11
3.Quest for Vengeance – 5:45
4.Drowning Death – 4:30
5.Betrayed Battalion – 5:57
6.Satan's Host – 4:12
7.The Arch Villain – 6:37
8.Necropolis – 6:00
9.Persuader – 5:07
10.Suffer the Heretic to Burn – 5:41
11.The Path of the Righteous Man – 6:55
Cadão resenha ai o novo do Within Temptation. eu posso descrever o disco assim: a banda inova (mais ou menos) no metal sinfônico adicionando elementos de New Wave, Hard Rock, Pop oitentista e mantendo o som clássico da banda.
ResponderExcluirVale uma escutada.
Rubens, se a gravadora me enviar esse CD, resenho ele.
ResponderExcluirAbraço.