Nota:
8
O
Lacuna Coil tem uma das trajetórias mais interessantes do metal
contemporâneo. A banda foi criada em Milão, em 1994, e no início
praticava um gothic rock elegante e competente, que levou o grupo a
ser considerado um dos principais nomes do gênero ao lado do The
Gathering e do Theatre of Tragedy.
Porém,
a partir de seu quarto disco, o Lacuna Coil passou por uma grande
mudança em seu direcionamento musical. Karmacode (2006)
mostrou a banda flertando com o new metal, fato que não agradou
muito os fãs mais antigos. Shallow Life, de 2009, trouxe um
equilíbrio maior entre o caminho inicial e a nova proposta sonora, e
mostrou um grupo muito focado em um álbum bastante acima da média.
Dark
Adrenaline, o novo álbum do sexteto, é um passo além nessa
história. Executando o que a própria banda define como “um heavy
metal dark e moderno”, o Lacuna Coil gravou um disco excelente, e
que pode, sem exagero algum, ser considerado o seu melhor trabalho.
Com
uma sonoridade que equilibra melancolia com belas melodias e ótimos
e pesados riffs, o grupo italiano lançou umálbum cativante.
Produzido por Don Gilmore (Bullet For My Valentine, Linkin Park) e
mixado por Marco Barusso (Laura Pausini, Eros Ramazzotti), Dark
Adrenaline tem uma sonoridade encorpara e atual, que torna as já
ótimas composições ainda mais fortes. O contraste entre as vozes
de Cristina Scabbia e Andrea Ferro e os riffs das guitarras de
Cristiano Migliore e Marco Biazzi são o fio condutor das faixas.
As
doze músicas do disco formam um tracklist sólido e homogêneo. É
difícil destacar alguma, mas “Trip the Darkness”, “Give Me
Something More” e a excelente versão para “Losing My Religion”,
do R.E.M., agradam de imediato. Outro grande momento é a homenagem a
um dos maiores ídolos do grupo, o falecido Peter Steele, do Type O
Negative, em “My Spirit”.
Dark
Adrenaline é um disco sólido, com um heavy metal moderno e
competente que, em alguns momentos, flerta inclusive com o pop, porém
sem jamais abrir mão da qualidade. Um trabalho excelente, e que
merece uma audição sem preconceitos.
Lançamento
nacional da Shinigami Records.
Faixas:
- Trip the Darkness
- Against You
- Kill the Light
- Give Me Something More
- Upsidedown
- End of Time
- I Don't Believe in Tomorrow
- Intoxicated
- The Army Inside
- Losing My Religion
- Fire
- My Spirit
Concordo quanto a qualidade do álbum, mas achei essa nota meio baixa para esse disco.
ResponderExcluirEm Dark Adrenaline a banda se reinventou e se superou. A Cristina está cantando muito bem, a interpretação dela em "Losing My Religion" é fantastica, e ainda podemos destacar sua perfomance em "Intoxicated", "End Of Time" e em "My Spirit"
Andrea Ferro não faz feio também, o tracklist é sólido, sem faixas fracas.
Boa resenha, Ricardo, sabia que você ia gostar do disco e ia mudar a má impressão da banda que você adquiriu na audição de Karmacode.
Valeu, Rubens. E uma nota 8 é uma senhora nota. Acho que você está acostumado com o fato de tudo que é disquinho meia boca ganhar nota 9 ou 10 aqui no Brasil (rs). O disco é excelente mesmo!
ResponderExcluirNem sei se é pelo fato de estar acostumado a ver notas exageradas ou se é porquê eu gostei bastante desse disco.
ResponderExcluirMas como eu disse a resenha está muito boa.
Parei de escutar Lacuna, enjoei com a mesmisse da banda
ResponderExcluirJéssica, eu também... mas esse é justamente o grande mérito desse "Dark Adrenaline", a banda trouxe uma dose extra de energia e peso, deu um passo à frente.
ResponderExcluirQuem está me decepcionando é o EPICA, uma banda que surgiu com tudo, superou outros nomes à sua frente, como After Forever e outras do 'bando' dos vocais femininos... mas agora caiu naquela "fórmula" pronta do estilo, aí não! abço!