Borknagar: crítica de Urd (2012)

Nono álbum da banda norueguesa Borknagar, Urd ganhou edição nacional através da Shinigami Records, uma das gravadoras mais ativas do cenário metálico brasileiro. Em seu novo disco, o sexteto formado por Andreas Vintersorg Hedlund (vocal), Oysten G. Brun (guitarra), Jens F. Ryland (guitarra), Lars Nedland (teclado), ICS Vortex (baixo e vocal) e David Kinkade (bateria) dá sequência à trajetória única que transformou o grupo em um dos nomes mais originais da música pesada.


Um dos responsáveis pela definição de um estilo particular, o chamado black metal progressivo, o Borknagar tem uma forma toda própria de se relacionar com a música, bastante peculiar, que os levou a ser um dos criadores do gênero, criando as bases sobre as quais praticamente toda e qualquer banda que se aventurou por sonoridade semelhante seguiu como guia.


O legal do Borknagar é que a banda sempre teve a ambição de levar o black metal, um gênero por si só já apaixonante, para fora dos limites estilíscos que ele possui. Dessa maneira, gravou álbuns sempre interessantes e desafiadores, que mostram novos caminhos e possibilidades para o heavy metal. 

Com Urd essa mentalidade se repete. A música refinada e ampla do grupo soa ainda mais vasta no novo trabalho. Fruto, primeiro, do desejo de sempre encontrar novas possibilidades para a sua arte. E, em um segundo momento, da segurança e do apoio que a repercussão positiva dessas experimentações alcançaram junto ao público.

Elementos sinfônicos pontuam o disco em diversos momentos, enquanto o retorno de ICS Vortex após deixar o Dimmu Borgir agrega mais variações para uma música tradicionalmente sem limites.

Inovador e cheio de qualidade, Urd é mais um acerto em cheio do Borknagar, e reafirma a posição da banda como uma das mais inquietantes do metal extremo. Sem dúvida, um dos melhores discos do ano.


Nota: 8,5



Faixas:
  1. Epochalypse
  2. Roots
  3. The Beauty of Dead Cities
  4. The Earthling
  5. The Plains of Memories
  6. Mount Regency
  7. Frostrite
  8. The Winter Eclipse
  9. In a Deeper World

Comentários

  1. Olá, por quê o genêro "Black Metal" por si só já é apaixonante? Obrigado

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  2. Borknagar é uma banda bacana, mas acho o lado progressivo bem mais legal que o black metal, que às vezes não soa muito bem.

    Quanto ao black metal progressivo, você já ouviu o Deathspell Omega, Cadão? Os álbuns e os EPs que eles lançaram a partir de 2005 são alguns dos melhores discos de metal desde então. É música é bem torta e indigesta, mas é extremamente interessante.

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