Documentário conta a história da revista Bizz

Eu nasci em 1972 e comecei a me interessar por rock e pop em 1985, através da primeira edição do Rock in Rio. Nessa mesma época, surgiu no mercado brasileiro a revista Bizz, publicada pela Editora Abril. Ela foi a principal fonte de informação sobre música durante toda a minha adolescência e grande parte da minha vida adulta. Muito do que eu sei aprendi lendo as suas páginas. E, por isso mesmo, considero a Bizz até hoje como a melhor revista sobre música que o Brasil já teve, à milhas de distância de qualquer outra publicação.

Sei que muita gente pensa de maneira semelhante à minha. E duas dessas pessoas - Almir Santos e Marcelo Santos Costa -, foram além e produziram um documentário de 25 minutos sobre a história da Bizz. O vídeo traz entrevistas com nomes como Marcelo Costa (do Scream & Yell), Sérgio Martins (Veja), Regis Tadeu, Alex Antunes, Ricardo Alexandre e outros que passaram pela redação da revista ou tiveram uma relação muito próxima com ela.

Batizado como Bizz: Jornalismo, Causos e Rock and Roll, o documentário é obrigatório para quem faz parte do jornalismo musical brasileiro, gosta de música ou tem o sonho de seguir uma carreira nessa área. Recomendo assistir com atenção para entender como a Bizz se transformou na principal fonte de informação sobre música e cultura pop para toda uma geração.

Parabéns aos envolvidos, principalmente ao Almir e ao Marcelo, pela iniciativa e pelo belo resultado alcançado.

E você que está lendo, acomode-se na cadeira e assista Bizz: Jornalismo, Causos e Rock and Roll abaixo:

Comentários

  1. cara, voce sempre fala da bizz, e realmente ela era uma grande revista, mas qual a influencia que a rock brigade e a metal tiveram em sua formacao musical? elas foram contemporaneas da bizz e as 3 eram antagonicas entre si, a metal era metida a engracadinha mas era inteligente de nao querer agradar apenas o headbanger radical, a bizz pensava que escrevia para ingleses e copiava a nme e a melody maker e a rock brigade tinha um radicalismo infantil e um brado ridiculo: " death to false metal"! apesar dos pesares eu gostava muito de todas elas.

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  2. A Bizz tinha gente que sabia escrever, enquanto a Metal e a Rock Brigade não.

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  3. Marcelo Costa do Scream & Yell sempre mandando bem.

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  4. me desculpe, ricardo, mas se voce era um adolescente quando comecou a ler estas revistas o seu conceito de ma ou boa escrita ainda nao estava formado, voce esta analisando a situacao a posteriore. e claro que e um direiro seu nao gostar das revistas, mas na epoca tenho a impressao que voce nao gostava da metal e da brigade por outros motivos. assim voce fica parecendo aqueles rockeiros que dizem que com 10 anos de idade ja eram fas de bob dylan. porra, de boa, ai e demais...

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  5. Entendo o seu ponto de vista mas não é isso, Cleibsom. Eu lia a Bizz e Rock Brigade todos os meses, e gostava muito mais da Bizz por trazer um conteúdo mais amplo, que me apresentava a novos sons. Se você lembrar, a Rock Brigade daquela época era carregada de preconceito e textos que viraram folclóricos justamente por externar este preconceito de forma hilária.

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  6. sim, a rock brigade era tacanha, moralista, preconceituosa e ignorante, entao talvez seja esse o motivo de voce nao gostar da revista e nao por ela ser mau escrita. no caso da metal o que me incomodava era a falta de profundidade de suas materias e um pretenso senso de humor incoveniente de alguns de seus redatores...mas, como ja disse, apesar dos pesares as duas revistas tiveram sua importancia na historia do heavy metal no brasil e, felizmente, elas na epoca nao conseguiram me manipular como outras pessoas que ate hoje parecem viver naquela epoca.

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  7. Eu me divertia muito com o "radicalismo" da Rock Brigade ela sempre manteve um pouco do espírito Fanzine de ser, tb lia a Metal, a Bizz de vez em quando, era a minha menos procurada das três. Mas no gênero Metal e afins acho que a Brigade sempre teve o panorama mais amplo no sentido de dar atenção para os consagrados mas tb para os iniciantes e o underground.

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