As Novas Caras do Metal - Parte 13: nem só de peso vive o homem

Essa edição da série As Novas Caras do Metal apresenta, como sempre, novas bandas de heavy metal, mas não apenas isso. Temos aqui grupos também de hard rock, southern e até alternativo, mas todos com a mesma característica: uma certa dose de peso e muita qualidade. Aumente o volume e descubra com a gente as suas novas bandas favoritas!

Blackberry Smoke 

Começamos essa edição com uma banda que não é de heavy metal, mas faz um som que tem tudo para agradar os fãs do estilo. Natural de Atlanta, o Blackberry Smoke faz um southern rock que bebe direto nos tempos áureos do Lynyrd Skynyrd. Guitarras faiscantes, solos memoráveis, vocal cheio de malícia e um piano fazendo a cama tornam a música dos caras extremamente recomendável para aficcionados pelo rock produzido no sul dos Estados Unidos. O quinteto já gravou três discos - Bad Luck Ain’t No Crime (2003), Little Piece of Dixie (2009) e The Whippoorwill (2012) -, sendo que o mais recente é um dos melhores lançados este ano. 

The Sword 

O The Sword não é uma banda nova, já que está na estrada desde 2003. No entanto, aqui no Brasil pouco se fala sobre o quarteto norte-americano, e a maioria dos fãs de heavy metal nunca ouviu o seu som. O quarteto tem uma discografia formada por quatro discos - Age of Winters (2006), Gods of the Earth (2008), Warp Riders (2010) e Apocryphon (2012) -, todos muito bons. O som é um stoner metal com, como não poderia deixar de ser, uma grande infuência de Black Sabbath, porém com farto uso de guitarras gêmeas e melodias que remetem ao Thin Lizzy. Altamente viciante! 
 
Gypsyhawk 

Hard rock dos bons é a especialidade deste quarteto natural da ensolarada Pasadena, cidade localizada no estado da Califórnia. Os caras tem apenas dois discos nas costas, Patience and Perseverance (2010) e Revelry & Resilience (2012), e ambos são altamente recomendáveis para quem curte um som pesado e com grandes melodias. O hard do Gypsyhawk é farto em guitarras gêmeas, com trechos inspirados que farão a alegria de quem curte Thin Lizzy, por exemplo. 
Mos Generator 

O negócio deste trio norte-americano é um stoner temperado com uns lances meio southern rock. O som alterna passagens pesadas com trechos mais calmos, criando nuances interessantíssimas. Com quatro discos na bagagem - Mos Generator (2002), The Late Great Planet Earth (2006), Songs for the Future Gods (2007) e Nomads (2012) -, o Mos Generator se destaca pelas composições consistentes e ótimos riffs. Rock direto, e dos bons! 
Pontus Snibb 3 

Power trio saindo do forno! O Pontus Snibb 3 é sueco e estreou em 2012 com o álbum Loud Feathers. O grupo é formado por Pontus Snibb (vocal e guitarra), Mats Rydström (baixo) e Niklas Matsson (bateria), músicos experientes com passagens por bandas como Bonafide e Backdraft. O som é um hard direto e com clima setentista, mantendo o nível apresentado pelas bandas vindas da Suécia nos últimos anos. 
My Dynamite 

Quinteto australiano que lançou o seu disco de estreia em 2012, batizado apenas com o nome da banda. Os garotos parecem filhos do Black Crowes, fato acentuado pelo timbre do vocalista Patrick Carmody, bastante similar ao de Chris Robinson. O som é muito influenciado pelos Crowes e por nomes como Stones e Faces. Nada original ainda, porém a banda mostra potencial para evoluir e encontrar a sua identidade nos próximos anos. 

Dust Bolt 

Quarteto alemão de thrash metal formado em 2006. Os caras lançaram um EP em 2010, Chaos Possession, e colocaram o seu primeiro disco na praça em 2012. Violent Demolition é um álbum forte e, apesar de se tratar de uma banda europeia, o som é bastante influenciado pela cena norte-americana, principalmente por nomes como Exodus e Testament. O grupo abriu diversos shows do Sepultura e possui uma relação bem próxima com a banda brasileira. 
 
Cauldron 

Trio canadense na ativa desde 2006, o Cauldron já gravou três discos: Chained to the Nite (2009), Burning Fortune (2011) e Tomorrow’s Lost (2012). O som é um metal tradicional com uma pegada bem oitentista, feito sob medida para saudosistas. Apesar de datado em alguns momentos, garante momentos de diversão.
 
Black Pistol Fire 

Duo canadense formado por Kevin McKeown (vocal e guitarra) e Eric Owen (bateria). O som se equilibra entre o southern e o rock alternativo, como uma espécie de Black Keys mais cru. Talvez a sujeira e a aspereza não agradem os fãs de metal clássico, porém as canções são fortes e parecem ter sido gravadas em um boteco perdido da Route 66. Os caras já lançaram dois discos, Black Pistol Fire (2011) e Big Beat ’59 (2012).

 
Freedom Hawk 

Quarteto formado em 2005 nos Estados Unidos e que já colocou na roda três discos - Sunlight (2008), Freedom Hawk (2009) e Holding On (2011). Heavy metal tradicional, com boas melodias e um vocalista que soa como uma espécie de Ozzy Osbourne mais jovem. 

Comentários

  1. Fala Ricardo! Ouvi os 2 primeiros discos do "The Sword" e apesar de curtir eu os achei meio repetitivos, você não achou? Acabei deixando a banda de lado e nunca havia escutado o Warp Riders. Depois que li sua crítica do Apocryphon pedi pra um amigo trazer esse CD pra mim, devo pegar na próxima semana, estou ansioso pra ouvir. 1 abraço!

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  2. Fica aqui algumas sugestões fora dessa praia 70's, stoner, para as próximas edições. Keep Rockin'! Essa sessão é bem legal!

    Twelve Foot Ninja (djent meets Mr. Bungle)

    Shotgun Alley - Glam metal na linha H.E.A.T.

    Heart of Cignus - Metal/prog/sludge

    The Safety Fire - Djent

    Tango Down - hard rock com david reece ex-Accept

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  3. Muito boa a matéria, já conhecia duas das bandas citadas, ouvi as outras restantes, curti pra caralho, muito massa.
    Abraço !!!

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  4. Leonardo, tem duas bandas de stoner no post, o Mos Generator e o Pontus Snibb apenas. Do jeito que você comentou parece que todas elas são do estilo, o que não é verdade.

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  5. Essa Dust Bolt é muito boa.. thrashzão fuderoso... Vlw pela dica!!!

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  6. Essa Dust Bolt tem um thrashzão fuderoso. Vlw pela dica..

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Relax cara...só quis dizer que a onda dessa leva de bandas desse post é mais vintage...nao tenho nada contra stoner!

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