Review: Black Sabbath - The End (2016)


13 foi um bom disco. Ouço até hoje. Uma despedida bastante digna do Black Sabbath, a banda que inventou o heavy metal. O álbum foi lançado em 2013, e desde então o grupo tem feito shows pelo planeta. A turnê atual, anunciada como The End, conta com o Rival Sons na abertura e será o último giro de Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler como Sabbath (Tommy Clufetos, baterista da banda solo do vocalista, completa o time). 

Pois então: como uma espécie de presente de despedida o Black Sabbath lançou o EP The End, que está sendo vendo exclusivamente nas tendas de merchandising oficiais dos shows. O tracklist conta com quatro faixas inéditas gravadas durante as sessões do último álbum - “Season of the Dead”, “Cry All Night”, “Take Me Home” e “Isolated Man” - e quatro registradas ao durante a tour de 13 - “God is Dead?”, “Under the Sun”, “End of the Beginning” e “Age of Reason”.

Sobre as novas canções, são claramente sobras de gravação mesmo. A mixagem e a falta de arranjos mais elaborados demonstram isso de forma evidente, evidenciando que a banda trabalhou até certo ponto nelas para então abrir mão e espaço para as canções que estão em 13. Não há nada demais, e todas a quatro valem só por curiosidade mesmo.

Em relação às faixas ao vivo, vale mencionar que três delas tem em The End o primeiro registro oficial ao vivo em um álbum da banda - e aqui não valem as versões que estão no vídeo Live … Gathered in Their Masses (2013). “God is Dead?” apresenta qualidade sonora mais adequada a um bootleg do que a um lançamento oficial, enquanto “End of the Beginning” e “Age of Reason” destoam, com áudio muito superior. “Under the Sun”, clássico de Volume 4 (1972), leva a memória de volta a um dos álbuns mais amados pelos fãs. Todas as versões ao vivo apresentam versões competentes, como era de se esperar - a exceção é “God is Dead?”, e muito pela baixa qualidade do áudio.

The End vale por ser um EP exclusivo, altamente colecionável e que marca o início da despedida final do Black Sabbath. Artisticamente, tem pouco valor. Até porque alguém duvida que um álbum ao vivo e um vídeo super produzido será lançado após o fim da atual turnê? Não, né.


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