Algumas palavras sobre John Constantine


Nunca havia lido John Constantine até alguns meses atrás. Meu único contato com o personagem até então se dera através do filme estrelado por Keanu Reeves e lançado em 2005. Ou seja: eu não conhecia nada.

Então, em uma viagem ao interior do Rio Grande do Sul para passar uns dias de férias com a família, estava sem nada para ler e resolvi dar uma fuçada na única banca de revistas do local. E lá encontrei dois encadernados. Levei pra casa e foi amor à primeira vista.

Quase três meses depois, o acervo de Hellblazer por aqui está em quase duas dezenas de encadernados, devidamente devorados. Como estou pegando tudo o que encontro pela frente, acabo tendo contato com diversas fases da trajetória de Constantine, um dos personagens centrais da Vertigo e que teve 300 edições publicados pelo selo adulto da DC.

São contos do cotidiano turbinados por muita bebida, cigarros, sexo e relações próximas e perigosas com o inferno. Demônios, anjos e o diabo em pessoa são personagens constantes, sempre amarrados com diálogos certeiros e inspirados escritos por nomes como Garth Ennis, Peter Milligan, Brian Azzarello e Andy Diggle, entre outros.


Sempre li quadrinhos, mas Constantine possui uma força incrível, que cativa de imediato através de roteiros bem desenvolvidos, tramas inesperadas e reviravoltas inteligentes. A aura sobrenatural e maléfica onipresente é a cereja do bolo, dando um toque sombrio que fala direto à histórica atração que nós, seres humanos, sentimos por aquilo que não conhecemos e nos amedronta.

Falta ainda muita coisa para ler de John Constantine. E isso é uma ótima notícia, pois significa que vou seguir descobrindo e me embrenhando pela vida de um dos mais icônicos personagens das histórias em quadrinhos.

(A ideia era escrever um review sobre o que li de Hellblazer, mas o texto acabou saindo assim. Da próxima vez prometo fazer melhor, John)

Para quem ficou interessado no personagem, recomendo o excelente vídeo abaixo, onde o trio do Pipoca e Nanquim fala tudo sobre as HQs de Constantine:

Comentários