Review: Yes – The Yes Album (1971)


The Yes Album
é o terceiro álbum da banda inglesa de rock progressivo Yes e foi lançado em 19 de fevereiro de 1971 pela Atlantic Records. Foi o primeiro disco do grupo com o guitarrista Steve Howe, que substituiu Peter Banks em 1970, e também o último com o tecladista Tony Kaye até o seu retorno em 90125, de 1983.

A banda passou grande parte do ano anterior ensaiando o novo material em uma fazenda no interior da Inglaterra, e as novas composições foram gravadas no Advision Studios, em Londres, durante o outono. Todos os músicos contribuíram com ideias, e as canções foram estendidas para permitir o desenvolvimento pleno de todas as músicas e proporcionar momentos de destaque para todos os instrumentistas.

O disco foi um grande sucesso de crítica e um enorme passo comercial para o Yes, sendo muito bem recebido pelo público. Isso foi muito importante, pois a banda corria o risco de ser dispensada pela Atlantic devido às baixas vendas de seus dois primeiros álbuns. The Yes Album chegou ao número 4 no Reino Unido e ao top 40 nos Estados Unidos, superando a marca de um milhão de cópias vendidas no país.

A substituição de Peter Banks, um dos fundadores da banda, por Steve Howe foi fundamental para a ampliação da sonoridade do Yes. Já em sua estreia na banda, Howe mostrou a sua versatilidade tocando uma grande variedade de estilo, indo do rock ao flamenco e misturando guitarras elétricas com momentos acústicos.

A foto da capa foi tirada por Phil Franks. Insatisfeito com as imagens que já havia feito do grupo anteriormente, o fotógrafo levou os músicos para o seu apartamento, pegou uma cabeça de manequim que encontrou em uma lata de lixo, colocou uma lâmpada de 1.000 watts na luminária da cozinha e improvisou a foto. Franks deu crédito ao designer Jon Goodchild, diretor de arte da Rolling Stone, por tornar a capa um sucesso. Mais tarde, quando o Yes apresentou uma versão ao vivo de "Yours Is No Disgrace" no programa de TV alemão Beat Club em abril de 1971, a filmagem da banda foi combinada com a de outro manequim girando sobre uma cadeira, imitando o conceito da capa. O tecladista Tony Kaye aparece com a perna engessada na capa interna devido a um acidente que o grupo se envolveu no dia 23 de novembro de 1970, quando retornava de um show. Os músicos sofreram apenas escoriações, com exceção de Kaye, que fraturou o pé e precisou imobilizar o membro.

O disco possui alguns dos grandes clássicos do Yes como a música de abertura, “Your Is No Disgrace”. Com andamento todo quebrado, a faixa teve origem em uma letra escrita pelo vocalista Jon Anderson que foi combinada a pequenos trechos de músicas que haviam surgido nos ensaios. A instrumental “Clap” foi influenciada por dois ícones da guitarra jazz, Chet Atkins e Mason Williams, e foi composta por Steve Howe em celebração ao nascimento de seu primeiro filho, Dylan. "Starship Trooper" é outro grande destaque, mostrando a técnica absurda de todos os músicos do Yes. O lado B do vinil abre com mais um grande momento do álbum, "I've Seen All Good People". A canção teve a sua origem em duas músicas diferentes, que foram unidas para chegar ao resultado final conhecido por todos.

The Yes Album marcou o início da fase de ouro do Yes, que renderia uma sequência de álbuns antológica formada por Fragile (1971), Close to the Edge (1972), Tales From Topographic Oceans (1973) e Relayer (1974). Esses cinco discos estabeleceriam a banda como um dos maiores nomes do rock progressivo e mudariam o estilo para sempre.

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