Em boca fechada não entra disco

O que faz uma loja de discos ser boa ou ruim? Variedade é um dos fatores, claro. Ter uma boa quantidade de títulos interessantes, que vão muito além do mix habitual encontrado nas grandes redes de varejo, é essencial. Um bom preço e condições atrativas de pagamento também são itens essenciais para atrair clientes. E, claro, um atendimento especializado e que vá muito além da desinformação generalizada das grandes redes de varejo.


Existem diversas lojas em todo o Brasil com esse perfil. E existem também diversas lojas em nosso país com um problema crônico: a arrogância dos seus atendentes. Sabe aquela cena do filme Alta Fidelidade, quando um consumidor da Championship Vinyl, a loja de discos do filme, reclama com o personagem Rob Gordon e seus funcionários a respeito da postura que eles têm com os seus clientes? Aqui acontece a mesma coisa. Ainda existe, infelizmente, uma parcela de lojistas que se coloca acima dos consumidores, como se fossem os donos exclusivos e absolutos do conhecimento. E é claro que as coisas não são assim.


Pra começo de conversa, quem frequenta essas lojas mais exclusivas e com mix de títulos mais profundos não é um consumidor de música casual. Essas lojas são frequentadas, em sua grande maioria, por colecionadores que sabem tanto ou mais que as pessoas que os estão atendendo. E é justamente por isso que preferimos comprar em lojas com esse perfil, porque sabemos valorizar o ambiente único e a troca de informações sempre úteis que apenas uma boa loja de discos pode nos proporcionar.


Escrevo tudo isso pelo seguinte. Estou em Porto Alegre, capital do RS. E como sempre faço quando visito uma cidade, vou atrás das boas lojas de discos de cada lugar. Porto Alegre é famosa pelas ótimas lojas que possui, e frequentemente é citada por colecionadores como a segunda melhor cidade para se comprar discos em todo o Brasil, atrás apenas de São Paulo. Cheguei na cidade com boas recordações de duas lojas em particular: a Boca do Disco e a Stoned Discos, ambas nas proximidades do viaduto da Avenida Borges de Medeiros e onde comprei várias coisas interessantes durante a minha época de faculdade, na década de 1990. E agora conto o que aconteceu.


Fui direto na Boca do Disco. Cheguei lá e fui "atendido" pelo proprietário da loja, o lendário Getúlio, espécie de cruzamento entre Frank Zappa e Hélcio Aguirra. Dei bom dia e não fui respondido. Perguntei onde estavam os LPs lacrados, e ele me olhou de cima abaixo e apontou para um canto. Perguntei o preço dos discos e a resposta foi um curto "100 cada um". Falei que era gaúcho mas morava em Florianópolis, e que em Floripa - assim como em diversas cidades brasileiras - de tempos em tempos rola uma Feira de Vinil. Queria saber se em Porto Alegre também rolava. A resposta foi um "aqui não tem Feira do Vinil, tem Feira de Lixo. A única loja que tem discos que prestam é a minha". Neste momento meu pai e meu irmão me olharam e se retiraram da loja, indo tomar um café no bar em frente. Perguntei se ele já tinha ido na feira de Floripa, e a resposta foi um "lá só tem porcaria, ninguém sério frequenta aquela coisa". E todo esse diálogo de costas para mim, sem se dignar a me olhar enquanto falava, como se eu estivesse incomodando.


Olha, já frequentei lojas por todo o Brasil, e nunca fui tão mal atendido. Não sei ele é sempre assim ou se estava em um dia ruim, ou se o problema era eu, já que o cidadāo pode ter me julgado errado por algum motivo qualquer. A única certeza que tenha é que fiquei com a impressão de que se esse Getúlio ficasse de quatro no chão provavelmente não levantaria, tamanha a estupidez - que uns preferem chamar de arrogância - que ele demonstrou.


Saí, atravessei a rua e fui até a Stoned. Lá fui atendido por um cara um pouco mais simpático, mas só um pouco. Perguntei onde estavam os LPs novos, e recebi de volta um "lá no fundo". Fui conferir e eram no máximo dez discos. Como ele tinha muitos vinis usados - milhares, pra falar a verdade -, perguntei em que ordem os LPs estavam organizados. Surpresa: de forma alguma, estava tudo misturado. Pensei melhor e fui embora.


Acabei indo até a Livraria Cultura, no Shopping Bourbon Country, onde me fartei com uma farta e suculenta sessāo de vinis e CDs. Aliás, recomendo aos leitores que, ao visitarem Porto Alegre, reservem ao menos uma tarde para se perderem nos corredores da Cultura.


Moral da história: antes de uma loja repleta de bons discos, quero, no mínimo, um pouco de respeito, o que nāo encontrei nessa minha andança por Porto Alegre, principalmente na Boca do Disco. É Getúlio, você perdeu um futuro cliente hoje e um post elogiando a sua loja, já que a ideia original deste texto era contar as coisas legais que encontrei, mas, ao invés disso, só posso dizer que poucas vezes conversei com um cidadão tão estúpido quanto aquele que, infelizmente, encontrei atrás do balcão da Boca do Disco.

Comentários

  1. Infelizmente essa postura acomete alguns lojistas que se acham dono do pote do ouro no fundo do arco-íris !!!! Não conseguem perceberem a pasmaceira em que se encontram....

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  3. Hoje em dia e difícil encontrar pessoas capacitadas em lojas discos, recentemente fui em uma loja aqui em Fortaleza onde sempre compro CDs e Vinil, estava procurando o novo disco do Rush 'Clockwork Angels' perguntei por vendedor vc tem?? a resposta foi nem sabia que o Rush tinha lançado um disco novo mais vc ja tem aquele disco que tem um cachorro na capa o cara nem sabia o nome do álbum é pior a loja e muito conhecida aqui na cidade fica localizada na galeria pedro jorge a "galeria do rock em fortaleza"

    5 de agosto de 2012 11:56

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    1. Da última vez que fui na galeria o atendente de uma determinda loja não sabia que o Black Sabbath já teve outros vocalistas além de Ozzy e Dio. Quando mencionei a fase Born Again o cidadão mostrou não ter a mínima noção de quem seria Ian Gillan.

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  4. É quase inconcebível esse tipo de comportamento babaca vindo de alguém que, teoricamente, depende de seus clientes para sobreviver. Por isso é que lojas como Die Hard, Paranoid Records, Mutilation e diversos vendedores do Mercado Livre de quem eu compro sempre terão minha fidelidade. Hoje em dia se acha e se compra um item raro em qualquer parte do mundo, com a ajuda da internet. Com isso, o que diferencia os vendedores são as vantagens mesmo, como preço, entrega e com isso um bom atendimento conta demais.

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  5. O Getúlio é sempre assim. Não consigo lembrar de pessoa alguma falando bem do cara, de ter sido bem atendido, é sempre azedume. Consequência: apesar do bom acervo, comprei poucos discos lá, muito menos do que poderia ter adquirido caso tivesse um atendimento mais digno. Quanto ao Ivan, da Stoned, bem... Comigo ele sempre foi gente boa, não tenho do que reclamar. A organização da loja não é das melhores, mas houve uma época em que eu gastava um bom tempo percorrendo o acervo, e já comprei dezenas de itens por lá.

    Se queres ser bem atendido, eu recomendo a Tamba Discos, no terceiro andar da Galeria Chaves, na avendida dos Andradas. No momento não consigo lembrar o nome do proprietário, mas o destaco por sempre ter sido, pelo menos comigo, muito gente boa. Até já saí da loja com mais vinis do que previa e acabei ficando devendo, mas o cara não se importou e disse para eu pagar na próxima. Claro que voltei na primeira oportunidade e quitei o que devia...

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  6. Estou começando minha coleção de discos agora e acho que o que dá maior prazer, além do vinil sem si, é passar horas conversando com donos e vendedores que te dão uma aula de música. Senti isso nas lojas da galeria Nova Barão, aqui no centro de São Paulo. Lojas pequenas, mas que acolhem e com pessoas que se dispõe a recomendar novas músicas e contar histórias incríveis. Tive essa experiência lá ontem e foi mto foda.

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  7. É uma pena isso, a poucos dias mesmo eu falava com o Ricardo sobre a Boca do Disco aqui em POA. É inegável que, ao menos pra mim, o lugar tem muitas opções, mas realmente não é o melhor atendimento do mundo. Você vai la, escolhe o que quer sozinho, paga e vai embora. Gosto muito da ideia de ir a uma loja para, além de escolher um disco, conversar sobre música e fazer amigos, mas infelizmente aqui em POA isso só existe na teoria. Falando nisso, tem um texto muito legal no scream yell sobre loja de discos. Recomendo a leitura!

    http://screamyell.com.br/site/2012/07/15/estrella-discos/

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  8. Nossa Cadão, esse texto é muito legal e isso que aconteceu contigo já aconteceu comigo também, me lembro de uma situação assim na Galeria do Rock, em São Paulo, no ano de 2006 eu tinha ido para Cotia passar o Carnaval numa chácara com os meus familiares.

    Na sexta-feira eu fui para o centro da cidade com a finalidade de ir a Galeria do Rock comprar algumas das minhas preciosidades e também seria a primeira vez que eu iria conhecer a Die Hard loja que eu já era cliente desde 2000, mas quando cheguei lá o pessoal não simpatizou comigo porque eu não estava fantasiado de Headbanger.

    Ai começou o festival de antipatia, até que os donos perceberam e me atenderam e eu expliquei quem eu era ai a coisa mudou um pouco, mas a minha impressão não eu comprei tudo o que eu tinha planejado lá, mas depois daquele dia só voltei a comprar lá no final do ano passado.

    Porque os caras que me atenderam lá já não faziam mais parte do staff da loja, ainda bem porque uma loja que prioriza o bom atendimento não pode ter radicalóides que já te hostilizavam só porque você pronunciou um nome errado de uma obra, ou de um artista e isso aconteceu comigo lá.

    Hoje a loja tem bons atendentes que não ficam presos nesses detalhes até porque você botar toda a expectativa da sua vida em cima de um disco e ter e comportamento de um adolescente quando você já ultrapassou os 30, 40, 50 anos ou mais é caso grave e requer um divã com um bom analista.

    Nunca reclamei dos preços e eles são justos pela estrutura que loja tem e te devolve não tem nada errado pagar 50 ou 70 reais em um cd. Mas o que tem de errado é o comportamento abusivo e expansivo dos vendedores e isso não pode acontecer.

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  9. E outro caso que aconteceu comigo recentemente foi na FNAC, na sexta feira dia três deste mês. Eu fui embalado para comprar porque tinha umas promoções e eu queria muito o Sticky Fingers dos Rolling Stonese já estava atrás dele fazia dois anos e finalmente achei e adcinou a minha sacola e junto comprei a edição deluxe do Eric Clapton o primeiro álbum dele, mais o duplo ao vivo com o Steve Winwood, o Rival Sons, Allman Brothers Band e mais uma galera ai.

    Só que teve um lance quando eu saí o e entrei no carro eu escutei o álbum dos Stones primeiro pela fissura, o desejo de possuir o álbum e ai começou os problemas porque o cd veio com defeito e a segunda faixa começava a pular você tinha que desligar o aparelho para poder retirar o cd de dentro isso no carro, em casa foi a mesma coisa

    Eu fui lá para fazer a troca. Chamaram um atendente e ele foi testar comigo o disco, e lá não apresentou o defeito e ele me devolveu o cd e disse "Nós não trocamos, porque aqui não apareceu o defeito", e eu retruquei e falei que tinha que trocar porque eu não iria ficar com o disco daquele jeito.

    O cara mudou a expressão e passou a gritar e a me destratar e foi chamar o gerente e nisso eu fui perdendo a paciência também e disse para ele você não sabe trabalhar, não sabe atender o público, se não sabe fique em casa ou sente e chore porque pelo visto você é um menininho muito sensível ai o cara parou de frente para mim e fez menção de me agredir eu parei dei muito risada e completei moleque para o seu bem chama o gerente.

    Ai para a minha sorte encontramos o gerente, o diretor e o chefe da seção e ele chegou lá abafando eu cheguei junto e falei para o atendente não vá embora fique que agora vamos conversar como homens.

    E comecei a explicar o ocorrido e disse que tinha que ser trocado o diretor na mesma hora pode trocar o disco, o gerente disse a mesma coisa e o chefe da seção me acompanhe senhor e eu fui lá peguei outro igual.

    Mas como eu já estava nervoso e chateado eu voltei lá e passei um sabão no atendente e os chefes da loja fizeram a mesma coisa foi muito engraçado ver o cara recebendo essa descompostura dos seus chefes, quem esse cara pensa que é para destratar o cliente que vai lá gastar o seu suado dinheiro. Para quem não sabe a FNAC é super conceituadíssima eu já estive nessa loja em Paris, quando fui a França e em Portugal visitei a filial na cidade do Porto lá essas lojas tem tudo o que não temos aqui e boa parte dos meus cd’s veio de lá.

    Outro detalhe negativo e ilegal que essas lojas praticam é se negar a trocar quando esse tipo de produto não apresenta defeito na loja deles. Eles são obrigados a trocar, o código de defesa do consumidor é claro neste aspecto.

    Eu lamento essa situação porque aqui em Ribeirão Preto, que é uma cidade de médio porte e além abastecer o interior em todas as modalidades e ter projeção nacional não tem uma loja especializada, pois todas que tinham já fecharam as portas e nós colecionadores daqui que não somos poucos ficamos entregues as grandes redes e as encomendas que fazemos junto ao Mercado Livre, Amazon.com, e-bay e Galeria do Rock (no meu caso Die Hard e raramente a Hellion)

    E troca de idéias é via internet, leitura de biografias e revistas de todos os tipos é duro, mas a realidade aqui é essa., mas fazer vamos sobrevivendo como podemos.

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  10. Essa questão do atendimento ,é realmente muito importante.Há alguns meses atrás,eu fui na loja Art Rock que fica na Galeria Barão,no centro de São Paulo,quase ao lado da galeria do Rock,e eu só comprei o disco porcausa do exelente atendimento do dono da loja,que inclusive me deixou ouvir o disco inreiro no volume máximo!

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  11. Ra ra ra... Bah magrao, em Porto é assim mesmo...

    Porto Alegre já teve altas lojas, galeria Chaves, viaduto da Borges tinha Pink Som, Flora Discos e tal... Mas nessa época não tinha muito de pegar um disco e ficar comentando... Tu via pela cara do atendente, eram meros vendedores, era pegar e pagar... Mas os anos 90 foram a época de ouro prá comprar vinil, pois tudo tava saindo em CD, e a galera se livrando das tranqueiras de LP...

    Estive lá depois, ha uns cinco anos eu acho, e as lojas que eu conhecia fecharam, então fui na Stoned Discos, peguei o Taste the band do Purple, e na saída perguntei pro filho do dono se tinha alguma outra loja de vinil por ali... O magrão, na cara dura, me falou que não tinha mais nada, sendo que a loja do Getúlio é pertinho dali...

    Cara, o que tá movimentando o vinil são as feiras, porque no preço do disco não pesa aluguel de ponto e tal... Aqui em Joinville temos mercado de pulgas todo mês, e sempre pinta novidades vinílicas...
    http://voxdiscos.blogspot.com.br/search/label/Mercado%20de%20Pulgas

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  12. Aqui em POA tava rolando uns tempos atrás uma feira de vinis ali no mercado público. Agora não sei se ainda rola...mas o preço era o mesmo do praticado nas lojas, alguns até mais caros.

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  13. Ricardo Seeling, infelizmente este tipo de arrogãncia é recorrente, Mas, sem dúvida, a melhor loja de Porto Alegre é a TOCA DO DISCO, cujo proprietário é o Rogério, o atendimento é vip. Vai lá que tenho certeza que você terá um atendimento nota 10. A toca do disco fica na Garibaldi,1043 Independência!

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  14. È ISSO ACONTECE MUITO, EU ACHO A DIEHARD DISPARADA A MELHOR EM ATENDIMENTO, A HELLION DEIXA A DESEJAR PELA INTERNET, VC MANDA EMAIL ELES DEMORAM ANOS PARA RESPONDER, COMPREM NA DIEHARD E IMBATIVEL, APESAR QUE ELES SAO MAIS CDS, LPS SÃO FRACOS EM OPÇÕES.

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  15. Ricardo, que tristeza! É um fato triste mesmo que as lojas especializadas "de rua" estão acabando e ainda temos que sofrer esse tipo de atendimento. Comprar na Livraria Cultura não é a mesma coisa que comprar nas lojas especializadas de outrora, mas acho que é o que nos resta. Além do acervo deles ser muito bom, geralmente os atendentes entendem do que fazem e são sempre cordiais. Aqui em Campinas fui surpreendido positivamente na Riva Rock. Fui lá dar uma olhada e achei a loja em organizada, com boa variedade e fui bem atendido. Com certeza irei mais vezes. 1 abraço!

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  16. Bah Ricardo, já ouvi de praticamente todas as pessoas que conheço e foram na Boca do Disco comentários desse tipo. Alguns davam risada depois e arrematavam exatamente com as palavras que o Diogão Bizotto falou aqui: "O Getúlio é assim".

    Buenas.. já comprei lá e o atendimento não chegou a ser tão horrível como o teu. Mas ficou devendo sim: ficou escancarado que o Getúlio parece ser o tipo de pessoa com baita dificuldade de socialização, rude assim mesmo como você descreveu e que julga de maneira cruel demais as pessoas pelo que elas ouvem.

    Muitos veem ele como uma pessoa folclórica. Pra mim, excentricidade tem limite. A sorte dele foi ainda não ter encontrado alguém que metesse a boca ou o braço nele ao ser tratado assim. E isso porque quem vai lá pela primeira vez como no teu caso não tem mesmo ideia de que ainda exista tratamento tão mal assim e fica sem reação, desarmado.

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  17. E pra arrematar assim como muita gente aqui tá postando recomendo a DIEHARD, que trata quem gosta de música do jeito como queremos. Ao menos online, por que a loja física ainda não conheço.

    Não tenho rabo preso com eles rsrs mas é a única loja especializada em que compro online há vários anos.

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  18. Na galeria do rock de São Paulo é a mesma coisa Seelig... vc fala em conversar com os vendedore...meu ...vou te contar...80% deles eu até tenho medo de chegar perto ... eles te olham de um jeito... não gostam de responder perguntas ... e alguns acham que possuem todo o conhecimento do mundo e que é um absurdo dividir com vc...fora que cobram o olho da cara pelos CDs e LPs ... claro que não são todos...
    Uma vez o cara teimou comigo que não tinha saído as versões nacionais do Whitesnake Live in Donington e do Ozzy - Diary of Madman (o novo remaster com os instrumentos tocados pelos musicos originais) sendo que eu já tinha conferido no andar de cima da galeria que as versões estavam disponiveis...o dono da loja foi extremamente agressivo...eu simplesmente dei as costas e deixei ele falando sozinho...isso foi na Aqualung que tem um dos maiores acervos da galeria...mas os preços são abusivos na maioria das vezes e a estrutura fisica da loja infelizmente te obriga a falar com os atendentes que na grande maioria das vezes são muito mal educados...acho estranho...em época de mp3 de excelente qualidade acho que eles deveriam tratar melhor a minoria que ainda faz questão de pagar e ter o disco fisico....

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  19. Então, eu estava mesmo a procura de uma boa loja de discos em Porto Alegre (justamente por morar na cidade) e teu post me serviu para dar contra indicações. Odeio comerciante que age como se estivesse fazendo um favor, sem a menor consideração com o cliente. Que eu me lembre, tem (ou tinha) una outra loja na altura da Andradas, se não me engano, mas além de pequena, com um atendimento que deixa bastante a desejar também. E certamente a Livraria Cultura é um excelente lugar, que além de uma farta variedade de livros, LPs, CDs, DVDs e BDs (ou seja, todas aquelas coisas que nos fazem querer gastar os trocados do bolso), o atendimento é fantástico, tenho a sensação muitas vezes que os atendentes só faltam me carregar no colo.

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  20. Leo, não recomendo a Boca do Disco, mesmo.

    Mas olha que interessante: em um dos comentários aí em cima alguém falou da Toca do Disco. Pois hoje pela manhã recebi um e-mail do proprietário da Toca, o Rogério, me convidando para visitar a loja na próxima vez que for a Porto Alegre e tirar a má impressão que tive.

    Como você já está aí, segue o endereço da Toca do Disco - e a dica vale para quem mais se interessar também:

    Rua Garibaldi 1043
    Fone 51 3311+ 4551
    Bairro Independência
    Porto Alegre (RS)

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  21. com certeza, apoio a dica do meu amigo Fernando, tb sou de porto alegre e a Toca do disco tem excelente atendimento, que é feito por quem realmente é do ramo e gosta do que faz.

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  22. Boa e inusitada matéria! É isso mesmo, nunca achei que alguém escreveria sobre isso.

    Acho que nós, frequentadores e apaixonados por esse tipo de loja/seguimento, é que tb mantemos a expectativa lá no alto. Achamos que por partilharmos uma paixão que, EM TESE, é o mesma que a do atendente, há uma "cumplicidade" maior entre lojista e cliente, algo que transcende o mero consumo de, por ex, ir comer um negócio no bar ou comprar uma calça no shopping.

    Aí nos decepcionamos qdo, do outro lado do balcão, é um cara que te trata, justamente como você disse, como se vc estivesse "incomodando", ou o cara é que te fizesse um "favor" de ter uma loja. É um comerciante comum, que quer de vc objetividade e dinheiro rs sem muita "enrolação" ou perguntas, mas que ga$te muito! E já tentou ir numa loja de usados VENDER ou repassar um item? Aí vc sai quase humilhado mesmo.

    Até entendo se a loja está lotada, não dá para receber muita atenção. Relevo tb se passei num "dia errado" ali, eventualmente, algo pontual. Mas tem lugar que, após algumas visitas, vc já marca com certeza: "ali nem entro!".

    Mas, obviamente, NEM todas são assim (AINDA BEM!)! E eu não exijo que o cara do outro lado do balcão seja uma simpatia imensa e até forçada, nem tampouco que seja necessariamente uma "enciclopedia" no assunto...

    ...o negócio é simples: atenção e solicitude, o esforço em te atender uma vez que vc os procura, sensibilidade para sacar qual é a do cliente, especialmente o fã/colecionador.

    O cara pode nem saber que item é aquele que vc procura, ou que banda é... mas vai atrás, pesquisa, telefona não sei onde, te dá a informação correta, troca ideia, recomenda, ensina e aprende... fala tb onde vc encontra, se é raro ou não, se dá pra importar, onde ele já viu aquilo, etc.

    Legal ver alguém falando sobre isso.

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  23. Só para complementar, Scobar, apenas eu estava na loja, acompanhado do meu pai e do meu irmão, que saíram quando o cidadão começou a largar as suas grossuras.

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  24. Também detesto esse azedume que encontrei, inclusive na galeria do rock de SP e em algumas lojas em BH.

    A vocês que colecionam:
    Quando forem para o sul, passem por Pelotas. Morei lá por quase 4 anos e tem alguns sebos legais, sendo o melhor deles o WOODSTOCK, onde sempre fui muito bem atendido, mesmo nem sempre levando algo pra casa. O cara que atende, de quem não me lembro o nome, sempre foi gente fina e gosta muito de conversar sobre música. Grande figura.

    Tem outros sebos mais comerciais, como o Zé Carioca também, que tem material bom, mas o pessoal não é especializado. Só te indicam e pronto.

    Em Porto Alegre tem a Fuzz discos também, na avenida cristóvão colombo. É um espaço pequeno, quando fui ainda tinha pouca coisa, mas o pessoal é legal e eu espero que o negócio possa crescer.

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  25. Bah, mas que drama fez o cara, vem de Floripa comprar discos e ainda quer papo!! Eu nunca vi o Getúlio (que não é meu amigo!) responder "bom-dia", hehee... Brincadeiras à parte, como cliente o autor do texto está com a razão (mas dar como opção uma livraria, ainda que muito boa, no 'shopping center' não é bem a mesma coisa como procurar numa especializada no centro da cidade). Acho que o lance na Boca do Disco é chegar aos poucos e, sobretudo, comprar - e olhe lá! Só depois de muito tempo eu consegui trocar umas palavras civilizadas com o Getúlio. O cara chegar a primeira vez lá e achar que está brilhando não funciona. Também não funciona muito se teu gosto musical vai de encontro ao dono da loja. Ele pode até ter o troço lá, mas vai te vender e provavelmente xingando! ehehe... Agora outra coisa é sobre Porto Alegre ser assim tão boa para discos. Tenho minhas dúvidas, como alguém falou, acho que até os 90 (e início séc. XXI) estava bom para comprar, depois os preços subiram e a variedade não acompanhou - falta muita coisa de vinil em Poa. No exterior tu encontra tudo e ainda muito mais barato, comprei uma reedição zerada do primeiro álbum do Mutantes por $11 doletas, o problema é que tive ir Vancouver para encontrar a peça... e nem comentei a internet.

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  27. Outro dia comprei um disco na Toca do Disco e fui muito bem atendido.

    Por sinal, foi a única loja de Porto Alegre que consegui contato via e-mail. Pena que eu acho que eles não têm algum tipo de catálogo na internet ou e-shop no Mercado Livre pra conferir o acervo.

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  28. Cara, o Getúlio é assim, meio animal revoltado. Já comprei muita coisa com ele e aprendi que esse é o jeito do loco. Mas vale a pena insistir porque ele manja muito de som e consegui muitas bandas obscuras sensacionais. O lance é chegar lá e pedir venenos, aí tu vai ver. Garanto. Abraços!

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  29. Recomendo a Prisma Discos, em Canoas (ao lado de porto alegre). É tâo boa quanto a Boca do Disco mas lá você será muito bem atendido.

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  30. Soy uruguaya, siempre que voy a Porto Alegre paso por ahí. Tiene muchas cosas buenas que no se encuentran en otros lados. El dueño es seco pero jamás irrespetuoso. Cuando compras mucho y pagas te da una sonrisa. No voy a dejar de ir. La recomiendo.

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