Os melhores discos lançados em fevereiro segundo o Heavy Metal About

A colheita não foi muito boa em fevereiro, com um número reduzido de lançamentos de qualidade. No entanto, alguns excelentes discos chegaram às lojas, como estes cinco que compõe nossa lista de melhores do mês.

Crypt Sermon - Out of the Garden

Este disco de estreia traz todas as qualidades essenciais do doom: vocais melódicos ascendentes, guitarras abrasadoras e devaneios místicos. Todos eles com influências de bandas como Candlemass e Saint Vitus, mas sem imitar descaradamente estes nomes seminais. Embora possamos ouvir alguns momentos mais rápidos em “Heavy Riders”, as canções ficam naquela praia agradável do mid-tempo. A ambiciosa “Into the Holy of Holies” - oito minutos que tem um início acústico e carregam o ouvinte por toda a capacidade do Crypt Sermon - mostram que a banda não irá redefinir o gênero, mas o seu inspirado trabalho enche o grupo de confiança para o que está por vir nos próximos anos.


Sarpanitum - Blessed Be My Brothers …

Despoilment of Origin foi uma estreia absolutamente monstruosa da banda inglesa Sarpanitum, que exigia um esforço do ouvinte para acompanhar o registro diabólico e a visão perversa do grupo. Blessed Be My Brothers … chega nas prateleiras como o seu mais novo esforço maciço, definindo novas imagens e expandindo o território de sua música. Adições ligeiras de teclados e coros ao fundo das canções fazem as músicas soarem mais robustas e atmosféricas. Todas as faixas são preenchidas com complexas multi-camadas de guitarras melódicas, percussão e vocais caóticos, principalmente guturais. O resultado é um álbum de death metal apocalíptico com força, beleza e anormalidade magníficas. Este disco tem todos os ingredientes de um verdadeiro clássico do death.


Keep of Kalessin - Epistemology

A banda sofreu uma mudança significativa em sua formação quando o vocalista Thebon deixou o grupo, que foi reduzido a um trio. O fundador e guitarrista Obsidian Claw assumiu também os vocais, e o Keep of Kalessin iniciou um novo capítulo com Epistemology. O disco é mais maduro e mostra a banda adaptando influências adicionais de thrash metal e inserindo-as ao seu núcleo black. As músicas ainda estão centradas em rápidos e explosivos riffs de guitarra e blastbeats, tudo misturado com movimentos orquestrais.


Marduk - Frontschwein

Frontschwein tem o melhor de dois mundos: o Marduk vintage com uma aparentemente interminável explosão de blastbeats, empilhados sobre riffs furiosos de Mortuus e seu característico black metal temperamental. A combinação dá muito certo, e Frontschwein acaba se transformando, junto com Wormwood (2009), no melhor lançamento do grupo com Mortuus como frontman. As faixas pulam para fora com violência, com a faixa-título trazendo a sua marca em um violento ataque de blastbeats e riffs enlouquecidos. A propensão do Marduk para a Segunda Guerra Mundial mais uma vez influenciou as letras, sendo o primeiro álbum da banda a retomar o tema desde Panzer Division Marduk, de 1999.


Ensiferum - One Man Army

Em seu novo disco, o Ensiferum claramente abraça as suas raízes death metal, porém sem deixar de lado os elementos folclóricos de seu som. Essa união é perfeitamente simétrica na execução e uma das maiores forças que a banda possui. Com One Man Army, o grupo também incorpora elementos de trilha sonora de filmes, e mostra uma maturidade que antes não existia. Gravado na maior parte no sistema analógico e, propositadamente, tentando soar o mais orgânico possível, One Man Army traz o Ensiferum no seu melhor. Os três anos de intervalo em relação ao disco anterior fizeram bem à banda, que volta afinada na execução e mais aventureira nas composições, soando com paixão e energia renovadas.


Matéria publicada originalmente no Heavy Metal About
Tradução de Ricardo Seelig

Comentários