Por Igor Miranda
Hoje, o quadro Cinco Discos para Conhecer traz o recém-falecido guitarrista Gary Moore, que morreu no último dia 06/12, mas deixou um legado incontestável e uma discografia pra lá de extensa.
O Colosseum II não é muito conhecido nem mesmo pelos fãs de Gary Moore. O guitarrista integrou-o em 1974, logo quando foi idealizado pelo ex-baterista do Tempest, Jon Hiseman. War Dance, terceiro trabalho do conjunto, além de contar com Moore e Hiseman, tem John Mole no baixo e Don Airey nos teclados, pianos, órgãos Hammond, sintetizadores, clavinete e sinos (!).
Não apenas este disco, mas todos os outros do Colosseum II, trazem uma ideia completamente diferente do que Moore abordou no futuro, oscilando entre o jazz e o rock progressivo em 42 minutos de música diferente, mas muito bem feita. Vale ressaltar que há apenas uma faixa não-instrumental: "Castles", balada não muito "diferentona" cantada por Gary.
Colosseum II - War Dance (1977)
O Colosseum II não é muito conhecido nem mesmo pelos fãs de Gary Moore. O guitarrista integrou-o em 1974, logo quando foi idealizado pelo ex-baterista do Tempest, Jon Hiseman. War Dance, terceiro trabalho do conjunto, além de contar com Moore e Hiseman, tem John Mole no baixo e Don Airey nos teclados, pianos, órgãos Hammond, sintetizadores, clavinete e sinos (!).
Não apenas este disco, mas todos os outros do Colosseum II, trazem uma ideia completamente diferente do que Moore abordou no futuro, oscilando entre o jazz e o rock progressivo em 42 minutos de música diferente, mas muito bem feita. Vale ressaltar que há apenas uma faixa não-instrumental: "Castles", balada não muito "diferentona" cantada por Gary.
Recomendado para quem curte uma boa viagem musical.
O Thin Lizzy vivia uma excelente fase, com uma formação que durou por alguns anos e hoje é tida como a clássica. Mas em 1978 o guitarrista Brian Robertson decidiu deixar o grupo por divergências com o líder Phil Lynott. O velho amigo de Lynott, Gary Moore, que fez parte da banda durante os quatro primeiros meses de 1974 e gravou "Still in Love With You", do álbum Nightlife, foi recrutado para assumir as seis cordas ao lado de Scott Gorham.
A line-up com Moore gravou Black Rose: A Rock Legend, um verdadeiro petardo do rock pesado. Manteve a classe dos antecessores, mas demonstrou uma atmosfera diferente, com composições um pouco mais elaboradas e maior inspiração, principalmente de Phil, compositor-chefe da banda. Gary e Scott se destacam do início ao fim, com as famosas guitarras gêmeas em seu melhor momento. Trata-se de um digno disco de hard rock, sem frescuras e delongas desnecessárias.
Apesar de ter feito um excelente trabalho com o Thin Lizzy, a vontade de Gary Moore era de trilhar seu próprio caminho e elevar a importância de seu próprio nome com um projeto solo. E já estava conseguindo, pois lançou álbuns aclamados pela crítica no início de sua trajetória. Mas, em definitivo, da fase roqueira de sua carreira solo, seu melhor trabalho é Run For Cover.
Muito bem resolvido musicalmente, o disco alia suas influências das décadas de 1960 e 1970 a uma dose de modernidade oitentista, principalmente pela timbragem dos instrumentos e pela presença de teclados, tornando-o um disco de hard rock clássico, mas bem atual para a época. O sucesso foi inevitável, e o play ainda é considerado um dos mais bem-sucedidos da discografia do irlandês.
Lançado no mesmo dia em que este que vos escreve nasceu – 26 de março de 1990 –, Still Got the Blues marcou o retorno de Gary Moore ao blues e ao mainstream. Nunca o guitarrista havia obtido tanta visibilidade e, apesar de ter mantido a qualidade nos trabalhos seguintes, nunca obteria tanta projeção novamente. Com participações do naipe de Albert Collins, Albert King e George Harrison, o disco tornou-se referência do gênero e material de estudo para tocadores de guitarra que tentam ser guitarristas.
O grande destaque por aqui é a faixa-título – quem não se emociona com o famoso tema que a conduz? –, mas outras músicas também fizeram bonito, tornando-se presença obrigatória nos repertórios dos shows. "Moving On", "Walking By Myself", "Too Tired" e aquela que toca mais fundo o meu coração musical: "Midnight Blues". Moore era um gênio; sensibilidade rara e um timbre sem comparação
O guitarrista passava por um ótimo momento em sua carreira solo, que já trazia discos inteiramente galgados no blues rock, quando recebeu o convite de Jack Bruce e Ginger Baker, respectivamente baixista e baterista do Cream, para formar o BBM - até porque Eric Clapton, guitarrista original da ex-banda dos dois, recusou uma reunião.
Around the Next Dream é o único registro deixado por esse power trio de astros. Regadíssimo por influências do blues e do rock and roll em suas raízes, a qualidade é acima da média. Melodias excelentes, letras maravilhosas e instrumental impecável, além dos três darem uma amostra de seus vocais. O projeto deu errado por conflitos entre os integrantes, e Baker ainda soltou declarações do tipo "Moore precisa de um psiquiatra".
Thin Lizzy - Black Rose: A Rock Legend (1979)
O Thin Lizzy vivia uma excelente fase, com uma formação que durou por alguns anos e hoje é tida como a clássica. Mas em 1978 o guitarrista Brian Robertson decidiu deixar o grupo por divergências com o líder Phil Lynott. O velho amigo de Lynott, Gary Moore, que fez parte da banda durante os quatro primeiros meses de 1974 e gravou "Still in Love With You", do álbum Nightlife, foi recrutado para assumir as seis cordas ao lado de Scott Gorham.
A line-up com Moore gravou Black Rose: A Rock Legend, um verdadeiro petardo do rock pesado. Manteve a classe dos antecessores, mas demonstrou uma atmosfera diferente, com composições um pouco mais elaboradas e maior inspiração, principalmente de Phil, compositor-chefe da banda. Gary e Scott se destacam do início ao fim, com as famosas guitarras gêmeas em seu melhor momento. Trata-se de um digno disco de hard rock, sem frescuras e delongas desnecessárias.
Gary Moore - Run For Cover (1985)
Apesar de ter feito um excelente trabalho com o Thin Lizzy, a vontade de Gary Moore era de trilhar seu próprio caminho e elevar a importância de seu próprio nome com um projeto solo. E já estava conseguindo, pois lançou álbuns aclamados pela crítica no início de sua trajetória. Mas, em definitivo, da fase roqueira de sua carreira solo, seu melhor trabalho é Run For Cover.
Muito bem resolvido musicalmente, o disco alia suas influências das décadas de 1960 e 1970 a uma dose de modernidade oitentista, principalmente pela timbragem dos instrumentos e pela presença de teclados, tornando-o um disco de hard rock clássico, mas bem atual para a época. O sucesso foi inevitável, e o play ainda é considerado um dos mais bem-sucedidos da discografia do irlandês.
Gary Moore - Still Got the Blues (1990)
Texto por Marcelo Vieira
Lançado no mesmo dia em que este que vos escreve nasceu – 26 de março de 1990 –, Still Got the Blues marcou o retorno de Gary Moore ao blues e ao mainstream. Nunca o guitarrista havia obtido tanta visibilidade e, apesar de ter mantido a qualidade nos trabalhos seguintes, nunca obteria tanta projeção novamente. Com participações do naipe de Albert Collins, Albert King e George Harrison, o disco tornou-se referência do gênero e material de estudo para tocadores de guitarra que tentam ser guitarristas.
O grande destaque por aqui é a faixa-título – quem não se emociona com o famoso tema que a conduz? –, mas outras músicas também fizeram bonito, tornando-se presença obrigatória nos repertórios dos shows. "Moving On", "Walking By Myself", "Too Tired" e aquela que toca mais fundo o meu coração musical: "Midnight Blues". Moore era um gênio; sensibilidade rara e um timbre sem comparação
BBM - Around the Next Dream (1994)
O guitarrista passava por um ótimo momento em sua carreira solo, que já trazia discos inteiramente galgados no blues rock, quando recebeu o convite de Jack Bruce e Ginger Baker, respectivamente baixista e baterista do Cream, para formar o BBM - até porque Eric Clapton, guitarrista original da ex-banda dos dois, recusou uma reunião.
Around the Next Dream é o único registro deixado por esse power trio de astros. Regadíssimo por influências do blues e do rock and roll em suas raízes, a qualidade é acima da média. Melodias excelentes, letras maravilhosas e instrumental impecável, além dos três darem uma amostra de seus vocais. O projeto deu errado por conflitos entre os integrantes, e Baker ainda soltou declarações do tipo "Moore precisa de um psiquiatra".
Comprei o Still Got the Blues hoje, em vinil. Puta álbum de um excelente guitarrista!!!
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