The Dirty Streets: crítica de Blades of Grass (2013)

Natural de Memphis, o The Dirty Streets é um trio formado por Justin Toland (vocal e guitarra), Thomas Storz (baixo) e Andrew Denham (bateria). A banda nasceu da paixão dos integrantes por nomes como Led Zeppelin, Humble Pie e Cream. Essa união gerou um rock retrô de qualidade, que não soa gratuito e nem desnecessário em nenhum momento. É uma sonoridade que transmite autenticidade, agregando elementos do rock e do blues em composições de qualidade genuína.

O primeiro disco, Portrait of a Man, foi lançado em dezembro de 2009. O segundo, Movements, chegou às lojas em novembro de 2011. E o terceiro, Blades of Grass, acaba de sair. O disco traz onze faixas fortes, construídas sempre a partir da guitarra de Toland e evoluindo para blues rocks e boogies cheios de feeling e balanço. Além das bandas citadas, percebe-se neste novo trabalho a influência dos Black Crowes, característica evidenciada pela similaridade entre a voz de Chris Robinson e a de Justin Toland.

Sempre seguindo o formato riff-verso-refrão-solo, as músicas do The Dirty Streets bebem no lado clássico do rock mas sem xerocar nenhum dos grandes nomes do estilo. Há personalidade própria, uma cara original e cativante no som do trio, e isso merece grandes elogios.

Seja para pegar a estrada ou apenas para fazer a trilha de um bom papo com os amigos, Blades of Grass é daqueles discos que chegam para se tornar grandes amigos de seus donos. Um novo brother que aterrisa em nossas coleções, em nossas vidas, com uma conversa sempre agradável e que proporciona inegáveis ótimos momentos.

Entre esses ápices, destaques para a pesada “Heart of the Sky”, para a malandríssima faixa-título, “Stay Thirsty” (que mistura os Crowes com o Lynyrd Skynyrd), “Talk”, “No Need to Rest”, a calma “Movements #2” (com ecos da Allman Brothers Band), ... A lista é grande, e não seria incorreta se citasse todas as composições do disco.

Sem compromisso e totalmente relax, o The Dirty Streets gravou um senhor terceiro álbum. Blades of Grass é muito bom, com ótimas faixas e diversos grandes momentos. Ouça e conheça mais uma banda atual que joga outra grande pá de cal sobre o discurso equivocado de quem acredita no “fim do rock” e na frase “não existe qualidade na música atual”.

Nota 8,5

Faixas:
1 Stay Thirsty
2 Talk
3 No Need to Rest
4 Movements #2
5 Try Harder
6 Blades of Grass
7 Keep an Eye Out
8 Heart of the Sky
9 Truth
10 Twice
11 I Believe I Found Myself

Por Ricardo Seelig

Comentários

  1. Boa resenha, capa maravilhosa, nome da banda legal... vou dar uma conferida com certeza!

    ResponderExcluir
  2. Poxa, deve ser realmente muito bom!! Vou escutá-lo...

    ResponderExcluir
  3. Animal!! Segurou a mão, no mínimo 9 pros cara!!

    ResponderExcluir
  4. Putz, gostei muito. Mais um da lista de "conheci na Collectors". Valeu.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Você pode, e deve, manifestar a sua opinião nos comentários. O debate com os leitores, a troca de ideias entre quem escreve e lê, é que torna o nosso trabalho gratificante e recompensador. Porém, assim como respeitamos opiniões diferentes, é vital que você respeite os pensamentos diferentes dos seus.