Review: Desert Crows – Age of Despair (2019)



Formada em 2017, a banda goiana Desert Crows é uma das revelações da cena stoner brasileira. O trio conta com Vitor Mercez (vocal e guitarra), Raul Martins (baixo) e Pedro Nascimento (bateria), e sua sonoridade caminha em horizontes próximos aos de nomes como Kyuss, High on Fire e Orange Goblin. O som é pesadíssimo, não economiza no fuzz e possui uma agressividade inerente.

Age of Despair, disco de estreia do grupo, foi lançado em meados de abril pela Monstro Discos e Milo Records é um dos grandes debuts gravados por uma banda brasileira nos últimos anos. Com uma linda capa criada pelo ilustrador Cristiano Suarez, o álbum foi disponibilizado em CD digipack e pode ser comprado no site da gravadora.

O trabalho vem com oito faixas dispostas em quase quarenta minutos. As músicas tem a guitarra como eixo central, enquanto baixo e bateria alicerçam a parede sônica que sustenta um stoner que impressiona. Apesar do pouco tempo de estrada, o Desert Crows alcançou um resultado muito bom em Age of Despair tanto na produção quanto nas canções, todas redondas e bem desenvolvidas, com força e qualidade para levar a banda para vôos não apenas pelo Brasil, mas também fora do país.

Entre as faixas, destaque para a música que dá nome à banda e abre o disco, “Loose Me” e seu DNA tipicamente Tony Iommi, o doom chapado da cadenciada e longa “Sweet Liar Love” e a música que dá nome ao disco, que derrama uma enxurrada de riffs na cabeça do ouvinte.

Se você curte o som de bandas brasileiras como Disaster Cities e Cattarse, tem tudo pra também gostar do trabalho do Desert Crows.

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