Lançado em julho de 2012 como um ambicioso álbum duplo, Yellow & Green não apenas consolidou a identidade do Baroness, como também expandiu os limites do que o metal pode ser. Com uma sonoridade rica, versátil e emocionalmente carregada, o disco se destaca como um dos grandes marcos do metal nos anos 2010 e, para muitos fãs e críticos, é o ponto alto da discografia da banda. Oriundos da cena sludge/stoner de Savannah, na Geórgia, os integrantes do Baroness sempre foram mais do que simples herdeiros do som encorpado do gênero. Se há ecos de Mastodon em sua trajetória — especialmente no equilíbrio entre peso e melodia, e nas estruturas épicas das canções —, Yellow & Green prova que John Baizley e companhia trilham um caminho próprio. A mistura de stoner metal, rock progressivo, psicodelia e até indie rock dá ao álbum um sabor único. É denso e melódico, pesado e etéreo, abrasivo e belo — tudo ao mesmo tempo. O vocal de Baizley ganha aqui um novo destaque. Mais emotivo e meló...
O fim de Stranger Things se anuncia como um adeus grandioso, tenso e carregado de emoção. E poucas músicas traduzem melhor esse sentimento do que “Child in Time”, clássico absoluto do Deep Purple, escolhido para embalar o trailer da temporada final. A canção, lançada em 1970 no álbum Deep Purple in Rock , é uma obra-prima sobre dor, angústia, perda da inocência e os horrores da guerra. Ao ser resgatada por uma das séries mais icônicas da atualidade, ela ganha nova vida, e ajuda a anunciar que o que está por vir será tão intenso quanto a própria música. Ao longo de suas temporadas, Stranger Things construiu uma relação poderosa com a música. A série não apenas recriou com fidelidade o clima dos anos 1980, como também fez com que canções esquecidas ou subestimadas fossem redescobertas por novas gerações. Foi assim com “Running Up That Hill”, de Kate Bush, que virou símbolo de resistência emocional de Max. Foi assim com “Master of Puppets”, do Metallica, eternizada na cena épica de Ed...