Emicida é hoje, ao lado de Criolo, o principal rapper do Brasil. Com discurso afiado, inspirado e inteligente, do alto de seus 31 anos Leandro Roque de Oliveira é cada dia mais conhecido Brasil afora, merecendo o justo reconhecimento que recebe.
As canções de Emicida estão entre as minha favoritas nos últimos anos. O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui (2013) e, principalmente, Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa (2015), foram dois dos discos que mais ouvi recentemente. Considero o álbum de 2015 um dos grandes álbuns brasileiros recentes, uma obra de arte dona de uma profundidade arrebatadora.
Abaixo estão cinco clipes de Emicida, cinco canções marcantes de sua carreira e que mostram os dois lados mais claros de sua musicalidade e personalidade. O lirismo à flor da pele está em “Mãe” e “Crisântemo”, homenagens a seus pais, ambas belas e arrepiantes. E as letras inteligentes de “Levanta e Anda”, “Boa Esperança” e “Mandume”, que falam de questões sociais sem papas na língua e deixam claro o quão profundo o racismo está inserido na sociedade brasileira.
“Mandume”, com participações inspiradas de Drik Barbosa, Amiri, Rico Dalasam, Muzzike e Raphão Alaafin, é o retrato musical de um Brasil que teima em esconder embaixo do tapete a sua origem, ignorando e colocando de lado toda uma enorme parcela de sua população apenas por causa da cor de sua pele.
Ouça, preste atenção nas letras e veja como Emicida, o Leandro, é um poeta não apenas singular, mas extremamente necessário para que consigamos construir um país melhor a cada dia.
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ResponderExcluirRap não é música e sim engodo.
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