Pioneiros do Metal Nacional: Eduardo de Souza Bonadia


Por Ricardo Seelig
Colecionador

Batemos um longo papo com Eduardo de Souza Bonadia, um dos desbravadores do heavy metal em nosso país, co-fundador da revista Rock Brigade e hoje editor da Stryke Magazine. Bonadia contou histórias do começo da Brigade e de como era a cena nacional nos anos oitenta, além de nos mostrar a sua coleção.

A entrevista ficou sensacional, espero que curtam!


Collector´s Room - Bonadia, você se considera um colecionador de discos? Tem quantos na sua casa?

Eduardo de Souza Bonadia - Sim, com certeza. Desde os anos setenta (mais precisamente 1973) eu coleciono. Cheguei a ter mais de 2.000 LPs, mas com o advento do CD fiquei com uns 20 que espero agora sejam substituídos por CDs. Tenho bem mais de 2.000 CDs e mais de 400 DVDs, e aumentando ...

Você guarda algumas demos ou material da época em que começou a trabalhar com jornalismo musical?

Infelizmente não, ficaram todas as demos na redação da Rock Bridade, e por estupidez de quem ficou por lá foram utilizadas para gravação de LPs (!!!), perdendo-se assim um tesouro incalculável. Tanto material antigo raríssimo, de qualidade, literalmente jogado fora!!! Não faria isso nunca!!! 

Você foi um dos fundadores da Rock Brigade. Como surgiu a idéia da revista?

Comecei a trocar correspondência com várias pessoas através de um anúncio colocado na saudosa revista Somtrês, e entre estas pessoas estava o Antônio D. Pirani (Toninho), além de outros não menos importantes que foram o embrião da Rock Brigade. Comecei, especialmente com o Toninho,  a trocar correspondência mais a fundo no aspecto musical. Ficamos muito amigos, emprestávamos LPs um para o outro constantemente - ele me passava mais material dos anos 60 e 70, e eu emprestava anos 70 e algumas coisas mais pesadas que ele não conhecia bem (Motorhead, Girlschool, etc). 

Com o tempo, e como ele recebia na época a excelente revista britânica Kerrang - que começava a falar muito do "novo" movimento NWOBHM - New Wave Of British Heavy Metal - e tempos depois, no início dos anos oitenta, um zine norte americano chamado KAM, que foi a base de informação para nós no início. 

Assim como os outros componentes do staff, éramos amigos de correspondência ou até mesmo amigos de bairro que alimentavam o amor pela música pesada.

Quem deu o nome da publicação, baseado, é claro, na música do Def Leppard, foi o Ricardo H. Oyama, que na época tornou-se um grande fã do então quase desconhecido Iron Maiden!!!

Quando a revista surgiu, não havia essa facilidade ao acesso de informações que temos hoje. De onde vocês pegavam as informações para produzir as matérias daquelas primeiras edições da Brigade?

Não existia nada, era tudo feito na base da raça, do amor pelo metal (a música, não o dinheiro). Bem no início as fontes de informação eram realmente as mencionadas, Kerrang e KAM, mas com o tempo tornei-me o "relações públicas internacionais" e os contatos eram feitos por mim diretamente com as bandas, gravadoras, etc, e as matérias eram fresquinhas. 

Onde ficava e como era a redação da Brigade naqueles primeiros tempos?

O endereço de correspondência no início era a minha casa (no Cambuci). Inclusive os leitores eram tratados como sócios, com carteirinha e tudo o mais, e a Rock Brigade era um fã-clube de heavy metal, mas as reuniões do staff eram feitas na casa do Toninho (em Santa Cecília) semanalmente. Somente em 1986/87 (não me lembro bem a época) a sede passou a ser na Avenida Paulista, no Conjunto Nacional (chique não??! risos)

Como era impressa a revista naqueles primeiros dias?

Era "xerocopiada" e grampeada toscamente, tudo feito na escuridão da madrugada pela namorada do Toninho, na empresa aonde ambos trabalhavam. Devem ter dado um prejuízo legal para a empresa com isso (risos). 

A Rock Brigade tinha uma postura super radical, que era exemplificada pelos adjetivos criados para classificar os grupos metálicos e a escolha em escrever os nomes daa bandas que não eram do metal de uma forma propositalmente incorreta. Quem teve essa idéia e como ela era recebida pelos fãs?

Nada foi feito artificialmente, era tudo feito de coração, era o verdadeiro feeling, sentimento de quem estava escrevendo, e no geral a idéia era muito bem recebida entre os leitores. Todos realmente amavam as bandas, os álbuns, ou odiavam mesmo, havia um radicalismo, mas era uma coisa mais saudável, não esta estupidez atual. Mas hoje em dia eu não falaria mal de vários artistas que eu malhei na época. Amadureci (risos).


Vocês enviavam a revista para fora do Brasil? Como era o intercâmbio com a galera do exterior?

Sim, esta era minha responsabilidade também. O Toninho ficava doido com o dinheiro que gastávamos com o envio das revistas para o exterior (risos), mas se não fosse isso a Rock Brigade não teria chegado ao patamar de ser uma grande e respeitada publicação, conhecida entre muitos no exterior. Era muito legal. Graças à isso eu fiquei muito amigo de muitas pessoas de bandas, da mídia, de gravadoras, e os agradecimentos à Rock Brigade naquela época encontram-se em antigos álbuns de artistas como Helloween, Artillery, Celtic Frost, Running Wild, Flotsam & Jetsam, Cirith Ungol, e muitos outros. 

Tem alguma curiosidade ou história dos anos oitenta, quando o metal começou a se popularizar aqui no Brasil, que você poderia dividir com a gente?

Realmente não me lembro muito bem, mas o que lembro é que algumas pessoas não acreditavam na gente, não valorizavam o que estávamos fazendo, não davam bola. Uma pessoa que admiro e que também foi um desbravador é o Walcir Chalas, da Woodstock Discos. Ele chegou a amassar na minha frente uma filipeta de divulgação da Rock Brigade, isso em 1981, ainda lembro muito bem disso (risos). 

Pra você, qual foi a importância da Rock Brigade para a cena metálica brasileira?

De suma importância em muitos sentidos. Nós não traduzíamos outras publicações inteiras para nacionalizá-las. Trouxemos e divulgamos aos leitores muitas novas e ótimas bandas (inclusive Metallica, Manowar, etc), até então desconhecidos ou conhecidos apenas por quem tinha dinheiro para comprar LPs importados caríssimos. Demos a cara pra bater, e tem muita gente seguindo os passos e copiando a forma que escrevíamos na época.

Uma das principais críticas dos leitores durante os anos noventa foi a maior abertura que a Brigade começou a ter, publicando matérias não só de grupos de metal, mas também de punk, hardcore e grunge. Qual a sua opinião sobre isso?

O princípio do fim. Pra mim foi um período negro, abominava e abomino essa abertura. 

Você sabe quem tem os arquivos originais das primeiras edições da Brigade?

Talvez o Toninho, não sei.

Quando e porque você deixou a Rock Brigade?

Acho que em 1987. Prefiro não falar a respeito, mas nunca me arrependi.


Você mantém contato com a galera que produzia a revista em seus primeiros anos? Sabe o que cada um deles está fazendo?

Só com o Toninho, o restante do pessoal sumiu. Tres grandes amigos da época, o Ricardo Oyama, o Adrian Gomes e o Berrah de Alencar sumiram!  Wilson D. LÚcio foi expulso ainda na minha época e não quero vÊ-lo nem pintado de azul. Os irmãos Slemer (grandes pessoas e que tiveram papel importantíssimo no início da revista) tive algum contato graças ao Orkut, mas sumiram também.

Você continuou acompanhando a Rock Brigade ao longo dos anos, mesmo depois de se afastar da revista?

Sim, até hpje, mas sem nenhuma paixão. Nem acompanho todas as edições, não me interesso mais, apenas uma leitura a mais "de vez em nunca".

A Rock Brigade passou por uma grande turbulência nos últimos anos, quase fechando as portas. O que você sentiu quando viu a revista que fez nascer quase chegar ao seu fim?

Sinceramente não senti nada. A Rock Brigade é apenas um reflexo pálido do que já foi! Naquela época era tudo feito com o coração, hojw é feito pelo dinheiro. Os anos oitenta foram áureos para a publicação, depois o espírito se perdeu. 


Após sair da Brigade você fundou a Strike. Conta pra gente como surgiu essa idéia e um pouco da história da revista.

A idéia da Strike, hoje Stryke, era e é seguir uma linha não tendenciosa, sem pretensão comercial descarada, honesta até os ossos, focalizando somente os estilos que os componentes do staff realmente gostam, sem ter o rabo preso, sem puxação de saco com gravadora, banda, etc. Honestidade acima de tudo.

A idéia surgiu em 1995 juntamente com um ex-amigo e ex-proprietário de loja na Galeria do Rock, mas ele me deixou na mão logo depois da primeira edição, aí segurei as pontas sozinho até a sétima edição, e em 1999 a Strike passou a ser virtual (www.strikemet.comwww.myspace.com/strikemg).

Quais os pontos positivos e negativos em ter uma publicação musical segmentada no Brasil?

Não dá pra agradar a todo o mundo ao mesmo tempo. Brasileiro não gosta de ler, há muita competição não saudável. O pessoal continua a ser radical, mas de uma forma muito radical, estúpida e violenta, lembrando-me muito torcidas de futebol. As gravadoras querem te comprar de qualquer jeito pra que você fale bem de seus artistas, isso sem falar na dificuldade para se conseguir anunciantes ...

As revistas de música sobreviverão por muito tempo ou elas estão com os dias contados?

Sobreviverão. O acesso à internet ainda não é acessível a todos e muitas pessoas gostam de uma boa e velha revista impressa - eu mesmo sou um destes.

Eu também. Você, o André Cagni, o Antônio Pirani, o Leopoldo Rey, o Walcyr Chalas e inímeros outros que eu não vou lembrar agora – o que é uma injustiça, diga-se de passagem – foram uma espécie de professores para toda uma geração de consumidores de mísica, que liam seus textos e críticas e as seguiam quase reliogiosamente. Você tem noção do tamanho da influência daquele trabalho desenvolvido naqueles primeiros anos na formação musical de um monte de gente? E como você se sente sobre isso?

É muito legal ler resenhas, matérias em publicações e vê-las repletas de citações e vícios de linguagem que você ajudou na criação. Não só isso, mas muita gente curte X estilo ou X banda(s) porque através de resenhas a fizemos conhecida. Muita gente já me falou isso. Gostaria somente que todos nós, mídia, bandas, etc, que ajudaram neste desbravamento, fossem mais conhecidos e divulgados de alguma forma entre a garotada de hoje. O legal é que toda esta gente faz parte da história do metal e do rock brasileiros.

Você tem saudades de algo da cena metálica brasileira dos anos oitenta? 

De tudo. Das bandas, da sonoridade, da originalidade e da união da cena nacional (quanta coisa boa!!), dos meus cabelos longos (risos) e aí vai.


O que mudou na sua relação com a música nesses mais de vinte anos de envolvimento tão intenso com ela?

Sou muito cauteloso e desconfiado no que tange ao que a mídia especializada costuma dizer que é "a banda do momento". Não confio em resenhas de CDs de revistas, se tenho que comprar, compro pra ouvir, nada como o MySpace. Não gosto de nada que soe moderno, não gosto de misturas, não gosto de som extremo, de cara de mau (risos).

Quando você olha para trás, do que se arrepende e do que tem mais orgulho?

Do que me arrependo?  De não ter cuidado melhor dos meus cabelos (risos). Brincadeira!  De nada, sinceramente. De não ter tido algumas atitudes mais profissionais em alguns assuntos do passado. Orgulho: de fazer parte da história da cena metal/rock do Brasil e do mundo.

Você ainda ouve heavy metal?

Siiiiiiiiiimmm, e muito. Minha esposa fica doida (risos). Somente 10% da minha coleção é de rock progressivo, classic rock, hard rock, melodic rock, o restante é tudo som bate cabeça!!! Agora mesmo estou ouvindo!!!  Estou com 46 anos de idade e vou morrer ouvindo metal!!!


Bonadia, você já pensou em escrever um livro contando todas as histórias que viveu e presenciou em toda a sua carreira?

Sim, gostaria, até comecei a fazer isso num link da Stryke, mas meu webmaster perdeu o texto e aí desanimei, mas já tem gente boa fazendo isso e minha participação já foi gravada (www.brasilheavymetal.com). Quem sabe mais tarde, contando com alguém que possa mesmo compor o texto.

Na sua opinião, quais grupos brasileiros tiveram uma grande influência e importância na história da música pesada mundial?

Não é minha praia, mas primeiramente o Sepultura, por ser o desbravador em termos de divulgação no exterior, mas com importância menor sei que a cena extrema mineira influenciou muita gente lá fora; Viper e Angra; muita gente com os quais troquei LPs na Europa e nos Estados Unidos amavam bandas como Centúrias, Harppia, Vulcano, etc.

Eduardo, e o futuro? Quais são os seus planos?

Como nunca vivi de música e nem pretendo (sou funcionário público), a música é um grande amor. Pretendo continuar com a Stryke enquanto tiver saúde, inspiração pra escrever e pessoas/amigos no staff pra me ajudarem, e muito, na tarefa.


Em algum momento você chegou a sentir ultrapassado, com medo de não conseguir acompanhar o que as novas gerações de fãs de música consomem?

Não, de maneira alguma. Não acompanho as modas, elas não me incomodam, sei que num momento elas vão embora. Estou nessa desde 1973 e já vi e presenciei muito coisa.

Qual o futuro da música? Ainda compraremos discos ou tudo será virtual daqui pra frente?

Voltar às raízes, como já tem acontecido na Europa. Heavy metal puro e simples, sem vocais eruditos, misturebas, afinações baixas, arrghhh. Espero que os CDs resistam ao tempo. Pelo numero de CDs que recebo pela Stryke tenho certeza que ainda vão ter longa vida. Abomino esta história de baixar músicas.

Bonadia, muito obrigado pelo papo e pela disposição, um grande abraço e sucesso.

Eu que tenho que agradecer. Valeu e tudo de bom. Pessoal, acompanhem a Stryke, e bandas/gravadoras enviem-nos material. Estamos aqui para divulgar.


Comentários

  1. Ficou muito além do que eu esperava, não por sua causa, Ricardo. Se ele pensa que um dia a revista Veja ou o Fantástico vai entrevistá-lo perguntando o que aconteceu com a Rock Brigade, está equivocado. Está na cara que ele disse só o básico, senão seu futuro livro não vai conter novidades para assim vender alguns exemplares. Fora tudo isso, deixou de citar seu envolvimento com o Cristianismo. Foi por vergonha ou por falta de interesse do entrevistador? Eu não teria vergonha de citar o que ELE fez em minha vida.

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  2. Não sou fã de heavy metal mas gostei de ler a entrevista!
    Valeu, Cadão!

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  3. Cara, eu não sei muita coisa do envolvimento do Eduardo com o cristianismo, então foi falha minha em não perguntar mesmo.

    E não acho que ele tenha dito apenas o básico. Não encontro muitas informações sobre os primórdios da Brigade por aí, por isso curti a entrevista.

    Mas respeito a sua opinião, é claro.

    Abração.

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  4. Quem é o anônimo dos comentários da entrevista do Bonadia? oq o Bonadia fez na vida do anônimo?? só pra tentar entender a postagem de "mulher traída". abs.

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  5. Parabéns Cadão!
    Eu sempre fui muito fã do trabalho do Bonadia e a entrevista ficou muito boa.

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  6. É triste o caminho que a revista Rock Brigade tomou, uma revista que foi por muitos anos a ‘bíblia’ mensal para muitos headbangers e hoje em dia se definhando e perdendo definitivamente seu posto de mais importante revista do gênero da América do Sul para o concorrência. Há muitos anos deixei de acompanhar religiosamente a revista, mas nas vezes esporádicas em que tive as revistas em minhas mãos era nítido a estagnação e a falta de objetivo do editorial, até na parte gráfica. Acompanhei também as sete publicações da revista Strike, que me apresentou muitas novidades, inclusive adquiri algumas dezenas de CDs que pertenciam à coleção do Sr Eduardo Bonadia e que eram vendidas na antiga loja Empire da Galeria do Rock.

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  7. Olá pessoal.Não falei nada com respeito à minha conversão em 2004/2005 pois nada foi me perguntado.Mas posso garantir ao Anomino e outros que isso MUDOU MUITO minha vida prá melhor, mas a entrevista foi feita para se falar sobre música não sobre minha fé.Quem quiser saber sobre isso, veja o site da Stryke ou falem comigo pelo e-mail ou telefone(11 76554498) ficarei muito feliz em falar à respeito.Qto à escrever um futuro livro sobre o passado na Rock Brigade,realmente não tenho intuito de fazer isso.Acho que todos fizeram parte da cena dos anos 80(bandas,musicos, midia) tem seu valor e só participaria de uma publicação que abrangesse à todos.Abços Bonadia PS Anonimo, identifique-se, é muito fácil se esconder!!!!

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  8. São pessoas como essa ,que fazem o amor virgem do metal permanecer dentro de nossas cabeças ,atoladas e atropeladas por essa música de hoje tão baixa ,pesada e sem direção ,parabéns cara ,tenho esse sentimento igual o teu ,não tão grandioso igual ao seu (digo pelo tempo)mais vivo isso cada dia em mim,porque o metal nunca vai morrer ,enquanto houver uma atitude na música pesada,o metal será engrandecido...Segue meu email e msn para contatos(msn)petrifica@hotmail.com e email geenafire@yahoo.com

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  9. Fiquei muito feliz de ler os comentários postados aqui, incluindo o do Eduardo, se colocando à disposição para trocar idéias com quem quiser. Muito bom isso cara, parabéns.

    E sobre a questão reliogiosa, como o Bonadia já disse, a entrevista foi feita para falarmos de música, e não de religião. Quem quiser conversar com o Eduardo sobre isso, e tenho certeza de que será uma ótima convrsa, entre em contado pelo telefone que ele divulgou que tenho certeza de que será muito bem atendido.

    Abração.

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  10. Parabéns ao Cadão e ao Bonadia, grande caráter. Eu como brasileiro e fã de Heavy Metal tenho profundo respeito pelo Bonadia, Pirani e outros fundadores da RB. Pois fui musicalmente alimentado por eles, sou assinante, e sou leitor virtual da Stryke.

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  11. Boa entrevista e todos vocês Brasileiros deviam-se orgulhar da vossa historia musical com excelentes executantes, redatores e sobretudo pelo vosso espirito de com tão pouco terem feito tanto. O que delirava com as Rock Brigade que chegavam cá a Portugal e o que deliro quando oiço bandas como Harppia, Centurias, Taurus etc...

    Um abraço de um grande fan da cena heavy brasileira dos 80´s directamente de Portugal para todos vós.

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  12. O Bonadia faz parte da história do heavy/rock brasileiro. Sou viciado em rock n roll em geral, tenho uma banda de classic rock (tocamos cream, free, lynyrd, hendrix...), sou colecionador de qualquer coisa relacionada ao rock em geral e, também, leitor assíduo de todas publicações musicais brasileiras às quais tenho acesso. E é triste ver como a Brigade, que sobreviveu aos famigerados anos 90, está passando por um momento complicado, com edições quase trimestrais, quando saem!
    Parabéns Seelig pela entrevista e ao Bonadia pela honestidade nas respostas! Sem rabo preso! E por favor, mais entrevistas nesse blog que é bom demais! Valeu!

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  13. Bonadia, parabéns!!! Vc é um cara que sente, entende o que é verdadeiramente o Heavy Metal. Penso muito parecido com vc! Acho que o Heavy Metal perdeu sua essência. Hj é tudo mascarado, pasteurizado e sem sentimento. Tb odeio misturebas, afinações baixas, carinhas de mau ou carinhas bonitinhas..kkkk.. prefiro cara normal!rsrs

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  14. É bom saber que ainda há pessoas que acreditam no VERDADEIRO rock pesado. Enquanto a imensa maioria "evoluiu" ou "abriu a mente" para estes novos estilos que erroneamente são classificados como algo "metal", há aqueles que seguem fielmente a tradição metálica, longe de falsos modernismos, misturas, pseudo-evoluções e todo este lixo sonoro que infestou a cena metálica dos últimos 18 anos. Parabéns Eduardo, você é um cara de personalidade e de princípios. Devemos sempre defender com unhas e dentes a memória do verdadeiro rock pesado, como era praticado nos anos 80.

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  15. É bom saber que ainda há pessoas que acreditam no VERDADEIRO rock pesado. Enquanto a imensa maioria "evoluiu" ou "abriu a mente" para estes novos estilos que erroneamente são classificados como algo "metal", há aqueles que seguem fielmente a tradição metálica, longe de falsos modernismos, misturas, pseudo-evoluções e todo este lixo sonoro que infestou a cena metálica dos últimos 18 anos. Parabéns Eduardo, você é um cara de personalidade e de princípios. Devemos sempre defender com unhas e dentes a memória do verdadeiro rock pesado, como era praticado nos anos 80.

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  16. A Strike era a melhor revista de metal do Brasil.
    Vale a pena lembrar das tradicionais alfinetadas que o Bonadia dava na Brigade em vários textos da revista, chamando a mesma de Rede Globo do metal hehehe
    Pra mim a melhor alfinetada foi na resenha do ábum The Rivalry do Running Wild, que o redator tira com a cara do FSF, quando o mesmo fala de uma suposta balada que o Running Wild fez.

    E pra provar que a revista não tinha rabo preso com gravadora e com ninguém, basta lembrar que até onde eu sei, a Strike era única revista a dar nota 0 pra alguns discos haha!
    Lembro bem quando saiu o Hear in the New Frontier do Queensryche, ganhou nota 0! haha!

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  17. Verdade,dávamos 0 mesmo!!!nunca tivemos o rabo preso com ninguem, e nem estavamos prá agradar.Honestidade e sinceridade acima de tudo, nunca fomos álbum de figurinha de gravadora....e nada como a liberdade da Internet para nos mantermos íntegros e honestos como sempre....

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  18. Cadão, tira a opção de "anônimo" e deixa só as outras. Acho que assim acaba com esse povinho das antigas que quer lavar roupa suja usando a água, sabão e tanque dos outros...

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  19. Também acho que deve ser tirado o "anonimo" gosto de saber com quem converso, seja amigo ou não....Obrigado.Bonadia e-mail strikemag@ig.com.br msn bonametal@hotmail.com tel 1176554498

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  20. Olá pessoal, agora estou morando em Sorocaba no interior paulistano e o novo endereço de contato da Stryke está no editorial e no myspace. Grato. Bonadia

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  21. Ricardo - Batera Scatus28 de março de 2009 às 22:15

    Show de entrevista, perfeito, sou fã desse cara "Eduardo", Belo trabalho, infelizmente e o que ele disse e a pura verdade sobre a Rock Brigade.

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  22. De certa forma é decepcionante quando vejo que alguém que pôde ter contato por tantos anos com um dos poucos estilos musicias (e assim sendo, formas de expressão artísticas) que se propõem a questionar dogmas inverossímeis, tradições falidas e hipocrisias seculares, possa se entregar à mediocridade da religião e, pelo visto, a essas manifestações capitalistas ocidentais das igrejas americanas. Quem sabe assim, dessa coleção de milhares de cds não vai uns 10% deles para o pastor... Acompanhei a Brigade em sua fase áurea e sempre os achei conservadores, retrógrados e arrogantes (assim como seus concorrentes da METAL do RJ). Detonaram com bandas como SODOM, HELLHAMMER, CELTIC FROST, POSSESSED, etc. e depois voltavam atrás. Disseram que W.A.S.P. siginificava We All Suck Penis e depois foram puxar o saco deles em várias edições (será que disseram lá na cara do Blackie Lawliess que colocaram isso na revista? não, com certeza). Depois, na década de 90, se venderam aos modismos. Uma coisa que sempre mantiveram foi a visão "colonialista": entre uma bosta lá de fora e algo bom daqui, sempre preferiram a bosta de fora. Com certeza, aquela capa do sepultura na época do Schizophrenia foi comprada. E o VULCANO? Há, há, há... mesmo sendo do cast da gravadora (quando lançaram o Antropophagy em vinil de disco infantil) nunca teve essa oportunidade. O mesmo para SARCÓFAGO, HOLOCAUSTO e outros mais. A Rock Brigade teve um papel importantíssimo na década de 80 e ensinou a muitos de nós. Porém sucumbiu a esses vícios. Talvez tenha faltado dEU$ naquela época...

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  23. hehehehehehehe na verdade nenhuma das capas antigas foi comprada. tudo era feita de coração, não havia o espirito voltado ao anunciante como hoje,não vejo isso como errado,todas as publicações precisam sobreviver. e meu dinheiro não vai para o Pastor não, não tenho esta visão de dar dinheiro para a igreja.o que sou, o que penso continua bem explicito e está em www.strikemet.com e em www.myspace.com/strikemg mais doentio e hipócrita é ser radical extremo!!!!Bonadia

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  24. Antes de que este blog e este link especifico torne-se um estupido palco de guerrinha de ideologia de um lado ou outro peço que isso seja melhor controlado por aquele que criou este blog e suas sub seções ,pois já existe estupidez e brigas e desuniões demais por ai...

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  25. Edu, todos são livres para expressar as suas opinioes aqui no blog, tanto de um lado quanto de outro. Eu simpatizo nao apenas com você, mas com a sua crença, e acho uma perda de tempo ficar discutindo com radicais acéfalos.

    Faça como eu, ignore-os.

    Abraço e paz pra você.

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  26. Valeu Cadão,mas é que odiei veementemente aquelas brigas forças de leitores na Rock Brigade, e mesmo no whiplash, não expresso minhas opiniões, nem leio a opinião alheia, é perder tempo. como disse o Dave Mustaine: opinião é igual o "buraquinho" da nádega(rsss), todo mundo tem um...rsss Abços e vamos continuar nosso caminho, pois no fundo, fundo,Inveja é uma merda!!!!!!!!

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  27. Estou vendendo no site da Stryke uma série de cds importados e nacionais de Heavy Metal,Hard rock,etc que NÃO fazem parte e nem fizeram da minha coleção pessoal. ver em www.strikemet.com/loja.htm

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  28. http://pt.wikipedia.org/wiki/Inveja

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  29. Não existe nada mais hipócrita do que querer misturar cristianismo com heavy metal... é no mínimo não entender como ele surgiu e sua razão de ser. Continua criticando quem gosta das vertentes mais extremas do heavy metal e generalizando que quem destas gosta, é ignorante. Quem é você pra fazer tal afirmação? só porque lê e acredita em um livro cheio de mentiras e contradições e segue um fantasma? Larga de ser besta, sô!

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  30. Aqui estão os caras q merecem todo o respeito por terem trazido informação ao "roqueiro" brasileiro em tempos q o nome HEAVY METAL ainda era desconhecido. Os ícones de hoje como Black Sabbath, Judas Priest, Scorpions, Saxon, Iron Maiden, Metallica, Manowar e centenas de bandas... eram chamados de bandas de rock pesado. Acreditem!!! pois era assim mesmo!!! Muitos fizeram escolinha com esses caras. O amor deles ao metal contagiou a muitíssima gente. Enquanto a grande mídia nem sabia ou tinha até medo de publicar.

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  31. Eduardo de Souza Bonadia, ícone do heavy Metal brasileiro! O resto é o resto, os fatos falam por si só...

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  32. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2020/01/mortes-pioneiro-da-imprensa-heavy-metal-viveu-e-amou-o-rock.shtml

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