Minha Coleção: Kid Vinil


Por Ricardo Seelig
Colecionador

Kid, quantos discos você tem?

Aproximadamente 10 mil discos, entre LPs e compactos, e mais uns 10 mil CDs.

De quais grupos você possui mais material, e quais são as suas bandas favoritas?

Beatles e Rolling Stones, que são também as minhas bandas favoritas. Dos Beatles são 75 títulos, e dos Stones 90 títulos.

Em que ordem você guarda os seus discos?

Às vezes em ordem alfabética, mas têm discos pela casa toda, até no banheiro (risos).


Qual foi o primeiro disco que você comprou?

Pra variar, Beatles. Foi o compacto duplo de “Magical Mistery Tour”.

Qual foi a sua última aquisição interessante, que valeu a pena?

O novo LP do Shellac,
Excellent Italian Greyhound. Essa é a banda do produtor Steve Albini (Nirvana, Pixies e outros).

Que disco mudou a sua vida?

Sem dúvida o White Album dos Beatles.

Qual o item mais esquisito da sua coleção?

Um deles é o
Metal Machine Music do Lou Reed.


E a melhor capa da história, qual é?

Sem dúvida a capa do
Sgt Peppers dos Beatles.

Tem algum item que passou pela sua mão e você se arrepende até hoje de não ter ficado com ele?

Sim. A edição original dos Beatles do Yesterday and Today, com a capa original dos açougueiros, mas era muito cara, cerca de três mil reais.


Onde você costuma comprar discos?

Os mais atuais na loja inglesa Morman Records (pelo correio), principlamente os compactos de 7”. Os mais antigos pelo eBay e em lojas como a Nuvem Nove, que infelizmente não existe mais.

Qual o selo que mais te impressiona?

Sempre foi o Vertigo. Até hoje continuo tentando colecionar todos os títulos lançados.


E a melhor prensagem de vinil, qual é?

Teve uma época que era a japonesa, depois passou a ser a inglesa. Acho que depende muito da matéria-prima usada na prensagem. Na década de setenta a RCA tinha um método chamado Dynaflex, que era um vinil mais fino e reduzia sensivelmente o chiado. Tenho vários discos do Bowie nesse material.


Quais LPs você levaria para uma ilha deserta?

The Faces – A Nod As Good As a Wink ... to a Blind Horse (1971)
The Beatles – White Album (1968)
The Rolling Stones – Between the Buttons (1967)
The Velvet Underground – The Velvet Underground & Nico (1967)
Cream – Disraeli Gears (1967)
The Kinks – The Kinks Are the Village Green Preservation Society (1968)
T-Rex – The Slider (1972)
David Bowie – The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars (1972)
Slade – Slade Alive! (1972)
New York Dolls – New York Dolls (1973)
The Jam – All Mod Cons (1978)
Ramones – End of the Century (1980)
The Clash – London Calling (1979)
Manic Street Preachers – The Holy Bible (1994)
Sonic Youth – Daydream Nation (1988)
Pixies - Doolittle (1989)

Você disse ilha deserta, então é preciso levar vários títulos … a lista poderia ser ainda maior (risos).


Que item da sua coleção você esconde temendo represálias?

Nada em especial, mas outro dia um amigo viu um CD single do Slipknot na minha coleção (é a única coisa que eu tenho deles). Eu fiquei tão envergonhado que escondi o CD (risos).

Qual foi o número máximo de itens que você já adquiriu de uma única vez?

Nunca arrematei lotes, mas em 2001 comprei todo o catálogo em vinil da Akarma (selo italiano de relançamentos). No total foram cerca de 300 títulos.

Qual item você considera o mais raro da sua coleção?

Dentre as coisas da Vertigo, o álbum
Heavy Petting, da banda folk psicodélica Dr Strangely Strange, com uma capa sensacional do Roger Dean.


Quem será o herdeiro da sua coleção no seu futuro?

Ainda não defini quem fica com o acervo. Talvez eu monte uma fundação ou coisa parecida (risos).

Você acha que algum dia vai parar de comprar discos porque, enfim, terá tudo o que sempre quis?

Não, porque ainda compro os compactos das bandas novas e algumas edições de grupos atuais também em vinil. Por exemplo: comprei recentemente o novo do White Stripes,
Icky Thump, em vinil duplo.

Veja também: Kid Vinil fala sobre a sua coleção 

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