Seguindo tendência mundial, venda de discos de vinil cresce no Brasil

Há alguns dias, a Nielsen SoundScan, sistema de informações que contabiliza os resultados dos mercados fonográficos americano e canadense, apontou que, só na primeira metade de 2013, o crescimento da venda dos discos de vinil nesses territórios foi de 33,5%. Existe hoje, nos Estados Unidos, uma projeção de que, ao fim do ano, esses representantes de um formato tido como ultrapassado e pouco prático tenham vendido 5,8 milhões de unidades, contra 4,6 milhões em 2012 (um crescimento de 27,9%). E no Reino Unido, onde as pequenas lojas de discos têm hoje nas bolachas de plástico uma parcela significativa de suas vendas (36% do total), o aumento, nos primeiros três meses de 2013, foi de 78%.

Era uma tendência que já se anunciava forte em abril, quando a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) anunciou seus números do ano de 2012. Embora a venda de música por meios físicos tenha caído 5% no período, os discos lançados em vinil renderam um total de US$ 117 milhões — o melhor resultado do formato nos últimos 15 anos.

E mesmo o Brasil, que conta com uma única fábrica de vinis (a Polysom, que no ano passado começou a operar com lucro, de 13,55%), segue essa tendência mundial. Cada vez mais artistas investem em lançamentos no formato (a versão em LP do próximo disco de inéditas do Rappa, Nunca tem fim..., sai em setembro simultaneamente com os CDs e downloads), o site de comércio eletrônico Mercado Livre registrou, nos últimos 12 meses, um aumento de 6% da comercialização de bolachas (que hoje respondem por 27% do volume no seu setor de música), grandes livrarias aumentam seu acervo de LPs e a Feira de Discos de Vinil, no Rio, prepara a sua maior edição, a ser realizada até o fim do ano.

Consultor da Polysom e artífice da volta da prensagem de LPs no Brasil, o produtor João Augusto dá um painel do novo vinil no país:

A venda de clássicos (LPs consagrados da música brasileira) é muito consistente e constante, mas vários lançamentos, especialmente de MPB (Ana Carolina, Maria Rita, Zeca Baleiro) e de rock (Pitty, Nação Zumbi, Matanza) ficam no mesmo patamar. O mercado no Brasil evolui de forma muito parecida com o americano e o europeu, onde praticamente 100% dos artistas lançam seus discos simultaneamente em vinil.

As grandes livrarias, segundo João, são onde o seu produto costuma ter o maior êxito comercial. Diretor comercial da Livraria Cultura, Rodrigo de Castro diz que o comércio de LPs novos (nacionais e importados), que começou tímido em 2008, hoje responde por 6% do volume de música vendida na rede (e, só no primeiro semestre de 2013, a saída de LPs cresceu 35%).

— Reedições de discos dos Titãs e de Jorge Ben ajudaram a dar uma alavancada nesse crescimento, junto com o dólar baixo, que fez com que os preços dos importados ficassem mais compatíveis com os nacionais — diz Rodrigo.

Da mesma forma que na Cultura, o setor de vendas de música do Mercado Livre ainda é dominado pelos CDs. Mas os discos em vinil (novos e usados) já respondem por 27% desse total. LPs comuns, a preços baixos, disputam a atenção com raridades e reedições de luxo, pelas quais vendedores pedem até milhares de reais.

Os discos de pop-rock aparecem como os mais procurados do site — comenta Leandro Soares, diretor de Marketplace do Mercado Livre. — Ainda não temos um levantamento das idades dos negociantes e compradores, mas sabemos que São Paulo e Santa Catarina são os estados que mais oferecem LPs e compactos.

Um dos criadores da Feira de Discos de Vinil (que viu triplicar o público desde a primeira edição, em 2010), Maurício Gouveia teoriza:

— Há tanta informação na internet que a nova geração está sentindo falta de um repertório comum. Com o seu ritual de audição, o vinil ajuda a promover a comunhão na música.

Sebos que tradicionalmente negociam vinil, como o carioca Tropicália Discos, também sentiram o impacto do novo consumidor:

Garotos de 13, 14 anos vêm aqui atrás dos LPs, eles pegam os aparelhos nas casas dos avós... E trazem os pais, que entram na onda e acabam recomprando seus velhos discos — conta Márcio Rocha, um dos donos da Tropicália, que observou um crescimento de 30% nas vendas nos últimos três anos. — E agora está surgindo um novo tipo de colecionador, que compra as reedições em vinis de 180 gramas.

O fenômeno, porém, teve um desagradável efeito colateral: a inflação nos preços, constatado pelo pesquisador Marcelo Fróes.

Ultimamente tenho ficado abismado com os preços dos vinis de música brasileira. Qualquer coisa feita nos anos 1960, 1970 ou 1980 vale os tubos. O cinema e a TV mostram toca-discos na sala como sinônimo de status... Então é aquela coisa: queijos, vinhos, charutos, vinis...

Para Márcio Rocha, da Tropicália, a culpa é do comércio na internet, esse “mundo sem dono”.

Nem tudo o que é antigo é raro. E nem tudo o que é raro pode despertar interesse. Mas quem anuncia disco não quer nem saber, pede o preço que quiser. E dificulta o nosso trabalho — alega ele, sem acreditar, no entanto, que isso acabe por tirar força do vinil. — O ser humano não se contenta com mp3, ele quer ter as coisas.

A propósito, João Augusto lembra de uma frase que leu há pouco tempo na RTI, fábrica de vinil em Nashville, nos EUA: “O formato do futuro é o vinil, com cartão de download dentro”:

Se você analisar bem, isso cria uma agradável série de antíteses. A tecnologia do digital contraposta ao analógico do vinil, a portabilidade do digital contraposta à necessidade de se ouvir o vinil em local completamente estável. No final, você conclui que, mais do que opostos, os dois formatos se completam para tornar a música importante na vida do consumidor.

Fonte: O Globo

Comentários

  1. O problema é que muitos vinis novos ou remasters de antigos são prensados a partir da gravação digital, ou seja, você estará ouvindo o som de um MP3 ou CD numa mídia de analógico. É só pelo fetiche de ter o bolachão mesmo...

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  2. O problema na verdade é o preço. No Brasil, como tudo ultimamente, está muito caro!!!

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  3. É um debate interessante, até porque ninguém sabe com segurança até onde vai esta tendência. Mas vamos lá, especular não custa nada:
    - De fato, a qualidade sonora do vinil é superior ao CD, isto é indiscutível, até neste mesmo site, algum tempo atrás, uma leitora deu uma verdadeira aula sobre isso ao responsável pelo collectorsroom em vários posts, quem quiser detalhes pode procurar aqui mesmo no site;
    - Preço: por enquanto tudo muito bom, tudo muito bem. mas e se os preços continuarem aumentando, será que as pessoas vão querer gastar os tubos para montar uma coleção, que deve ser a intenção da maioria? não nos esqueçamos que este foi UM dos motivos que praticamente condenaram a mídia digital, lógico que existiram outros, mas que o "olho grande" da indústria contribuiu, isto é fato;
    - Espaço físico: no mundo de hoje poucas pessoas tem espaços ilimitados para guardar vinis (às vezes nem para Cds, que são menores);
    - Cuidados com conservação: será que os colecionadores de hoje vão ter paciência para ficar passando detergente e outros produtos para deixarem seus vinis conservados como devem? lembrem-se que a geração de hoje é diferente, a do videogame, internet, etc. ou seja, paciência não é o forte desta rapaziada...
    - Toca-Discos: não há tantos aparelhos/agulhas (de qualidade) disponíveis hoje, mas ok, a demanda cria a oferta, se houverem consumidores interessados, a indústria faz o resto; mas e se o preço ficar proibitivo? nos nos esqueçamos que por se tratar de uma tecnologia até então considerada ultrapassada, pode ficar difícil para a indústria baratear o custo, mas é apenas uma suposição.

    Enfim, existem muitas outras questões que ficarão ainda sem resposta, mas deixo para os colegas do collectorsroom reflexões para este debate, que certamente suscitará acaloradas discussões.

    E peço desculpas pelo tamanho do post.

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  4. Os comentários do pessoal aqui revelaram duas coisas:

    Que a qualidade superior do vinil pode ir por água abaixo se a fonte da prensagem não for de confiança.

    E outra: qualidade só para quem investir muita grana em aparelhos. Acho que 98% dos que ouvem LPs usam toca-discos de péssima ou média qualidade, principalmente aqui no Brasil. E outra é o cuidado que você tem que ter com o LP e com o aparelho. A manutenção com peças de qualidade é cara, e só assim você vai comprovar que o som do vinil é absurdo.

    Mas ainda acho muito mais proveitoso pegar um vinil da prateleira, "degustar sua capa e encarte" e prestar atenção na sua música do jeito que ela merece.

    Tenho meus arquivos FLAC aqui, e admito que isso quebra um puta galho. Mas assim como livros, nada como uma boa mídia física como o LP para fazer você prestar atenção naquela arte.


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  5. Como diria a filha de uma amiga minha,olha mãe!!! Um CDezão!!!

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  6. Vcs estão assistindo a série Minha loja de discos no Bis ? Esses programas mostram como o mercado de mídia física e o conceito de loja estão defasados no Brasil .... a série é de babar...ainda mais quando mostram os CDs, LPs e os preços praticados na Inglaterra...é realmente outra realidade... parece que eles querem que mais e mais pessoas comprem...ao contrário do que sempre vejo no Brasil onde a tendência é elitizar os produtos (claro que os impostos também influem)

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  7. Alguns pontos para o debate:

    http://trustmeimascientist.com/2013/08/08/why-vinyl-is-not-going-to-save-the-music-industry/#.UgSDZ6i0_NQ.facebook

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  8. Excelente artigo, não esgota o assunto, é claro, mas suscita muitas outras dúvidas. Será que o som do vinil realmente é tão superior assim que justifique o seu preço? o crescimento das vendas com vinil é significativo, considerando que o dobro, ou triplo, ou quádruplo de pouco continua sendo pouco? e os demais "atores" do mundo musical, geralmente esquecidos pela indústria (músicos de orquestra, compositores, professores de música, etc.), que praticamente não ganham nada? enfim, o debate continua...

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  9. Em relação aos preços, há uma espécie de especulação vinílica, com discos sendo vendidos por preços muito superiores ao que realmente valem. Lojistas querem se aproveitar do momento, mas estão dando chute no pé agindo dessa forma. Aqui em Floripa, pra vocês terem ideia, tem cara pedindo R$ 70 pelo primeiro do Black Sabbath em péssimo estado. Não dá, né?

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  10. Eu parei de comprar lp's por causa do preço. Não gosto de comprar nada usado apenas novos, mas não dá para pagar centenas de reais.

    Pouco me importa qual o formato que tem melhor qualidade, o que me interessa é poder comprar o original independente do formato.Estou adorando comprar cd's, pois os preços estão baixos e numa tacada só dá para comprar uns 10 ou 15, detalhe os discos são novos, lacrados com aquele selo.

    Os preços praticados aqui estão muito altos e não valem isso não.Detesto ser explorado e é por isso que nesse momento abandono o vinil quem sabe dias melhores virão.




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  11. Tendo a concordar com O Colecionador. Também foquei minha coleção somente em CDs, principalmente em função do preço, facilidade em se achar praticamente tudo de todas as épocas, e da pouca perda de qualidade em relação ao vinil. Tenho comprado vários por mês, em diversos sites estrangeiros, e os preços são muito, mas muito melhores mesmo que os LPs, sem falar que são importados e lacrados. Acho difícil que dias melhores venham para o vinil, pois o pecado do "olho grande " já contaminou quase todos os lojistas que vendem LPs, e na minha modesta opinião, só vale a pena comprar LPs quem já tem uma coleção razoável, já tem o básico, e vai garimpar apenas para "preencher lacunas" na coleção ou uma ou outra novidade que ele não possuía em vinil. Aliás, quem tiver oportunidade dê uma olhada num vídeo no youtube sobre a mais famosa feira de vinis que aconteceu no RJ, se não me engano em 2012 ou 2011, não me recordo, em que dado momento um vendedor pede R$ 250 por um disco do Tim Maia quando ele estava naquela da religião ou seita, sei lá (Universo em Desencanto): "comigo é mais barato, na outra banca outro vendedor tá pedindo R$ 450 por esse disco". Quer fazer coleção de vinis? então prepara o bolso, colega, e pague e não bufe, como se dizia antigamente.

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  12. Brincadeira... na minha opinião tem que ser muito mongolóide para dar 450 reais num vinil raro a um jacaré mesquinho aproveitador de banca desses. Esses caras parecem o personagem Celton Melo no filme o cheiro do ralo. Música é um prazer mas tem limite. O pior é que nego que mal mal paga as contas compram itens assim.

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  13. Os amigos que estão comprando vários CDS de qualidade e pagando bons preços em lojas nacionais ou internacionais poderiam disponibilizar os sites para quem não tem conhecimento destas lojas ???
    Comprar vinil pra mim é apenas um sonho...tenho um aparelho muito bom pra isso...mas a velha exploração do mercado brasileiro me impede de adquirir LPS.... tem sebos pedindo mais de 30 reais por edições nacionais (daqueles LPS bem leves cheio de chiados) totalmente detonados... os em bom estado e importados então nem se fala.... e os relançamentos e lançamentos de bandas novas de 180 gramas...dá vontade até de chorar..vontade essa que aumentou com a série "minha loja de discos" ...

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  14. Fábio RT, os dois melhores sites para compras de CDs são aqueles dois mesmo:

    www.amazon.co.uk

    www.ebay.com

    Compro CDs no mundo inteiro, de selos, bandas e de inúmeras outras fontes. Nada - nada - bate estes dois. E prefiro a Amazon UK - com o tempo você ganha ótimos descontos no fechamento do pedido, além de ser o canal para CDs novos europeus. Além disso, qualquer Amazon tem o correio internacional mais barato do planeta - especialmente para CDs.
    Outras duas ótimas dicas para novos e raridades (CD e vinil!), além do eBay:

    http://www.discogs.com/sell/list?format=CD

    http://www.musicstack.com/

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  15. Fábio RT:

    Também compro nos sites indicados pelo Ricardo, são ótimos, vale a pena mesmo. Acrescento outros que também são bons, também vale a pena pesquisar, recomendo a todos os colegas do collectorsroom:

    www.cduniverse.com
    www.cdconnection.com
    www.missingpiece.net
    www.rockadrome.com
    www.secondspin.com (só usados)
    www.gemmm.com (raridades principalmente)

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  16. O mercado esta inflacionado, mas é possível encontrar discos baratos ainda. Eu tenho um limite de preço que pago por um LP ( em torno de 60 ou 70 reais) e garimpo em sebos, onde encontro títulos legais em ótimo estado e preços.

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  17. Muito obrigado a todos pelas indicações !!!!

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  18. O Mercado Livre também é uma ótima opção os importados custam barato entre R$ 30,00 e R$ 40,00. Eu comprei esse mês uma boa quantidade. Bandas como: Uriah Heep, Free, Blue Öyster Cult e Ted Nugent.

    Em São Paulo tem a Locomotiva Discos, que eu acabei de conhecer e comprei mais quatro lp´s do Black Sabbath e mais dois do Mutantes e cada um me saiu R$ 65,00 e detalhe são novos e lacrados. Na Locomotiva você pode usar o Paypall que é mais seguro e impede que você perca o seu dinheiro.

    A feirinha desse mês para mim até agora foi boa vamos ver o que mais consigo até o final. Desejo aos colegas boa sorte e felicidade nas suas compras.

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  19. Achei este interessante, para "apimentar" a discussão CD x Vinil (fonte:www.cantodomundo.com/2012/07/vinil-vs-cd-audio-digital-uma-analise.html)

    "O Cd tem como padrão um Bit Rate de 16 Bits e um Taxa de Amostragem de 44.100Hz, ja o Dvd tem seu formato em 24Bit e 48.000hz. Sendo assim, o cd consegue reproduzir com perfeição frequências até 22.050hz e tem faixa dinamica de 96Db. O Dvd 24.000hz e 144Db.

    Obs: Durante introdução do Cd no mercado existiam cds em formato 10 ou 12 Bits...mas logo se estabeleceu o padrão de 16 Bits.

    O Disco de Vinil, chega a aproximadamente 80 Db de faixa dinâmica (podendo chegar a 120db em condições ultra favoraveis) já o cd, como ja dissemos chega brincando a 96 Db.
    Com relação à faixa de frequências, teoricamente pode reproduzir agudos em até 45Khz (alguns dizem que ate 100Khz). É justamente nesse aspecto que os defensores do vinil se prendem mais, já que quando comparado com o Cd, apresenta um diferença técnica notável. Apesar disso, não existe prova de que algum ser humano consiga de fato ouvir mais do que de 20Khz (Sendo muito generoso 22Khz). Por tanto, acho que existe um efeito placebo ai.

    Por outro lado, é comum sacrificar os Graves (Low End) no Vinil (link).
    Explico: No LP, o som é reproduzido conforme a agulha passa pelos sulcos. Quando maior a frequência que se deseja reproduzir, maior o sulco e quanto maior o sulco, maior o espaço ocupado pela faixa no disco. Para poupar espaço de forma a inserir mais faixas, é comum que se sacrifique alguns graves ou sub-graves.

    Por tanto, ao ouvir uma orquestra por exemplo, a experiência é muito mais fiel com o Cd.

    Vale a pena dizer que hoje em dia, o audio digital pode ser gravado com sample rate de 88.000Hz ou ate 192.000Hz, chegando a reproduzir facilmente ate 96Khz. Além disso, tbm pode ser gravado com um Bit Rate de 32Bit ou superior, tendo uma faixa dinâmica que chega a quase 190Db.

    Conclusao Objetiva: A mídia digital tem uma resolução (correspondência) muito maior com o som original do que as midias analógicas. O meio digital tem potencial para gravar e reproduzir com muito mais fidelidade do que em qualquer outra midia disponivel hoje em dia.
    Na luta Vinil vs Cd, em termos tecnicos e objetivos, fica claro que o CD tem maior qualidade e fidelidade do que o disco de Vinil.

    Ps: Não vejo problema nenhum em preferir o som do Vinil, da fita, do radio, de Mp3 ou do que quiser. Mas temos que ser mais claros e objetivos com relação a isso. Não podemos estabelecer uma relação de melhor ou pior quando se trata de uma análise subjetiva. Se for o caso, precisamos de um análise objetiva e criteriosa, como a feita nesse texto. Num ponto de vista de qualidade tecnica, Cd é sim melhor do que o Vinil e arquivos digitais gravados com altissimo Bit e Sample Rate mais ainda.

    Agora você pode continuar falando que prefere o Vinil, mas que fique claro que é uma questão de gosto, não técnica."

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  20. Já li esta matéria postada pelo Rodrigo Otávio e como engenheiro (que estudou um pouco de eletrônica e que se interessa pelo áudio) e apreciador de música posso dizer que NÃO concordo com ela, apesar da boa argumentação usada pelo autor. Não se pode comparar diretamente tecnologias de naturezas diferentes como vinil e discos óptico-digitais. Em tese CDs e outros formatos digitais deveriam ser superiores, pois foram criados quando já se conheciam as limitações dos formatos analógicos. Também não podemos ser escravos de nºs mostrados nas especif. técnicas, como faixa dinâmica e SNR, que são apenas teóricas; ou alguém acredita que na saída de um CD-Player (já pré-amplificada) podemos medir 0,01526 mV? Basta esbarrar no cabo para destruir sinal tão tênue. A qualidade de um registro sonoro NÃO depende apenas da natureza (analógica ou digital) do equip. usado; há ótimas e péssimas gravações usando uma e outra tecnologia.

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