Nos 30 anos de Appetite for Destruction, trinta fatos sobre a clássica estreia do Guns N’ Roses


- Appetite for Destruction é o primeiro disco do Guns N’ Roses. Ele foi lançado no dia 21 de julho de 1987 pela gravadora Geffen

- a produção de Appetite for Destruction custou 370 mil dólares e ficou a cargo de Mike Clink, produtor que tem no currículo discos como Rust in Piece do Megadeth e New Tattoo do Mötley Crüe. Clink trabalhou também com o Metallica em … And Justice for All, mas foi substituído por Flemming Rasmussen após a banda não curtir o seu trabalho. Mike Clink é o produtor de todos os discos do Guns N’ Roses, com exceção de Chinese Democracy

- o disco contém 12 faixas, todas já tocadas pela banda na época anterior ao lançamento, quando se apresentavam no circuito de bares e casas de shows de Los Angeles


- muitas das músicas que entrariam mais tarde em álbuns futuros do Guns N’ Roses poderiam ter feito parte de Appetite for Destruction, pois a banda já as havia composto na época. Entre elas estão clássicos como “You Could Be Mine”, “Don't Cry” e “November Rain”. Já imaginou como seria se essas músicas tivessem entrado?

- Paul Stanley, do Kiss, foi um dos nomes indicados pela Geffen para a produção do disco de estreia do Guns N’ Roses, mas ele acabou sendo rejeitado pela banda após sugerir mudanças nas músicas e na configuração da bateria de Steven Adler. Outro nome que o Guns pensou em trazer para a produção foi o Robert “Mutt” Lange, produtor de AC/DC. No entanto, o grupo recuou ao descobrir o quanto Lange cobraria para o trabalho

- Appetite for Destruction liderou o Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo. O disco é um dos mais vendidos de todos os tempos, e também o disco de estreia que mais vendeu na história do rock


- a capa do álbum traz uma ilustração do artista Robert Williams chamada Appetite for Destruction, que mostra um robô estuprador prestes a ser eliminado enquanto a vítima do abuso jaz desacordada no chão. Inúmeras lojas de discos dos Estados Unidos se recusaram a vender o disco por conta de sua capa, o que fez com que a Geffen elaborasse outra arte

- a segunda versão da capa de Appetite for Destruction traz uma cruz celta com as caveiras do cinco integrantes da banda. A arte é obra do artista Billy White Jr. e foi desenvolvida inicialmente para uma tatuagem. No topo da cruz temos Izzy Stradlin, Steven Adler está à esquerda, Axl Rose está no centro, Duff McKagan à direita e Slash está na base da cruz. Em uma entrevista concedida em 2016, White revelou que a ideia da imagem veio de Axl e que ele apenas a executou. A cruz traz elementos gráficos que são uma homenagem ao Thin Lizzy, uma das bandas favoritas de Axl Rose


- a banda defendeu a ilustração original da capa, afirmando que ela era “uma declaração social simbólica, com o robô representando o sistema industrial que viola e polui o nosso meio ambiente, representado pela figura feminina

- a edição em vinil de Appetite for Destruction, bem como a versão em fita k7, não continha o tradicional Lado A e Lado B. Em seu lugar, a banda colocou um Lado G e Lado R. As canções do lado G de Appetite for Destruction - de “Welcome to the Jungle” a “Paradise City” - exploram temas como as drogas e a vida nas grandes cidades, por isso o termo Guns. Já as faixas do lado R - de “My Michelle” a “Rocket Queen” - falam sobre amor, sexo e relacionamentos, todas de acordo com o termo Roses

- em uma entrevista ao That Metal Show de Eddie Trunk em 2011, Axl afirmou que a ideia original era usar na capa a foto do ônibus espacial Challenger, que explodiu logo após o seu lançamento no dia 28 de janeiro de 1986. A Geffen vetou a ideia por achá-la de muito mau gosto


- Appetite for Destruction estreou na posição 182 do Billboard 200, entrando na parada no dia 29 de agosto de 1987, pouco mais de um ano após o seu lançamento. O disco permaneceu na parada até 6 de agosto de 1988, liderando-a por quatro semanas não-consecutivas. Ao todo, Appetite for Destruction figurou durante 147 semanas no Billboard 200

- em 2008, a banda recebeu o décimo-oitavo Disco de Platina pelas vendas do álbum, que alcançou 18 milhões de cópias vendidas apenas nos Estados Unidos. O disco é ocupa o 11º primeiro lugar entre os álbuns mais vendidos no mercado norte-americano

- as críticas iniciais de Appetite for Destruction apontavam que o sucesso vinha em grande parte do poder que a mítica sexo, drogas e rock and roll tinha junto ao público. Dave Ling, da Metal Hammer afirmou que o disco trazia um mix inferior de elementos de bandas como Aerosmith, Hanoi Rocks e AC/DC. Já Cristita Titus, da Billboard, escreveu que o sucesso do álbum se deu devido à união entre a força do heavy metal, os temas contestadores do punk, a estética do glam metal e aos riffs baseados em blues que conquistavam ouvintes mais puristas


- em uma lista publicada em 1989, a Rolling Stone colocou Appetite for Destruction na posição número 27 entre os melhores discos da década de 1980

- Appetite for Destruction está na 62ª posição na lista de 500 Maiores Discos de Todos os Tempos elaborada pela Rolling Stone

- em 2003, o canal VH1 colocou o álbum na 42ª posição na sua lista de maiores discos de todos os tempos

- na lista publicada pela Kerrang! em 2006 com os melhores discos de todos os tempos, Appetite for Destruction aparece na primeira posição

- na lista de 200 discos definitivos elaborada pelo Rock and Roll Hall of Fame, Appetite está na posição 32


- foram lançados quatro singles para promover o álbum: “It's So Easy / Mr. Browstone” em 15 de junho de 1987, “Welcome to the Jungle / Mr. Browstone” em 3 de outubro de 1987, “Sweet Child o’ Mine / It’s So Easy” em 17 de agosto de 1988 e “Paradise City / Move to the City” em 30 de novembro de 1988

- Slash definiu “Welcome to the Jungle” como uma espécie de autobiografia, já que a letra faz alusão às dificuldades que o guitarrista encontrou quando se mudou para Los Angeles

- “Mr. Browstone” é uma metáfora para a heroína, droga na qual todos os músicos do Guns N’ Roses eram viciados na época


- as frases iniciais da letra de “Paradise City” surgiram de maneira espontânea. Slash estava dedilhando a melodia quando Axl soltou “take me down to the Paradise City”, ao que o guitarrista respondeu de bate-pronto “where the grass is green and the girls are pretty”. Pronto, nascia um clássico do rock

- tanto “Welcome to the Jungle” quanto “Paradise City” são tocadas com frequência nos eventos esportivos norte-americanos como NBA, NFL e NHL

- “My Michelle” fala sobre uma amiga da banda, Michelle Young, que aparece na foto do encarte de Appetite for Destruction. Michelle era amiga de longa data de Slash. Segundo Axl, um dia ele e Michelle estavam em um carro quando tocou “Your Song”, clássico de Elton John. A garota então contou que tinha o sonho de que uma banda um dia escrevesse uma música sobre ela. O Guns escreveu

- em “Rocket Queen”, há uma passagem muito curiosa e pitoresca. Steven Adler estava saindo com uma garota chamada Adriana Smith na época. Axl propôs que os dois fizessem sexo na cabine de gravação para que os sons pudessem ser colocados na música. Adriana topou, afirmando que faria aquilo “pela banda e por uma garrafa de Jack Daniels


- a música mais emblemática de Appetite for Destruction é “Sweet Child O’ Mine”. Ela surgiu durante um ensaio na casa em que o Guns N’ Roses estava morando em Sunset Strip. Slash e Steven Adler estavam fazendo uma jam e o guitarrista começou a tocar a melodia. Izzy ouviu e pediu para que ele repetisse a frase melódica. Então, Izzy inseriu alguns acordes, Duff criou a linha de baixo e Adler colocou a batida. Enquanto tudo isso acontecia, Axl observava a banda em uma das escadas da casa e começou a escrever a letra, que foi finalizada em uma tarde

- a letra de “Sweet Child O’ Mine” é baseada em Erin Everly, namorada de Axl na época e que foi um dos pivôs da briga entre o vocalista e Steven Adler, já que o baterista teria conseguido drogas para a garota e Axl Rose teria ficado p… da vida com isso. Erin é filha de Don Everly, um dos vocalistas do The Everly Brothers, dupla pop que fez enorme sucesso nas décadas de 1950, 1960 e 1970

- o clipe de “Sweet Child O’ Mine” é um dos mais emblemáticos vídeos de rock da história. Ele mostra a banda ensaiando na Huntington Ballroom, em Huntington Beach, localizada em Orange County, na California. Os músicos estão cercados pelos roadies, e todas as namoradas dos integrantes do Guns na época aparecem no vídeo. No clipe a música foi editada, tendo um trecho cortado para tornar o vídeo mais próximo do formato padrão da MTV. A versão do clipe é a mesma que está no single inglês, e, por esse razão, é mais curta da que está presente no álbum original, tendo uma parte do solo de Slash cortada

- Appetite for Destruction chegou no primeiro lugar nos Estados Unidos e na Nova Zelândia. O disco ficou em terceiro na Áustria e na Holanda, em quinto na Inglaterra, em sétimo na Suíça, Austrália e Canadá e em nono na Noruega

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