Review: The Dead Daisies - Burn It Down (2018)


O The Dead Daisies surgiu em 2013 com a proposta de fazer um rock clássico para os fãs do estilo. Cinco anos depois e chegando ao quarto disco, a banda norte-americana pode afirmar que alcançou o seu objetivo. Com um line-up recheado de feras - anote aí: John Corabi nos vocais, Doug Aldrich e David Lowy nas guitarras, Marco Mendonza no baixo e Deen Castronovo na bateria -, o quinteto meio australiano meio californiano é uma das mais sólidas formações do rock atual.

Burn It Down saiu no início de abril e é o sucessor de Make Some Noise (2016). O disco marca a estreia de Castronovo no lugar de Brian Tichy, que deixou a banda para seguir outros projetos. A produção de Marti Frederiksen é responsável por uma sonoridade cheia e atemporal, que fica ainda mais cristalina em canções onde a banda tira o pé do acelerador e leva o feeling às alturas, como na bela “Set Me Free”. A alta rodagem e experiência dos músicos, que somam passagens por bandas como Whitesnake, Dio, Mötley Crüe, Thin Lizzy e Journey, encorpam a música do Dead Daisies com um pedigree cheio de classe.

De modo geral, temos em Burn It Down um álbum de hard rock clássico, com canções que trazem belos riffs e algumas baladas para diminuir o ritmo. Tudo isso feito com ótimas ideias e belas soluções criativas que colocam o trabalho do The Dead Daisies, como já visto nos discos anteriores, em um nível superior.

O belo timbre vocal de Corabi reforça ainda mais o aspecto “clássico" do som do grupo, enquanto as guitarras de Aldrich e Lowy conduzem a banda por caminhos certeiros. Há ecos de AC/DC, Whitesnake, Bad Company, Free e outros gigantes, mas sempre sem exageros ou “clonagens" explícitas. A banda sabe trabalhar bem as suas influências, aplicando-as na construção de uma sonoridade própria. E de lambuja ainda entrega uma ótima versão para “Bitch”, música dos Rolling Stones presente no álbum Sticky Fingers (1971).

Quem gosta de rock tem que ouvir.

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